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The Reunion of Two Fates

Com movimentos graciosos, Vergil conduzia-me a uma dança de golpes sucessivos e rigidamente disciplinados com a espada. Compenetrada, executava ataques rápidos e acompanhava o ritmo inicial do meio-demônio da melhor forma possível, riscando incontáveis vezes nossas lâminas. Estávamos treinando horas sem parar e a exaustão começava a protestar diante da minha indiferença as necessidades básicas do meu corpo: queria extravasar minhas preocupações em atividades que esgotavam o corpo para compensar a inquietação da mente. Dores emergiram de diversos pontos, atrapalhando meu desempenho e influenciando para que ficasse mais lenta e menos eficaz na hora de tecer mais cortes, sendo facilmente bloqueada. Vergil não era o tipo de instrutor e adversário que, tomado por piedade, fizesse exercícios mais moderados ao perceber minha fraqueza – pela sua resistência ser mais elevada e sua experiência mais árdua, sua exigência vinha a ser maior. Ele queria extrair o meu melhor, mesmo que fosse a base de repetitivos ataques e horas massivas de extrema pressão. Não queria fazê-lo se decepcionar desistindo da simulação de luta, sem nem ter ao menos desferido um corte.

Prossegui meio desajeitada, o que gerou numerosos comentários e repreensões por parte do meio-demônio mais velho a respeito de estar com minha mobilidade reduzida, cujos efeitos das investidas eram fracos e ineficientes. Tropecei ocasionalmente com os duros e indelicados avanços do mestiço, resfolegando a cada duro impacto de nossas espadas. O filete de suor escorreu pela minha testa, chegando a molhar um pouco das minhas roupas pelo esforço demasiado. A adrenalina espalhou-se com a velocidade de um incêndio, renovando momentaneamente minhas forças e multiplicando os contra golpes, não era algo que Vergil teria problemas em desviar ou combater, entretanto.

Em um intervalo de segundos, sem tempo pra processar o que ocorrera, desequilibrei-me e cai – desabando bruscamente no chão com a espada saindo da minha zona de alcance. Tentei ansiosa e desesperadamente apanhar alguma coisa que oferecesse ajuda, minhas mãos tateando o piso empoeirado com anseio e terror. Meus olhos não focaram na luz da lâmpada, na verdade, não enxergavam nada no cômodo: esquadrinhei o local estranho com curiosidade, nada ali me remetia a familiaridade tampouco conforto. Mais tranquila, pude assimilar com mais clareza a situação e compreender que estava tendo outra experiência extra sensorial – fora do meu controle –, na qual vivenciei uma única vez antes e foi uma das sensações mais desagradáveis de todas.

Senti Vergil erguer-me para que ficasse sentada: consciente do exterior, minha mente sorrateiramente espreitou-se para a de Sebastian, imperceptivelmente vasculhando suas ações e pensamentos – em determinada parte uma onda cortante e pouco amigável de descargas elétricas restringiu meu acesso, formando uma barreira para que não fosse longe demais. Não considerei um ataque voluntário e calculado, ele possuía uma fonte inesgotável de proteções e mesmo se tivesse em plena capacidades psíquicas nunca as romperia ou adentraria sem que ele não notasse. Pisquei incontáveis vezes, gritando para mim mesma retomar as funções, voltar a minha mente. Usando como motivação a ideia de que isso traria-me uma série de desvantagens futuras para lidar. Encontrei com a familiar expressão apática de Vergil, ele examinava-me minuciosamente com o, talvez, objetivo de certificar que estava realmente bem. Mesmo não sendo o bom exemplo de amabilidade – nem sequer avaliando sua conduta com os seres que ele taxava como inferiores – o meio-demônio transparecia preocupação genuína em casos extremos, ainda que fosse do seu jeito um pouco ríspido e vagamente impaciente. Não muito certo do meu raciocínio e demora pra reagir, mexeu uma das mãos frente a meu rosto, checando o quanto ainda respondia aos estímulos externos. Assim que focalizei meu olhar no dele, mirando-o com afetuosidade, que Vergil parou o que fazia.

Com cuidado e movimentos vacilantes, levantei-me e chacoalhei a cabeça – o que ocasionou uma desanimadora tontura, para meu completo desgosto.

Encarei Vergil novamente, pela primeira vez desde que o conheci – pessoalmente – vi um semblante de confusão desenhado nele, os traços endurecidos suavizaram e o azul cerúleo de seus olhos reluziam, surrealmente, sem rastro de indiferença usual. O gêmeo mais velho ostentou um face legitimamente inocente, o que causou um efeito colateral devastador em mim, acelerando meu coração, tanto pelo choque quanto por me dar conta o quão majestosamente belo Vergil era por trás da máscara de ferro que construiu. Forcei-me a focar no que acabara de ocorrer, tentando não distrair-me com levianas questões pessoais.

– Viu alguma coisa? – a pergunta surpreendeu-me, mas não podia esperar menos de alguém cuja intuição e dedução eram tão analiticamente certeiras.

– Não. – estendi a mão, observando a marca que pulsou dolorosamente. – Não entendo... Primeiro a marca, depois isso, é como se tivesse um mecanismo fora da minha jurisdição que liga minha mente com a de Sebastian. Como se pudesse experimentar e vivenciar tudo que se passa com ele. Seria uma vantagem... Se não fosse o detalhe de não ter controle nenhum.

– Isso também não dá a ele essa mesma capacidade? – as palavras de Vergil percorreram meu corpo com um arrepio sucintamente desagradável.

– Rezo que não. Se nem em circunstâncias normais obtive sorte em achá-lo, imagino qual seria minha dificuldade com essa possibilidade. – suspirei, exausta. – Temos tempo pra uma próxima jogada?

Vergil fechou os olhos reflexivamente.

– Suas condições não são as mais produtivas pra esse tipo de treinamento e ainda deseja continuar?

– É o mais lógico, não? – arqueei uma das sobrancelhas. – Exceto se... – interrompi meu próprio raciocínio. – Bem, se o Dante chegar.

– Meu irmão deve querer tratar de algo importante com você e cansada será um peso – argumentou, voltando a sua comum rispidez. O que me arrancou uma risada, deixando-o aparentemente aborrecido.

As coisas tem sido complicadas nos últimos dias: Nero teve que atender um chamado com Nico, Lady marcou vigilância em Vincent e Alexander saiu sem dizer nada. Cada um seguindo seu próprio caminho.

Dirigi-me para o banheiro e tomei um longo banho, daqueles que te permitem mergulhar em nossos pensamentos mais íntimos: Dante disse sobre ter uma pessoa que desejaria me ver – não especificou quem seria para, supostamente, soar misterioso.

Eu tinha que admitir que ele tentava.

Após lavar-me, vesti roupas limpas: um vestido não muito longo creme e um casaco escuro. Enquanto distraia-me com o processo básico de pentear os cabelos, que caiam livremente em ondas úmidas pelas minhas costas, comecei a criar uma lista mental de pessoas que não tive mais contato depois de meses de volta a essa dimensão. Os nomes de todos nem caberia numa folha se fosse para escrevê-la. Esperava que Dante chegasse antes de ser consumida pela ansiedade.

No quarto, sozinha, com nada além do silêncio como companheiro, lembrei do período que estive sob a manipulação de Sebastian. Havia uma revolta indomável nele que não poderia ser medida e tampouco controlada. Questionei-me o que Arya faria no meu lugar, se ao menos despertasse totalmente, teria a resposta a essa dúvida.

Nós já fomos como um.

Um bolo subiu pela minha garganta, alojando-se nela, sufocando o ímpeto de chorar com a sensação arrasadora que comprimia meu peito, tão poderosamente cruel que esmagava meu coração. Nunca compreenderia a natureza de minhas emoções quando o assunto era Sebastian, algo me dizia – uma voz em meu íntimo – que havia muito mais fatos enterrados do que eu imaginava, acontecimentos e segredos que precisava recordar.

O que é esse sentimento estilhaçando meu coração?

Suspirei pesarosamente.

Lutando contra a consternação e concentrando em onde Dante pretendia me levar. Pelo modo enigmático de dele, as poucas palavras e o sorriso secreto que vislumbrei no semblante tranquilo dele, era especial em um sentido mais profundo. Algo que despertou minha curiosidade e momentaneamente ocupou minha mente por completo, a um ponto que sequer lembrava do motivo da minha melancolia de outrora. Tentei, sem sucesso, extrair uma informação de Vergil durante o primeiro período do treinamento. Ele também não sabia quais eram os planos do irmão e não fazia questão de descobrir, contanto que não o envolvesse diretamente.

Sai do quarto e, com uma leve preguiça, desloquei-me até a sala.

Mecanicamente, olhei para a porta dupla de madeira recém reformada, nenhuma oscilação indicando uma entrada.

Dante e sua incrível habilidade de instigar mais uma vez teve efeito sobre mim. Se não tivesse auto controle voltaria ao velho hábito de roer as unhas para suavizar minha curiosidade. Resmunguei baixinho com a demora dele. Tudo que gostaria naquele instante é que chegasse logo e acabasse com meu tormento. Abracei minhas pernas, repousando a cabeça nos joelhos escutando a monótona canção tocada no jukebox ressoando pelo escritório. Sentado ao meu lado, tomando uma xícara de café — sem açúcar — com elegância, estava Vergil. As vezes, quando me distraia na presença dele, pegava-me observando cada ação que ele executava. Isso acalmava qualquer perturbação, mesmo a mais terrível, e no caso não foi diferente.

Entediada, apertei mais firmemente minhas pernas. E, involuntariamente, meus olhos, que passeavam pelos pôsteres na parede e na decoração excêntrica de armas e cabeças de demônios, focalizaram em Blood.

Minha espada. A que forjaram para se adaptar a um detalhe um tanto estranho que era comportar meu sangue — que é mortalmente efetivo para criaturas das trevas. Haviam sulcos na extensão da lâmina que formavam delicados desenhos interligados. Perto do punho da espada, um design peculiar que dava a sutil impressão que dobrava a lâmina e daquele ponto onde o sangue deveria ser distribuído, por isso o nome. Pensei em levá-la comigo, porém Dante foi categórico ao dizer que íamos a um lugar que armas seriam descartadas, embora ele ainda traria junto Ebony e Ivory — reforçando um hábito de sempre, independente de onde for, andar armado. Talvez a recomendação fosse exclusivamente para mim. Seja lá o que ele tinha em mente, soou como se preparasse para uma coisa pequena e... Normal. Sem demônios. Trabalho. Sangue. Apenas um dia que prometia ser agradável de um jeito humano, dentro dos padrões de normalidade. Permiti que uma ansiedade mais amena se instalasse em mim, criando um familiar frio no estômago, como borboletas agitadas voando de um lado para outro. Minha empolgação tornara-se notória, assim também a apreensão.

Se a música não estivesse ecoando displicentemente pelo ambiente, silêncio seria bastante enfadonho. Vergil não costumava puxar assunto, geralmente eu que iniciava as conversas e, ainda que não fosse do seu feitio, eventualmente ele respondia por cortesia. Era comum vê-lo lendo ou treinando, como agora. Percebi que Vergil tinha uma limitação de comunicação quando Dante estava por perto, isso provavelmente devido aos desentendimentos do passado que ele não queria trazer ao presente. Uma espécie de relutância, de ambos. Comigo, para minha surpresa, trocávamos palavras com regularidade, um espectro da relação antes de recuperarmos nossas memórias.

— Se tratando de Dante não me surpreenderia a falta de pontualidade — Vergil comentou.

— Ele tem a mania de chegar em cima da hora... Literalmente. — suspiro, um sutil ruído de desapontamento escapou por entre meus lábios. — Faz uma hora que ele saiu sem dizer nada...

Por um breve instante, nossos olhares se cruzaram. Não tinha sido um gesto orquestrado para parecer sem querer, que acontecia sempre que você quer admirar alguém discretamente sem ser flagrado — ainda assim, acaba sendo flagrado —, mas foi tão casual que o rubor aqueceu meu rosto. Rapidamente desviei o olhar para a mesa de centro. O bater descompassado do meu coração pulsou através dos meus ouvidos. Temi que ele pudesse escutar.

— Você vai com a gente? — perguntei com a voz trêmula.

— Não. Não tenho motivos para ir.

— Por favor? Adoraria que fosse. Você está vivo, aproveite cada segundo. E, principalmente, tente se aproximar mais de Dante. Estão sempre distantes um do outro e são irmãos. Não deveria ser assim.

Vergil fechou o livro, depositando-o na mesa ao lado da xícara.

— Se eu negar, você continuará empenhada em me fazer mudar de ideia, certo?

— Você me conhece. Além disso, precisa se reintegrar aos humanos, mesmo não tendo nenhuma afinidade com eles.

— Dante me convidou e minha resposta para você será igual a que dei a ele... Não.

Emiti um grito engasgado com a ardência da marca, Vergil sibilou como se a dor tivesse uma conexão sem fio – indo de mim para ele. Talvez a Linha do Carma possuísse mais funcionalidades que nós esperávamos.

— Eu vou. Pra ficar de olho em você.

Dante chegou minutos depois, estava concentrado em algo que não me incluía necessariamente. Seus movimentos tinham a mesma leveza despreocupada, um indício de que o meu visível nervosismo não fazia o mínimo efeito nele tampouco lhe incomodava, embora não pudesse dizer o mesmo de mim que vibrava em expectativa como se estivesse a ponto de entrar em combustão. Dificilmente existiria uma coisa no mundo que causasse uma inquietação genuína nele, daquelas que as pessoas ficam tão ansiosas que o estômago revira continuamente como um liquidificador descontrolado.

— Espero não ter te feito esperar demais — Dante disse afável, posicionado atrás de mim com um lenço preto. — E vou ter que vendar você.

— Tudo bem. — respondi absorta.

Dante amarrou o lenço em meus olhos certificando que não enxergaria mais nada. Ele me conduziu para onde estava estacionado o carro com passadas firmes, ciente de que confiava nele. Ele iria sempre me segurar se eu cair. Como Vergil aceitou ir – levando Yamato consigo –, optei ficar no banco de trás. Uma das primeiras impressões que se tem quando passa muito tempo sem ver absolutamente nada é que tudo ao redor passa a ficar ameaçador, a escuridão é bastante assustadora se vivemos uma vida inteira na luz. Não captava os sons com facilidade como muitos afirmavam, ou talvez não funcionasse com rapidez para determinadas pessoas. Os sentidos não ficam mais aguçados com a visão fora de operação, ao menos não de imediato. Conforme os minutos tornaram-se horas arrastadas e tediosas, tudo supondo com meu senso de tempo-espaço para me situar, teríamos feito uma viagem de cinco horas. Não questionei sobre isso com nenhum dos gêmeos, no entanto, a falta de interação permitiu que me irritasse sem motivo aparente. Devo ter caído em um sono muito profundo, pois assim que acordei, ouvi Dante me chamar. Tropecei desajeitadamente para fora do carro, um torpor embriagando minha razão — lutei para sair da névoa de sono entorpecente, reavivando meu estado de alerta. Dante guiou-me para um lugar que irradiava energia e alegria contagiante. Havia uma variação sonora que deixou-me atordoada: risos cheios de euforia, cantos, a brisa estimulada pelas brincadeiras das crianças que corriam animadas, mulheres dando sermão pelo comportamento travesso. Os cheiros lembravam vagamente a infância. Dante retirou a venda e, enfim, pude piscar para amenizar o cansaço dos meus olhos. Inicialmente não vi nada familiar no novo ambiente que fui designada.

— Por que me trouxe aqui, Dante? — perguntei, com uma avalanche cobrindo meu estômago reconheci pequenos detalhes na decoração e rostos.

Um orfanato.

Madre Cecília se aproximou de nós com a expressão pacífica. Ela não mudou muito nesses anos em que estive fora — dessa dimensão.

Olhei para Dante que preservava o sorriso afetuoso de outrora, retribui com devoção. Um coro de vozes interrompeu minha linha de raciocínio, todas infantis exceto uma, em especial, fez meu coração disparar.

Pensei em uma cor: azul cerúleo. É a mesma dos olhos dele cheios de afeto compassivo no instante que nos encontramos. Aquele pequeno garotinho de dois anos atrás transformou-se em um belo jovem.

— Diva?

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