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Red Swan

O som ritmado das armas engatilhadas e os lasers diretamente mirados em mim preparados para disparar no menor movimento — sobretudo pelos pontos vermelhos estarem estrategicamente posicionados sobre as áreas mais vulneráveis do meu corpo — assim que cruzei a porta quase automaticamente deu-me a presença de espírito de erguer as mãos em rendição, não esboçando nenhum traço de agressividade pela abordagem súbita e despropositada — e também não queria tomar um tiro de graça. De acordo com meus próprios padrões, no qual minha experiência me confere uma certa propriedade pra afirmar, era uma ocorrência normal se comparado ao que enfrentamos nesses últimos dias. 

Traguei o ar lentamente, obrigando meus pulmões a trabalhar com menos da metade do oxigênio adequado, apenas para evitar que o simples exercício de respiração do meu peito fosse categorizado como uma ameaça. Ignorei a engessada e muito desconfortável posição em que encontrava-me para analisar mais imparcialmente nosso atual estado, talvez formular um plano para escapar sem ter que lutar e gastar fôlego desnecessário. 

Olhei de soslaio para Vergil que, diferente de mim, transparecia uma calma surreal e displicência ao perigo de ser provavelmente baleado. Para ele, estar num cerco fechado com um risco de ser ferido em combate não possuía nenhum nível de dificuldade e eliminá-los seria rápido e eficiente caso fosse do seu desejo, mas essa empreitada poderia trazer uma atenção que não era conveniente. Mantive-me passiva, com os músculos protestando com a rigidez e a exaustão, procurando algum ponto cego no grupo. 

Entretanto, abrindo caminho entre eles, surgiu um homem estranho, seu semblante sério e olhos astutos e persuasivos que sinalizou para que cessassem qualquer possível ataque designado a nós. De início, o jeito dele, a maneira como portava-se e sua fisionomia apática trouxe-me memórias amargas de David, contudo, ao ver melhor o rosto cansado e envelhecido dele, onde duas enormes cicatrizes perpendiculares esculpidas na carne sobre o olho direito jaziam, arranquei a impressão de mim como um parasita alojado sem permissão em meus pensamentos. Ele aproximou-se de mim, mostrando um distintivo que não parecia com os das autoridades maiores como do FBI, porém nada falei para não despertar suspeita sobre nós. Meus braços doiam horrores com o esforço de antes e emiti um discreto grunhido de descontentamento.

— Desculpe-me pela falta de cortesia de nossa parte. — declarou com suavidade e calma, guardando a identificação. — Somos uma organização independente que trabalha para solucionar os incidentes atuais. Sou Joel.

Franzi a testa, desconfiada.

— Queremos conversar com você — arqueei a sobrancelha, sentindo o ar condensar com o frio. — Estivemos a sua procura por um longo tempo e gostaríamos de esclarecer algumas dúvidas.

Troquei olhares com Vergil que, assim como eu, estava incomodado e pronto para interferir.

— O que desejam saber? — minha voz saiu rouca e imperativa, combinando exatamente com o que eu queria propor.

— Não acho que o assunto que trataremos deva ser exposto a público — concluiu, fitando a porta com um brilho inteligente e indubitável. Instintivamente encarei na mesma direção que ele, deparando-me com Lucrécia confusa e assustada, o medo gravado em sua figura feito uma máscara de terror. Depois de tudo que testemunhou com nossa proximidade, ela precisava de uma folga desses acontecimentos bizarros que são fora do que estava habituada.

— Tudo bem. — concordei, sem intenção nenhuma de baixar a guarda, embora tivesse genuinamente preocupada com Lucrécia ou alguma outra pessoa inocente que possa ser envolvida nesse turbilhão de caos e destruição pelo qual cumpro minha sina.

Relutei a princípio, enumerando os prós e criando uma lista maior de contras com essa associação forjada, buscando a coragem e a frieza para avaliar as circunstâncias com objetividade. Entrei no carro cuja a aparência externa remetia a mais um cofre pelo reforço exagerado de metais que o tornava ridiculamente chamativo, dificilmente alguém não notaria um veículo grande ostentando cargas de suporte de segurança tão pesadas que até fariam um projétil de pistola ricochetear na lataria e não causaria nenhum arranhão. Vergil não falou nada, permaneceu em sua redoma quieta e indolente. O mestiço não era o melhor exemplo de comunicação e sociabilidade, então querer que ele conversasse comigo, mesmo tendo conhecimento do gênio dele, provou ser uma tolice. Obviamente, não vi aprovação em seus olhos azuis, sabia que isso traria uma visão pessimista sobre mim. 

Encolhi-me em minha insignificância, prestando atenção no trajeto e no comportamento das pessoas nas ruas a medida que adentravamos o centro: elas nem sequer olharam enquanto passávamos, suas feições carregavam cansaço e medo. Em tempos de guerra, naturalmente, não tinha como alegria, agitação e vida escorrerem em meio a ruína e tragédias, pois não existia nada a se comemorar. Os dias transcorriam e lentamente o mundo perdia a esperança, chafurdando no sangue e carne daqueles que sucumbiram. 

Puxei o ar grosseiramente, inalando o aroma químico e metálico que revirou meu estômago que já não estava nas melhores condições devido a crescente ansiedade. Aconcheguei-me junto a Vergil esperando que ele me acolhesse, ou, ao menos, não me rejeitasse. Havia um calor nobre nele quando nossos olhares cruzaram-se, encorajando-me a ficar mais perto.

O vento gélido atingiu meu rosto desprotegido como um soco brutal, saudando-me com a inclemência de um temperatura pouco amigável. Nunca gostei do clima frio e essa incompatibilidade não colaborava com a dor presente em meu braço, recordando-me o ferimento ainda em processo de cicatrização em meus ombros que estendida-se pelas costas. Mexi um pouco meu cabelo curto e o arrumei para estar mais apresentável, um gesto casual. Em uma perspectiva otimista, as assinaturas energéticas ali não apresentavam nenhum intenção ruim, o que deduzi como um fator para dar o benefício da dúvida.

Vergil observou os minuciosamente o novo local igual uma águia ávida e sorrateira, com a mão apertando a bainha da Yamato.

Lancei a ele um olhar resignado, um pedido mudo para não interferir, tirando-se da narrativa.

O meio-demônio detinha uma aura esmagadora que, por mais dura e distante, servia como um protetor inconsciente para mim e eu o amava em sua singularidade.

Joel conduziu-nos por um corredor branco de iluminação intensa que vagamente lembrava um hospital, sobretudo pelo cheiro enjoativo de álcool de um ambiente fortemente esterilizado. Segurei o impulso de espirrar e concentrei-me em memorizar mentalmente o caminho para eventuais problemas — desenhar um mapa gravando as referências mais singelas, desde panfletos sobre doenças humanamente grotescas a direções e números de corredores. Na última sala, ficaram apenas eu, Vergil e Joel que andou até uma maca encoberta por um lençol branco. Ele puxou sem cerimônias revelando o corpo flácido de um espectro acorrentado sob a cama improvisada. 

Congelei, abismada. 

Inúmeras perguntas explodiram de súbito em minha mente, sem coordenação para que conseguisse assimilá-las corretamente: Como capturaram um Espectro? Como conseguiram prendê-lo?

— Essa é uma das cobaias que conseguimos. Estamos tentando encontrar meios de neutralizá-los sem sucesso. — informou, colocando luvas médicas e escolhendo um dos instrumentos cortantes dispostos no balcão metálico. — Eles possuem uma resistência fora do comum e armas de fogo não tem efeito neles. É difícil distinguir e analisar suas estruturas corporais e o funcionamento delas. — explicou, afundando um bisturi na camada mais superficial da pele da criatura imóvel. — No máximo, criamos soníferos para atrasá-los. O que não é uma solução de imediato. — o sangue jorrou pelo corte recém aberto, vertendo livremente pelo chão imaculado. — Então tomamos conhecimento sobre você.

Meus músculos travaram com a menção, um arrepio percorrendo minha espinha. Retirando uma das luvas, Joel mostrou um envelope e sobre este, fotografias minhas.

— Não compreendemos como pode matá-los com facilidade. — fixou seu olhar incisivo em mim. — Queremos sua ajuda para determos esses seres.

Suspirei. 

Peguei outro bisturi girando entre os dedos sob a vigilância estóica de Vergil, e faço um minúsculo corte na palma da mão e banhando a pequena arma afiada com o líquido escarlate fonte fundamental da vida. Sem nada a dizer, finquei o objeto cortante na área esponjosa do Espectro que rugiu e debateu-se antes de várias fendas secas cobrissem a carne escura e expelissem sangue.

— Não é tão simples — respondi com sinceridade áspera, assistindo o cadáver se quebrar e esvair. — Não existem formas de matá-los, somente pelo meu sangue.

— Seu sangue? — ele repetiu como se a verdade fosse uma invenção maluca de uma garota, porém não tinha como contestá-la com as provas fornecidas. — Você seria uma... Arma?

Franzi a testa com o questionamento.

— Eu não sou uma arma. Ou uma mutação. Ou seja lá o que pense. — rosnei hostil.

— Creio que minhas evidências estavam corretas — em um intervalo de segundos, Joel sacou uma revolver e disparou. Primeiro veio o ruído estridente, seguido de uma vibração e a dor aguda penetrando meu peito e espiralando para fora, tudo em um curto período de tempo que fui incapaz de acompanhar. Tossi loucamente, sufocando em meu próprio desespero. Não estava amedrontada por ter levado um tiro do nada, mas a tomar consciência disso com a ação já executada é, no mínimo, uma falha imperdoável.

Idiota, grunhi internamente.

Trêmula, abri minha blusa com o evidente buraco a queima roupa e chequei o estrago, diferente da mordida que recebi do Espectro colossal, esse tinha curado com rapidez impressionante. Talvez os ferimentos tenham graus de reparação distintos dependendo do responsável pelo surgimento. Aparentemente balas não eram tão prejudiciais.

Fiquei tensa a toa.

Ou quase: a aura de Vergil cresceu e tornou-se feroz. Ele estava bravo.

— Você não é humana — proferiu tranquilamente.

— Tinha que atirar em mim pra testar? — gani entredentes. — Eu poderia ter morrido!

— Mas não morreu — rebateu, colocando o revólver de volta no coldre escondido no fundo do casaco. — Nós temos um objetivo em comum, minha cara: Destruir Ifrit. Destruir David.

×××

"Eu lamento pelo ataque e sei que é muito cedo para pedir uma união, mas vou deixar que pense. Este é meu número. Ligue-me quando decidir"

Com o cartão equilibrado entre os dedos doloridos, mastiguei contragosto o doce pouco calórico que Lucrécia ofereceu. Obedeci a ordem de passar mais uma noite sob os cuidados dela apenas para certificar-me que sua vida comum e sem incidentes inumanos não saia dos trilhos e transforme-se em um trem desgovernado graças a minha existência. Deitei esparramada na cama, todas as preocupações reprimidas transbordaram para fora da minha capacidade de contê-las, truculentas e indomáveis.

Não confiava em Joel, contudo, ele tinha sido mais honesto em suas intenções do que o David na época que formamos um grupo. Seria errado usar essa oportunidade para uma vantagem pessoal? 

Desamparadamente, abracei meus cotovelos para fornecer um piedoso auto consolo.

— Ei, Diva, vou precisar sair para comprar umas coisas — Lucrécia exclamou, ofegante.

— Eu vou com você — bocejei, saindo do meu casulo de apreensões.

— Não precisa! É rápido! — correu para fora com passos apressados e dei de ombros.

Levantei-me preguiçosamente e verifiquei minha imagem no espelho; refletindo minha face contornada por um desalento e com vincos pela testa, resfoleguei. Definitivamente sempre vou ter um aspecto doente, não tinha como apagar essa verdade. Deslizei os dedos sobre a pele rosada e insensível da cicatriz que contrastava com minha cor mórbida devido a deficiente melanina, ficando mais notório algumas outras marcas estampadas em algumas zonas do meu corpo. 

O que você fez consigo, Diva?, repreendi-me, a sobrancelha se retraindo em um sinal de afrontamento.

Meu cabelo com seu castanho agora escurecido jogava-se em meus olhos com uma franja malsucedida e desleixada. 

Resmunguei internamente, não era adepta ferrenha de ideias vaidosas e não seria nesse momento.

Com extrema cautela, girei a maçaneta e escapuli do quarto quase infartando com uma figura semi oculta na escuridão providenciada pela débil iluminação. Vergil não moveu-se um centímetro sequer, embora seu olhar severo estivesse brilhando através das sombras e focando em mim.

— Como se sente? — engoli em seco, nervosa com o tom sério do mestiço.

— Estou bem. Agradeço que não tenha interferido naquela hora e também pela preocupação.

— Não agradeça — sua franca apatia encheu-me com um sentimento de familiaridade. Conseguia lê-lo melhor quando transparecia mais suas emoções. — E seu ombro?

— Oh! — arfei, ruborizando. — Cicatrizou. Só falta sumir.

— Achei que sua regeneração fosse mais rápida.

— Não. Não sou uma super fábrica de células novas que substituem as mortas, tipo… Você. — brinquei, gesticulando atrapalhadamente sem saber onde enfiar as mãos tamanha minha falta de compostura. — Logo voltaremos a busca e… E… — recostei-me a parede, pensativa. Tinham sido dias cheio de turbulências e ainda processava o ocorrido, julgando minha infeliz batalha no colégio como um erro que precisava ser corrigido.

A realidade decepcionante que nos tomou era simples: não estávamos indo a lugar algum. E talvez, só talvez, um apoio extra possa ajudar. No entanto, temi comentar isso e parecer tão ingênua quanto fui com David.

Suspirei longamente.

Com Vergil, dessa vez, o silêncio era gratificante e reconfortante, sua essência solene encheu-me de vigor e desse vigor fez as chamas da minha determinação reacenderam. Não sei exatamente quanto tempo passamos confortavelmente assim, mas deduzi que seria tempo suficiente para que a garota já tivesse voltado. Esse detalhe inquietou-me; o pouco que conhecia a seu respeito segurança e sensatez não eram adjetivos pra ela.

— Eu vou procurar a Lucrécia. — acenei e desloquei-me para fora com empolgação frenética ocasionada pela adrenalina.

Usando meu dom de detectar auras, segui o rastro fraco deixado por Lucrécia e a encontrei recolhendo as compras. Dirigi-me até ela que elevou a cabeça com os olhos foscos e sem profundidade, quase sem vida. 

— Lucrécia, o que aconteceu? 

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