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Path of Thorns

Sendo categoricamente uma das piores noites que tive nos últimos tempos, mal pude dormir direito, rolando inquieta na cama para tentar me acomodar mais confortavelmente e assim finalmente me render a exaustão. Fiquei impressionada com o fato de Dante não ter desperto com uma simples movimentação minha nessa tola empreitada para alcançar o estado de sono profundo que tanto carecia – o que também foi mais fácil pra ter que lidar com aquilo sem o peso de causar preocupações desnecessárias ao mestiço. Permitir que eu arque com as consequências das minhas escolhas sozinha sempre soará mais saudável que manter a linha insistente. Embora também não fosse completamente ingênua pra acreditar que ele não sentisse e que provavelmente estivesse fingido, querendo dar o preciso tempo pra que eu pudesse estabilizar-me. Dante abraçava com empenho a responsabilidade de zelar pela minha saúde, segurança e privacidade.

Sem alternativa, optei por permanecer acordada tomando altas doses de café pra manter a consciência alerta enquanto beirava entre a vigília e o torpor. Essa ideia não pareceu tão sensata após sentir os efeitos colaterais da cafeína em seu sistema nervoso, deixando-me levemente hiperativa.

Distrair minha mente com outras coisas, encher o ocioso com trabalhos manuais, ocupar cada pensamento com atividades desgastantes não tinham servido pra tirar as lembranças de dias atrás. Elas se fixaram em mim feito uma tatuagem, sem que eu pudesse apagá-las. De certa forma, seria como um lembrete constante da minha falha e do que eu precisava fazer. Olhei desinteressadamente para a caneca parcialmente cheia que desisti de tomar, permitindo que o devastador tsunami de emoções me engolissem com toda força, obrigando-me a reviver todos os segundos daquela traumática noite. E, indiscutivelmente, não sabia por qual caminho seguir e onde começar a agir.

– Pensei que não gostasse de café – virei-me, exasperada, para figura empoleirada próxima a mesa de Dante. Meus sentidos oscilaram meio entorpecidos pela cafeína em minha corrente sanguínea.

– E eu não gosto, mas ajuda a dar energia – respondi mais tranquila, identificando Vergil em meio as sombras, quase ocultando-o como um manto protetor. – Além disso, não consegui dormir.

– Quantos você tomou? – inquiriu, seus olhos azuis intensos reluziam nas trevas de modo ligeiramente ameaçador. Qualquer um que o visse, temeria sua presença, principalmente por sua postura austera e aura demoníaca.

– Umas cinco xícaras, eu acho. Não costumo contar a quantidade de coisas que eu vou ingerir – massageio as têmporas, aguardando pacientemente que minhas capacidades sobrehumanas dessem cabo da dosagem já consumida. Meu metabolismo não era tão eficiente quanto ao dos gêmeos em termos de absorvição de algumas substâncias, podendo até mesmo ser comparável a um humano normal. Ao menos no quesito recuperação, estivesse mais evoluído e que com esse detalhe, meu cérebro logo voltaria a ativa, operando normalmente e não em excesso e com exagerada sobrecarga de funcionamento. – Creio que não veio aqui só pra me dizer isso, eu te conheço o suficiente para saber que você não é assim. Se é sobre o que houve ou sobre o Nero, não tenho muito o que dizer. Só estou cansada.

Houve um longo e perturbador silêncio, não pude definir se Vergil reagiu mal ou se ele ficou pensativo com minha afirmação, mas não obtive resposta. Reuni coragem para iniciar um questionamento pendente, que, nas atuais condições, talvez resultasse em algo promissor. Tudo dependeria de como Vergil se sentisse sobre isso.

– Nero é seu filho, não é? – instiguei o assunto, com o propósito de extrair mais de Vergil que um semblante sisudo e uma atitude indiferente. – Não existem muitos humanos de cabelo prateado e com sangue demoníaco. E pelo que sei, características físicas de Sparda são predominantes geneticamente em seus descendentes.

– Por que quer saber? – Vergil rebateu, seu timbre calmo e contido. – Isso não vai mudar nada. Tanto na vida dele quanto na minha.

– Ele também perdeu a família dele – argumentei, ciente de quão delicado essa informação podia ser, e quão significante a conversa se tornaria. – Você não quer mesmo se aproximar dele?

– Daria uma chance a alguém que te abandonou? – Vergil questionou com o tom frio e penetrante, despejando apatia em salvas, a hostilidade pulsando em sua aura. – Não sei o que você pensa e também não me importa, não me arrependo do que fiz. Não sou como meu irmão que intercede pelos humanos, fingindo ser parte desse mundo. E o garoto nunca estaria seguro ao meu lado.

A afirmação dura não deixou brechas para ser rebatida, então a interação fora prontamente cortada. Vergil voltou para o quarto e fiquei jogada no sofá vendo o tempo passar com as palavras dele gravadas em minha mente.

Bem distante do meu auto controle, repentinamente, as lágrimas transbordaram em meus olhos. Elas escorriam em harmonia e pleno acordo com meu intuito de ficar quieta. Queria entender a razão do lamento, descobrir que caminho desolado estou sentenciada, mas, apenas, calmamente, esperei que o bolo em minha garganta diluísse e que, ao menos, esvaziasse o acúmulo de sentimentos negativos em mim.

Abri os olhos para ser recepcionada por uma luz translúcida que penetrava a cortina, em algum ponto entre o choro compulsivo e os devaneios cansativos, adormeci. Me remexi no sofá vendo o sobretudo vermelho que pertencia a Dante cobrindo-me igual um macio cobertor com o bônus do cheiro agradável e almiscarado do meio-demônio, reafirmando a gritante diferença de altura entre nós pelo fato de quase formar uma barraca em mim.

Dante conversava ao telefone, pelo que entendi, com um dos vários dos seus cobradores, negociando o valor de suas dívidas. Fiquei observando suas infrutíferas tentativas de diminuir o quanto ele teria que pagar, notando que ele realmente não se importava tanto com a parte financeira do negócio – na administração, Dante provou ser negligente e desorganizado, cabendo a mim ou Vergil tratar dessa área.

Minhas pálpebras pesaram com a sonolência embriagando-me, guiando-me novamente ao mundo dos sonhos.

Um baque alto e uma Lady intempestiva adentrar o escritório foi o bastante pra afugentar o sono – assustando-me. A princípio, ela varreu todo espaço com pressa sem dizer pra que veio. Tudo nela gritava ansiedade e tensão tão palpáveis que era como se pudesse experimentá-la. Meu poderes me proporcionavam uma empatia maior no âmbito de captura de emoções afloradas. Dante desligou o telefone, fitando a caçadora com um pedido mudo de explicação.

– Se veio aqui pra me cobrar, saiba que estou sem dinheiro. – brincou mordaz, porém não obteve nada em troca do comentário.

Seu alvo não era Dante.

Lady mirou em mim, enfurecida. Seus olhos bicolores faiscavam em fúria predatória. Nunca imaginei um semblante pueril contorcido em rancor, sugerindo um ar de agressividade direcionada única e exclusivamente a mim – o que gerou um momentâneo medo incapacitante. Estremeci ao seu ritmo violento e ágil ao lançar-se contra mim, suas mãos arrancaram-me do lugar, agarradas a minha camisa. Estava atordoada demais para reagir ou esboçar alguma ação defensiva, porque, mesmo testemunhando uma explosão – um surto – colérico, não processava devidamente as informações. Revirei minhas lembranças de tudo que fizera para que ela chegasse ao limite de querer retaliação e, para mim, não parecia lógico.

– Isso é culpa sua! – vociferou. – Desde que você o libertou... Nada foi o mesmo. – o aperto restrito dela começou a machucar a medida que afundava as unhas nas finas camadas de roupas que eu usava. – O que você tem feito pra isso terminar?

– Lady, se acalme – Dante prontificou-se a apaziguar a visível aura opressora ressonante. – Nada se resolve assim. Por que não sentamos pra conversar?

– E nada se resolveu ficando de braços cruzados – vislumbrei um lapso de euforia lúcida nela ao proferir com tanta amargura aquela expressão. – Tudo que você tem feito é chorar e se lamentar. Como pretende salvar o mundo, deusa? – destilou uma quantidade de sarcasmo ao tratar-me com tal honorífico, derramando-se em repulsa. – A vida de toda humanidade depende de uma garota que se esconde atrás de frases bonitas – rosnou, sacudindo-me com brusquidão. Grunhi impotente. Parte de mim concordava com aquilo.

Num ato de vergonha diante da verdade de seu desabafo, desviei o olhar, incapaz de mantê-lo frente a ela, de enxergar a realidade de suas acusações no brilhando em tonalidade vermelha de alerta. No segundo seguinte, minha bochecha queimou com o golpe impiedoso – que desequilibrou-me, derrubando-me no sofá.

Ouvi Dante rosnar e a ficha caiu, ultrapassando o meu choque inicial, ela me deu um soco. Forte o bastante pra quase deslocar minha mandíbula.

– Você é patética. – segredou, respirando em grandes arfadas. – Não dá pra acreditar que sendo uma entidade tão superior como dizem, tenha deixado que pessoas inocentes morram, que cidades se arruínem. Você não é diferente do seu irmão, mas, ao menos, ele não é hipócrita.

Toquei o lado dolorido, deslizando os dedos trêmulos pelo fino filete de sangue que escorria pelo canto da boca. Com o pouco de dignidade que me restava e ponderando a respeito da dura crítica de Lady, sai de Devil May Cry ignorando os protestos de Dante pra não ir.

A brisa fria e os sons usuais das ruas era tudo que eu precisava. O sol espreitava-se por entre as nuvens cinzentas, lembrando-me que deveria estar dormindo. A agitação rotineira serviu como um remédio para o caos que residia em meu interior, abrigando-se em minhas vísceras. Respirei fundo, inspirando longa e profundamente, aspirando os cheiros de fumaça e comida caseira preparada na hora. Apesar de não vestir os melhores trajes para um passeio matutino, não seria algo incomum e nem mesmo a pele reclamando com a exposição prolongada e sem proteção que me expunha. Apertei o passo, piscando os olhos desacostumados com a luz solar. O ar fresco e revigorante surtiu como um bálsamo para minhas tensões e complexos internos.

Ao virar para ladear outra rua, cruzei com Alexander com sua típica face reflexiva, mergulhado em análises pessoais, talvez. Grande parte do tempo, desde que ele voltou, ocupava-se de investigações e sondagens pelas regiões, então vê-lo ocasionalmente era até sorte. Se tratando de um assunto de prioridade máxima, ele se dispunha a abdicar-se de qualquer distração supérflua, quando estabelecia um planejamento era claro, focado e objetivo. Esses adjetivos que invejava nele. Chamei seu nome, e ainda que estivesse imerso em pensamentos, não surpreendeu-se com minha aproximação. Dificilmente algo realmente o impressionava ao ponto de arrancar uma genuína reação de perplexidade, teria que ser uma coisa que estivesse fora dos seus padrões. E dos seus mais meticulosos e bem arquitetados planos e estratégias.

Buscando refúgio, atirei-me em seus braços, que recebeu-me com carinho. Meu relacionamento com Alexander certamente fora um dos mais duradouros e complexos, sua natureza gentil e comprometimento construiu uma base sólida e harmônica de amizade e companheirismo que facilitava nossa interação – proporcionando uma estabilidade emocional muito benéfica. Considerava que era um dos pilares que sustentavam-me e que tinha confiança de nunca desmoronar.

– O que aconteceu? – indagou cuidadoso, preservando-me de qualquer estresse com o claro desejo de não estragar a atmosfera de cumplicidade. – Diga-me, o que houve?

– Eu não sei dizer – confessei, sem conseguir organizar meus pensamentos para assimilar o ocorrido. – Alexander, eu não escolhi isso. Sei que faz parte, mas não foi minha decisão. Jurei a mim mesma agarrar esse destino, seguir o que me foi designado, só que não... Não entendo porque não consigo agir.

– Você já pensou que a fonte da sua hesitação, além da culpa, seja que queira a todo custo ser como a Arya?

– Ela faz parte de mim.

– Não confunda, Diva – seu tom sereno ficou mais sério a medida que o diálogo prosseguia. – Você é a reencarnação dela, não uma cópia. Se for pra lutar com esse pensamento, irá perder muito antes de confrontar seus inimigos. Então, quando entrar no campo de batalha, não seja Arya... Seja a Diva. Essa é quem você é hoje. Se o seu propósito é lutar de igual com a Escuridão, não fraqueje. Não fuja. Erga sua espada e lute. Lembre-se de quem você é.

Alexander depositou um beijo carregado de ternura em minha testa franzida de preocupação, o que desarmou todas as minhas defesas e, subitamente, experimentei temores e angústias que, outrora trancara em mim, vazarem para fora, enfraquecendo ainda mais minha máscara de resignação. Aconchegada no abraço apertado de Alexander, desfrutei de todos os sentimentos e dúvidas reprimidas.

– E se eu não puder? E se eu falhar? – enterrei o rosto em seu peito, choramingando feito uma criança medrosa.

– Se você falhar, estarei do seu lado. Como estive todos esses anos. Não somente eu, mas Dante e Lyana também.

Alexander esperou que eu me acalmasse no abrigo de seus braços, não se importando de escutar meu pranto.

– Diva – Alexander chamou minha atenção, com o olhar confiante que restaurou minhas forças. – Eu quero que conheça alguém importante.

Dito isso, estendeu a mão para mim, que prontamente peguei, dessa vez segura da minha escolha.

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