Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Against the Fate

O número de incidentes com Espectros tem atingido níveis alarmantes – cidades sitiadas e em ruínas saturavam os noticiários e não tinha o que fazer. Sem cortar o mal pela raiz, o crescimento populacional dessa espécime inatural reduziria a humanidade a zero. Tudo que conhecia estava desmoronando diante de mim, consumidos pela iminência da Guerra Sacra. Era difícil, praticamente uma desgastante luta diária, manter a sanidade estável e não surtar com as tragédias que brotavam até da terra. A ansiedade ocupou minha mente com sua, pouco caridosa, influência, manifestando seu poder sobre meu corpo compartilhando espaço para um antigo coadjuvante, o estresse.

Meditando, refletindo acerca de minhas ações, busquei discernimento e também as capacidades estratégicas que a parte obscurecida do meu cérebro recusava-se a recordar – que certamente guardava a grande, senão toda, memória de Arya. Talvez se obtivesse meios de extrair essas informações para a superfície, minhas táticas e amadurecimento como guerreira fossem úteis – significaria uma vantagem contra Sebastian e seus lacaios. Esses “e se” projetavam em minha mente mais dúvidas e, em contraparte, coragem para prosseguir do melhor jeito que podia com as ferramentas que detinha – intrigada com as lacunas não preenchidas.

Suspirei exaurida física e mentalmente. Os dias tem sido difíceis, caóticos e carregados de contradições ideológicas internas. A tatuagem emitiu um fugaz brilho, sinalizando uma alteração na outra ponta da conexão: como se transmitisse pelo elo uma nova e poderosa vibração.

Engoli em seco, apavorada.

Sebastian reaveu a totalidade de seus poderes, mas, ainda assim, aparentemente não estavam todos acessíveis. Aquela altura, se ele se restaurasse de imediato, tudo que esse mundo representa e a dimensão em si encontraria seu fim no abismo da escuridão. Se fosse o caso, a própria marca teria reagido com mais intensidade. Considerando nossa atual situação, chegar nele o quanto antes, no intervalo de tempo que está readaptando-se, seria a prioridade. O grande problema, o mais frustrante daquela empreitada, certamente vinha com a fama mais temível entre os servos das Trevas: um Abissal.

Pousei a mão sobre o peito, suspirando longamente com a sensação asfixiante que assentou-se ali.

– As coisas seriam melhor se nenhum dos dois existisse – comentei para mim mesma. – Talvez... Ninguém tivesse morrido – chorei feito uma criança desorientada e assustada.

Por um instante, desejei mais do que nunca a presença e o carinho de Dante.

Um afago reconfortante despertou-me do estupor melancólico, elevei a cabeça para descobrir de quem pertencia a mão gentil que afugentou minha dor.

– Não chore. Divida sua dor comigo, eu estou aqui para entendê-la. – V murmurou.

×××

Nero sentiu uma afeição familiar florescendo em seu âmago.

A princípio, devido ao estresse emocional desencadeado com a perda de Kyrie, acreditou que seus sentimentos estavam mais intensificados a um patamar difícil de calcular – que os mínimos estímulos externos remexessem mais neles, bagunçando-os. Então, quando encarava Arya, estudando sua fisionomia ilegível que há custo tentava decifrar, compreendeu o quanto importava-se com o que a perturbava e desestabilizava sua paz interior – uma pessoa que carecia de seu zelo e carinho. Constantemente a pegava imersa em pensamentos ou carregando consigo um olhar penoso e inflexível – perdida –, como se ela vivesse em um mundo distante e intransponível que nunca alcançaria. Tão compenetrada em suas conjecturas, nunca o flagrava observando-a – ou, ao menos, fingia –, o que lhe deu margem instintiva de buscar respostas através do que conhecia a respeito dela. Sua mente o levava a inúmeras possíveis pistas e todas elas se interligavam em Sebastian, porém nada conclusivo – mesmo porque era bem óbvio.

Sendo franco, realmente a enxergava com uma visão única: sua presença o acalentava e sua voz o preenchia de ternura.

Arya ajustou a roupa que encontrou em uma das várias lojas abandonadas, apertando o cinco e arrumando os acessórios – o que vagamente remetia a um traje furtivo que abraçava bem suas curvas chamativas. Nico ainda queria incentivá-la a usar alguma de suas criações para o combate, argumentando que, diferente do parceiro, cuidaria melhor de suas obras e as utilizaria com a habilidade inexistente em Nero: o controle da própria força. Não ligou muito para as provocações da armeira, prestando mais atenção em sua avaliação individual de Arya. Com um pouco de dificuldade, admitiu estar quase hipnotizado nela, mas não no sentido romântico ou sexual que poderia surgir, e sim da sensação de segurança e familiaridade que a acompanhava. Era quase como se tivessem contato muito antes desse momento.

– Ei, machão – Nico estalou, rindo jocosamente. – Cuidado que está escorrendo baba – brincou, limpando o falso rastro de saliva ganhando um muxoxo enraivecido. Arya sorriu com doçura com a interação divertida e fixou as orbes verdes sobre o caçador.

– Eu agradeço pelas armas, Nico.

Como de praxe, a armeira esboçando seu típico sorriso envaidecido, continuou fazendo propaganda de seus inventos e o quanto seu engenhoso talento nesse ramo seria mais merecedor se fosse com uma colega da estirpe de Arya.

Nero coçou a nuca preguiçosamente e deu de ombros, notando que Arya o mirava com insistência embaraçosa. Repentinamente, voltou no tempo, na época que sua capacidade de tratar e comportar-se perto de mulheres eram bastante restritas e a única na qual mantinha um grau aceitável de diálogo era justamente Kyrie. Não querendo transparecer constrangimento diante da situação, enrijeceu suas feições e afugentou a bagagem de insegurança que ameaçava emergir com potência máxima.

– Terra pra Nero – Nico elevou a voz, tirando Nero do pseudo transe. – Acorda logo!

– O que quer, Nico? – questionou com rigor.

– Eu estava querendo saber se não quer um X1 com a Arya – reiterou, inspirando euforia.

Nero franziu a testa com o pedido, mas resolveu acatar.

– Isso vai ser demais!

Acostumado com mulheres de gênio ácido e de natureza combatente, esperou que Arya desse o primeiro passo – ansioso para o confronto, muito mais do que diria em voz alta. Com a postura casual, a mulher não moveu-se um centímetro sequer, atiçando o impulso primitivo do caçador de atacá-la.

– Não se detenha, garoto. Sou uma menina grande, dou conta de você – não soube dizer se ela o alfinetou ou simplesmente fez um comentário simplório.

Avançou contra ela, preparado para usar seu Devil Breaker em seus golpes. Sua experiência de anos de caçadas com os mais diversos tipos de demônios lhe concedia um leque de estratégias e manejo de variados armamentos para qualquer inimigo, não tinha uma bagagem tão extensa quanto a de Dante no quesito feitos, contudo, conseguiria fazer bem seu trabalho. Arya esquivou de suas numerosas sequências de combos com facilidade que afetou, minimamente, seu ego. Da mesma maneira que Dante agiu nas vezes que entravam num embate no passado, ela estava apenas avaliando seu desempenho, sem deixar uma brecha em seus movimentos graciosos e escorregadios, impossibilitando-o de atingi-la independente da sua destreza e velocidade inumanas. Durante a sincrônica combinação de múltiplos golpes, Nero arriscou em um suposto ponto cego que não serviu nem para retardá-la – ela mantinha a disciplina lendo seus gestos e linguagem corporal.

Considerando seu temperamento, Nero lidou bem com a falta de seriedade nela que mais parecia desdenhar de suas competências com a clara demonstração de agilidade em executar cada desvio. Arya ergueu seu Devil Breaker, impressionando Nico que aplaudiu com visível excitação. Nem pôde assimilar em que segundo, em meio aos seus consecutivos e ferozes ataques, ela arrancou a prótese. Talvez estivesse superando suas expectativas iniciais: se Dante fora um desafio, Arya ultrapassava esse nível. Ela atirou-o para a mecânica que o pegou desajeitadamente.

– Não se engane, Nero. Estar meio morta não me incapacita, muito pelo contrário – brandiu a espada que Nico desenvolveu especialmente para ela. – Eu comandei muitos exércitos quando você sequer existia. Isso não passa de um mero aquecimento.

Nico riu, jogando lenha na fogueira com seus comentários inoportunos.

– Você fala muito para alguém que não fez... – sem completar a sentença, uma pressão em seu abdômen o arremessou alguns metros de onde ocorria o treino.

Nero arfou, tocando a área afetada. Não eclodiu dor nenhuma e a sensação que captou tardiamente era de uma palma chocando-se bruscamente em seu diafragma, obrigando-o a respirar mais fortemente para recuperar o fôlego.

– Não se resolve tudo na força bruta – exclamou em tom orientador, aproximando-se do caçador. – Ou tem isso – indicou o músculo do braço ilustrando sua evidente abordagem instrutiva. – Ou isso – apontou para a cabeça. – Se depender somente da sua aptidão física para lutar, vai perder antes de começar. Você subestima demais seu adversário e esquece que sempre existirá alguém mais poderoso que você. – embainhou a espada, aguardando uma reação de Nero. – Precisa aprender a usar mais sua mente em conjunto com seu corpo.

– Eu entendi – cortou-a, sem humor.

– Não fique tão irritado, grande homem – Nico se interpôs na conversa, esbanjando diversão.

Arya estendeu a mão e, movido por puro reflexo, agarrou-a.

– Eu não vou te soltar. Não mais. – ficaram segundos presos um no olhar do outro, se descobrindo. Pequenas descargas elétricas percorreram o corpo de Nero com a troca de calor, não queria se afastar e quebrar o encanto – e a atmosfera pacífica que os envolvia.

– Eu devia ter feito uma aposta – Nico gracejou, soltando a fumaça do cigarro que pendurava despretensiosamente nos lábios carnudos e rosados.

– E iria apostar com quem? – arqueou a sobrancelha.

– Com você. Eu poderia ter ficado 50 dólares mais rica – baforou, sorrindo contemplativa.

Arya assistiu os dois com um peso colossal em seu peito, sentindo a aflição apoderar-se de si, silenciosa e corrosiva. Surpreendendo os duas figuras que entretidamente dialogavam, abraçou Nero com força, deixando-o desnorteado e confuso, mas que retribuiu-a ao tomar consciência do ato.

Ao libertá-lo do aperto, reparou no rubor fora do comum que tingia a face do caçador.

– Você foi bem, Nero. Só que precisa melhorar – bateu no flanco do rapaz, fazendo-o curvar-se ofegante. – Principalmente estar com o campo aberto perto da sua adversária.

– Isso não vale – esbravejou.

As duas mulheres riram com a cena.

A noite caiu com seu manto negro salpicado pelo brilho das estrelas pelo céu. Nico descansava após horas assumindo a direção da van e retirando os entulhos que obstruíam sua passagem na estrada enquanto Nero ocupava-se de eliminar os demônios que surgiam. O ruído ritmado do pequeno ventilador trazia calmaria e um sentimento de estabilidade. Nero observava a lua acima de si, distraído. No entanto, não o suficiente para não sentir a proximidade de Arya. Ela acomodou-se ao seu lado, reflexiva.

– Alguma coisa te preocupa? – indagou, olhando-a de soslaio.

– Nada de mais. – retrucou mecanicamente. – Estou me preparando para partir.

Dessa vez, Nero a abraçou bruscamente como se estivesse plenamente ciente do que se passava no coração e na mente da mulher. Externando seus mais íntimos receios, afundou o rosto na curvatura do pescoço dele rezando para que as palavras que ensaiou horas antes saíssem como desejava. Apegou-se demais ao garoto e isso seria sua ruína.

– Eu agradeço por tudo que fizeram por mim – sua sincera afirmação ficou no ar, flutuando por eles. Havia mais certezas que duvidas para sua decisão, ainda assim, escolheu com sabedoria o que diria.

– Nico ficará triste com sua partida – sorriu com a clara intenção de amenizar a tensão que nasceu.

– Você dará conta.

Penas douradas ocuparam o campo de visão de Nero. Asas luminescentes projetaram-se nas costas da mulher, expandindo-se e alongando-se, cobrindo-o quase totalmente.

– Eu tenho um último pedido – seu timbre suave e aveludado tomou sua atenção. – Esqueça essa vingança. Você não pode ter contato com Sebastian. Fique o mais longe possível dele. – franziu a testa, seu semblante mais duro. – Agora que ele já está com seus poderes restaurados, nada no mundo irá pará-lo.

– E deixar toda diversão pra você?

– Você não entende, Nero.

– O que eu não entendo? Que está me tirando da jogada? Que está me dizendo para desistir? Ele me tirou tudo! – rosnou, exalando agressividade que abalou Arya. – O que quer? Que eu espere que me deem permissão para lutar?

– Você não pode confrontá-lo! Sebastian é se... – controlou-se a tempo, não terminando a frase. – Não é a hora. Você entenderá algum dia. – instigado com o que ela quase revelou, Nero agitou-se, pronto para ir atrás dela.

Arya sabia o que ele planejava e munindo-se de sua reserva de energia, alçou vôo e desapareceu.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro