7- País das Maravilhas do BDSM.
+18 _ BDSM
Eu sei que sou viciada por Alice no País das Maravilhas, e isso desde que sou criança, mas eu nunca imaginei que fosse acabar caindo em uma toca de coelho de verdade (que encontrei em meu quintal) e entrando no País das Maravilhas de verdade.
Sim, com toda certeza estou sonhando.
Bom, eu me lembro de ter acordado hoje, mas isso não vem ao caso agora. O que importa é eu vou dar um jeito de sair daqui, ou eu posso sentar e esperar eu acordar e está tudo bem. Se bem que esse lugar é meio sinistro.
Aqui é um tanto escuro, um tanto exótico até. Em alguns lugares há correntes pendendo do céu, mesmo que eu esteja ao ar livre, não faço idéia de onde elas se fixam. Ao meu redor é visível várias plantas, algumas no qual eu nunca tinha visto antes. Eu sigo caminhando e observando tudo ao meu redor, depois de um certo tempo, eu acabo parando em uma mansão de cor escura, que aparentemente é enorme.
Devo entrar? Bom, é um sonho, o que poderia acontecer, não é?
Entrando na mansão, eu entrei primeiramente em um tipo de salão, bem espaçoso, com paredes de pedra. Isso é mais parecido com uma masmorra.
Uma masmorra, na linguagem BDSM, é um lugar onde dominadores (tanto homem quanto mulher) profissionais atendem alguns submissos, clientes, as pessoas costumam pagar para terem práticas sadomasoquistas com esses dominadores.
Okay, não é como se eu fosse encontrar um dominador profissional aqui dentro, é?
— Olha só quem vemos aqui. Como se chama? — do meio do nada, alguém surge, e pela minha experiência (em leituras e filmes), e pelas roupas, posso dizer que é o Chapeleiro Maluco.
Engraçado, não lembrava que ele era tão gostoso.
— Pode me chamar de S/n... Você é o chapeleiro maluco, não é?
— Pode me chamar assim, se quiser. De certa forma, eu sou, gosto de fazer chapéus nos meus tempos livres. É um prazer conhecê-la.
— O prazer é meu... Por que é tudo tão diferente?
— Como você já percebeu, esse não é o País das Maravilhas em que você deve estar acostumada. É o País das Maravilhas do BDSM.
Agora, sinto que meu queixo foi ao chão. Então, se for verdade, isso aqui é sim uma masmorra, e ele é sim um dominador profissional. E porra, eu tenho natureza submissa, e ela está louca para fazer tudo o que esse homem mandar.
Ele vem chegando cada vez mais perto, caminhando cautelosamente, como um predador se prepara para atacar sua presa. Quando chega perto o suficiente, ele me segura pela cintura, com seu rosto a centímetros do meu.
— Meu bem, seu olhar não esconde nada. A submissa que há em você... deseja o dominador que há em mim.
— Mas... eu nem te conheço.
— Isso não importa — ele beijou meu pescoço, me arrancando um arfar baixo. — Você me quer, e você vai me ter.
Dito isso, ele ataca meus lábios em um beijo selvagem, me fazendo ficar mais excitada do que já estava. Sutil, como agora sei que ele é, ele me puxa para algum canto, esse que eu não vejo e nem presto atenção em nada. Após isso, ouço o barulho de uma porta se fechando, parando o beijo eu pude observar o lugar; um quarto totalmente vermelho. Nele havia uma cama enorme, localizada no meio de um dos cantos, um sofá no outro canto. Um lustre lindo pendia do teto e vários instrumentos de práticas BDSM em uma das paredes, do lado contrário da cama e do sofá, tudo com tons escuros. No quarto, pude perceber duas janelas, que vão do teto ao chão, tinha um aparelho de ar-condicionado acima da porta. Também não pude deixar de notar algumas velas espalhadas pelo local, todas apagadas. Esse lugar é incrível.
Como um choque de realidade, eu me afasto dele subitamente, e como ele estava atrás de mim, minha única saída para me afastar, foi entrar no quarto. Acontece que eu não posso fazer isso, eu nem o conheço, mesmo sabendo que isso é um sonho, eu não devo.
— Não posso fazer isso com você, eu não conheço você. E eu tenho quase certeza de que isso é um sonho.
— Sonho, é? — ele sorriu sarcástico. — Quando eu te beijei você conseguiu me sentir muito bem, não é? — ele perguntou, se aproximando novamente e sussurrando em meu ouvido. — Ainda acha que é um sonho?
— B-bom... É que é difícil acreditar que o País das Maravilhas existe mesmo...
— Sim, eu sei. Minha querida, isso aqui não é um sonho, e não é porque não me conhece que não quer fazer isso comigo, acredite — ele se interrompe por alguns segundos, apenas para chegar mais perto e voltar a sussurrar. — É tudo o que você mais quer no momento, não é?
— Sim... É tudo o que eu mais quero — porra, eu quero, mas será que posso? — Mas eu... — ele me interrompe, selando nossos lábios novamente.
Sem que falássemos mais alguma coisa, ele foi caminhando, nos levando rumo à cama, coisa que eu percebi apenas quando senti o toque do colchão macio. Fui me arrastando pelo colchão até parar na cabeceira da cama, com ele ainda me beijando. Quando eu estava onde supostamente era para estar, ele saiu de cima de mim, ficando em pé ao lado da cama, me encarando profundamente.
— Sabe todas as regras para práticas BDSM, certo? — eu apenas assenti. — Ótimo, vamos começar com você respondendo minhas perguntas decentemente. Vou perguntar de novo, Você sabe todas as regras?
— Sim, senhor — me esforcei para dizer. Eu poderia ficar o observando o dia todo.
— Ótimo. Qual sua safeword? Sabe que precisará usá-la se quiser que eu pare, não esqueça que tem que ser algo em que você não poderá dizer sem querer.
— Er... borboleta? — borboletas me lembram o País em que estou, e eu gosto bastante delas, então por que não?
— Certo. Tem alguma coisa que você não gostaria de fazer?
— Needle Play e Breathplay.
— Por que? — ele pergunta, como se me testasse para saber se eu sei o que estou falando.
— O needle play porque não sou muito fã das agulhas. O breathplay porque não gosto da sensação de sufocamento, então...
— Entendo. Tem alguma pergunta antes de começarmos?
— Sim, senhor — ele apenas me olhou, esperando. — Você é sádico? — meu medo é que ele acabe me machucando, mas se eu for fazer mesmo isso, tenho que confiar nele.
— De certo modo sim, mas um sádico consensual, ou seja, não vou fazer nada que saiba que você não vai gostar, principalmente, não vou machucar você, não de uma forma que você não vá gostar. Mais alguma pergunta?
— Quero saber seu nome de verdade — ele pensou por um tempo antes de responder.
— Min Yoongi.
— E eu posso gemer o seu nome, senhor? — ele deu um sorrisinho de lado.
— Você deve, s/n, se não tivesse perguntado eu mesmo teria dito meu nome. Pronta? — eu respondi, apropriadamente, e ele se afastou.
Sendo essas nossas últimas palavras, ele foi até a parede onde estavam todos os objetos, e pegou os que possivelmente iríamos usar. Ele se aproximou novamente e algemou minhas mãos à cabeceira. A algema era de couro, então acho que não vai machucar tanto. Yoongi deixou os outros objetos na cômoda que tinha ali do lado da cama. Em seguida, ele abriu uma gaveta e pegou uma caixa de fósforos, acendendo todas as velas logo depois, deixando o ambiente ainda mais sexy. Ele subiu em cima da cama e colocou um joelho de cada lado de minhas pernas, permanecendo ajoelhado.
Eu estava usando um vestido vermelho colado e curto, com um zíper na frente, e uma bota de salto fino que vai até as minhas coxas. Ele abriu o zíper vestido, vendo a lingerie preta que eu estou usando. Ele não tirou minhas botas, preferiu deixá-las ali.
— Você se importaria se usássemos alguns brinquedos, s/n?
— Não, senhor — ele deixou um beijo em meu pescoço, como uma forma de me parabenizar pelo meu acerto de resposta.
Após minha resposta, ele tirou minha calcinha e desabotoou meu sutiã; que tinha o fecho na frente, levantou da cama e pegou um copo com alguns cubos de gelo que estava em um frigobar que eu não havia percebido ali. Voltando para cima de mim, ele colocou um gelo na boca, logo se aproximando e me beijando, passando o gelo para mim.
— Não morda o gelo, deixe que derreta sozinho.
Então, ele pegou outro gelo, desta vez, passando por meu corpo, começando pelo pescoço, seios, barriga, parte de dentro de minhas coxas e enfim; meu clitóris. Eu me contorci e gemi com a sensação gelada, isso estava sendo totalmente excitante.
— Qual o nome do que estamos fazendo? — ele está testando minha sanidade, com certeza, isso lá é hora de me fazer perguntas? Com a demora em responder, ele me deu um tapa estalado na parte de cima da coxa, me fazendo responder rápido.
— Wax play... É um tipo de temperature play. Ele estimula os neuroreceptores com sensações quentes ou frias — deixei escapar outro gemido quando ele me penetrou com o gelo que estava em sua boca, mas eu não consegui senti-lo dentro de mim, apenas sua língua que estava indo cada vez mais fundo, mas ele se afastou após isso.
— Isso, anjo — deixou um beijo no lugar do tapa que ele havia me dado na coxa. — E você se sente estimulada? — ele perguntou, mas já sabia a resposta.
— Muito, senhor.
— Ótimo. Agora, eu quero que você faça duas coisas, acha que consegue?
— Sim, senhor. Consigo.
— Então — ele se abaixa, com seu rosto de frente ao meu, colando seus lábios em meu ouvido, friccionando seu membro em minha intimidade, sussurrando em seguida. — Eu não quero ouvir nem um gemido seu, certo? E você também não pode gozar — eu estava incrédula. Como eu vou conseguir fazer isso?
— Sim, senhor — porém, essa foi a única resposta que eu poderia dar, porque vou fazer meu máximo para fazer o que ele está mandando.
Com isso, ele se levantou mais uma vez, agora para pegar o vibrador que deixou na cômoda, ficou sobre mim mais uma vez e o penetrou em mim lentamente, ligando logo em seguida, com um controle, que ele conseguiria ditar a velocidade. Então, ele segurou em minha cintura e me virou de bruços, logo aumentando um pouco a velocidade. Pude ver ele se afastar e sentar no sofá que havia ali, apenas me observando.
Por enquanto, estava sendo fácil controlar os gemidos, mas então ele decidiu que queria me ver sofrer de verdade, então aumentou a velocidade, indo aparentemente ao máximo. Eu não estava aguentando mais, estava me contorcendo por inteira, minha respiração estava acelerada, e com um momento de loucura e estupidez eu me permiti gemer, e com isso, despertei o sádico dentro dele.
— Tsc, eu disse para não fazer isso — ele se levantou, caminhou até a cômoda e pegou um chicote, logo, desistiu e olhou para mim. — Eu ia usar o chicote em você, mas tive uma idéia melhor, amor — então, ele desafivelou o cinto e o tirou, o dobrando e segurando com uma única mão. — Eu vou te dar sete, e você vai contar comigo, ouviu? — se colocou sobre mim novamente, de joelhos.
— S-sim, s-senhor — com o vibrador ainda ligado, minha voz saiu falha. Eu estava me segurando ao máximo para não gozar.
— Eu não quero ouvir nenhum gemido, e depois que você acabar de contar, talvez eu deixe você gozar — com isso, sem muita força, o estalo do cinto se fez presente no quarto, e quase deixei mais um gemido escapar. — Não estou ouvindo você contar.
— 1... — me esforcei para conseguir dizer.
Com isso, vieram mais uma e mais uma, logo, as sete cintadas foram dadas. Lágrimas de prazer rolavam em meu rosto, eu não estava mais aguentando.
— Senhor, por favor, me permita gozar. Por favor.
— Não sei se você merece — ele disse, em um falso tom de dúvida.
— Por favor! — eu praticamente gritei, implorando para ele me deixar chegar ao meu limite.
— Antes... por que estou fazendo isso com você? Por que você apanhou? — ele me perguntou, autoritário.
— Porque eu fui uma submissa desobediente e gemi quando o senhor me mandou ficar quieta.
— Isso mesmo, meu bem — e então, ele deu sua permissão, com um sorriso sádico, e com isso; um gemido alto e o meu ápice veio. Yoongi desligou o vibrador, o tirando de dentro de mim, e o deixando em cima da cômoda novamente, e então me virou mais uma vez, me deixando de frente para ele.
— Você não sabe o quanto é prazeroso te ver se contorcendo e implorando. Me diga, querida, o que você quer agora?
Eu não precisava pensar nem um segundo para responder: — Me fode, senhor; rápido, fundo, forte, e bruto, por favor.
Ele não respondeu, mas se levantou e começou a tirar sua roupa, com meu olhar queimando sobre ele. Quando ele já estava nu, pude ver todo o seu tamanho, e quase me arrependi de ter mandado ele me foder de forma bruta; eu provavelmente ficarei algumas horas sem conseguir andar direito.
Ele então se acomodou entre minhas pernas, e sem nem me deixar pensar, me penetrou de uma vez; rápido, fundo, forte e bruto, assim como eu havia pedido. Ele não parou as estocadas por nenhum segundo, seus cabelos negros já estavam grudados há sua testa, o deixando mais sexy do que já era, abracei sua cintura com minhas pernas, o salto de minha bota precisando contra sua pele, o fazendo gemer de forma rouca. Nós estávamos suados, o som erótico de nossos corpos se chocando, juntamente com nossos gemidos, me deixava ainda mais excitada. Pela sensibilidade, não demorou para que eu gozasse novamente, e não demorou muito para que ele viesse também logo depois, se deitando ao meu em seguida, os dois afobados, com as respirações descompassadas, juntamente com os nossos corações batendo acelerados pela adrenalina.
— Isso foi... — eu estava sem palavras para me expressar.
— Sim, foi — nós sorrimos um para o outro. — Como você está?
— Acho que bem, senpai.
— Está me provocando?
— Claro que não, senhor — sim, eu estava.
Após um tempo, ele me soltou da cama, tirou minha bota e sutiã e me pegou no colo, caminhando em direção ao banheiro. Enquanto tomávamos banho, eu pensei muito, e não demorou para que tomasse a decisão de que eu não iria mais sair dali, não sairia do lado dele, eu ficaria ali; no País das Maravilhas do BDSM, afinal, não havia nada a me prender onde eu morava, e eu sabia que aquilo não era um simples sonho, era real.
Depois, contei a ele o que eu havia decidido, ele ficou contente, claro, e disse que eu poderia visitar meu mundo quando quisesse. E para comemorarmos, dali para a noite, transamos mais algumas vezes, de diversas formas diferentes.
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