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Capítulo 4

  Uma das vantagens de ter sua própria empresa é a liberdade de começar a trabalhar no horário que quiser e não precisar ir presencialmente. A parte da manhã já tinha passado, e eu estava no escritório que possuía dentro do meu apartamento. Não tinha nenhuma reunião com cliente hoje e decidi trabalhar em paz dentro do apê, até porque minha noite seria uma dor de cabeça gigantesca.

  Vejo uma notificação do meu e-mail e o abro. Era de minha secretária.

Prezada Srta. Harris,

Envio a proposta do cliente, Dr. Miller. A reunião foi marcada com ele conforme a senhorita me instruiu. Peço desculpas pelo equívoco.

Atenciosamente,
Melissa Hoover.

P.S.: Obrigada por não me demitir.

  Reviro os olhos, ainda insatisfeita com a competência dela, mas novamente resolvo relevar o ocorrido por causa de Liz. Ela tinha dito que a mãe de Melissa estava com dificuldades financeiras devido a uma doença. Liz também havia me dito que o quadro dela tinha piorado e Melissa precisava muito daquele emprego, sendo assim resolvi dar uma chance a ela. 

  Abro o arquivo e começo a ler. Não era um processo fácil, porém era um processo que renderia dinheiro. Ele relata que quer processar o vendedor de um equipamento que adquiriu para sua clínica, que não está performando conforme o vendedor lhe prometeu. Os relatos eram, de certa forma, superficiais, e percebo que a investigação seria custosa. Continuo a ler o documento, quando um nome aparece e meus olhos se fixam nele.

– O universo só pode estar zoando com a minha cara.

  Pisco os olhos fortemente e esfrego-os ainda mais forte, pensando que poderia ser a dor de cabeça. Não era. O nome da empresa à qual o processo seria direcionado era InnovaMedix.

  Pego o contrato e os relatos do médico e mando para minha impressora; isso teria que ser feito à moda antiga. Pego todas as minhas canetas coloridas, me espalho no chão com todos os papéis e avalio linha por linha, torcendo para não encontrar nada que me fizesse aceitar aquele processo, torcendo para ser uma causa perdida ou algo que eu não ganharia de forma nenhuma, para que assim eu tivesse uma desculpa plausível para não aceitar.

  Passo horas e mais horas debruçada no meu trabalho, e nada. De certa forma, me sinto aliviada por não ter que lidar com aquela empresa e as pessoas que a envolviam. Nada contra a InnovaMedix, muito pelo contrário, era uma ótima empresa, com bons princípios e ótimos resultados. Não é à toa que virou referência no mercado. Porém, eu era totalmente contra as pessoas que trabalhavam nela. Verdade seja dita, eu não gostava do pai Scott. Sei que provavelmente não teria contato com ele, mas Scott estava em Chicago, o que poderia indicar que seu pai também poderia estar, e não tenho prazer nenhum em encontrar aquele homem novamente.

  Respiro fundo, pronta para encerrar minha busca. Poderia continuar outro dia. Já fazia cinco horas que estava lendo os documentos e nada, e, pela primeira vez desde que abri minha firma, me sinto feliz de não ter encontrado algo útil. Começo a recolher meus papéis e, como hábito, meus olhos correm por eles nesse meio-tempo, algo rápido e dinâmico, costume que adquiri desde o início da faculdade de Direito, para economizar meu tempo. Tinha acabado de recolher as canetas, e faltavam apenas mais algumas folhas. Quando pego a próxima, meu maldito hábito me leva para a forca.

Lá estava. Solto tudo no chão novamente e leio com atenção, cada palavra e cada vírgula colocada.

Era isso. Não daria para fugir. Esse caso era causa ganha para mim.

___***___

– Cheguei, vacas! – Liz abre a porta, anunciando sua chegada.

Liz foi a última a chegar. Ash e Amber já estavam no fogão preparando alguma coisa que eu estava desinteressada em saber. Eu estava sentada no sofá com meu notebook no colo, terminando algumas tarefas do trabalho.

– Ela está trabalhando até agora? – Liz pergunta, apontando seu vinho em minha direção.

– É claro que está! É da Sky que estamos falando – Amber se pronuncia.

– Ainda bem que não montei minha firma, muito trabalhoso – Liz coloca o vinho sobre a bancada e logo depois se joga na poltrona à minha frente. – Solta isso aí, vaca! É a noite das meninas!

Ergo meus olhos por trás dos óculos, a fuzilando. Meu humor estava uma merda.

– Já disse que você fica muito gostosa com esses óculos? Parece uma secretária sexy, pronta para fazer besteiras com seu chefe. Devia usar eles mais vezes.

Reviro os olhos e nem respondo à morena irritante na minha frente.

Liz era a amiga doida, baladeira, liberal e tudo que o mundo atual defende. Conheci ela no segundo ano da faculdade de Direito, em um bar, para ser mais exata. Um cara bêbado tentou passar a mão na minha bunda, mas ela torceu seu braço antes do ato, e desde então viramos amigas. Coincidentemente, ela também veio para Chicago, o que aprofundou ainda mais nossa amizade.

– Deixa ela em paz, Liz, ou você vai acabar apanhando. Sky tá com péssimo humor hoje.

Me viro para Ash e mando um beijo para a ruiva maravilhosa.

Ashley, minha amiga de longa data, a conheci quando tinha sete anos, o que chamamos de amiga de infância. Ash tem uma confeitaria no centro de Chicago que é simplesmente maravilhosa, ela sempre teve o dom para cozinhar e fazer doces. Colocou a cara a tapa e seguiu seu sonho. Era invejável a determinação e disciplina daquela mulher. Sua personalidade combinava muito com sua profissão; Ash era doce e compreensiva. Nunca a tinha visto falar um palavrão, o que era um grande contraste quando se andava comigo. Era facilmente a mais calma de nós, não gostava de baladas nem de locais muito cheios. Preferia encontros como os de hoje, e nós respeitávamos isso.

– Sky sempre está de péssimo humor, com esse pavio curto dela. Nunca a vi ficar menos de três horas sem xingar alguém. Acho que ser advogada combina perfeitamente com ela: pode contrariar os outros, brigar e ainda receber por isso.

– Ninguém pediu sua opinião, Amberly – respondo à loira.

E, por fim, Amberly Rose. A conheci por causa do meu trabalho; ela foi minha cliente no segundo ano em que estava em Chicago. Me mudei para Chicago com 26 anos e ainda não tinha uma área de atuação. Eu trabalhava em uma companhia mediana de advocacia. Amber foi até o escritório à procura de seu advogado, que era um filho da puta que eu odiava com todas as minhas forças. Ele era um maldito corrupto que aceitava dinheiro por qualquer motivo. Amber sofria violência doméstica, e seu marido tinha pago aquele imbecil para ser advogado dela e perder a causa, coisas que fui descobrindo com o tempo. Por fim, eu peguei a causa, coloquei o agressor na cadeia, e o maldito advogado perdeu sua licença para advogar. Quando conhecemos Amber, ela era frágil e insegura, mas tinha uma máscara que escondia todo o medo. Foi difícil passar por essa camada. Nos últimos quatro anos, eu e as meninas nos empenhamos muito para lhe trazer segurança, e hoje ela é muito mais segura de si e uma mulher extremamente foda por superar tudo que passou.

– Pedindo ou não, é a verdade – Amber pisca para mim.

– Pronto! Venham comer – a cozinheira do grupo anuncia, e solto meu notebook no mesmo instante.

Ash era muito calma, porém não podia ter atrasos após a refeição estar pronta.

– O que temos hoje, anjo da minha vida? – abraço a ruiva de lado.

– Massa com vinho, é claro. E uma sobremesa para adoçar seu dia. Como foi encontrar seu rival após oito anos?

– Uma verdadeira desgraça, e parece que essa desgraça só piora – sento no banco, derrotada, e abro a tampa da panela, inalando o cheiro maravilhoso.

– Aconteceu mais alguma coisa? – Ash pergunta, e as outras duas fofoqueiras chegam mais perto para ouvir.

– Lembram que falei do meu cliente que era médico, aquele coroa que me renderia uma grana? – Todas acenam positivamente; nós compartilhávamos quase tudo, então, na maioria das vezes, os acontecimentos eram de conhecimento de todas. – Bom, ele quer processar uma empresa que vende equipamentos médicos. Agora é só completar as entrelinhas.

– Puts – Amber é a primeira a se pronunciar, e Ash apenas faz uma careta, se compadecendo de mim.

– O quê? O que eu perdi? – Liz fica perdida.

– Para começar, Alex é um ser bem rico que trabalha em uma empresa que produz equipamentos médicos. - Diz Ash.

– Ahh, nem é tão rico assim. O amigo disse que ele era líder da equipe de desenvolvimento – Amber diz e começa a servir nosso vinho, ao terminar já pega sua taça.

– Não contou para ela? – a ruiva me olha, e apenas dou de ombros.

– Contou o quê? – Amber pergunta, já tomando o vinho.

– Porra, gente! Conta a merda toda de uma vez – Liz estoura.

– Alexander Murray Scott, filho de Daniel Williams Scott, dono da empresa InnovaMedix, a maior empresa de equipamentos médicos dos EUA, e que já avançou no mercado internacional. Ou seja, Alexander Scott é o herdeiro da maior empresa de equipamentos do país.

– Puta que pariu! – Liz, a que é quase tão desbocada quanto eu, grita. Amber, pela segunda vez no dia, cospe o líquido da boca em surpresa.

– Meu Deus! Ele é um chaebol! – Amber diz após limpar a boca.

– Chae... o quê? – pergunto, sem entender.

– Ignora, é algo dos doramas dela – Liz responde.

– Enfim, é isso aí. Agora meu cliente quer processar a empresa dele, então é provável que eu o veja de novo.

– Você vai aceitar? – elas perguntam em uníssono.

– Já me viram perder dinheiro fácil? – Resolvo pegar a massa e meu vinho.

– Minha teoria é que eles se amam. Liz, você tem que ver a química entre eles – a loira se pronuncia, e a fuzilo com os olhos.

– É gato? – a morena olha desconfiada.

– Gostoso pra caralho – é a resposta de Amber.

– Nem é tanto – digo, revirando os olhos.

– Ashley, nosso anjo santo e inocente. Fale o que acha do nosso chaebol, Liz irá confiar em seu julgamento.

– Ele é maravilhoso. Seu apelido na faculdade era "Deus Alpha". Se ele estiver tão bonito quanto era, a análise de Amber não está errada – responde Ash.

Todas olham para mim, esperando minha confirmação da beleza. Escolho ficar calada, afinal, o infeliz estava ainda mais bonito que na faculdade.

– Ha! Falei! – Amber se vangloria, triunfante. – Ela não tem coragem de falar porque sabe que ele é uma perdição.

– Isso ele não é! – falo finalmente. – Impossível desejar aquele cara! Então, para mim, Sky Harris, ele não é uma perdição!

– Acho que teremos um cunhado – Liz me provoca com um sorriso maldoso.

– Nos seus sonhos! – Subo meu dedo do meio e esfrego na cara dela. Ela bate no meu dedo e mostra a língua.

– Não estamos aqui para ouvir sua versão! – Amber se pronuncia novamente e serve sua comida. – Ash, estamos a todo ouvidos. Conte-nos sobre esse tal Scott.

Ash começa sua versão da história, e reviro os olhos ao me lembrar de como nos conhecemos.

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