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Capítulo 37 - Mais do que se pode falar

Emily Broussard

Voltar para Miami era diferente agora. Por mais que aquela tivesse sido minha nova casa por tanto tempo, o lugar onde eu havia conseguido me reconstruir, uma parte minha tinha ficado em Jacksonville. Na verdade, para sempre ficaria desde a morte de Emmie, mas agora... era só diferente.

Depois de duas semanas de volta, eu estava no modo automático. Da aula para o dormitório, às vezes passando pela biblioteca para estudar ― e até fugir dos questionamentos de Alisha ―, assim eu estava tomando as coisas. Não era maduro da minha parte, não era justificável, mas a última coisa que eu precisava eram de mais problemas.

Vi os esforços de Alisha, sua paciência que parecia diminuir cada vez que eu esquivava, inconscientemente, dos seus toques, então soube que eu precisava enfrentar o que quer que estivesse me incomodando.

Ela precisava saber, mesmo que aos poucos.

― Ei, você chegou ― Ela disse, dobrando suas roupas em cima da cama, quando cheguei no quarto. ― Minha aula terminou mais cedo hoje.

Sorri leve e me aproximei dela, dando um beijo rápido em sua boca. Logo fui para a minha cama e joguei minha bolsa nela.

― Eu estava pensando que poderíamos sair.

― Sair? ― Perguntei, de costas para ela. Eu sentia seus olhos em mim.

― Sim, Emily, sair. Como casais normais fazem, sabe? ― Parei alguns segundos, respirando fundo, então me virei para ela. ― Faz tempo que não temos um momento só nosso.

― Estou cheia de coisas, só isso.

― Eu também estou, mas... ― Cruzou os braços, insegura. Odiava vê-la assim. ― É só um jantar. Prometo que voltamos logo.

Por mais que minha cabeça estivesse cheia de merda, eu ainda a amava. Ela era a mulher da minha vida, ela quem havia sido uma das pessoas que tinha me ajudado e me reerguer. Simplesmente não podia fazer isso com ela.

E se chegasse a fazer, que fosse do jeito certo.

― Ok. Vamos sair.

Seu olhar iluminou e um sorriso pareceu nascer em seus lábios.

― Sério? ― Perguntou como se minha resposta fosse a melhor das surpresas.

Jesus.

O que eu havia feito em tão pouco tempo para ela se sentir daquela forma?

― Sim, amor. Olhe ― Me aproximei dela e segurei suas mãos. ― Eu venho sendo péssima esses dias, estou cansada e cheia de coisas, mas eu te amo. Desculpa por não estar demonstrando tanto isso.

Ela soltou uma das minhas mãos e tocou meu rosto, fazendo um carinho leve na minha bochecha.

― Eu te amo também, Em.

― Vou tomar um banho rápido, sem você, infelizmente. ― Ela fez bico. ― Só para não atrasarmos.

― Promete que serei recompensada? Faz dias que você não me toca, está lembrada? ― Disse, levando uma das mãos a minha virilha. Tentei com todas as forças não me afastar.

― Prometo. ― Falei, sem saber realmente como reagiria depois que voltássemos.

Mas se era para fazê-la se sentir melhor, então que assim fosse.

...

Iríamos a um bistrô no centro, à beira mar, chamado Crazy About You ― nada sugestível o nome. Segundo Alisha eles serviam uma das melhores comidas da cidade e era perfeito para um momento só nós duas.

A verdade é que eu estava esperando uma saída mais casual, despojada, mas quando vi ela começar a se arrumar pra valer, com aquele belíssimo vestido verde tubinho, soube que seria tudo menos simples. Vesti um vestido preto, também tubinho, calcei botas de cano alto que cobriam toda minha panturrilha e coloquei um colar de corrente de ouro e brincos pequenos de argola. Por cima, vesti uma jaqueta de tecido também preta, um pouco mais comprido que o vestido, e finalizei com uma maquiagem mais leve e perfume.

Alisha sorriu, surgindo atrás de mim, me admirando pelo reflexo do espelho.

― Você está linda. ― Sussurrou, rodeando os braços em minha barriga.

― Obrigada. Você também está.

Virei o rosto em sua direção e ela me deu um beijo leve.

O lugar era realmente mais sofisticado do que pensei, no entanto o que mais surpreendeu foi saber que tinha uma mesa reservada para nós.

Lancei um olhar confuso e ela apenas sorriu.

― Sabia que aceitaria sair comigo, por isso reservei.

E saiu caminhando, rebolando descaradamente.

― Isso mesmo, Raisman. Vá jogando seus jogos. ― Falei e ela deu risada.

A mesa ficava no deque do restaurante, realmente à beira-mar. Alisha quem ficou responsável por fazer os pedidos. Ela, ao contrário de mim, conhecia bem essas comidas chiques.

Era realmente tudo gostoso. Enquanto comíamos ela falava sobre assuntos do nosso dia a dia, sobre sua rotina, a correria da faculdade, o que deu muito alívio. Mas quando terminamos de comer e ela ficou mais séria, sabia o que aquilo significava.

― Estou preocupada com você, Emily. Essas coisas nunca aconteceram desde que começamos a ficar juntas.

― Que coisas?

― Você sabe. Esse clima horrível, essa distância. Eu sei que tem sentimentos que você não pode controlar, sei da sua perda, mas... ― Ela suspirou. ― Eu fico perdida. Não sei se você me ama, me odeia, se de repente não vai mais me querer. Se eu soubesse que aquela conversa te deixaria assim, teria aconselhado o contrário.

― Isso não é sobre você, Alisha. Como você disse, tem sentimentos que eu simplesmente não consigo controlar. ― Falei, tentando não explodir. ― Não quero que sinta que não te amo ou qualquer outra coisa. Nada que acontece comigo é sua culpa. E sei que tenho estado distante, mas sinto que se ficar próxima, posso fazer ou falar alguma merda e não quero te envolver nisso.

Ela segurou minha mão por cima da mesa.

― Você pode contar comigo sempre. Quero que fale comigo.

― Eu não quero... falar. ― Engoli em seco. ― Não agora.

Ela ficou triste, vi em seu olhar. E aquilo era pior do que uma facada.

― Então não tem outra pessoa, não é?

Dei uma risada leve com sua pergunta, desacreditada. Por alguns segundos pensei que ela falava realmente de alguém novo, que eu tivesse interessada em outras pessoas.

Mas ela falava de Ethan.

Então neguei com a cabeça várias vezes.

― Isso não é justo, Alisha. Como você... ― Suspirei. ― Vou ao banheiro.

Fiquei de pé e quando passei por sua cadeira, ela segurou meu braço e falou baixo, quase sussurrando:

― Por favor, não demore.

Enrijeci o maxilar, então assenti.

O banheiro estava vazio, felizmente. Eu tirei meu casaco, joguei a bolsa sobre a bancada de mármore e fiquei segurando o colar, sentindo que estava sufocando. Ela tinha desconfianças agora, sobre meus sentimentos. O que me assustava era que eu também tinha.

Respirei fundo por alguns segundos e aos poucos minha visão foi voltando ao normal, assim como os batimentos. Olhei para o lado ao ouvir uma pia abrindo.

Tinha alguém aqui esse tempo todo?

Uma mulher loira, alta, o estereótipo de europeia, me encarava com curiosidade.

― Posso ajudar? ― Perguntei, impaciente.

― Desculpa, não quis parecer uma doida. ― Ela respondeu, sorrindo, enquanto enxugava as mãos.

Eu a ignorei e me olhei no espelho, tentando ver se havia borrado a maquiagem.

― Eu só queria dizer ― Ela falou novamente, se aproximando. ― Que é muito bonita.

Me virei, pronta para dar um fora nela e dizer que não estava interessada, até ver ela apontar um cartão para mim.

― Sou Amber, trabalho com moda. Você tem tudo para trabalhar na área também. Por favor, se se interessa em fazer algum trabalho como modelo, me ligue.

Peguei o cartão e li mentalmente seu nome: Amber Krausel.

― Você é uma scouter ou algo assim? ― Perguntei, desconfiada.

― Algo assim. ― Disse, sorridente. ― Olhe, não acredite em mim de primeira, sei que é perigoso. Pesquise um pouco sobre o meu trabalho, então me ligue se ficar interessada. Prazer em conhece-la.

Ela saiu, sem me dar oportunidade de responder.

Louca.

Guardei o cartão na bolsa, usei o banheiro, então voltei para a mesa. Alisha parecia menos nervosa, ainda bem.

― Vamos fazer um acordo. ― Ela disse, assim que sentei. ― Não vamos falar sobre o que aconteceu em Jacksonville até que nós duas estejamos bem com isso. Não quero te perder, Em.

Meu olhar suavizou. Peguei sua mão e beijei várias vezes.

― Eu concordo. E você não vai me perder.

― Promete?

Assenti antes de responder:

― Prometo.

Quando voltamos para o dormitório, nosso humor havia mudado. Tivemos que nos segurar para não arrancar a roupa uma da outra pelos corredores. Até gritaram pedindo silêncio, por Deus.

Alisha avançou sobre mim como uma leoa quando entramos no quarto e trancamos a porta. Ela estava sedenta, me desejando como nunca antes. Eu também a queria, sempre iria querer. Mas não sei, naquele momento, tão cansada e cheia de coisas na cabeça, eu apenas fui no modo automático.

Não queria ser tocada, iria apenas fazer o que ela queria. Ela tentava tocar meu corpo, mas eu tirava suas mãos de mim de forma rápida, sem ser brusca. Suas tentativas chegaram ao fim quando enfiei dois dedos em seu sexo encharcado e com a outra mão massageei seu peito. Ela estava nua, gemendo meu nome, feliz por aquilo.

Eu apenas fazia, olhando-a, sem vontade, mas feliz por vê-la se satisfazendo. Me culpei compulsivamente por aquilo. Até virei o rosto em um momento para que ela não visse o quanto eu me segurava para não chorar.

Ela teve um orgasmo rápido, forte, e quando chegou ao fim me puxou para cima de si, me abraçando com força. Ao contrário dela, eu estava completamente vestida ― e cansada, muito cansada. Rapidamente ela dormiu, enquanto eu demorei muito, uma eternidade parecia.

No dia seguinte, acordei bem cedo, muito antes dela, e saí deixando um bilhete dizendo que iria correr, mas a verdade é que só precisava de um momento sozinha antes das aulas começarem. Andei um pouco pelo campus, tomei café em um refeitório tranquilo por conta do horário, e então fui para a aula.

Ainda bem que hoje teria consulta com a Dra. Renata, ou seja, as coisas melhorariam e muito comigo. Eu só precisava lembrar que o que havia acontecido em Jacksonville havia sido apenas um momento, algo que jamais se repetiria e que eu tinha uma vida aqui.

Terminei a aula sem ter ouvido nada direito. Saí do prédio querendo almoçar rápido e ir direto para a terapia, sem nem ver Alisha. Quando a encontrasse novamente minha cabeça estaria mais aliviada, assim como as ideias intrusivas.

Assim que pisei meu pé fora do edifício e levantei meu olhar, parei na mesma hora.

Só podia ser um sonho, uma miragem. Não, a porra de um pesadelo.

Ethan estava bem ali, a poucos metros de distância, olhando diretamente para mim.

Bem-vindos a essas novas partes do livro! Estamos chegando na reta final!

E aí? #TeamEmisha ou #TeamEmithan? ♥️

Instagram: @sweetwriter8

Vejo vocês em breve! ♥️

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