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Capítulo 30 - Joy, pain and fear

Emily Broussard

A casa de praia dos Raismans era belíssima.

Alisha e eu chegamos no sábado pela manhã em South Beach, depois de tomarmos café na universidade. A casa ficava em uma área reservada, uma espécie de condomínio para as pessoas que sonhavam em ter um lugar à beira mar.

Era grande, com dois andares e coberta de janelas que a deixavam bem iluminada. Segundo Alisha, a casa tinha quatro suítes, piscina, jacuzzi e um salão de jogos. Porém eu pouco me importei com isso. Dei uma breve olhada na sala de estar, que contava com uma imensa televisão acima da lareira, e quando Alisha foi conversar com o caseiro para dispensá-lo, fui para a parte dos fundos.

Perto da piscina, tendo apenas uma cerca separando, estava a praia. Tirei os chinelos para sentir a areia em meus pés, gostando da sensação, e senti o cheiro. Não sabia que estava precisando daquilo até ela sugerir.

Fechei os olhos, sentindo meu coração acelerar de uma forma boa, quando senti os braços dela rodeando minha barriga e sua cabeça repousando em meu ombro.

― Uma moeda pelos seus pensamentos. ― Sussurrou. Eu sorri leve, negando com a cabeça.

― Não é nada. Gosto de praias, gosto daqui. É uma ótima casa.

― Você não viu nada, correu para cá. ― Ela beijou meu pescoço, me causando arrepios. ― Não precisa me contar nada, você tem o seu tempo, sabe disso, não é?

Assenti, silenciosa. Aquilo era uma das coisas que amava nela: sua paciência.

― O caseiro foi embora. Nos desejou um bom fim de semana.

Me virei para ela, olhando em seus olhos.

― E o que você disse a ele?

― Que será maravilhoso, porque vou comer bem, muito bem.

Mordi o lábio inferior, tentando evitar sorrir.

― Você dispensou a cozinheira. ― Disse.

― Não estava falando dessa comida.

Eu gritei alto quando ela se agachou, me colocou em seu ombro e foi me levando para dentro da casa, até a sala de estar.

― Meu Deus! Ficou doida, Raisman?! ― Gritei, dando um tapa em seu braço. Ela só sabia rir.

― Você gostou, não minta.

Fui tirando minha jaqueta jeans e a jogando em qualquer lugar, ficando apenas com a camiseta branca. Fiz tudo olhando Alisha nos olhos.

― Desde quando ficou tão forte? ― Perguntei, me aproximando, olhando para sua boca.

Ela enrijeceu o maxilar, sorrindo de lado.

― Não sei se lembra, mas fui uma líder de torcida no ensino médio. Um dos nossos treinos consistia apenas em academia. Seu peso, eu levantava facilmente.

A analisei minuciosamente. Ela não tinha noção do quanto eu achava sexy cada vez que ela falava ou se gabava por algo.

― Sério? O que mais?

Juntei meu corpo mais ainda com o seu, fazendo nossos peitos roçarem. O que se tornava mais torturante era o fato de ambas usarmos camisetas sem sutiã, o que permitia nossos mamilos se tocarem e endurecessem juntos.

Eu já conseguia sentir uma pontada entre minhas pernas.

― Eu... ― Ela entreabriu a boca, suspirando. ― Eu morria de tesão por você.

― Por mim? E o que pensava cada vez que me via? ― A instiguei mais, passando os dedos por sua clavícula.

― Eu só queria que você me pegasse, que me levasse a qualquer lugar daquela maldita escola e que... meu Deus ― Ela suspirou quando apertei seu mamilo direito, interrompendo-a.

― Continue.

― E que me comesse. Que fizesse tudo. Cacete, eu só queria que você enfiasse seus dedos e sua língua em mim e que deixasse eu fazer o mesmo com você!

Eu parei de tocá-la e dei uma risada leve. Ela suspirou.

― Satisfeita? ― Perguntou, irritada.

― Uau. Muito. Quem diria que uma das garotas más, tão desejada pelos garotos, queria, na verdade, outra garota. Isso sim teria sido um escândalo e tanto para a época.

― É, teria sido mesmo. ― Deu de ombros. ― Mas eu não me importaria. Se você me quisesse mesmo naquela época, eu teria ignorado tudo. Teria feito de tudo para te manter perto de mim.

Franzi a testa, séria, e a analisei.

― Está falando mesmo sério? Você me queria tanto assim?

― Não entende o quanto sempre fui apaixonada por você desde a primeira vez que te vi? Não existiu ninguém que me tocou como você, Emily. Nenhum, nenhuma. Eu sabia fingir bem, eu sei. Mas acredite quando digo que sempre, sempre te quis, ninguém mais. ― Ela pegou minha mão e levou ao seu coração. ― Esse coração é seu e sempre será.

Quis falar algo, quis dizer que ela era especial para mim, que podíamos não ter vivido isso no passado, mas que agora viveríamos, que agora sim nosso momento tinha chegado.

Mas não pude porque Alisha me puxou pela nuca e colou nossas bocas, me dando um beijo de tirar meu fôlego por quase completo.

Perdi a noção, perdi a força nas pernas e deixei que ela me levasse para onde ela quisesse. Alisha me colocou no sofá, sentada, e logo veio por cima, sentando em meu colo, aprofundando nosso beijo. Passei as mãos por seu corpo, apertando, desejando-a como nunca, como se todas as nossas transas fossem as últimas.

Ela sorriu quando mordi seu lábio inferior e desci meus beijos por seu pescoço, clavícula, até chegar aos seus peitos. Tirei sua camisa com pressa e salivei ao ver seus mamilos duros, rosados, bem na minha cara.

― Você é tão linda. ― Sussurrei e não evitei de suspirar quando ela jogou o cabelo para o lado e sorriu.

Passei os dedos por seus lábios inchados e fui descendo meu toque até chegar novamente aos seus peitos. Os dois preenchiam minhas mãos, o tamanho perfeito. Os massageei levemente, ao mesmo tempo, e os gemidos de Alisha se tornavam música para os meus ouvidos. Ela ia rebolando em meu colo, a procura de aumentar a fricção entre nós. Só aquilo já fazia meu corpo inteiro entrar em combustão.

Abocanhei seu mamilo esquerdo, fazendo-a gemer um pouco mais alto, e continuei a massagear o outro. Ela sorriu, assistindo a cena.

― Você não vai me fazer gozar só com isso. ― Ela disse, segurando meu rosto e o afastando gentilmente. Franzi a testa, confusa. ― Hoje é a minha vez, esqueceu?

Ri quando ela me empurrou no sofá, me fazendo deitar.

― É, lembro de algo assim. ― Me apoiei no cotovelo, assistindo-a, de pé, tirar o resto da roupa. ― Acho que podemos rever isso. Um relativismo, o que acha?

Ela sorriu, voltando para o sofá, dessa vez para me ajudar a tirar minha roupa.

― Eu amo a ideia. Acho que podemos fazer assim sempre. ― Quando terminou de puxar a calça, subiu em cima de mim, e com a boca bem próxima a minha disse: ― Mas hoje eu começo.

Alisha me beijou com força, me deixando sem ar e extremamente arrepiada. Ela me possuía, me tomava como sua. Eu passava a mão por seu corpo, sendo o máximo que conseguia fazer, enquanto ela me beijava.

Seus beijos de tirar o fôlego desceram por meu pescoço. Ela beijou minha clavícula, lugar onde ela havia gostado de sempre deixar um beijo de arrepiar, e então arrancou meu sutiã. Seu sorriso cresceu enquanto olhava para os meus peitos, uma das minhas maiores inseguranças. Desde a gravidez eles não eram mais os mesmos, eu parecia realmente ter amamentado.

Ela abocanhou um dos mamilos fazendo eu gemer. Tive que morder meu lábio com força, arrancando sangue, quando ela chupou o mamilo com força, mordendo levemente em seguida. Enquanto chupava, foi descendo seu toque por meu ventre até chegar em minha calcinha a qual ela tirou usando apenas uma mão.

― Me diga como gosta ― Disse, com a boca perto do meu mamilo esquerdo, arfante. Estava linda e estirada por meu corpo, o que era melhor ainda.

Seus dois dedos exploraram minha abertura encharcada. Eu gemi e logo levantei um pouco a perna, apoiando em sua cintura, deixando a posição confortável e ainda mais prazerosa.

Ela explorava meus lábios maiores e menores, contornando-os em uma velocidade torturante e excitante. Eu sentia meu corpo tremer em tamanha luxúria, como se estivesse com febre, provando apenas o quanto ela tinha poder sobre mim, o que os seus toques causavam em mim.

― Me guie. ― Ela falou com a boca próxima a minha. Eu levei minha mão até a sua, juntando-as perto do meu sexo, e coloquei dois de seus dedos na minha abertura. Eu sentia o líquido escapar por minha virilha e sujando o sofá.

Com minha mão em seu pulso, bocas pairando uma sobre a outra e olhares conectados, fomos enfiando juntas seus dedos em mim. Eu gemi contra sua boca, sem conseguir controlar o que começava a crescer dentro de mim. Afastei minha mão da sua quando ela começou um vaivém lento com os dedos, em um ritmo gostoso e que foi aumentando aos poucos.

Seus beijos iam me aquecendo, assim como seus dedos penetrando em mim. Ela ia cada vez mais fundo, me preenchendo, até chegar perto do lugar certo. Eu guiei sua mão até onde desejei e quando seus dedos atingiram a parte que queria, arqueei as costas e deixei que ela fizesse o que quisesse. Alisha sorriu, entendendo o recado, e voltou a me foder, só que com mais força e rapidez.

Gritei seu nome, me agarrando às almofadas e as jogando em qualquer lugar, enquanto implorava para que não parasse de jeito nenhum.

Quando estava perto de gozar, sentindo o orgasmo começar a me invadir, ela tirou seus dedos de mim. Eu quase a xinguei. Quase. Mas quando ela se sentou sobre mim e ergueu uma de minhas pernas, encaixando seu sexo no meu, eu senti que entrei no paraíso. Gememos juntas quando nossas lubrificações se misturaram, e eu logo apertei seu quadril quando ela começou a rebolar, aumentando a fricção entre nós.

Parecia fazer mais de cinquenta graus ali. Eu gemia, sentia meu corpo suar e tudo em mim virar chama pura. Alisha sorria em meio aos gemidos, me provocando, sabendo exatamente a que ponto ela estava me levando. Quando senti o orgasmo chegar, me ergui, forçando ainda mais os movimentos dela. Ela passou a arfar, anunciando que estava perto assim como eu. Gozamos juntas, em meio a gemidos desesperados e trazendo à tona aquela sensação única, que apenas ela conseguia me proporcionar.

Quando o orgasmo chegou ao fim, ela se deitou sobre mim. Não conseguíamos dizer nada por falta de ar, mas era tudo muito, muito bom.

― Senta em mim. Por favor. ― Ela disse, depois de alguns minutos em silêncio, erguendo o rosto para me olhar melhor. ― Por favor?

Sorri de lado. Era inacreditável e insaciável o desejo sexual que essa mulher carregava. Longe de mim reclamar.

― Por que esse olhar de gatinho machucado? ― Provoquei, tirando alguns fios de cabelo de sua testa.

― Porque você me prometeu, lembra? Lá no dormitório. ― Ela ficou de joelhos no sofá e fez um sinal para que eu me levantasse.

Fiquei de pé e a assisti deitar no sofá, na direção contrária a que eu estava. Quando ela estendeu a mão para mim, lançando aquele sorriso safado, não pude resistir. Eu era capaz de entregar qualquer coisa que ela me pedisse.

Apoiei os joelhos no sofá, deixando seu rosto bem no meio das minhas pernas. Ela sorriu, agarrando minha cintura, me forçando a sentar em seu rosto. Tive que morder meu punho quando sua boca foi de encontro ao meu sexo, onde ela chupou com força.

― Filha da puta. ― Rosnei ao saber que não demoraria muito até gozar novamente.

Aquilo fez Alisha apenas me provocar mais, e me chupar em cantos estratégicos e extremamente prazerosos. Comecei a rebolar em sua boca, aumentando mais a fricção entre sua língua e minha boceta. Ela apertou minha cintura com mais força, incentivando meus movimentos, fazendo cada parte do meu corpo parecer arder em chama pura.

Me inclinei um pouco para trás, passando minha mão por seu corpo, até chegar onde queria. Ela arfou contra o meu sexo quando enfiei um dedo em sua entrada encharcada, fazendo leves movimentos de vaivém.

― Não pare, amor. Por favor. ― Pedi, quase sem forças, então ela continuou.

Ela começou a chupar com mais rapidez, provocando-me com sua língua, e eu aumentei a movimentação dos dois dedos até chegar a parte esponjosa. Quando ela gemeu, fazendo meu ventre formigar, senti que meu orgasmo estava vindo. Ela estremeceu sob mim e aquilo foi só o que meu corpo precisou para explodir em prazer.

Novamente gozamos juntas, gemendo os nomes uma da outra, envoltas em uma bolha só nossa.

Nos abraçamos, deitadas. Com seus braços em volta do meu corpo eu não me importava se o sofá era pequeno demais para nós duas, que nossos corpos estavam suados, que eu mal tinha ar nos meus pulmões para dizer tudo o que sentia por ela. Apenas devolvi o abraço, com força, deixando que o cansaço invadisse meu corpo por completo.

...

Me remexi sentindo meu corpo se desesperar, como se uma crise de pânico estivesse prestes a começar.

O que é isso? Por que estou assim?

Eu estava dormindo, mas sabia o que estava acontecendo. Conseguia sentir os braços de Alisha ao meu redor, tentando me passar conforto, fazendo eu me sentir em casa, mas não conseguia mais. Estava paralisada, nervosa, sabendo que algo de ruim estava para acontecer.

Então eu ouvi.

Um choro.

O choro de um bebê desesperado, que gritava e tossia, como se implorasse por algo. Minha cabeça latejou só de ouvir o som, bem ao lado do meu ouvido, ensurdecedor.

Minha filha. Pensei nisso, apenas. Era ela.

Não se preocupe, Emmie. Ainda sinto sua falta. Mamãe sente sua falta. Estou chegando.

E não sei de onde tirei forças, mas consegui abrir os olhos e me mexer, saindo correndo para longe dali. Abri a porta de vidro e corri para a parte de trás da casa, em direção à praia, querendo parar de ouvir o torturante choro de minha filha.

Caí sentada na areia, sem ar, chorando, soluçando, querendo morrer. Por que? Por que? Depois de algum tempo sem ter pesadelos sobre minha filha, onde estava apenas sonhando coisas boas com ela, isso me acontece.

― Emily! Emily!

Virei a cabeça vagarosamente, com o cabelo cobrindo parte do meu rosto, e vi Alisha, de roupão, correndo desesperadamente até mim. Ela se ajoelhou ao meu lado e abraçou meu corpo.

― O que aconteceu? O que você tem? ― Não consegui responder. ― Pelo amor de Deus, Emily! Fale alguma coisa!

Então eu chorei.

Me agarrei a Alisha e chorei em seu peito como se a tentativa de esvaziar meu peito daquela dor não fosse ser falha. Ela me apertou, envolvendo algo quente ao meu redor, um lençol talvez, só me fazendo sentir então que estava frio, e que já era noite.

Ela permitiu que eu chorasse em seus braços, ficando em silêncio e beijando minha cabeça. Me acalmei aos poucos, sentindo seu acalento fazer efeito.

― Vamos voltar para casa. ― Disse, me ajudando a ficar de pé.

Andando vagarosamente vi que algumas pessoas estavam perto e me olhavam com terror. Desejei ter forças o suficiente para mandar cada uma delas e se foder, mas era como se não tivesse mais voz.

Em silêncio, Alisha me levou para o andar de cima, direto para o banheiro do quarto que ficaríamos, e me deixou descansando na banheira. Fiquei estática, sem vontade de mexer nenhum músculo, apenas olhando para a parede de mármore. Quando ela voltou, ensaboou meu corpo, lavou e penteou meus cabelos, me vestiu em uma roupa confortável, e me deitou na cama.

Ela se deitou ao meu lado, ficando de frente para mim, acariciando meu rosto.

― Não há mais o que temer, Em. Você nunca mais estará sozinha, eu prometo.

Senti uma lágrima escorrer por meu nariz até pingar no travesseiro. Era uma mistura entre a dor de perder uma filha, que nunca, em nenhuma hipótese, sararia e a dor de não poder dar o amor que Alisha merecia.

Ethan Johnson

Entrei no prédio do grupo de apoio e todos se viraram para me olhar. Eu sabia o que aquilo significava.

Ulysses veio até mim, sorrindo tímido, e tirou as mãos do bolso para me dar um abraço estranho.

― Sentimos sua falta semana passada, Ethan. ― Disse.

É, semana passada. Depois da overdose de Alina eu não consegui fazer mais nada. Passei dias e dias me culpando, pensando que poderia ter sido mais cuidadoso com ela, que poderia ter ouvido os sinais. Por pouco não fui puxado novamente para aquela escuridão que por tantos meses fiquei preso.

Não me permitiram visita-la no hospital, mas um suborno a uma das enfermeiras me fez ficar aliviado: ela estava bem. Por pouco Alina não havia morrido, por bem pouco. Precisaram reanimar seu coração que parou por quase um minuto, e então a entubaram. A mesma enfermeira me pediu mais dinheiro para me dizer que ela havia saído do hospital, ontem.

Voltei para o grupo por uma parte idiota minha achar que ela estaria ali, o que era totalmente equivocado. Ela estava em casa, sem celular ― nenhuma das minhas mensagens chegavam para ela ―, se recuperando.

A notícia com certeza havia se espalhado, especialmente uma como aquelas, em que um dos integrantes havia caído do precipício, como Ulysses gostava de dizer.

― Espero que esteja tudo bem. ― Ele falou, me fazendo acordar do devaneio. Eu pigarreei e assenti com a cabeça.

― Sim, claro. Está tudo ótimo.

Ele sorriu falsamente e então pôs a mão em meu ombro, me levando para sentar em uma das cadeiras do círculo.

A conversa foi basicamente sobre o ocorrido, mas de forma indireta. Eu entendia o que aquilo implicava e a preocupação de Ulysses, muitos ali ainda não tinham nem um mês de abstinência e uma notícia como aquela podia colocar tudo a perder.

Saí do encontro com uma única coisa na cabeça: precisa vê-la.

Em meu carro, andei em uma velocidade um pouco mais alta do que deveria, querendo chegar à casa dos Romarich, como se ela fosse fugir de lá. Chegando lá, parei no portão e um segurança se aproximou do carro.

― Ah, olá. Sou Ethan Johnson, amigo de Alina. Vim para visita-la.

Ele assentiu, mas não liberou minha entrada. Pareceu dizer algo no ponto, então se voltou para mim.

― Sinto muito, senhor. A senhorita Alina não está pronta para receber visitas.

― Quem disse isso?

― Senhor, apenas saia. Obrigado.

Dei ré a contragosto e parei no final da rua, longe da vista dos seguranças da casa. Logo peguei o celular, mesmo sabendo que seria improvável que ela fosse me responder, mas ainda assim tentei. Na primeira vez chamou até cair na caixa de mensagens, na segunda e na terceira vez foram a mesma coisa, mas na quarta ela atendeu, mas não disse nada.

― Alina? É você? ― Suspirei. ― Por favor, me diz alguma coisa.

― Ethan... ― Ela disse com a voz fraca, quase inaudível. ― Não pode me ligar. Não agora.

― O que aconteceu? Não, esqueça, apenas me diga se está tudo bem.

― Estou viva. ― Riu, sem humor. ― Foi um inferno, Ethan. Eu pensei... eu pensei que ia morrer. Sinto que morri. E sinceramente? Nunca estive tão tranquila em toda minha vida quando apaguei.

― O que tinha na cabeça, Alina? Tem ideia do quanto me desesperei? Como pode me dizer algo assim?

― Eu sei, é horrível, mas você não entenderia. Toda a dor que eu sentia sumiu por algum tempo, e quando abri os olhos, naquela cama de hospital, me senti uma merda de novo. ― Soluçou. ― Me perdoa. Você não merece isso. Acho melhor...

― Alina, espera! Por favor. Eu te entendo, já estive aí, também quase morri. Mas ainda tem vida para você, para nós. Todos ficaríamos abalados se tivesse sido fatal, eu teria ficado se chão. Não consigo nem imaginar.

Ela respirou fundo, tão fundo que jurei que ela estava ao meu lado ― queria que estivesse.

― Vamos nos encontrar depois de amanhã. — Ela disse.

― Por que não hoje?

― Porque meus pais estão paranoicos. ― Sussurrou. ― Nem deveria estar pegando no celular, minha mãe está louca, acha que está me corrompendo. Depois de amanhã te ligo e nos encontramos.

― Promete? Promete que nos veremos em dois dias?

Tinha medo. Claro que tinha.

― Eu prometo, Ethan. Nos vemos em dois dias.

Duas realidades diferentes, mas os dois têm algo em comum: o medo de perder algo.

E aí? O que estão achando? ♥️

Instagram: @sweetwriter8

Vejo vocês em breve! ♥️

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