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Capítulo 22 - O maldito olhar

Emily Broussard

― Você só pode estar brincando comigo. ― Resmunguei.

Virei de volta para minha mala na cama, tentando ignorar a presença de Alisha. Ela apenas riu.

― Virar de costas para mim não vai fazer com que eu suma, sabia?

― Eu prefiro achar que estou sozinha aqui.

Ouvi seus saltos ecoarem pelo chão enquanto ela caminhava.

― Bem, terá que me aguentar. Somos colegas de quarto agora.

Parei o que estava fazendo novamente e a olhei. Ela estava sentada em sua cama, sorrindo leve, como quem estivesse amando aquela situação.

― Acho que houve um engano. Minha colega de quarto é uma tal de Brianna.

― Sim, eu sei. Acontece que Bree precisou trocar de quarto. E como sou uma ótima amiga, concedi o meu a ela.

― Vai me dizer que você não planejou tudo isso para cair no mesmo quarto que o meu? ― Cruzei os braços.

Ela riu.

― Ainda continua a mesma presunçosa de sempre, né, Emily? O mundo não gira ao seu redor.

― Não se esqueça que eu conheço sua laia, sei do grupo que fez parte. Você é boa em manipular.

― Se acha que isso é uma ofensa, está muito enganada. Manipulação é a melhor arma.

― Claro que você acha isso.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos e sua expressão mudou.

― Como você está? ― Perguntou.

― Por que a pergunta?

Alisha deu de ombros.

― Soube do que aconteceu. Sinto muito.

Enrijeci o maxilar, já me cansando dela. Ela não iria mesmo tocar naquele assunto.

― Ok, a brincadeira acabou. O que quer que queira me dizer, não é da sua conta. Eu realmente quero que essa faculdade dê certo para mim. Se você vai fazer questão de fazer a minha vida um inferno, me avise e então trocarei de quarto.

Alisha ficou de pé e se aproximou de mim, ficando em uma distância segura, mas me encarando de um jeito que só ela sabia.

Bem que sempre diziam que o olhar de Alisha Raisman era maldito.

― Não se preocupe, Broussard. A última coisa que eu quero é fazer da sua vida um inferno. Eu também quero que essa faculdade dê certo para mim. ― Ela sorriu de lado. ― Bem-vinda à FIU, colega de quarto.

...

Alisha realmente seria minha colega de quarto, infelizmente não havia sido um engano. Não entrei em detalhes com a coordenação, apenas aceitei. O que fez a situação não ser tão insuportável foi que ela acabou dando o espaço que pedi.

Ela passou os dias fora, voltava de madrugada e caia na cama. Eu fingia estar dormindo, mas ouvia o momento exato quando ela chegava no quarto.

Depois do final de semana de recepção aos calouros, as aulas finalmente começaram. Alisha saiu do quarto bem cedo, antes de mim. E uma das poucas coisas que eu pensava era qual curso ela estaria fazendo.

Poderia perguntar se não fingíssemos que não existíamos uma para a outra.

Tomei café no refeitório, sozinha, tentando me adaptar a todo o lugar, e então fui direto para o prédio de saúde. Era imenso, totalmente equipado com os melhores materiais e milhares de salas.

Fui direto para o auditório do prédio onde aconteceria nossa primeira aula do semestre, e, para a minha alegria, estava cheia de calouros. Fiquei um pouco mais tranquila ao ver que eu não era a única acanhada por ali.

― Meio perdida? ― Uma garota morena me perguntou. Ela tinha olhos verdes e um sorriso amigável. Me aproximei dela.

― Muito na cara?

― Mais ou menos. Eu também estou, mas consigo disfarçar bem.

― Posso sentar aqui? ― Apontei para a cadeira ao seu lado.

― Claro. ― Me sentei. Ela estendeu a mão para mim. ― Sou Tatiana Nilssen.

Apertei sua mão rapidamente e sorri.

― Emily Broussard.

― Você não é daqui, certo?

― Sou de Jacksonville. E você?

― Daqui mesmo, infelizmente. Mas minha família veio da Noruega, por isso o sobrenome.

― Tem amigos por aqui? ― Perguntei, olhando para as outras pessoas.

― Conheço alguns, sim. Mas amigos mesmo, não. Você é a primeira pessoa com quem estou conversando.

Ia falar mais, porém fomos interrompidos pelo coordenador do curso. Ele subiu no palco e começou a falar sobre tudo o que a faculdade oferecia, nossa grade de cadeiras – que eu já sabia de cor – e os laboratórios da faculdade de enfermagem.

Me animei a cada coisa falada. A experiência era excitante, animadora, e dava a mim o gosto de recomeço. Eu não via a hora de realmente me inserir no curso, na prática e sentir aquela sensação de animação voltar a me preencher. Eu contava com aquilo.

Depois da recepção dos calouros, me despedi de Tatiana e saí pelo campus a procura da biblioteca tão conhecida. Era imensa e tinha o melhor acervo de universidades da Flórida, segundo outros estudantes. Gostava de ler bons livros.

Acontece que aquele lugar era tão absurdamente grande que passei 45 minutos andando e não achei a maldita biblioteca.

Em um corredor de um dos prédios – que eu não fazia ideia de qual curso era –, caí sentada no chão, cansada. Ouvi um burburinho, algumas pessoas saindo de uma sala, até uma delas parar ao meu lado. Ao ver os coturnos caros, revirei os olhos.

― Você está me seguindo, não é? ― Alisha perguntou.

Eu ergui o olhar e vi que ela sorria. Claro que sorria.

― Se eu soubesse que esse era o prédio que você estaria, jamais teria vindo.

― Vamos lá, Emily. Não precisa fingir que me odeia.

― Eu não te odeio. ― Fechei os olhos com força. ― Só não quero lembrar do ensino médio. E, honestamente, Alisha, te olhar me traz a Fayron inteira a mente.

Ela se agachou, ficando na altura do meu rosto.

― Não quer lembrar porque foram experiências tão loucas e, no fundo, boas que te envergonham?

A encarei, enrijecendo o maxilar. Eu gostaria de tirar aquele maldito sorriso presunçoso que ela carregava dos lábios.

― Porque foram uma merda. ― Falei, me aproximando.

― Eu não sou mais a mesma daquela época. Nem você, eu aposto.

Quando ela tentou se aproximar mais, sorrindo, eu me afastei, enojada. Fiquei de pé rapidamente.

Alisha continuou abaixada, ainda me olhando.

― Estou procurando a biblioteca. ― Falei.

― Sério? No prédio da arquitetura?

― Arquitetura? ― Franzi a testa. ― É isso que você faz?

― O que? Não tenho cara de arquiteta? ― Perguntou, ficando de pé.

― Não disse isso.

― Pareceu.

― É só que você é... você. ― Ela ergueu as sobrancelhas. ― As garotas más da Fayron tinham cara de que seriam modelos.

― Tiro umas fotos de vez em quando, quando me convidam, mas não é muito a minha praia. Gosto de desenhar, se quer saber.

― Não sabia.

― Claro que não. Nunca gostou muito de mim, não é? ― Ela sorriu e saiu andando. ― Venha, vou te mostrar onde fica a biblioteca.

Era impressionante como Alisha se vestia como se estivesse em uma maldita festa. Usava uma saia justa de látex e uma t-shirt preta, além dos coturnos. O pior de tudo era que combinava com ela.

Eu revirei os olhos e a acompanhei, rendida por saber que não teria outro jeito de encontrar se não fosse por ela.

No caminho, passamos pelo campo dos Panteras, o famoso time de futebol da FIU, e o mais famoso time universitário do estado. Parei ao ver os garotos treinando, entre eles o infame Alex Lawson.

― Apreciando a vista, né? Eu gosto de vir aqui de vez em quando para desopilar. ― Alisha disse, parando ao meu lado.

― Não tô apreciando nada.

Ela pareceu acompanhar meu olhar.

― Ah, entendi. Alex. Sabia que ele estava estudando aqui?

― Sim.

Alex ria com alguns garotos, enquanto jogavam a bola um para o outro.

― E mesmo assim quis vir para cá?

Olhei para Alisha.

― O que tinha a ver uma coisa com a outra? Que eu saiba Alex não é o dono dessa universidade.

Ouch. Muito bem lembrado, Broussard. Só achei que por sua forte amizade com Camila você daria apoio a ela, sabe?

― Se depender de mim, eu e Alex jamais nos cruzaremos por esse lugar. Ele sequer saberá que estou estudando aqui.

Ela me analisou, franzindo o cenho.

― Por causa do Ethan? ― Perguntou. Eu respirei fundo, sentindo minha garganta secar.

― Não sei aonde você está querendo chegar. Mas, de qualquer forma, isso não tem nada a ver com Ethan. Só não gosto do Alex. ― Cruzei os braços. ― Não me surpreenderia se você e ele fossem bons amigos aqui.

Ela riu.

― Não, não somos. Já nos vimos algumas vezes, nos falamos, mas não passou disso. Gosto mais dos seus amigos ― Disse, olhando para o campo.

Eu fiz o mesmo. Os garotos agora corriam em uma sequência de obstáculos, como se aquecessem.

― Sempre fã dos jogadores. ― Ironizei.

― Eles sabem como fazer as coisas. ― Nos olhamos. ― Você sabe bem do que estou falando, não é?

― Por que só se remete ao Ethan? Gostaria de dizer algo?

Ela ergueu os braços em rendição.

― Alguém ainda continua sendo a mesma nervosinha de sempre.

― Só para as vadias sem coração. ― Forcei um sorriso.

Alisha sorriu, analisando meu rosto. Ela e aqueles olhos castanhos do inferno.

― Acho que você vai se divertir muito aqui, Emily. ― Disse e foi se afastando. ― A biblioteca fica nesse prédio, no terceiro andar. Nos vemos depois, roomie.

Disse e saiu, rebolando como uma vilã de filmes adolescentes.

E naquele momento eu soube que Alisha Raisman era uma das pessoas que mais me irritava no mundo.

Hmmmm, o que vocês acham que vem por aí?!

Instagram: @sweetwriter8

Vejo vocês em breve! ♥️

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