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9. Encontro das amigas

Gatilhos do capítulo: segredos familiares e mentira; perda de um filho; manipulação emocional e abuso de poder; conflitos.

Amigos até o fim, nunca quebrar, nunca dobrar. Amigos entender, fazer você sorrir, segurar sua mão. Agora estamos de pé juntos, nós nunca estamos sozinhos – Friends Till The End (Violetta).

Pansy Parkinson

Eu mal podia acreditar no que ele estava me mostrando. Sem pensar, pulei em cima dele e arranquei os papéis de sua mão, minha curiosidade falando mais alto. Comecei a ler freneticamente, absorvendo cada linha enquanto sentia o peso daquilo se acumulando em meu peito. Eu sabia que aquilo tinha implicações graves, mas, ao mesmo tempo, não era como se estivéssemos planejando divulgar publicamente.

Quando terminei, levantei o olhar para Blaise, incrédula. Ele me encarava com um misto de seriedade e preocupação. O dilema estava estampado em seu rosto, e eu sabia que o mesmo agora começava a me corroer. Contar ou não contar? E, mais importante, será que aquilo cabia a nós?

— Amor — chamei, com a voz baixa e cautelosa, tentando captar sua atenção por completo.

Apesar de ser parte do Profeta Diário ao lado de Blaise, ou melhor, de representá-lo legalmente, eu também era advogada. E isso significava que minha obrigação ética e moral não podia ser ignorada, mesmo quando tudo parecia conspirar contra o senso comum.

— Eu sei, Pansy — ele suspirou pesadamente, os olhos fixos em mim. — Não é algo que eu quero para mim ou para o Profeta Diário. Isso é para o Draco, mas... eu realmente não sei se devo entregar.

Ele estava claramente perdido, e eu podia entender. Agora, o mesmo dilema moral me atingia em cheio.

— Eu tenho aquele jantar hoje — suspirei, já cansada antes mesmo de terminar a frase. — Vou falar com ela, tentar convencê-la a contar de uma vez.

O nome dela pairava no ar como um peso: Hermione. Por mais que eu tentasse manter distância, sempre acabava me envolvendo nas confusões dela. E, claro, isso incluía encobrir situações que não deveriam sequer existir.

— Isso vai parar nas mãos dele, Pansy, com ou sem a aprovação dela — Blaise se levantou, o tom decidido, mas a expressão transtornada. — Você tem apenas hoje.

Ele deixou a sala antes que eu pudesse argumentar. Fiquei ali, sozinha, encarando os papéis e tentando organizar os pensamentos. Minha mente fervilhava, os olhos presos no vazio enquanto o peso daquela decisão pairava sobre mim como uma sombra inevitável.

Eu sabia o quanto esconder aquele segredo estava corroendo Blaise, e não o culpava por isso. Era uma carga difícil de carregar. Mas, antes de julgá-la, eu precisava entender o que se passava na cabeça de Hermione.

Quando a noite chegou, vesti um elegante vestido azul-marinho de alcinha, combinei com saltos prateados, deixei os cabelos soltos e finalizei com uma maquiagem leve. Chamei um Uber para ir ao Luxor, sabendo que Blaise viria me buscar mais tarde.

Assim que entrei no restaurante, minha atenção foi imediatamente atraída por Gina. Ela já estava sentada, e sua barriga, agora enorme, enchia o ambiente de um brilho único. Meu coração se aqueceu ao pensar que logo o pequeno James estaria entre nós.

— Você está tão linda — elogiei enquanto a abraçava com carinho.

Gina vestia um delicado vestido floral branco, estampado com flores coloridas. O tecido leve e fresco realçava sua beleza, enquanto o busto decotado de alcinha trazia um ar despretensioso. Seus cabelos ruivos caíam de lado, soltos e naturais, e ela usava apenas um gloss nos lábios, o que combinava perfeitamente com seu estilo mais reservado. Sabíamos que maquiagem não era muito a sua praia, exceto em eventos formais de trabalho.

— Luna disse que está chegando — Gina comentou enquanto se sentava. Acompanhei-a, ocupando a cadeira ao lado.

O Luxor, com seu charme rústico e atmosfera acolhedora, era sem dúvida um dos melhores restaurantes de Nova York. A mesa redonda nos convidava a nos aproximar mais, tornando o ambiente perfeito para uma conversa íntima.

— Ginny... — chamei, minha voz hesitante, enquanto pensava na melhor forma de compartilhar o que havia descoberto. Mas, antes que pudesse continuar, fui interrompida pela chegada das outras duas.

Sorri sem graça ao me levantar para recebê-las. Abracei cada uma com afeto, sentindo a leveza da amizade entre nós, ainda que carregada de tensões recentes.

— Luna, pensei que chegaria mais tarde. O Malfoy está te escravizando? — brinquei, tentando aliviar o clima.

— Muitas coisas estão acontecendo entre nós dois — respondeu Luna, com seu habitual olhar enigmático. Era óbvio que ela não estava disposta a entrar em detalhes, e eu sabia respeitar seus limites. — James está transformando você em um melão encantador.

Luna dirigiu o comentário a Gina, e aproveitei para cumprimentar Hermione. Depois dos abraços e de acomodarmos todas à mesa, finalmente fizemos nossos pedidos. Um vinho branco foi escolhido para mim, Luna e Hermione, enquanto Gina, com sua taça de suco de laranja, mantinha sua habitual moderação. Ela não era muito de beber algo além de água, e já estávamos acostumadas com isso.

— E como foi a lua de mel? — Luna perguntou, lançando um olhar direto a Hermione.

A tensão se instalou imediatamente. Podia sentir que aquilo era mais que uma simples curiosidade; Luna estava disposta a cutucar feridas. Hermione esfregou as têmporas antes de se endireitar na cadeira, claramente se preparando para responder, enquanto nós observávamos em silêncio. A noite prometia ser longa.

— Olha, eu sei que vocês estão bravas comigo pelo que eu disse ao Draco, mas vocês sabem o quanto eu o odiava — Hermione começou na defensiva, a voz carregada de justificativas que soavam tão frágeis quanto sua postura. Era como se ela quisesse usar sua birra adolescente para minimizar a gravidade do que havia feito. Mas, ao contrário do que ela parecia acreditar, aquilo não era mais sobre o passado. Eu sabia que se tratava de algo muito maior, algo que nem Gina nem Luna ainda compreendiam por completo.

Eu a observei em silêncio, notando cada detalhe: a tensão em seus ombros, o olhar que buscava desesperadamente nossa aprovação, mesmo sabendo que não a teria tão facilmente. Hermione sempre foi teimosa, mas, naquele momento, eu via mais do que teimosia. Havia medo, e isso apertava meu peito.

— Hermione... — comecei, a voz suave, tentando criar uma ponte. — Você pode até achar que o ódio que sentia por ele justifica suas ações, mas não justifica. Não mais. Não quando sabemos que o que está acontecendo agora é muito mais sério do que apenas o seu orgulho ferido.

Ela desviou o olhar, como se as palavras que eu dizia fossem espelhos que ela não queria encarar.

— Nós só queremos entender — continuei, tentando mostrar que, apesar da mágoa, estávamos ali por ela. — Mas você precisa nos deixar entrar, precisa nos contar a verdade, sem meias palavras ou justificativas vazias.

Gina, sempre mais direta, cruzou os braços e lançou um olhar firme para Hermione.

— Isso não me convence mais. Se você o odeia tanto, Mione, por que deixou que ele se aproximasse assim de você? Eu não entendo, de verdade —começou, séria. Hermione prestava atenção, tensa, mas não estávamos brigando ou discutindo. O ambiente era pesado, sim, mas estávamos calmas, genuinamente tentando entender o que se passava na cabeça dela.

— Você passou a adolescência inteira falando sobre o quanto odiava Draco — Gina continuou, sua voz firme, mas sem agressividade. — Dizia que ele era galinha, um cafajeste, que o odiava por sempre te provocar. Mas, na primeira oportunidade, você perdeu a virgindade com ele. E como se isso não fosse suficiente, continuaram juntos, transando e transando, até os vinte anos. Então, do nada, você aparece dizendo que brigaram e que aquilo não significava nada, que era só sexo. Que não importava.

— Gina... — Hermione tentou interromper, sua voz carregada de tensão.

— Não, espera, eu não terminei — Gina ergueu um dedo, pedindo um momento a mais, enquanto mantinha seu olhar fixo na amiga. — Você ao menos se lembra de quantas vezes Draco te elogiou? De como ele sempre dava a entender que te amava? E o que você fez? Você o dispensou quando ele se declarou, como se não fosse nada, como se os sentimentos dele não importassem. Mas nós sabemos, Hermione. Nós sabemos que você também sentia algo por ele.

— Eu não tinha sentimentos pelo Malfoy — Hermione murmurou, quase como uma defesa automática.

— Tinha, sim! — exclamei, incapaz de esconder a indignação em minha voz. Não consegui evitar a mágoa que transpareceu enquanto olhava diretamente para ela. — E, se não tinha, por que nunca nos contou sobre o contrato, Mione?

— Que contrato? — Luna perguntou, confusa, enquanto Gina me encarava com a mesma expressão de incredulidade.

Hermione, por sua vez, arregalou os olhos, apavorada, como se implorasse silenciosamente para que eu não dissesse mais nada.

— Poderíamos ter te protegido, Mione... — continuei, minha voz carregada de ressentimento e cumplicidade, enquanto mantinha o olhar firme no dela.

— Pan... por favor, não — ela implorou, quase em um sussurro, a voz embargada pelas lágrimas que começavam a se formar.

— Do que ela está falando? — Gina questionou, agora com a voz mais alta, alternando o olhar entre mim e Hermione.

Hermione permanecia em silêncio, e eu sabia que ela não diria nada. Mas eu não podia mais segurar aquilo sozinha. Era hora de acabar com os segredos.

— Ela assinou um contrato de sigilo — revelei, tentando manter a voz firme, embora a dor fosse evidente. — Ela deu à luz a uma criança, uma criança que ninguém sabe onde está. Tom a obrigou a assinar porque não queria que o herdeiro de Draco tivesse qualquer poder sobre a empresa dele.

Gina e Luna ficaram imóveis, incrédulas, enquanto Hermione finalmente cedeu às lágrimas. Eu sabia que aquilo estava acabando com ela, porque também estava acabando comigo.

— Mione... — Luna a chamou, a voz suave, mas carregada de choque.

— Ele me obrigou a entregar o meu bebê — Hermione finalmente disse, sua voz quebrada enquanto nos encarava uma a uma, antes de abaixar a cabeça. — Eu não tinha para onde ir, não tinha ninguém para me ajudar. Ele me mandou estudar longe, me forçou a terminar tudo com Draco e me fez viver como uma prisioneira durante um ano inteiro. Eu tentei... tentei procurar o meu filho, mas ele desapareceu. Ele pode estar em qualquer lugar do mundo agora. Ele pode estar morto.

Eu sabia que aquela dor nunca se apagaria. Era o bebê dela, carregado em seu ventre por nove meses, um vínculo que nenhuma força no mundo poderia desfazer. E, mesmo sem saber onde aquela criança estava ou como vivia, o peso da culpa fazia Hermione acreditar que ela a odiaria para sempre.

Nos levantamos em silêncio e a envolvemos em um abraço apertado, carregado de cumplicidade e apoio. Gina permaneceu de pé, para não precisar se inclinar, enquanto Hermione desabava em lágrimas em nossos braços.

— Eu estava planejando contar ao Draco sobre tudo — ela começou, a voz trêmula, carregada de arrependimento. — Sobre a gravidez, meus sentimentos... Mas Tom descobriu. Ele me obrigou a assinar aquele maldito contrato, dizendo que eu não podia ter um filho com Draco antes que os planos dele se concretizassem. — Hermione fez uma pausa, respirando fundo. — E eu aposto que Lucius morreu por causa dele.

A tensão na mesa era palpável, e Luna, sempre perspicaz, perguntou com cuidado:

— Quando você disse que iria se casar com Draco, como ele reagiu?

— Bem, aparentemente isso já fazia parte dos planos dele. Ele havia alterado as cláusulas do contrato, então, para Tom, não seria uma perda me transformar em uma Malfoy — Hermione respondeu, sua voz ganhando um tom amargo.

— E o Draco? — semicerrei os olhos, analisando cada detalhe de sua expressão.

— Ele acha que eu o odeio. Acha que o usei para inflar meu ego, porque eu o fiz acreditar nisso — ela apertou os lábios, segurando o choro. — Eu precisava que ele me odiasse. Não queria que ele ainda estivesse apaixonado por mim quando descobrisse que dei nosso bebê para a adoção.

Assentimos em silêncio, respeitando o peso da confissão. Luna permaneceu quieta, os olhos distantes, como se estivesse montando um quebra-cabeça em sua mente. Eu sabia que ela tinha algo em mente, mas não era o momento de perguntar.

— Tá legal, viemos aqui para beber, não foi? Então vamos beber! — Gina declarou, tentando aliviar o clima. Ela ergueu sua taça de suco com um sorriso determinado. — Um brinde à queda de Tom.

Hermione piscou, surpresa, mas logo sorriu, pegando sua taça e levantando-a também. Eu e Luna fizemos o mesmo, cada uma em seu lado da mesa, com os olhares firmes e cheios de propósito.

— Vamos recuperar o nosso sobrinho, custe o que custar — declarei com convicção.

Elas assentiram em uníssono, e naquele instante, sem precisar de mais palavras, formamos um pacto silencioso. Faríamos o impossível. Utilizaríamos cada contato, cada influência, e iríamos até os confins do mundo para encontrar o filho de Hermione.

Ao deixarmos o restaurante, segurei no braço de Luna para manter nosso equilíbrio após algumas taças de vinho. Hermione caminhava ao lado de Gina, as mãos repousando com delicadeza na barriga da ruiva, o olhar perdido, mas com uma centelha de esperança. Sabíamos que a jornada seria longa, mas estávamos juntas. E isso era o suficiente para começarmos.

Havia quatro homens muito bonitos no estacionamento, cada um recostado em um carro, parecendo galãs de novela. O que dirigia o Bentley era, sem dúvida, o mais charmoso.

— Olha só, amiga, a gente tem tanta sorte — Luna murmurou para mim, e eu ri feito uma boba.

Nós duas saímos saltitando, cantando Party In The U.S.A., enquanto tentávamos arriscar uns passinhos que achávamos sexy.

— Okay, já chega, vamos embora — Theo agarrou Luna pelas pernas e a jogou sobre o ombro, enquanto ela gritava e ria descontrolada.

Eu cambaleei para o lado, mas fui segurada por Blas. Ao me virar em seus braços, sorri e pisquei devagar. Ele era simplesmente deslumbrante: a pele escura, os olhos castanhos claros que brilhavam sob a luz suave, e aquele sorriso alinhado que fazia meu coração acelerar.

— Eu te amo — murmurei, abraçando-o forte, sem querer soltá-lo nunca mais.

— Amiga, socorro, meu marido tá me sequestrando! — Luna gritou da janela do passageiro enquanto Theo arrancava com o carro, gargalhando como se tivesse vencido algum jogo.

Observamos os dois desaparecerem no horizonte, e só então voltei minha atenção para o resto do grupo. Draco e Harry estavam numa batalha quase cômica, tentando convencer Hermione a largar Gina, mas a castanha parecia emocional demais para ouvir qualquer um deles.

— O que ela disse sobre o que você descobriu? — ouvi Blas perguntar. Mesmo um pouco zonza, eu ainda conseguia entender e responder.

— É tudo verdade, Blas — respondi, minha voz um pouco arrastada, mas firme. — Eles têm um filho perdido por aí.

— Não têm, não — ele murmurou, um sorriso enigmático surgindo em seus lábios.

Eu o olhei, confusa, sem saber ao certo o que ele queria dizer. Será que estava insinuando que Hermione mentiu? Ou que... que o menino estava morto?

— O que você quer dizer com isso? — embolei um pouco as palavras, mas consegui perguntar, a ansiedade crescendo em meu peito.

— Vamos para casa — ele disse calmamente, inclinando-se para me dar um selinho antes de me ajudar a entrar no carro.

Não resisti. Apenas me acomodei no banco, aceitando a segurança que ele me oferecia. Antes de partirmos, acenei para o resto do grupo, que ainda parecia preso em sua própria confusão no estacionamento.

Enquanto o carro deslizava pelas ruas, minhas dúvidas começaram a se misturar ao cansaço. Mas, por trás do sono iminente, uma pergunta continuava ecoando na minha mente: o que Blas sabia que eu não sabia?


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