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7. Família

Gatilhos do capítulo: insegurança, medo de rejeição parental, ansiedade.

Se o mundo estivesse acabando, eu gostaria de estar ao seu lado. Se a festa acabasse e nosso tempo na Terra chegasse ao fim, eu iria querer te abraçar só mais um pouco e morrer com um sorriso – Die With A Smile (Bruno Mars feat. Lady Gaga)

Harry Potter

As portas da minha sala se abriram com força, batendo contra a parede, enquanto minha secretária, a senhorita Chang, tentava em vão conter a intrusa. Ela insistia, aflita:

— Senhorita, você não pode entrar aqui sem ser anunciada!

Mas era tarde demais. Astoria Greengrass já estava diante de mim, esbanjando a ousadia que sempre carregou como uma segunda pele.

— Eu tentei falar com você! — ela praticamente gritou, avançando em minha direção com passos determinados.

Com um gesto breve, dispensei a senhorita Chang, que me lançou um olhar preocupado antes de fechar a porta. Inspirei fundo, tirando a atenção da parede para encarar a mulher à minha frente.

— O que você quer aqui, Greengrass? — perguntei, deixando claro o desagrado na voz.

— Aquela nojenta da sua mulher não me deixa ver minha filha! — disparou ela, cruzando os braços e me encarando com a expressão de quem acreditava que eu resolveria seus problemas.

Levantei-me, mantendo meu olhar fixo no dela.

— Astoria, vamos esclarecer isso de uma vez por todas — disse, em tom frio. — Amélia não é mais sua filha. Você abriu mão dos direitos de maternidade quando decidiu que Paris e sua vida vazia eram mais importantes do que ela. Então, não ouse aparecer aqui exigindo algo como se fosse a vítima. Nem me venha atazanar o juízo, quando foi você quem tomou as decisões erradas. 

Ela arregalou os olhos, mas sua indignação não foi suficiente para me intimidar.

— Você não pode me dizer isso! Eu a coloquei no mundo! — retrucou, elevando a voz.

Soltei uma risada seca, cruzando os braços.

— E quase a deixou órfã antes mesmo de eu saber que ela existia. Vamos ser honestos, Astoria, você só voltou porque quer algo. Então, vamos encurtar essa conversa: saia daqui e não volte.

Ela hesitou, mas não resistiu à necessidade de lançar mais uma farpa:

— Onde está Draco?

Estreitei os olhos, apontando para a porta.

— Isso não é da sua conta. E agora, saia.

Sem outra palavra, ela saiu batendo os saltos no chão, tão dramática quanto sempre. Assim que a porta se fechou, soltei um suspiro frustrado e esfreguei as têmporas.

Astoria... Ela era uma lembrança constante de um erro do passado que eu ainda estava pagando caro. Amélia, minha filha com ela, havia sido fruto de um único momento na época da faculdade. Não havia amor ou planos entre nós, mas ela engravidou. No entanto, Astoria, tão imatura e egoísta, escondeu a gravidez de mim e, quando a menina nasceu, teve a audácia de colocá-la para adoção.

Foi Theo quem descobriu. Eu e Draco já desconfiávamos, pelas datas, que a criança poderia ser de um de nós. Quando encontramos Amélia, fizemos o teste de paternidade, e ficou comprovado que ela era minha filha. Desde então, lutei pela guarda dela, e a consegui. Astoria já havia assinado os documentos abrindo mão dos direitos, mas isso não tornou as coisas mais fáceis. Foram meses para encontrar minha menina e finalmente tê-la comigo.

Criar Amélia foi o maior desafio da minha vida, mas também o maior presente. Meus pais ajudaram, claro, mas eu quis assumir completamente a responsabilidade. Trabalhava, estudava, cuidava dela. Cada pequena vitória dela era minha também.

Quando me casei com Gina, Amélia já tinha três anos. Gina a acolheu de coração aberto, e Amélia a considera sua mãe, mesmo sabendo da verdade. Hoje, aos nove anos, minha filha é minha maior fonte de orgulho, e eu faria qualquer coisa por ela.

Agora, Astoria reaparecia, tentando se passar por mãe amorosa. Mas eu conhecia bem aquela mulher. Boa coisa ela não queria.

...

Assim que cheguei em casa, encontrei Amélia e Gina na sala, aconchegadas no sofá, assistindo a uma nova série. Elas adoravam fazer maratonas juntas. Mesmo quando Gina estava ocupada com o trabalho, sempre arrumava um jeito de sentar ali com o notebook e dividir sua atenção entre as tarefas e nossa filha.

— Boa noite — cumprimentei, atraindo os olhares das duas.

Amélia olhou para mim e abriu um sorriso. Seus olhos verdes, tão parecidos com os meus, cintilavam sob a luz suave da sala, e seus cabelos pretos brilhavam como um reflexo da noite. Era impressionante como ela não tinha quase nada da mãe biológica.

— Aquela mulher esteve aqui — comentou, com uma tranquilidade que contrastava com o peso de suas palavras.

Franzi o cenho imediatamente.

— Que mulher, meu amor?

— A genitora, pai — explicou com naturalidade, mas seu tom carregava uma maturidade que não combinava com sua idade.

Soltei um grunhido de irritação.

— Ela foi ao meu trabalho também — murmurei, abaixando-me para deixar um beijo carinhoso em sua cabeça. — Mas, deixando isso de lado, como foi a escola hoje?

— Bem, tirei um B+ em matemática.

Sorri, sentindo o orgulho aquecer meu peito.

— Essa é minha garota! — estendi a mão para um high five, que ela retribuiu com entusiasmo. Então, voltei minha atenção para Gina. — Oi, amor.

— Oi — respondeu ela, mas sua expressão séria e um cansaço evidente não passaram despercebidos por mim.

Franzi o cenho, preocupado, mas decidi que era melhor conversar sobre isso mais tarde, quando estivéssemos a sós.

— Vá tomar banho, logo vamos jantar — disse ela, com um sorriso leve, embora visivelmente exausta.

— A mamãe fez lasanha! — Amélia anunciou animada, e eu sorri ao ver seu entusiasmo.

Segui direto para o banho. Ainda eram seis da tarde, mas tínhamos o hábito de jantar cedo, em consideração ao horário das nossas funcionárias, que sempre nos ajudavam com tanto carinho.

Nossa casa fazia parte da grande propriedade da família Potter. Vivíamos em uma das três mansões no terreno, todas no estilo vitoriano. Meus pais moravam na central, com meu padrinho Sirius e sua esposa, Marlene, na mansão à esquerda, enquanto eu, Gina, Amélia e, em breve, nosso pequeno James, ocupávamos a da direita. Gina estava grávida, e a expectativa de segurar nosso filho nos braços me deixava mais ansioso a cada dia.

Após o banho, jantei com minhas garotas e depois passamos um tempo juntos assistindo TV. Conversei um pouco com Rony e Hermione pelo grupo de mensagens que tínhamos, mas algo no tom dela parecia estranho. Ninguém comentou nada, e eu também decidi deixar passar.

Às dez, era hora de dormir. Levei Amélia para o quarto e a cobri com cuidado, como fazia todas as noites. Apesar de ela já ser grandinha, gostava de ter esse momento especial com ela. Era um gesto simples, mas importante para mim, e nunca ouvi uma reclamação dela. Na verdade, parecia ser algo que ela também apreciava.

Quando estava prestes a sair, ela me chamou baixinho:

— Papai?

Parei, confuso, e me virei para ela.

— O que foi, querida?

Ela hesitou por um instante antes de perguntar, a voz carregada de insegurança:

— Ela não pode me levar embora, pode?

Meu coração apertou ao ouvir aquilo. Suspirei, segurando a porta com uma mão, enquanto a olhava com a maior ternura que podia expressar.

— Não, amor, ela não pode — dei alguns passos em direção à cama, abaixando-me para ficar na altura dela. — Você gostaria de conhecê-la?

Amélia balançou a cabeça com firmeza, os olhos determinados.

— Eu já tenho uma mãe, e ela se chama Ginevra Potter.

Sorri, sentindo o peito transbordar de orgulho e amor. Inclinei-me e beijei sua testa.

— Boa noite, meu amor.

— Boa noite, papai.

Saí do quarto com o coração mais leve, sabendo que, não importasse o que acontecesse, nossa família continuava sendo nosso maior refúgio.

Assim que entrei no quarto, encontrei Ginny em sua rotina noturna de cuidados, passando hidratante nas pernas com a mesma dedicação de sempre. Ela se cuidava tão bem, e eu adorava observar aquele momento de autocuidado.

— Posso? — perguntei, vendo-a terminar uma perna e posicionar a outra sobre a cadeira.

Ela não respondeu, apenas estendeu o hidratante para mim, e eu peguei com um sorriso leve. Não precisei de muito — sabia que ela não gostava da sensação de pele grudenta. Comecei pelo tornozelo, deixando minhas mãos subirem suavemente pela panturrilha e pela coxa, massageando delicadamente. Aos poucos, um sorriso surgiu em seu rosto, o primeiro da noite, e meu coração se aqueceu.

Quando terminei, ela ajeitou o robe no corpo e guardou suas coisas. Aproveitei para envolvê-la em um abraço por trás, respirando fundo o perfume suave que sempre parecia a essência dela.

— Adoro o seu cheiro — murmurei, rendido, enquanto deixava beijos delicados ao longo de seu ombro.

Ela inclinou o pescoço, me dando mais acesso, mas sua resposta veio carregada de uma mistura de provocação e ressentimento:

— Não me toque assim se não for me dar o que eu quero — resmungou, soltando um suspiro pesado enquanto segurava meus braços ao redor dela com firmeza.

— É por isso que está brava comigo? — perguntei, subindo os beijos até sua orelha e soprando levemente ali antes de sussurrar: — Sabe por que não te dei o que queria? Você se atrasaria para o trabalho e depois ficaria uma fera.

Ela se virou, me encarando com aquele olhar de quem queria me provocar.

— E por isso resolveu esfregar sua ereção matinal em mim e sair ileso? — retrucou, mas havia um sorriso brincando nos lábios dela. — Idiota.

— Linda — devolvi, sorrindo de volta. Mas notei que algo ainda a incomodava. — Conta pra mim, vai. O que está passando pela sua cabeça? — perguntei, puxando-a com cuidado para que recostasse em mim, embora não estivesse completamente de frente.

Ela hesitou, desviando o olhar.

— Por que acha que tem algo?

— Ginny... — suspirei, esperando pacientemente.

Ela finalmente cedeu.

— A volta da Astoria me deixa insegura — confessou, enxugando uma lágrima que escapou antes de desviar o rosto. — Eu não sou assim, você sabe. Mas com a gravidez... e tudo que tem acontecido... fico com medo. Medo de que a Amy pense que, por termos um bebê, ela não será mais amada. Medo de que ela me rejeite.

— Ei, ei — interrompi, virando-a de frente e segurando seu rosto entre minhas mãos. — Para com isso. Não faz sentido, Ginny. Nós dois criamos a Amélia. Ela é nossa, nossa menina, nossa filha. Ninguém pode dizer o contrário. E duvido que ela sequer cogite uma coisa dessas.

Ela mapeou meu rosto com os olhos e assentiu, embora ainda parecesse hesitante. Respirou fundo e se aninhou em meus braços.

— Obrigada por não me achar um saco — murmurou, com um sorriso fraco.

— Nunca pensaria isso — garanti, acariciando seus cabelos antes de irmos para a cama.

Estava quase adormecendo quando senti uma mãozinha me cutucar. Ao abrir os olhos, encontrei Amélia ao lado da cama, me olhando com seus olhos brilhantes.

— Papai, eu sei que já sou grande, mas... posso dormir aqui?

Meus lábios se curvaram num sorriso cansado.

— Querida... — comecei a responder, esfregando o rosto para espantar o sono.

— Vem aqui, amor — Gina falou, já virando-se para estender a mão e ajudar Amélia a se deitar no meio de nós. — Teve um pesadelo?

— Sim — murmurou baixinho, antes de se aconchegar.

Eu e Gina nos entreolhamos, suspirando em sintonia.

— Dá sua mão, querida — Gina pediu, com a voz suave.

Amélia abriu os olhos, confusa, mas estendeu a mão. Gina a guiou até sua barriga de cinco meses, e vi o brilho de encantamento surgir no rosto da nossa menina.

— Será que ele vai ser como você ou como o papai? — perguntou, genuinamente curiosa.

— Que venha como eu, pra ser bonito igual a você — brinquei, só para levar um tapa de Gina, que me fez grunhir.

— Tá me chamando de feia?

— Jamais, amor. Você é a mulher mais linda do universo — sorri bobo, e ela semicerrou os olhos, desconfiada, mas com um pequeno sorriso se formando.

— Vamos dormir — resmungou, puxando Amélia mais para perto.

Amélia se abraçou a Gina, e eu abracei as duas. Adormecemos juntos, cercados de amor e tranquilidade, certos de que nada, absolutamente nada, poderia abalar nossa família.


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