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6. Porto seguro

Gatilhos do capítulo: tensão emocional, medo e vulnerabilidade.

Eu nunca pensei que você seria aquele a segurar o meu coração, mas você apareceu e me tirou do chão desde o começo – Arms (Christina Perri)

Luna Lovegood

Assim que entrei em casa, um pequeno ser correu até mim, agarrando-se às minhas pernas. Ela tinha os cabelos pretos como os do pai e olhos azuis como os meus. Era o ser humano mais lindo deste mundo.

— Querida, deixe a mamãe tirar o casaco primeiro — ouvi a voz de Theodore vindo do corredor. Não consegui evitar sorrir ao vê-lo. — Oi, amor.

— Oi — respondi com ternura, pegando minha pequena nos braços enquanto Theo se aproximava para me ajudar a tirar o casaco e guardar minhas coisas. Ele me deu um selinho, simples, mas cheio de afeto, e eu me sentei no sofá com nossa filha.

— Mama, o Lysander quebrou a janela dos fundos de novo — ela comentou, cheia de importância, me fazendo olhar para Theo, que apenas deu de ombros. — E o Lorcan jogou minha boneca na privada.

— E onde eles estão agora? — perguntei, curiosa, já acostumada com as histórias de Mavis.

— Papai os fez jantar cedo e os mandou para o quarto. Estão de castigo — respondeu orgulhosa, como se tivesse conquistado algo importante.

Eu ri, assentindo. Mavis vivia para dedurar os irmãos, e eles viviam para atormentá-la. Essa era a dinâmica entre eles. Os gêmeos tinham oito anos, e Mavis, cinco. Lysander e Lorcan eram frutos do meu primeiro casamento. O pai deles nos deixou por causa de uma pesquisa e nunca mais voltou. Seis anos atrás, eu me casei com Theodore Nott, e desde então nossa família se tornou unida e amorosa. Theo tratava os gêmeos como se fossem dele, nunca deixando faltar nada, desde afeto até cuidados materiais. Eles o amavam.

Mavis logo desceu do meu colo, voltando para brincar em sua casinha de boneca. Ela sempre aproveitava até o último minuto antes de dormir.

— Como foi o trabalho hoje? — Theo perguntou, apoiando-se no encosto do sofá, com aquele olhar carinhoso que sempre me derretia.

— Cansativo, mas tudo correu bem. Draco te ligou?

— Sim, pediu algumas coisas. Está sendo mais complicado do que eu esperava, mas logo teremos respostas — ele respondeu, abaixando o tom ao acrescentar: — Ele parecia abatido.

— Também achei, mas Hermione parecia bem — comentei, dando de ombros, e ele apenas assentiu.

Pertencíamos ao mesmo grupo de amigos desde os tempos de escola. No início, as meninas não ligavam para os meninos, exceto Pansy, que sempre insistia em roubar beijos do Potter. Olhando para trás, eram tempos vergonhosos, mas divertidos.

— Vou tomar banho — avisei, e Theo assentiu, dizendo que esquentaria meu jantar.

Antes, porém, passei no quarto dos meninos. Apenas Lysander estava dormindo. Lorcan estava acordado e arregalou os olhos ao me ver entrar.

— Por favor, não conta para o papai — implorou, juntando as mãos como quem implora.

— Você sabe que o que fez foi errado, certo?

— Sim, mamãe. Eu sinto muito e já pedi desculpas. Até prometi dar minha mesada para a Mavis.

— Não precisa dar sua mesada para ela. Apenas pare de provocá-la, pode fazer isso pela mamãe?

— Sim, mamãe.

Dei-lhe um beijo na cabeça e o ajeitei na cama.

— Não quero ver vocês brigando. Vocês são irmãos e devem protegê-la.

Ele assentiu, e eu deixei o quarto em seguida.

Depois de um banho revigorante, fui para a cozinha. Theo estava terminando de colocar meu jantar no prato.

— Conversou com ele? — perguntou, me envolvendo em um abraço quando me aconcheguei a ele.

— Sim — murmurei, afastando-me para olhá-lo nos olhos. — E onde está o meu beijo?

Ele sorriu e segurou meu rosto, colando nossos lábios em um beijo suave. Theo mudou minha vida. Depois que o pai dos meninos me deixou, eu passei anos sozinha. Neville e eu até tentamos algo, mas éramos amigos demais e percebemos que estávamos confundindo as coisas.

Draco foi o elo que me aproximou de Theodore. As famílias Malfoy e Lovegood sempre foram próximas, e, quando Draco voltou de uma longa viagem a Londres, nossos círculos de amizade começaram a se misturar. O que antes eram dois grupos distintos acabou se transformando em um único grupo unido.

Cada reunião era repleta de conversas animadas e lembranças compartilhadas, e foi nesse ambiente que Theo e eu começamos a nos aproximar. Ele sempre tinha uma palavra gentil, um sorriso discreto, e um jeito de me fazer sentir segura, como se, mesmo entre tantas pessoas, eu fosse a única que ele enxergava. Aos poucos, fui me abrindo para ele, permitindo que a doçura que ele oferecia se infiltrasse nas barreiras que eu havia construído.

Theo finalizou o beijo com selinhos e me soltou, guiando-me até a cadeira.

— Vá jantar, ou sua comida vai esfriar — disse com carinho.

Sentei-me, sentindo o calor do amor em cada gesto simples. Theo sempre esperava por mim para jantarmos juntos. Era um ritual nosso, um momento de conexão que valorizávamos, mesmo nas semanas mais cansativas.

Eu não precisava de palavras para saber que ele me amava. E, mesmo com meu medo de verbalizar o que sentia, tentava demonstrar em cada ação o quanto ele era importante para mim.

— Amor — chamei baixinho, olhando em seus olhos amendoados. — Você sabe, não sabe?

Ele sorriu, deixando um beijo leve na minha testa.

— Claro que sei, minha princesa. Não se preocupe com isso, tá?

Esses pequenos momentos eram meu alento, minha certeza de que estávamos construindo algo sólido, baseado em amor e cumplicidade.

...

Na manhã seguinte, acordei cedo. Eu mesma faria o café da manhã e arrumaria os pestinhas para a escola. Theo se encarregaria de levá-los, enquanto eu seguiria para a empresa.

Os horários dele eram mais flexíveis que os meus, especialmente com a ausência de Draco.

Depois de escovar os dentes e lavar o rosto, desci para a cozinha, pronta para começar o dia. Naquele dia específico, teria que acompanhar a produção de uma nova fórmula, e já imaginava Draco surtando, mesmo que ele não tivesse mandado nem um "oi" desde a tarde anterior. Apenas dei de ombros, preferindo focar na tarefa diante de mim.

Preparei panquecas com cuidado, organizando-as na mesa com mel e as frutas favoritas dos meninos. Fiz um suco de laranja fresco e coloquei cereal e leite para complementar o café da manhã.

Lysander foi o primeiro a aparecer, com os cabelos bagunçados e o rosto ainda marcado pelo travesseiro.

— Bom dia, mama — murmurou, enquanto caminhava até mim. Ele me deu um beijo no rosto quando me abaixei, antes de se sentar à mesa, ainda sonolento.

Logo depois, Theo apareceu carregando Mavis em um ombro e Lorcan pendurado debaixo de um braço. Aqueles dois nunca perdiam a chance de fazer uma algazarra pela manhã, enquanto Lysander era o oposto, precisando de tempo e um bom café para acordar completamente.

— Bom dia, mãe! — meus dois pestinhas gritaram em uníssono, correndo para me abraçar antes de ocuparem seus lugares à mesa.

Theo foi o último a se aproximar. Deixou um selinho em meus lábios e, com um sorriso tranquilo, se juntou aos meninos. Terminei de organizar o café e finalmente me sentei com eles.

O clima na mesa era leve e animado. Todos já tinham planos para o dia: os meninos teriam aula de natação e, depois, Lysander seguiria para a aula de música. Mavis tinha balé e reforço de matemática. Theo estava empolgado com uma nova investigação, já tendo recebido um memorando sobre o caso.

E eu? Bom, o trabalho me esperava com a rotina que vocês já conhecem.

Depois de nossa manhã em família, nos arrumamos e seguimos para nossos destinos. Assim que cheguei à empresa, Padma, minha secretária, surgiu com sua costumeira eficiência, me atualizando sobre os compromissos do dia.

Mas a maior surpresa foi a aparição de Marisa, a mãe de Hermione.

— Tia? O que faz aqui? — perguntei, confusa.

— Ah, a senhora Riddle quer uma reunião com você, mas eu pedi para ela esperar — Padma explicou, visivelmente indecisa. Apenas assenti, sem hesitar.

Se havia alguém que eu jamais negaria um momento, era Marisa. Aquela mulher sempre foi como uma mãe para mim.

— Venha, tia — acenei para que me seguisse até a sala. Assim que nos acomodamos, Padma trouxe duas xícaras de chá antes de se retirar, deixando-nos a sós. — O que posso fazer pela senhora?

— Desculpe incomodá-la assim, Luninha, mas preciso conversar sobre algo — Marisa falou em um tom hesitante, e notei que suas mãos tremiam enquanto segurava a xícara.

Meu coração apertou. Algo estava errado.

— Vá em frente — incentivei com calma, tentando passar tranquilidade.

Ela respirou fundo antes de começar.

— Eu não sei o que está acontecendo ultimamente entre os Malfoy e meu marido, mas Tom tem agido de forma muito suspeita nos últimos dias.

Franzi o cenho, tentando entender suas palavras.

— Como assim?

A preocupação em sua voz era clara, e, naquele instante, percebi que aquela conversa poderia mudar mais do que eu imaginava.

— Ele não acha que Draco deveria liderar a presidência da Malfoy's. Tem resmungado constantemente sobre isso — disse Marisa, com o olhar preocupado.

— Certo, sempre soubemos que ele discordava do tio Lucius, mas Draco não estaria onde está hoje se não fosse capaz de liderar — respondi, tentando parecer calma.

— Eu sei. É só que... — ela suspirou, pousando a xícara sobre a mesa. — Temo que ele faça algo contra vocês.

Assenti devagar, sem surpresa. Sempre soube que Tom era um homem de muitas armas e nunca tive dúvidas de que ele, eventualmente, jogaria sujo contra nós. O que realmente me preocupava era se Draco estaria preparado para se defender.

— Vamos nos cuidar, certo? — garanti, tentando transmitir segurança. Ela esboçou um sorriso fraco, mas que logo se desfez.

— Tem mais uma coisa, Luna... — o suspiro dela foi tão pesado que imediatamente senti um aperto no peito. Pelo tom, eu sabia que não gostaria do que viria. — Ele contratou alguém para o setor de pesquisa... e é seu ex-marido.

Minha respiração travou, e a garganta secou instantaneamente. A ideia de vê-lo novamente trouxe um calafrio inevitável. Tinha certeza de que ele apareceria para tentar se reaproximar dos meus filhos. Embora não houvesse impedimentos legais para que ele os visitasse ocasionalmente, a guarda era exclusivamente minha. Mesmo assim, a simples ideia de sua presença perto deles me tirava o chão.

— Luna, tudo bem? — tia Marisa chamou minha atenção, sua voz cheia de preocupação.

Pisquei, tentando desfazer o torpor, e forcei um sorriso.

— Está tudo bem. Obrigada por me contar.

Era uma mentira, e ela sabia disso tanto quanto eu. Ainda assim, precisávamos seguir em frente da melhor forma possível.

Assim que ela saiu, meu dia desmoronou. Mal consegui me concentrar no trabalho, e, no fim da tarde, precisei cancelar uma reunião importante com um investidor porque simplesmente não estava bem. Remarquei para o dia seguinte e me sentei na cadeira, exausta, sentindo o peso da situação.

Peguei meu celular e decidi fazer uma chamada de vídeo para Draco. Sabia que ele provavelmente estaria relaxando ou se divertindo, mas precisava falar com ele. Para minha surpresa, a tela mostrou seu rosto cansado e olhos ainda úmidos.

— Oi, Lun — ele sorriu, mas seu semblante era triste.

— Oi, Draco. Está tudo bem? — perguntei, retribuindo o sorriso com um misto de preocupação.

— O que houve? Você parece tensa — ele observou, direto.

Suspirei profundamente antes de responder:

— Não exatamente. Tom contratou o Scamander como novo pesquisador. E Marisa esteve aqui hoje.

— O que ela disse? — ele franziu o cenho, e seu olhar logo ficou sombrio. Eu sabia o quanto ele desprezava meu ex.

— Que Tom tem reclamado constantemente sobre você na presidência da Malfoy's. Ela teme que ele esteja planejando algo contra nós.

Draco bufou, irritado.

— Maldita hora em que fui me casar... — grunhiu, passando as mãos pelo rosto. — Vou arrumar minhas malas.

— Espera! — pedi rapidamente. — Você não precisa voltar agora. Curta mais alguns dias, são suas férias. Aproveite esse tempo para se reaproximar da Hermione.

Ele riu sem humor e balançou a cabeça.

— Eu não quero proximidade alguma com a Granger. Minhas férias acabaram, Luna. Vou voltar.

Draco estava bravo; eu podia sentir isso em cada palavra sua. No entanto, escolhi não perguntar naquele momento. Já havia problemas demais pesando sobre mim, e eu sabia que ele precisava de um tempo para processar tudo também.

— Tem certeza? — perguntei, hesitante, sentindo o peso da decisão dele.

— Absoluta. Não vou deixar você lidar com essa bagunça sozinha. Meu jato só pode decolar daqui a dois dias, por causa do temporal, mas logo estarei aí.

— Certo... Vou te esperar.

— Cuide-se, Lun.

— Você também — respondi, oferecendo um sorriso antes de encerrar a ligação.

Eu precisava ir para casa, mas a coragem me faltava. Como encarar Theo e contar que o pai dos meninos estaria de volta, Deus sabe por quanto tempo? Respirei fundo, tentando reunir forças, mas a ansiedade me consumia. Levei alguns minutos para tomar coragem e mais alguns no trânsito até chegar em casa.

Quando entrei, encontrei os meninos jantando. Theo estava encostado na bancada da cozinha, ao telefone, com a testa franzida em um sinal claro de tensão. Ele parecia tão absorto na conversa que sequer notou minha chegada.

— Mama! — Mavis exclamou, largando os talheres e correndo em minha direção, com os bracinhos erguidos.

— Oi, querida — sorri, abaixando-me para lhe dar um beijo carinhoso na cabeça. Passei pelos meninos, repetindo o gesto com cada um, antes de me dirigir ao banheiro, sentindo o olhar de Theo seguir meus movimentos por um breve instante, antes de ele voltar à ligação.

No chuveiro, a água quente escorria sobre mim, mas não levava embora o peso que sentia. Eu estava presa em uma areia movediça emocional, e quanto mais tentava me mexer, mais parecia ser engolida por ela. Cada escolha parecia errada, cada silêncio, ainda mais pesado. Precisava conversar com Theo, contar aos meninos que o pai deles estaria por perto, mas o medo de abrir aquela porta me paralisava.

Depois do banho, vesti um moletom confortável e fui para a cozinha. A mesa estava vazia, os pratos recolhidos, e as vozes dos meninos vinham da sala, onde assistiam TV. Era o momento deles relaxarem antes de dormir. Theo, por outro lado, permanecia onde estava, agora pensativo, o olhar perdido em algum ponto indefinido.

— Ei, amor — chamei suavemente, aproximando-me com cautela. Ele ergueu os olhos e, ao me ver, abriu aquele sorriso bonito que sempre me aquecia por dentro.

— Oi, princesa — murmurou, puxando-me para um abraço. Seus braços me envolveram com força, quase me sufocando, mas, ao ouvir meu resmungo baixo, ele afrouxou o aperto. Theo apoiou o queixo no topo da minha cabeça, mantendo-me ali, em um gesto silencioso de conforto. — Como foi seu dia?

Suspirei, afundando-me mais em seu abraço.

— Não foi dos melhores — admiti, com a voz embargada. Tudo o que eu queria naquele momento era esquecer o peso daquele dia, mas sabia que isso era impossível. — E o seu? Com quem estava falando?

— Com o Draco — ele respondeu, soltando-me apenas o suficiente para que eu pudesse olhar em seus olhos. — Ele me disse que vai voltar para Nova Iorque.

Meu corpo enrijeceu, e o sorriso que ensaiava desapareceu. Theo percebeu minha reação e franziu o cenho.

— Ele e Hermione estão de mal a pior — continuou, como se explicasse.

— O que aconteceu? — perguntei, arqueando uma sobrancelha. A tensão ainda me dominava, mas a preocupação por Draco e Hermione veio à tona.

— Ela é sua amiga, amor. Não quero criar uma situação — Theo respondeu, com um suspiro resignado, mas ainda assim preocupado.

— Não vai, o que houve?

— De acordo com o Draco, eles transaram — Theo começou, o tom de voz diminuindo enquanto lançava um olhar rápido para as crianças, certificando-se de que estavam distraídas com a TV antes de continuar hesitante. — Mas, depois, ela quebrou o coração dele em mil pedaços ao dizer que só estava saciando o próprio ego.

— Ela não fez isso! — exclamei, incrédula. Não porque duvidava do que ele dizia, mas porque era difícil acreditar que Hermione pudesse agir dessa forma.

— Foi o que ele me contou — Theo deu de ombros, demonstrando sua própria frustração com a situação.

Suspirei, um misto de indignação e tristeza tomando conta de mim. Todas nós sabíamos da animosidade que Hermione nutria por Draco nos últimos tempos, mas isso não fazia sentido. Sabíamos que ela já fora apaixonada por ele. Então, em que ponto tudo mudara tão drasticamente? Aliás, eu mal reconhecia a mulher que Hermione havia se tornado.

— Draco deve estar arrasado — suspirei novamente, sentindo o peso daquela situação. — Liguei para ele hoje, mas falamos de outra coisa.

Quase me esqueci, por um breve momento, do meu próprio drama.

— Theo, o pai dos meninos vai trabalhar com o Tom — disse, soltando a informação como quem expurga um veneno.

Theo assentiu, mas sua falta de surpresa me pegou desprevenida.

— Você já sabia, não é? — franzi o cenho, encarando-o.

— Descobri hoje — ele suspirou, passando a mão pela têmpora em um gesto cansado. — Luna, ele é o alvo da minha investigação.

Minha cabeça girou com a revelação.

— Ele o quê?

— Eu disse ao meu supervisor que não poderia assumir o caso por conflito de interesses, mas ele não aceitou. Disse que precisava de alguém infiltrado e que eu era a melhor opção para pegar esse cara.

— Espera aí. Por que ele está sendo investigado?

Theo fechou os olhos por um momento antes de responder, como se estivesse escolhendo as palavras com cuidado.

— As pesquisas do Scamander foram responsáveis pela morte de duzentas pessoas em um vilarejo pequeno na Europa. Ele anda mexendo com vírus e não controlou o ambiente adequadamente, resultando em uma contaminação em massa.

— E por que ele ainda não foi preso?

— O FBI não tem provas suficientes. É por isso que pediram ajuda ao escritório de Nova Iorque para investigar.

Assenti, tentando absorver tudo. Não havia muito o que dizer naquele momento, exceto que uma coisa estava clara para mim: eu não queria meus filhos em nenhum lugar perto daquele homem.

— Ei — Theo chamou minha atenção, segurando meu queixo e fazendo com que eu voltasse a olhar para ele. Seus olhos estavam cheios de uma determinação tranquila. — Nada vai acontecer, tá bom? Eu não vou deixar ele machucar você ou os meninos.

Suspirei profundamente, sentindo o peso de suas palavras. Antes que pudesse responder, Theo tomou meus lábios em um beijo suave e cuidadoso. Com ele, eu sabia que podia encontrar abrigo, mesmo nas tempestades mais intensas.

— Eu te amo — sussurrei, com o coração apertado. O medo de perdê-lo era maior do que eu conseguia admitir.

— Eu também te amo, minha princesa — ele respondeu com ternura, me abraçando com força. — Amo você e os nossos filhos.

Deixei-me ser acolhida em seus braços, permitindo que sua presença aquecesse um pouco do frio que se alojava no meu coração. Ele deixou um beijo suave na minha testa, e naquele instante, pelo menos por um momento, senti que o mundo não parecia tão pesado.

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