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ㅤㅤ000. 𝑨𝒖𝒕𝒖𝒎𝒏 𝒍𝒆𝒂𝒗𝒆𝒔

HAYMITCH ABERNATHY não se sentia de nenhum modo vitorioso. O jovem de 17 anos havia usado o próprio campo de força envolto da arena para matar sua última adversária. Usando os truques da capital a seu próprio ganho. Em consequência a sua vitória naquela maldita Arena, a capital mandou que seus pais, seu irmão mais novo e Eleanor - sua namorada - fossem todos mortos, só pelo motivo de poderem fazer isso. Eles podiam o punir, poderiam o destruir, de diversas formas.

Aquela viagem nunca chegaria ao fim, ele nunca desceria daquele maldito trem. Todo ano, ele era jogado novamente no circo que era a capital de Panem e encaminhava mais duas crianças para morte certa. Era difícil dormir com os gritos em sua cabeça e o medo constante de ser novamente ferido e brutalmente arrancado de si mesmo. A bebida era a sua única salvação. Se entorpecer era muito mais fácil do que encarar a realidade cruel a sua volta.

Ele esperava que esse fosse seu fim, até o dia anterior a colheita daquele ano. O dia em que Ellie Wright, irmã mais nova de sua namorada morta, apareceu em sua porta, com uma criança nos braços. Ellie havia acabado de completar dezoito anos, ainda era o seu último ano de colheita e ela não sabia o que fazer. O namorado de vinte e um anos havia morrido nas minas, a mãe havia a expulsado de casa na costura, seu nome apareceria trinta e duas vezes naquele sorteio e ela estava completamente perdida.

Haymitch ofereceu dinheiro e abrigo em sua casa na vila dos vitoriosos, querendo honrar a memória de Eleanor, mas a garota recusou, dizendo que só precisava que Haymitch desse um jeito na criança, uma menina, tão pequena como um filhotinho. Já que ela não poderia. Haymitch era um vitorioso e na visão dos simplórios moradores do distrito, ele era tão influente quanto os habitantes da longínqua capital.

Ellie saiu assim que deixou a criança com ele. Na manhã seguinte, o nome dela foi sortedo e a garota foi levada como tributo dos jogos vorazes. Haymitch sem saber o que faria com uma criança, optou por a deixar no abrigo comunitário do distrito, mas assim que olhou nos pequenos olhos cinzas da menina em seu colo, ele soube que mataria e morreria por ela.

Haymitch encontrou na pequena garota que ele nomeou de Maysilee, em homenagem a garota que o salvou nos jogos vorazes, a esperança de que cada dia poderia ser melhor do que o outro. Maysilee o ensinou o que amor significava, mesmo em tenra idade.

Foi sem dúvidas, doloroso ser o mentor de Ellie nos jogos, principalmente quando Maysilee estava com ele o tempo todo. Mesmo querendo proteger a bebê de qualquer ameaça, ela virou um dos assuntos mais comentados na capital. "A filha do vitorioso do distrito doze" virou pauta em mais de um programa. Infelizmente, Ellie foi um dos primeiros tributos a morrerem na arena.

Haymitch voltou para o distrito doze, com a promessa de que Maysilee teria um destino muito diferente do que a mãe e a tia tiveram. Maysilee cresceu na vila dos vitoriosos, para todos, inclusive para a garota, Maysilee era filha biológica de Haymitch, embora os boatos de quem seria a mãe da garota eram uma das muitas dúvidas a cerca da criança.

Sendo filha de um vitorioso e constantemente indo até a fabulosa capital, era de se esperar que a menina crescesse com o ego elevado, mas Maysilee via de perto os horrores, os pesadelos e as rachaduras no sistema que regia toda Panem. E mesmo sendo filha de um vitorioso ela não estava insenta da colheita e do horror dos jogos vorazes.

Maysilee Abernathy era o que Haymitch se cansava de dizer, uma sombra. A mais nova era uma criança quieta e muitas vezes distante, só interagindo com o pai. Ela virou uma adolescente que preferia se perder na floresta - mesmo sendo proibido - do que conviver com alguém que não Haymitch.

Em sua primeira colheita, Haymitch sentado ao lado do prefeito, mal podia se aguentar de ansiedade. E assim foi na próxima e na depois dessa. Mesmo as chances baixas do nome da garota ser chamado, em meio a muitos outros, principalmente dos mais pobres do distrito, que utilizavam das tésseras - outro dos modos que a capital usava para controlar os distritos, principalmente os mais pobres - para conseguirem garantir comida na mesa de suas famílias por mais um ano.

E mais uma vez, Haymitch teria que se sentar ao lado do prefeito e assitir com horror nos olhos, Effie Trinket escolher uma tirinha de papel e não fazer nada a não ser torcer com todas as suas forças, para não ser o nome de sua filha a sair dos lábios da mulher.

Dez anos atrás...

Maysilee segurava a mão de seu pai firmemente. A mochila estava nos ombros do mais velho. Que caminhava pelo distrito calmamente. Ele havia ido a buscar na escola como era de costume.

—— Quer passar na padaria? — ele pergunta.

A garotinha de sete anos acena em confirmação. O penteado torto em que Haymitch havia tentado fazer em seus cabelos loiros, parecia ainda mais torto depois de um dia na escola.

—— O que vai querer meu amor? — o mais velho pergunta na porta da padaria.

Os olhos da garota brilharam quando viu os bolos decorados na vitrine do lugar. Era um mais bonito que o outro.

—— Podemos levar um pedaço de bolo? — ela pergunta.

Haymitch sorri, a guiando para o interior da padaria. O padeiro estava atrás do balcão, sua mulher não estava a vista. O cheiro gostoso chegou até eles, assim como o calor dos fornos.

—— Haymitch. — o homem o chama e seu pai devolve o comprimento.

A garota olha em volta, notando a prateleira com sacos de biscoito, pães e tortas. Ela é guiada até a vitrine, onde os bolos decorados estavam.

O sino que ficava na porta tilinta, indicando que alguém entrou na padaria. Maysilee sobe o olhar, encontrando a esposa do padeiro, de mãos dadas com um garoto, maior que ela e atrás deles, vinha outro menino, de cabelos loiros. Ele caminhava com os ombros baixos e estava claramente distraído

—— Ei, cuidado! — ela avisa, chamando a atenção do menino. Ela aponta discretamente para a sua própria mochila que estava no chão, ao lado de seu pai, que conversava com o padeiro, alheio a eles. O garoto provavelmente iria tropeçar em seus livros.

Ele a olha.

—— Obrigada? — a palavra saiu mais como uma pergunta.

Maysilee dá de ombros, caminhando até o pai, que distraidamente dá a mão para a garotinha. Ela pega a bolsa e a coloca nos ombros. Os Abernathy saíram da padaria não só com um pedaço de bolo, mas com várias outras guloseimas açucaradas.

A garota guardou alguns biscoitos e alguns pedaços de bolo para levar para Katniss, uma garota calada da costura e Madge, a filha do prefeito, na manhã seguinte. Elas não eram realmente amigas, elas nem sequer trocavam muitas palavras, mas sentavam juntas na hora do intervalo e nas aulas. Elas duas eram o mais próximo que a garota tinha de contato fora de casa e era - por falta de palavra melhor - confortável.

Quando se deitou naquela noite para dormir, o garoto da padaria veio a sua mente. Ele parecia tão triste e distante, a menina se perguntava o motivo daquilo.


᳝ ʿ🍂ꜝꜞ ᳝ Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay ♡

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