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Dies Irae!


"Quanto terror está prestes a ser,
Quando o Juiz estiver para vir,
Em vias de julgar tudo severamente!"
 

Lyana beliscou um generoso pedaço de um hambúrguer incentivando a si mesma a comer mesmo com o estômago revirando-se nervosamente, ameaçando despejar o pouco conteúdo dele. O cheiro oleoso de fritura não colaborava em nada com sua tentativa inútil de alimentação. Bebeu o suco de laranja que agradavelmente supriu sua necessidade de hidratação, dando uma falsa sensação de satisfação.

Suspirou para a caixinha grudenta de molho e guardou o que sobrou do que seria seu almoço, largando-o no criado mudo ao lado da sua cama. Limpou as mãos com guardanapo, retirando o excesso nojento de óleo que se impregnou entre seus dedos. Jogou-se preguiçosamente na cama que rangeu com o peso, buscando uma posição confortável para deitar e refletir. Ela tinha bastante tempo para pensar mais profundamente sobre tudo, ocasionalmente perguntando-se nas possibilidades em aberto e se, no passado, tivesse feito outras escolhas influenciaria em algo atualmente. Não conseguia imaginar sua vida sem Alexander ou Diva, o apreço por ambos a motivou a viver conformada.

Talvez ela não tivesse sido uma amiga exemplar para Diva, sempre questionando-a e as vezes perturbando-a para fazer loucuras. A sua intenção nunca fora privá-la de ter sua própria vida, mas queria que ela vivenciasse os momentos mais humanos possíveis mesmos os mais bobos e perigosos. No fundo, esperava que o momento chegasse, no qual Diva seria exposta a um mundo hostil. Sua realidade mudada drástica e aterrorizadoramente. Ela nunca realmente pertenceu aos humanos e a cúpula segura que crescera naquele meio. Enquanto esteve contando silenciosamente os anos, vendo em primeira mão o desenvolvimento de Diva, percebeu que o seu amor fraterno e a vontade de protegê-la poderia futuramente atrapalhar sua percepção racional. Temia perdê-la e ficar novamente só, deslocada. Era tolice que dependesse tanto assim de alguém, só que sua humanidade fragilizada carecia disso, os laços incondicionais de amizade. Lyana conhecia bem a natureza dos demônios a qual também era parte de si; eles não sentiam as emoções essências e inexplicáveis com a intensidade dos humanos, portanto incapazes de expressá-las. Nunca veria uma criatura vil que prezasse a morte chorar. Alguns possuíam essa sensibilidade, optando permanecer e aprender mais com os humanos. Como ela. Alexander ofereceu a chance de experimentar tudo que inicialmente recusou-se, por fim, acabou apaixonando-se pelo seu benfeitor. Naquela época, o futuro prometia ser brilhante e promissor.

Lyana rosnou com sua mente traindo-a e desenterrando memórias que fazia questão de alojar no canto mais fundo e escuro da sua mente. Odiava ter que reviver seus sentimentos há muito trancados à flor da pele, as feridas que pensava estar cicatrizadas e curadas abriram-se dolorosamente clamando atenção. Inquieta em seu casulo de angústia, lutando contra o impulso de ceder às lágrimas que ardiam em seus olhos, Lyana virou de um lado para o outro no macio colchão. Sentimentalismo nunca combinou com ela, por isso ocultava suas múltiplas dores de um coração brutalmente despedaçado com atitudes despreocupadas e sorrisos mentirosos. Era muito mais fácil assim.

Fincou as unhas no lençol fino, tendo cuidado para não se exceder e rasgá-lo na explosão de tristezas reprimidas que a derrubavam por dentro. Agarrou o controle e ligou a televisão. O som preenchendo o quarto e interrompendo seu monólogo mental exaustivo. Alternou os canais e em todos noticiavam sobre ataques e mudanças recorrentes no globo com alarde. Desde as estranhas anomalias dimensionais, as eventuais atividades duvidosas e as monstruosidades que os acompanhavam, o mundo parecia a beira de um colapso. A jovem e elegante mulher fazia anúncios sobre a tomada de um novo poder político. Lyana aumentou o volume, atenta as palavras da jornalista. Havia rumores sobre um novo governo dominando as grandes potências: Estados Unidos, Rússia, China, Japão... Como se tivesse nascido um tipo assustador de nova ordem mundial. A tela mudou para uma grande sala de conferências com bandeiras de inúmeros países e seus governantes. A cacofonia era alta e incomoda aos ouvidos, seja qual for o ponto crucial do debate tornou-se uma caótica discussão. A câmera voltou para a jornalista que fazia breves observações de acordo com que via, tratando tudo com seriedade e leve receio. Uma rápida visão do auditório, duas pessoas familiares: Amon e Thanatos com roupas formais. O grito travou no meio do trajeto, Lyana mal pôde formular uma linha de raciocínio para compreender o que assistia: Diva — ou seja lá como chamava-se agora — apareceu com assessores em seu encalço, flashes ofuscavam a visibilidade e a sala caiu em um silêncio mórbido. Posicionando-se como uma legítima líder, Diva, com um habilidade de persuasão invejável e conduções impecáveis, começou um discurso com uma série de pontos de vista. Então, quando pensava que nada poderia piorar, eis que com um sorriso perverso, Diva proclama:

— Essa é minha última chamada: com o controle definitivo das grandes potências... Declaro guerra aos demais países.

Lyana lutou para recuperar a respiração, sugando um punhado de ar para os pulmões. O exercício simples de inspiração e expiração exigiu mais energia e sua mente não conseguiu conciliar tudo, seu cérebro não administrou corretamente a informação. Claro, Diva tinha a sua disposição poder de fogo suficiente para aniquilar diversos países sem esforço e causar o máximo de danos. Facilmente, também, poderia usufruir dos suas habilidades inumanas. Mas obviamente tornaria o processo de destruição e morte o mais hediondo e devastador, e uma terceira guerra mundial lhe proporcionaria esse prazer. O sorriso dela era de alguém com poder e meios para executá-lo.

O mundo estava a seus pés.

— Ah! Merda! — grunhiu, amassando o controle. — Merda! Merda!

— O que aconteceu? — Dante saiu do banheiro secando os cabelos com uma toalha.

— Veja você mesmo — apontou para a televisão, afundando o rosto no travesseiro. — Isso parece um pesadelo!

Diva continuou falando sobre sua bem planejada forma de domínio mundial através de estratégias de batalhas tranquilamente como se conversasse sobre o clima. Os estarrecidos líderes, em diferentes idiomas, mostravam oposição. Aquela altura ninguém estava psicologicamente preparado para uma guerra, grande parcela daqueles lugares não tinham tantos recursos para armamento. Apesar das constantes ondas de terrorismo, as escalas dos incidentes ainda eram dentro de certos limites que poderiam controlar.

E depois da Segunda Guerra Mundial, com demonstrações bárbaras de reivindicação em campo e submetendo as pessoas a todo tipo de tortura, derramamento de sangue sem sentido, ideais distorcidos... Os efeitos ainda eram sentidos mesmo após muitos anos de seu término. Havia muita coisa em jogo além de vidas inocentes que a mulher sádica e cruel ignorava. Um telão foi posto perto do palanque, imagens de bombardeios com aeronaves militares em diversas áreas, violentas explosões, gritos, prédios vindo a baixo, fumaça negra subindo aos céus ao vivo. Isso era uma prova irrefutável de que ela não estava brincando em seu propósito. Obrigados a verem a destruição em massa de suas nações sem fazer absolutamente nada, os governantes ficaram em seus lugares com o horror estampado em suas feições.

— Vocês não tem escolha. Podem resistir ou o mais lógico, se renderem.

Dante desligou a TV. Lyana ficou imóvel com o rosto no travesseiro.

— Nunca pensei que isso chegaria a acontecer... — Lyana confessou, sua voz soando abafada. — Queria que ela nunca tivesse despertado seus poderes. Teríamos uma vida normal e... — Lyana olhou desolada pra Dante. — Talvez ela nunca fosse verdadeiramente feliz. Que egoísmo meu...

— Fosse melhor mesmo... — Dante concordou. — Assim ela não teria que passar por isso... Estava tão convicto da ideia de que levando-a pra longe ela viveria em segurança...

— Estávamos enganados. Todos nós. No entanto, não poderíamos evitar nada disso...

Houve um tremor que abalou as estruturas do apartamento. Finas camadas de poeira caíram sobre eles — o que frustrou um pouco Dante, já que acabara de tomar banho —, os objetos nos móveis balançaram e rolaram para o chão. Sons ensurdecedores de um F-22 Raptor atravessando o ar atingindo uma velocidade implacável ribombaram. Uma rajada de vento estilhaçou as janelas, lançando vidro em diferentes direções. Lyana moveu as mãos conjurando um escudo de energia, protegendo-os da chuva de destroços.

Lyana correu para a janela, embora fosse uma atitude estúpida devido aos eventos de outrora que resultou no estrago de vidro e madeira jogados no chão. As pessoas na rua corriam desesperadas em busca de abrigo, escondendo-se dos assustadores roncos das aeronaves de guerra.

Dante agarrou a cintura de Lyana, puxando-a para fora tão bruscamente que ela não pôde assimilar o ocorrido. Eles aterrissaram em segurança em um telhado de um aglomerado de apartamentos um pouco mais distante do que alugaram que simplesmente explodiu. Lyana percebeu o porquê da ação repentina e incompreensível de Dante: estavam na mira de um dos jatos. Outras e ainda mais assoladoras sequências de tiros e mísseis sobrevoando a cidade, acertando sem distinção edifícios e pessoas que acabaram sendo pegas no fogo cruzado.

Aquilo era o começo do fim.

Lyana não suportou o peso de seu corpo e desmoronou.

— Esse é o Dia da Ira?

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