Capítulo 24
Uma semana depois
Até Justice quis comparecer na audiência de custódia. Estavamos eu, Jaded, Justice, Coralyne, Trisha e Slade sentados por trás de Junniper e Rory. Do outro lado Carlos e seu advogado nos encaravam o tempo inteiro. Como Rory apresentaria provas contra Carlos foi pedido a promotoria e um júri para julga-lo.
O juiz não demorou a chegar e sentar em seu lugar de direito conduzindo a audiência nos conformes. Eu pouco entendia o que os advogados discutiam, eram leis e alguns termos difíceis, foi quando o advogado de Carlos se pronunciou contra os espécies que minha paciência beirou o limite.
- Isso é prejudicial para a criança, excelência. Estar vivendo com pessoas desse tipo, selvagens sem filtro entre o cérebro e a boca. O que ele aprenderia? A rosnar? O meu cliente deseja dar uma educação de qualidade ao filho, coloca-los nas melhores escolas preparatórias para universidades. Precisamos pensar no futuro da criança. - terminou e tornou a sentar. Rory não perdeu tempo.
- E o futuro da criança estará sendo dirigido por racistas? Excelência, veja bem o que eles estão falando. Queremos mesmo que uma criança cresça sob esses ensinamentos? Que ele se torne um objeto manipulado por pessoas com dinheiro? Ou queremos que o pequeno Nathan cresça em um lar afetivo, cheio de amor e cumplicidade, que mostre a ele o caminho certo? Estamos aqui em uma audiência de custódia tentando decidir o futuro de uma criança, e vamos nos prender a algo tão fútil quanto dinheiro? Ao lado da mãe é onde uma criança deve estar. Obrigada, excelência. - ouvr um pequeno burburinho no júri.
- Silêncio. - pediu o juiz. - Senhorita Rory, disse que tinha provas que Carlos não é o pai que demonstra ser. Por favor, queira apresentar.
Rory tinha explicado que só chegaria a esse ponto se o júri estivesse sendo manipulado por Carlos, ela tomou conhecimento de algumas trocas de favores e precisava agir para garantir o sucesso do caso.
- Carlos é um assassino, um estuprador e um canalha. Eu tenho provas. Ele atropelou e matou dois ciclistas sem ao menos ficar para prestar socorro às vítimas. Ao invés disso, colocou fogo no carro queimando um dos ciclistas vivo, ele teria sobrevivido se não fosse as chamas. Depois disso ele pagou a polícia e o caso foi arquivado como acidente. O que não tem nenhuma lógica. As fitas de vídeo das câmeras de segurança foram arquivadas, mas eu consegui e posso mostrar. - uma televisão logo foi posta a sua frente e o vídeo começou a repetir diversas vezes.
- Eu protesto. Isso não tem relação com a audiência. - gritou o advogado de Carlos ficando em pé.
- Negado. - rebateu o juiz. - Prossiga.
- Isso não é tudo. Ele também estuprou uma garota de doze anos que voltava tarde da escola, ela conseguiu escapar e junto a uma testemunha roubaram a carteira de Carlos o denunciando. Uma câmera de segurança da lanchonete o flagrou arrastando a garota para um beco. - até Junni estava espantada com tudo que Rory revekava sobre seu ex-marido.
- Sustento o protesto. - gritou o advogado novamente.
- Negado. Ainda tem mais alguma coisa, Rory? - ela assentiu. - Pois bem.
- Carlos Martins, é um canalha. Tenho laudos médicos, fotografias, depoimentos de testemunhas e um boletim de ocorrência que provam excelência, que este homem que tenta com todas as forças separar o filho da mãe, bateu e estuprou a ex-esposa duas semanas após o divórcio. Ele invadiu o apartamento dela, a agrediu, violentou e em seguida tentou levar a criança mas, foi impedido pelos vizinhos. Sem mais nada a declarar, excelência. - a pequena advogada voltou a sentar e segurou firme nas mãos de Junni e que tremia.
- Excelência, não pode levar nada disso em consideração. Carlos é um ótimo pai para o garoto, os seus vizinhos podem provar que o relacionamento entre ele e o filho eram um exemplo. Peço que desconsidere o que foi aqui apresentado, as pessoas mudam. O meu cliente aprendeu com os seus erros, ele é um homem honesto, gentil e um pai preocupado com a saúde e bem estar do seu único filho. - o advogado andava em frente ao júri como se estivesse suplicando atenção.
- Protesto. Desconsiderar? Eu apresentei provas visuais! - era um poico engraçado ver Rory irritada, mesmo diante da situação tensa. Junni parecia soar e evitava olhar para os lados, tudo que eu queria era estar ao seu lado a abraçando.
- Permitido. O júri vai recolher tudo e se retirar, voltaremos dentro de uma hora. O senhor Carlos deverá ficar a cem metros de distância da senhorita Junniper, enquanto estivermos em pausa. - bateu o pequeno martelo de madeira, todos se levantaram enquanto ele saia.
Junniper praticamente correu da sala e eu me apressei em segui-la, Justice e Rory ficaram conversando sobre algo e Jaded levou sua companheira para comer. Junni estava sentada em um dos bancos de madeira do lado de fora, com as mãos cobrindo o rosto eu sabia que ela chorava. Me sentei ao seu lado e a puxei para um abraço, ela não hesitou e rapidamente me deixou ver suas lágrimas.
- O que foi, minha fêmea? - perguntei acariciando seus cabelos escuros.
- Estou com medo de perder o caso. - ela sussurrou em meio aos soluços.
- Rory está dando o melhor de si, eu tenho certeza que vão conseguir. -
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