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Texto 12

Consequência do trabalho


Tudo havia desmoronado. O mundo não era mais o mesmo. Mais um dia e eu saia para fazer meu trabalho na rua. Ser jornalista não era a profissão mais fácil do mundo, ainda mais quando o caos fazia parte das informações diárias. Ano de eleições se tornou ainda mais difícil desde a pandemia que mudou o mundo em 2020. Ser resistência hoje em dia é uma luta diária, mas eu e meus colegas de equipe não temos medo de seguir fazendo o que amamos. Mesmo que sejamos desvalorizados, eu ainda acredito que existem pessoas que confiam no que dizemos. 

2048. Quando pensávamos que estaríamos vivendo em um mundo cheio de desinformação? Parecia que as tecnologias iriam ajudar, mas muitas vezes elas atrapalharam. Foram usadas para o lado do mau. Vinte e oito anos depois e a ciência continua desvalorizada, mesmo após a descoberta que conseguiu acabar com o vírus letal. Mas se temos que seguir em frente, então é isso que faremos. Do que adianta olhar para trás se não há meios de mudar o passado? O melhor é levantar a cabeça e pensar no que queremos para o futuro. Mas o que é o futuro? 

- Lilian? – Ouvi José Augusto, o cinegrafista que iria me acompanhar, chamar meu nome. Balancei a cabeça para afastar meus pensamentos e voltei a olhar para o roteiro em minhas mãos. 

Fazia pouco tempo que eu havia me formado. Eu pensava muito sobre a pandemia ocorrida na época dos meus pais. Um dos professores havia comentado sobre o assunto, buscando relacionar com consequências para a atualidade, e eu acabei me envolvendo muito mais do que imaginava quando decidi usar isso no meu TCC. Um vídeo documentário sobre as mudanças causadas no mundo. Sem perceber, comecei a viajar no tempo novamente.

  Último ano da faculdade. Eu nem acredito que consegui sobreviver aos 3 anos anteriores. Talvez levemente surtada, mas estou aqui, prestes a escolher formato e tema do meu trabalho de conclusão de curso. Minhas amigas ainda estavam em dúvida sobre o que gostariam de fazer, então eu acabei sugerindo uma ideia de que eu já vinha pensando desde o ano anterior quando tivemos uma aula de história.

- Meninas, o que vocês acham de falar sobre as consequências no mundo atual da pandemia que ocorreu há 28 anos atrás? Lembra que falamos sobre isso em uma aula? Eu achei o tema interessante e fiquei com isso na cabeça. Mas eu ainda não me decidi quanto ao formato... – Eu sabia que queria fazer algo em vídeo, mas nem todas do grupo tinham preferência para esse tipo de jornalismo.

- Eu acho que podíamos fazer um documentário em vídeo e captar imagens, mostrando a realidade! – Larissa foi quem falou. Por fora, eu agi naturalmente, concordando com a cabeça. Mas, por dentro, eu estava mega eufórica em poder trabalhar em algo que eu gostasse.

Com tema escolhido, agora precisávamos apresentar isso para o professor que escolheríamos como orientador. Colocamos toda a ideia escrita no papel para apresentar uma pauta decente e, na semana seguinte, fomos conversar com Márcio Lima. 

- Oi, meninas! Fiquei surpreso com o e-mail de vocês, me convidando para orientar o trabalho. E honrado, devo dizer! 

- Ficamos felizes que o senhor tenha aceitado o convite! Mas, indo direto ao ponto, nós trouxemos a pauta aqui. – Mostrei a tela do meu celular para que ele lesse. – Nós não tínhamos como enviar antes, como não temos o contato, aí não deu para fazer o compartilhamento de arquivo entre os aparelhos. 

- Tudo bem, sem problemas, mas antes de vocês irem, podem anotar meu número, teremos muito o que conversar para deixar o trabalho de vocês perfeito! – Assim que ele terminou de dizer isso, pegou o celular de minhas mãos e começou a ler nossas ideias. Depois de cinco minutos, ele falou novamente: - É uma ideia sensacional! Vocês pretendem abordar de que forma? Já pensaram em imagens? No próximo encontro, me tragam um pré-roteiro para discutirmos melhor, fechado? – Concordamos e saímos de lá aliviadas em ter nossa ideia aceita de prontidão. 

Uma semana havia se passado desde que apresentamos a pauta e a nós já estávamos incansavelmente produzindo para construir um resumo do que estávamos pensando em fazer. Nosso arsenal de pesquisa estava cheio de coisas boas, e nós conseguimos entrar em contato com algumas possíveis fontes para adiantar. 

Depois de um mês, tínhamos roteiro aprovado e vontade de correr atrás para transformar o que estava na nossa cabeça em algo concreto e maravilhoso. Entrevistamos um cientista político que nos contou sobre o momento vivido naquele ano, a história por trás da pandemia e simplesmente ficamos chocadas no quanto as decisões políticas tomadas lá atrás influenciavam hoje, porque as pessoas se deixavam levar pela falta de informação. E isso era o que me dava mais motivação de continuar seguindo na carreira que escolhi. Também havíamos conseguido um médico infectologista que nos contou mais sobre a doença, e o quanto ela tinha causado problemas para a saúde das pessoas, mesmo elas já estando curadas. Um estudo ainda estava sendo feito para descobrir melhor esse efeitos negativos de um vírus que deixou o mundo atolado economicamente falando. E conseguimos falar com duas pessoas que foram infectadas na época. Elas tiveram danos no pulmão que ficaram permanentemente e se arrependem de não terem seguido à risca as instruções dadas por todas as autoridades de saúde. 

Com entrevistas feitas, era hora de coletar imagens. Um dos hospitais que entramos em contato havia nos autorizado a gravar e ficamos ainda mais boquiabertas ao notar que estava bem cheio, e muitos pacientes iam com frequência para cuidar de danos acometidos pelo tal do vírus. Era até difícil falar com algum médico ou enfermeiro, pois nenhum deles ficava sem trabalho nenhum segundo sequer, mesmo com a tecnologia tão avançada, o trabalho deles nunca parava. Muito pelo contrário, parecia que tinham ainda mais trabalho do que em anos anteriores. 

Nós também queríamos fazer algumas imagens em um cemitério, porque o total de mortes naquela época foi muito grande. E já que a nossa função era ir atrás de informação, então nós precisávamos saber como a situação estava hoje em dia. E a verdade é que as pessoas enterradas naquele ano ainda ficavam em um espaço isolado e não se podia chegar perto para evitar qualquer outro tipo de contágio. Eles ainda não sabiam ao certo se isso era possível, mas estavam fazendo de tudo para prevenir que uma nova pandemia estourasse e tivesse consequências ainda piores para o mundo.

Nós estávamos muito satisfeitas com o resultado da coleta de imagens e entrevistas. Depois de um longo trabalho durante 5 meses, nós estávamos na etapa da edição. A decupagem foi o mais difícil, porque sempre queríamos escolher tudo, mas algumas coisas eram necessárias cortar e, nesse ponto, tivemos que ter olhar jornalístico muito forte. Óbvio que toda ajuda do nosso orientador facilitou esse processo também. 

A edição foi relativamente tranquila, considerando que tínhamos a ajuda dos técnicos da faculdade para deixar o documentário ainda mais legal de assistir. Com tudo pronto, depois de uma longa e cansativa jornada, nós decidimos publicar na internet e, com menos de uma semana, alcançamos 300 visualizações. Um trabalho que gerou comoção e indignação por parte dos telespectadores e nossa também, porque como cidadãs, ainda era inacreditável o quanto uma pandemia tinha gerado tantas consequências negativas. 

Eu havia voltado para a realidade no momento certo em que chegamos à porta do hospital da matéria de hoje, e por incrível que pareça, era o mesmo onde eu havia realizado meu trabalho. Toda a informação que eu tinha naquele momento era de que 5 pessoas foram internadas às pressas com suspeita de um novo vírus ou bactéria. Ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo ou quem eram. Enquanto José Augusto tirava os equipamentos do carro para montar, eu fui apurar mais um pouco. 

Eram de idades variadas e todos estavam na ala de UTI em estado de observação. A assessoria do hospital ainda não podia nos informar como estavam ou o que os havia acometido para estarem ali. Mas, a pergunta que ficava na minha cabeça: será que era o início de uma nova pandemia? Meu trabalho, ainda na internet, rendia novos frutos a cada ano. E, antes de entrar ao vivo no jornal do meio-dia, eu não conseguia parar de pensar nele e na volta ao tempo que fiz enquanto estávamos a caminho. 

Era muito difícil de acreditar que poderíamos estar vivendo um djavú de anos atrás, mas se isso fosse possível, será que as autoridades teriam mais precaução sabendo das consequências geradas pelo que houve há anos? Fui interrompida pelo chamado do apresentador no meu fone de ouvido. 

- Olá, boa tarde! Estamos aqui em frente ao Hospital Rybas Castro, onde 5 pessoas de famílias diferentes e idades variadas estão internadas. Ninguém sabe ainda como elas estão se sentindo ou o que elas têm, mas o hospital informa que é preciso tomar cuidado. Eles estão em observação na UTI, sem receber visitas e nós temos que ficar do lado de fora a uma distância segura do local. Volto com vocês aí no estúdio! 

- A nossa repórter Lilian Limeira produziu um documentário sobre uma pandemia de anos atrás e o que ela causou nos dias de hoje, não é mesmo, Lilian? – Ouvi o apresentador falar.

- É isso mesmo, Marcos! Eu e um grupo de colegas fomos atrás de informações e muito estudo para mostrar algo tão importante e que pode gerar ainda mais preocupações com os casos desses pacientes. Que tipo de doença eles têm? Isso pode levar a uma nova pandemia? Como os governantes estão preparados para lidar o que isso? Eles estão prontos? – Devolvi ao estúdio com questionamentos que já estavam pré-estabelecidos na minha cabeça. 

Entrei de volta no carro para ir embora, ainda mais pensativa do que eu tinha vindo. No dia seguinte, recebemos novas informações de que outras pessoas em outros cantos do país tinham sido internadas com os mesmos sintomas das 5 primeiras. As opiniões começaram a serem formadas e ficarem divididas e a única coisa que eu podia fazer era continuar com meu trabalho em busca de verdades.

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