Escolhas
Acordei de um coma
Caí num pesadelo real
Nunca, jamais imaginei
Problemas, muitos dilemas
Com os quais me deparei:
Não coma!
Não fale!
Não beba!
Não beije!
Não cumprimente!
Não saia de casa!
Enfim... não viva!
Tudo agora era regrado
Papel, comida, banho
De quatro cantos vigiados
Que sofrimento medonho
Em nome da soberania nacional
Leia-se por mando do capital
Um país em recessão
Um governo destrambelhado
Problemas, briga, confusão
Isso tinha para todo lado
Aos pobres, trabalho e desalento
Aos dirigentes, sombra e caviar!
Deus! Que força maligna é essa?
Não estamos sozinhos no planeta
Há forças bem mais poderosas
Do que estatuetas de esquerda
E diante dessa guerra sanitária
Vivemos uma crise humanitária
É preciso esquecer as diferenças
É preciso repensar nossa indiferença
É preciso reduzir o consumo
Rever o destrutivo capital
Mas nada se resolverá
Com egoísmo e polícia digital
É preciso recompor a vizinhança
Preparar os despreparados
Incluir todos no mesmo bojo
Nós podemos escolher
O amor em vez do medo
O afeto em vez do nojo
Valorizar o contato pessoal
Desenvolver o lado emocional
Criar uma oportunidade de redenção
Porque apesar de perdas e danos
Podemos fazer do nosso mundo
Uma grande e humana nação
Antes um grande empresário
Senti-me um peixe fora d'água
Agora sou apenas um operário
Mas disso não tenho mágoa
Arregaçarei minhas mangas
E trabalharei, me reinventarei
Porque não há mal que sempre dure
Ou felicidade que não se acabe
Porém toda mudança começa com a gente
Eu me transformarei em um mestre cervejeiro
Quero contribuir a meu modo
Com o famoso jeitinho brasileiro
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