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Em busca da cura

As nuvens cobriram a lua tampando o pouco de luz que iluminava o local. Raul e eu fomos encurralados por rebeldes e estávamos prestes a sermos mortos. Foi uma tarefa árdua chegarmos até aqui e justo quando nos aproximamos do nosso destino fomos interceptados por eles. Precisávamos urgentemente de um plano para sairmos vivos dessa. Olhei em volta e vi três homens se aproximando, tateei meu colete em busca de uma adaga que passou despercebido da revista que eles fizeram, um erro de principiantes. Tinha que ser rápida ou um único movimento errado poderia nos matar. Olhei em volta e notei que eu poderia facilmente atingir um deles no pescoço, Raul com sua habilidade em luta ficaria com o segundo enquanto distraio o último para eliminá-los juntos, essa era nossa única chance. Vi Raul me olhar, com certeza pensou o mesmo que eu, anuí em resposta e me preparei. Quando o primeiro homem chegou perto, o golpeei, fazendo-o cair no chão com as mãos em seu pescoço que jorrava sague. Os demais tentaram vir até mim, contudo Raul pegou um deles e começaram a lutar. O terceiro homem que aparentava ser o mais cruel, sorriu e tirou uma faca do bolso, sorri de volta, afinal, luta com facas e espadas eram minhas especialidades. O tintilar das lâminas soavam como música para meus ouvidos, me defendi de seus ataques e atingi seu rosto duas vezes, em minutos aquele homem bruto estava cansado e eu não havia derrubado nenhuma gota de suor, tenho que agradecer meu pai pelas aulas que me deu. Raul quebrou o pescoço do outro homem e o seu corpo caiu sem vida no asfalto, agora só faltava terminamos com brutamontes na minha frente e estaríamos livres e foi com uma pequena distração dele olhando seu amigo morto que consegui enfiar a adaga em seu coração, dei meu último sorriso e tirei a lâmina de seu peito, deixando seu corpo cair a minha frente com uma cara de surpresa por eu ter o vencido. Limpei a lâmina da adaga e a guardei novamente.

— Obrigada pela ajuda com ele — ironizei.

— Eu sabia que seria fácil para você e estava apreciando o show. — Ele riu e juntos saímos daquele lugar e continuamos andando em busca do lugar que talvez nos causasse ainda mais problemas do que aqueles homens que se denominavam rebeldes.

Durante a caminhada pensei sobre o que nos trouxe até aqui e do porquê dessa rivalidade extrema em que vivíamos. O mundo foi dividido em colônias após um surto no qual matou muita gente, meus pais tentaram unir os povos, contudo outra guerra foi gerada, então cada povoado construiu uma muralha para se defenderem daqueles que achavam serem perigosos. Muitos anos se passaram, o vírus mortal já não existe mais, porém a ignorância do ser humano prevalece, e por isso vivemos separados uns dos outros atrás de grandes paredes que nos impede de sair.

Desde pequena sempre fui muita ativa, queria correr, brincar e desafiar os outros. Cresci e essa paixão por aventura me acompanhou, eu era a primeira a chamar as outras crianças para se aventurarem comigo. Talvez tenha herdado essa característica da minha mãe Evy que fugiu da isolação onde vivia a fim de unir a sociedade, foi nessa aventura que ela conheceu meu pai e alguns anos depois eu nasci e comigo veio essa disposição de querer mudar o mundo. Com dezesseis anos fui a primeira a atravessar a grande muralha em busca de plantas medicinais para alguns enfermos que tínhamos. Lá fora era assustador e em cada canto tinha a nítida visão de destruição, os mais velhos diziam existir algumas pessoas que viviam lá fora, não habitavam em nenhuma colônia e eram conhecidos como rebeldes, eram perigosos e matavam sem piedade. Bem, não foi isso que aconteceu e agora são eles os mortos e não nós.

Hoje estou com vinte e dois anos, tenho os olhos azuis e meus cabelos longos e escuros fazem contraste com eles, tenho 1.75 metro de altura e peso cinquenta e sete quilos, isso devido as todas as tarefas que faço aqui dentro, gosto de ajudar o próximo e sempre me disponho a isso. Raul, meu melhor amigo, diz que sou elétrica, pois não consigo ficar parada. Ele esteve comigo em toda minha infância e seguimos juntos até hoje. Ele é um homem lindo, seus cabelos são de um loiro escuro, e seu olhar penetrante junto com a cicatriz no supercílio deixam as meninas suspirando pelos cantos, no entanto o que mais me encanta nele não é sua beleza e sim seu caráter, ele é um homem honesto e sempre disposto a ajudar, assim como eu e por isso fomos designados para essa missão.

Miriam, uma garotinha de sete anos se machucou gravemente e a ferida infeccionou, agora ela precisa de uma planta chamada guaco para conter a infecção e cicatrizar a ferida, no entanto não temos essa planta aqui e o único lugar que podemos encontra-la é na colônia Zephir. O problema? Eles são nossos inimigos. Quando fui chamada para essa missão, hesitei, tinha medo de fracassar, então Raul e eu fomos pedir conselho para meu avô André, me lembro exatamente do que ele disse.

"— Minha querida você é a única capaz de ter sucesso nessa missão, você é forte e destemida como sua mãe, mas ela já não tem mais idade para isso, então contamos com você. — E foi assim que Raul e eu ultrapassamos os imensos portões para a missão da nossa vida."

— Amanda acho que chegamos — Ouvi Raul pronunciar, o que me tirou das minhas lembranças e me fez olhar para frente onde vi uma muralha gigante. Senti minha espinha se arrepiar, aquilo não parecia um lar e sim uma prisão.

— Isso está muito estranho. Que lugar é esse afinal?

— Vamos descobrir agora. — Raul apontou para frente onde cinco homens caminhavam em nossa direção. — É agora que corremos? — perguntou.

— Não, vamos deixar eles nos capturarmos para vermos como é lá dentro e depois bolamos um plano para sairmos de lá vivos e com o guaco.

— Grande ideia — ele zombou.

— Sempre tenho as melhores. — Rimos. 

Os cincos homens não disseram nada, apenas nos algemaram e nos levaram para dentro.

Assim que entramos comecei a prestar atenção nos detalhes. Havia um soldado em cada torre nas extremidades da colônia. Nos portões mais dois homens ficavam responsáveis pela abertura e fechamento do mesmo e vários guardas circulavam pelo local, não seria fácil sair dali. Enquanto éramos guiados a algum lugar, vi homens e mulheres sendo obrigados a trabalharem, era visível a exaustão de cada um, o que me deu a certeza de que ali era realmente uma prisão e tudo foi comprovado quando chegamos ao general.

— Temos mais dois escravos para compor nossa colônia? — ele disse assim que nos viu.

— Sim senhor, eles estavam próximos e decidimos aprisionar os dois — falou um dos guardas.

— Ótimo. Os levem para a colheita. — Não tivemos a chance de pronunciar nenhuma palavra e fomos levamos para uma plantação onde várias pessoas colhiam diversas hortaliças. Vi de longe uma área com muitos pés de guaco e fui caminhando para lá com Raul ao meu lado.

Conversamos com algumas pessoas e o que eles falaram nos deixaram horrorizados, ali era um verdadeiro local de escravidão e se não fosse feito o que era ordenado ficavam sem comer e eram submetidos a uma surra que muitos não sobreviviam. Decidi pegar o guaco e tirar aquelas pessoas dali. Foram mais de três horas para convencermos eles a nos ajudar. Raul e eu bolamos um plano e junto com os outros orquestramos nossas fugas. 

Camila e Silas eram hábeis em capoeira, então ao anoitecer nós três fomos interceptar os guardas do portão. Raul, Douglas e Laís ficaram responsáveis pelos guardas das torres e os outros pelos que circulavam o local. Fizemos sacos com guaco e outras plantas medicinais que seriam levados pelos demais quando estivéssemos livres.

Os guardas vieram para cima de nós, contudo estávamos preparados e uma luta se iniciou. Com agilidade, Camila resgatou minha adaga e jogou para mim que com um único golpe derrubei o primeiro e fui de imediato ajudá-la a eliminar o outro. Silas obteve êxito ao quebrar os braços de um e deixa-lo impossibilitado de qualquer ação, então veio nos ajudar segurando o homem por trás e me deixando livre para encravar a adaga em seu peito.

Raul e os demais não precisaram matar ninguém, porém foi uma luta intensa que os deixaram muito feridos, no entanto conseguiram amarra-los e logo foram ao nosso encontro.

Estávamos prontos para sairmos, todos felizes e com a esperança de uma vida melhor quando o general apareceu com uma espingarda nas mãos.

— Vocês pensam que vão sair assim depois de acabarem com meu exército? — Gritou apontando a arma para nós.

— O que você faz aqui é escravidão e não deixarei essas pessoas viverem assim — me pronunciei.

— Você é a causadora disso, tudo estava indo bem antes de você chegar e não vou permitir que saia viva daqui. — Ele apontou a espingarda para mim e apertou o gatilho, não tive tempo de fazer nada, apenas vi Raul pular na minha frente e levar o tiro por mim. Gritei e caí ao lado de seu corpo, enquanto os outros foram para cima do general e o mataram com sua própria arma.

— Fica comigo, por favor — pedi chorando.

— Os leve daqui e dê a eles uma vida digna — ele pediu.

— Não! Eu não vou sem você, vamos conseguir te salvar.

— Amanda eu não vou aguentar. Nós conseguimos de qualquer forma, leve o guaco e salve a Miriam e todos que estão aqui. Estarei sempre com você te protegendo e te guiando em tudo que fizer, eu prometo. — Raul fechou os olhos e senti o exato momento em que seu coração parou de bater.

— Não! — gritei e senti meu corpo sendo levantado por alguém, me levando para longe do meu melhor amigo.

A volta para casa foi feita com muito pesar, não tive tempo de sentir o luto, tínhamos uma longa caminhada pela frente e tivemos sorte de não encontrar nenhum rebelde pelo caminho. Quando chegamos e trouxemos a notícia da morte de Raul todos ficaram abalados, porém foi feita uma festa em homenagem a ele e a todos que se libertaram. Miriam foi tratada com o guaco e em dias estava correndo pela colônia outra vez e nossas vidas voltaram ao normal. Fui denominada como heroína, mas ao meu ver, Raul foi o verdadeiro herói e será eternamente em meu coração.

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