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A Vingança Perfeita

"Abro a porta com a chave reserva e estranho o silêncio, Heloísa sempre mantinha o som ligado.

— Helô? — chamo e não tenho resposta. — Helô? — chamo outra vez e o silêncio permanece. Caminho lentamente até seu quarto e ao abrir a porta me deparo com uma cena que faz meu mundo desmoronar. — Helô! — grito desesperada ao ver seu corpo amarrado na cama com um corte profundo na garganta e o que mais me deixou abalada, uma rosa vermelha com o caule enfiado na palma de sua mão."

Há uma semana revivo esse pesadelo. Perdi minha irmã de uma forma brutal e fui impedida de participar das investigações pelo vínculo familiar com a vítima. Me tornei investigadora depois que a sociedade se estabeleceu após uma pandemia e os crimes voltaram a acontecer, hoje tenho quinze anos como investigadora e não posso investigar o assassinato da minha irmã.

Olho para o lado e vejo Leonam dormindo, ele é o homem que está me dando forças na última semana, ele entende o que sinto, pois antes de nos conhecermos seu pai também foi assassinado. Se ele não tivesse aparecido na minha vida, eu não saberia o que seria de mim. Me levanto com cuidado para não acorda-lo e vou para o escritório onde fiz minha linha de investigação particular, eu não poderia ficar parada enquanto o assassino de Heloísa está solto.

Abro as pastas e as fotos me levam para o dia em que a encontrei morta do mesmo jeito que Manoel Neto fazia com suas vítimas. Todas as pistas apontavam para ele, principalmente quando no dia seguinte fotos de Heloísa morta chegaram na delegacia exatamente como ele fazia, o problema? Ele está morto, foi para a cadeira elétrica seis anos atrás depois que eu o prendi por seus assassinatos. Então quem fez isso e por que? Vingança? Talvez, mas por que Heloísa e não eu? Olho as fotos da cena do crime tentando encontrar algo que tenha passado despercebido e algo me chama atenção, ao lado da cama, escondido pelo lençol que cai no chão, vejo um objeto, é impossível identificar o que é, mas tenho certeza de que tem alguma coisa lá e que não viram durante a perícia. Preciso descobrir o que é, no entanto fui impedida de entrar na casa, afinal agora é uma cena de crime.

Continuo olhando a foto quando sinto algo tocar meu ombro, me levanto já de posse de minha arma.

— Calma Amor, sou eu — diz Leonam.

Abaixo a pistola e a travo. — Me perdoa, eu estou ficando louca. — Começo a chorar e ele me abraça. — Eu preciso descobrir quem matou minha irmã.

— Deixe isso com os outros policiais, você foi afastada justamente pela carga emocional que teria nessa investigação.

— Eu analisei as fotos outra vez e vi algo ao lado da cama que pode ser uma pista, eu preciso ir lá.

— Não, você não vai — disse firme.

— Minha irmã foi assassinada, preciso fazer algo — gritei.

— Você vai fazer, mas do jeito certo. Ligue para o Emerson, ele é seu parceiro há anos e tenho certeza de que ele irá averiguar. — Leonam sempre tinha uma solução e por isso o amava tanto.

— Você está certo, eu vou ligar. — Peguei o celular e ele tirou da minha mão.

— São três horas da manhã, Lena, vamos dormir e amanhã você liga. — Concordei e voltamos para o quarto. Cochilei por alguns minutos e na manhã seguinte acordei sozinha, Leonam não estava em nenhum lugar, liguei em seu celular e escutei o toque dentro de casa, procurei e encontrei o aparelho em cima da mesa da sala e um bilhete caído no chão.

"Fui no mercado, já volto." Sentei no sofá e esperei ele chegar. Quando ele entrou em casa me deixou horrorizada, em suas mãos havia um buquê de rosas vermelhas, destravei minha pistola e apontei para ele.

— O que significa isso? Por que trouxe essas rosas? 

Leonam colocou o buquê no chão e de mãos para o alto se aproximou. — Lena, o que está acontecendo?

— Se afaste. Onde você foi? Por que trouxe as rosas? — gritei.

— Lena, eu fui no mercado, comprei as rosas porque hoje é nosso aniversário de casamento. — Minha mão cedeu e ele tirou a arma de mim, chorei, estava ficando louca em suspeitar do meu marido.

— Ela tinha uma rosa enfiada na palma da mão.

— Você nunca falou sobre isso, se eu soubesse jamais teria trazido para você, me perdoa — ele disse me abraçando.

— Eu não aguento mais, Leonam.

— Ligue para o Emerson, quem sabe ele tenha alguma novidade. Eu vou para o estúdio, tenho uma sessão de fotos marcada para hoje. — Ele pegou sua câmera e notei que faltava a lente de proteção.

— Onde está a lente da câmera?

— Acho que deixei no estúdio. Tchau meu amor, até mais tarde.

— Bom trabalho meu amor. — O beijei e ele saiu levando o buquê de rosas com ele.

Antes mesmo de tomar café da manhã liguei para Emerson e ele disse que nada havia passado despercebido, pois ele mesmo havia averiguado tudo. Insisti, contudo ele pediu para eu me acalmar porquê haviam encontrado um suspeito, o filho de Manoel Neto que seria interrogado naquele dia. Perguntei o horário e fui para a delegacia assistir o interrogatório.

As semelhanças entre Luis e Manoel eram gritantes, pareciam mais irmãos do que pai e filho, porém havia uma grande diferença, ele não era psicopata como pai, bastava olhar para ele para saber e suas palavras de desprezo para com o pai nos dava a certeza de que ele jamais cometeria as mesmas atrocidades. Pensei termos voltados na estaca zero quando ele revelou um segredo que ninguém imaginava.

— Ele tem outro filho, é um bastardo, foi fruto de um adultério e ele tem o mesmo nome do pai e sei que ele visitou Manoel um dia antes dele morrer.

Olhei para tenente Gilberto e disse: — Eu preciso ver a gravação dessa visita, por favor não me impeça.

— Eu não faria isso, Helena, mas estarei junto com você. 

Fomos para a penitenciária no mesmo dia e Gilberto conversou com o diretor que nos liberou para assistirmos as gravações daquele dia em específico. 

O vídeo se iniciou e vi um homem alto sentado em frente ao vidro esperando pela chegada de Manoel. Ele estava com uma blusa preta de capuz que escondia quase todo seu rosto que tinha uma barba espessa, notei que tinha o cabelo comprido pois os mesmos saíam da toca caindo por seu ombro largo, as imagens não eram nítidas, mas algo nele me soou familiar. Fixei meu olhar nele, no entanto ele permanecia com a cabeça baixa, parecia querer se esconder. Instantes depois Manoel apareceu e sorriu ao ver o homem em sua frente, se sentou e pegou o telefone para se comunicarem, era impossível ouvir o que falavam, mas em um momento consegui ler os lábios de Manoel e o que ele disse me deixou apavorada. "— Heloísa Amorim, mate-a."

— Foi Manoel que mandou matar minha irmã — disse para Gilberto e ele voltou o vídeo.

— Eu não acredito, mesmo prestes a morrer ele ainda conseguiu fazer outra vítima. Mas por que somente seis anos depois?

— Não sei. Esse homem que foi visita-lo como se identificou?

Gilberto pegou o caderno de registro e verificou. — Manoel Neto, o mesmo nome do infeliz. Sem parentesco. Como deixaram esse homem entrar tendo o mesmo nome do condenado e sem parentesco nenhum. 

— Ele deve ter subornado alguém.

— Com certeza. Você o reconheceu de algum lugar?

— Não tenho certeza, ele parece familiar, mas não consigo identificar.  — Assisti o vídeo de novo e no momento em que Manoel ordena para matar minha irmã, o outro homem sorri e olha para câmera por um breve segundo.

— Aproxima a imagem e pausa focando no rosto dele. Eu conheço esse home de algum lugar.

O vídeo parou no exato momento em que olhou para a câmera e meu coração parou uma batida quando vi em sua sobrancelha uma cicatriz, ele estava diferente, mas eu o reconheceria em qualquer lugar. Não pude acreditar, o ar me faltou e lágrimas caíram de meus olhos.

— Não pode ser. Não, não pode ser verdade.

— Helena quem é ele? Você o conhece?

— Eu... Eu não tenho certeza, mas acho que sim. Preciso ir na casa da minha irmã, por favor Gilberto, me deixe ir lá. Eu vi as fotos e acho que um objeto passou despercebido nas buscas, preciso ver o que é para ter certeza. Espero que eu esteja errada.

— Não vai me falar em quem você suspeita?

— Vem comigo e se minha suspeita se concretizar eu te falo. 

Saímos da penitenciária e seguimos para a casa de Heloísa, minhas mãos tremiam, eu não queria acreditar naquela possibilidade, seria um grande golpe.

Chegamos trinta minutos depois e ao entrar na casa fui direto para o quarto, vi o lençol caído no chão, segurei o pano e levantei o tecido, levei as mãos na boca ao identificar o objeto, caído no chão estava a lente de proteção da câmera de Leonam. Meu grito foi desesperador, minhas pernas cederam e eu caí de joelhos no chão me sentindo devastada com a descoberta, meu marido, o homem que eu amava havia matado a minha irmã.

— Helena, se acalme, o que houve? Me diz quem é ele, Lena.

— O assassino da Heloísa é o Leonam — disse com muito esforço.

— O que? 

— Essa é a lente da câmera dele, eu tenho certeza.

— Ele deve ter falsificado os documentos, trocado de nome.

Foi aí que parei para pensar, Leonam Oten, um nome incomum que ele dissera ter herdado do pai. Peguei papel e caneta e escrevi seu nome nele, li e reli, tendo a certeza de que Leonam Oten era na verdade Manoel Neto. — Meus Deus! Como não percebi isso antes.

— O que?

— Leia o nome dele de trás para frente — disse chorando.

— Droga! Manoel Neto. Que filho da puta! Lena precisamos prendê-lo.

— Eu sei onde ele está. — Meu coração estava despedaçado, mas precisava fazer o certo e colocar Leonam na cadeia, assim como fiz com seu pai. 

Fui cega, me vislumbrei com um homem gentil e amoroso e não me atentei aos sinais, o fato dele não ter família, de nunca mencionar o nome do seu pai, as rosas vermelhas que me deu pela primeira vez em três anos e seu nome que era a principal pista, tudo bem claro na minha frente e eu deixei passar, me apaixonei por alguém que não existe, alguém que me iludiu e matou minha irmã.

Chegamos no estúdio e pedi para Gilberto esperar do lado de fora, eu queria confronta-lo primeiro. O reforço já estava a caminho, precisávamos apenas de uma confissão e seria eu a tirar isso dele.

Subi os três lances de escada e parei em frente a porta ainda sem acreditar que o homem com quem vivi por tanto tempo era um assassino. Respirei fundo e girei a maçaneta, havia quatro pessoas no local e Leonam fotografava uma linda mulher, quando escutou a porta se abrir olhou para trás e ficou surpreso com minha presença.

— Lena, o que faz aqui?

— Saiam todos — disse sem tirar os olhos de Leonam.

— O que é isso, Helena? — questionou.

— Mandei sair todos. — Engatilhei minha arma e apontei para ele, rapidamente os outros pegaram suas coisas e desapareceram.

— Helena o que está fazendo?   

— Como devo te chamar, de Leonam Oten ou Manoel Neto? — Perguntei e ele sorriu.

— Demorou para descobrir, querida, pensei que seria mais esperta. — Suas palavras foram como uma faca sendo enfiada em meu peito.

— Não me chame de querida. Por que você fez isso? Por que me manipulou dessa forma e por que matou Helô e não eu.

— Porque seria fácil demais, eu precisava ver sua dor, tirar de você alguém que você amava, assim como você comigo.

— Seu pai era um monstro.

— Assim como eu e eu atendi o último pedido dele, ele queria sua irmã morta e não você.

Ali eu percebi que Leonam era igual ao pai, ambos loucos, ambos sem coração.

— Eu te odeio.

— Não, você me ama, Helena. — Ele tentou se aproximar e eu atirei para o alto e em instantes a sala foi invadida pelos outros policiais.

— Calma, Lena — disse Gilberto tirando a arma de minha mão enquanto os outros algemavam Leonam. — Acabou, você venceu. 

Leonam riu. — Quem venceu fui eu, destruí sua vida e agora vou para o lugar onde exatamente queria estar, ao lado do meu pai e você Helena, nunca se esquecerá de mim, você sempre vai se lembrar que as mesmas mãos que te davam prazer foram usadas para matar sua irmã.

— Cala boca, desgraçado — disse Emerson dando um soco em Leonam.

Mas ele estava certo, eu jamais seria capaz de esquecê-lo, não só pelo fato de ter matado Heloísa, mas também por eu estar carregando em meu ventre o fruto daquilo que um dia eu pensei ser amor. Seu crime foi perfeito, pois eu sempre carregaria comigo a marca que ele me deixou.

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