A viagem ao passado do futuro
— Você está me escutando Herick? – O rapaz de cabelos grisalhos a minha frente grita alucinado para mim enquanto olho assustado para ele, enquanto a nossa volta tudo começa a desmoronar.
— Não é uma boa hora para ficar perdidos em seus pensamentos. Todo o nosso trabalho terá sido em vão se não fizermos isso direito – Jones continua falando rapidamente enquanto seus dedos teclam energicamente um terminal ao lado. E as chamas do lado de fora acompanham o mesmo ritmo.
— Sim, eu sei. É muita coisa para pensar ao mesmo tempo – Falo tentando me lembrar do plano
— Quando eu acionar essa máquina, você irá basicamente ser transportado para outra dimensão, onde você vai acionar esse botão – Ele o homem indica um botão amarelo dentro da capsula-foguete ao meu lado. Ele continua
— Não sei onde você vai estar, mas vai começar a pegar muita velocidade, e então terá que apertar o botão vermelho, e então a alta velocidade trancedural, aliado com a dobra espacial, e mudança de dimensão vai permitir que você viaje no tempo – Os olhos do cientista brilham ao explicar, e do lado de fora da sala, outro grande estalo acontece, e as paredes começam a rachar
— Vamos, entre logo, não temos muito tempo – Ele me apreça com os olhos arregalados olhando ao seu redor
Abro a porta do pequeno foguete, e me lanço rapidamente para dentro, me sentando na única cadeira ali disposta, e após puxar a trava acima de mim para os meus ombros olho para fora, olhando para aquele meu amigo de cabelos grisalhos, que muitos diziam ser louco.
— E quando eu chegar lá, o que eu faço exatamente? – Não tínhamos conversado sobre isso, ou traçado qualquer plano de ação, pois a poucas horas pensava que a máquina não iria funcionar.
— Apenas salve o mundo! Não deixe que aquela pandemia acabe com a terra que vivemos. Você viu o que aconteceu. Não deixe que o mundo tome o mesmo rumo.
Não tenho tempo de contestar, pois após suas ultimas palavras um pedaço do teto desaba, e as chamas começam a invadir a sala, e então Jones fecha a capsula com toda a força que tinha, e então salta para o terminal, puxando uma enorme alavanca, e m seguida acionando o lançamento.
Olho uma última vez para aquele homem maluco, ele acena para mim, com um sorriso no rosto, e então as labaredas consomem a sala, e sem esperar sou impulsionado para cima em alta velocidade quebrando o resto do teto.
A capsula continua cada vez mais alta, e pela abertura da janela consigo ver a os arredores devastados pelas chamas, e pela ultima grande guerra. Mesmo no fim do mundo o ser humano ainda continua a fazer suas guerras. A quarta e provavelmente última.
Escuto um pequeno apito, que cresce cada vez mais, ficando quase ensurdecedor. Espero que Jones realmente não seja louco.
Minha vista começa a escurecer, e então fecho os olhos, sendo forçado a me entregar aquele estranha sensação de desmaio.
Porem um grande tranco me traz de volta, meus olhos se abrem, mas para minha surpresa não estou mais na terra, e nem pareço estar no espaço.
Pela janela, vejo uma neblina negra, quase como uma fumaça, porém mais densa, e por ela consigo ver como se fossem estrelas, pequenas do tamanho de uma bola de golfe, e com varias cores. Milhares delas passam pelo lado de fora.
Aquele velho louco não era tão louco assim, ele conseguiu fazer a máquina do tempo, penso.
Após olhara para o estranho lugar, me lembro do que deveria fazer, e então aperto o botão amarelo, e ao apertar o foguete começa a tremer, e então a alta velocidade me faz colar instantaneamente no banco, enquanto vejo as pequenas estrelas passarem de forma alucinados pelo vidro, e a cada segundos elas passam mais rápidas. Se tornando apenas fachos de luz, e então um clarão me atinge repentinamente. E tudo lá fora se torna apenas branco, e meus movimentos se tornam lentos, tão lentos como uma tartaruga.
Piscar os olhos é lento, e cada movimento completo poderia a durar alguns segundos. Apenas os pensamentos continuam de forma rápida e eficaz.
Com muito esforço e tempo me dirijo ao grande botão vermelho, e minha mão lentamente começa a chegar até ele. Porem a cada segundo, parece demorar dois a mais, e então percebo o que está acontecendo.
Cada segundo aqui, se prolonga pelo seu próprio tempo, ficando cada vez mais lento ao ritmo que fica mais devagar.
Forço minha mão cada vez mais, e então após quase uma hora consigo tocar o botão. E mais uma vez para minha surpresa me espanto com aquele velho de cabelos grisalhos. Ele sabia que eu passaria por isso, e colocou um sistema touchscreen acima do círculo vermelho. Vou precisar agradecer muito a ele se voltar a vê-lo um dia.
O foguete começa a tremer mais uma vez, mas desta vez é mais intenso e mais brutal. E então mais uma vez um clarão me cega, e então fechou meus olhos. E novamente sinto aquela sensação de desmaio, que passa por todo o meu corpo, mas dessa vez eu apago.
Sinto alguém me balançar e meu olhos se abrem, e eu vejo uma pessoa a minha frente, e várias outras em volta.
— Ei, você consegue me ver, me ouvir, sente alguma coisa? Fique tranquilo, eu sou médico – O estranho com máscara a minha frente pergunta e também me examina
— Sim, consigo te ouvir, e também te vejo – falo ainda meio tonto
— Não sei como você sobreviveu. Ouvimos um grande estrondo no céu, e então vimos algo caindo. Mas você não parece astronauta – O médico diz para mim examinado minhas roupas
— Isso vai parecer estranho. Mas eu venho do futuro. Conseguimos fazer uma máquina que volta no tempo, e eu estou encarregado de não deixar que as coisas que aconteceram no futuram se tornem realidade. – Digo ao médico a minha frente.
— Olha meu amigo, eu diria que você é louco se não tivesse te visto aparecer do nada no céu e cair aqui. Mas acho que voltou tarde demais – O rapaz fala sério olhando para mim
— Em que ano nos estamos? – Eu pergunto com um nó já se formando em minha garganta, e meu corpos fraquejando.
— Fim 2020, já temos mais de um milhão de mortos pelo vírus C-19. – O médico fala triste
Respiro fundo e então falo para o especialista da saúde a minha frente.
— Então temos tempo. Você não tem ideia do que acontecera em 2021 se o D-20 se espalhar.
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