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XXX. Clean

- Isso é tudo tão chique!

Siren exclamou animada, observando a pequena loja de chá em que estavam. O ambiente era decorado em tons pastéis, arranjos com flores e candelabros delicados; estavam no segundo andar de onde tinham uma visão das mesas cheias e nada silenciosas abaixo. Charlotte observou cada detalhe ao seu redor de maneira encantada, parecia que tinham sido transportadas para um salão do século XIX.

- Você não precisava ter vindo desse jeito. - Suzy disse, olhando descrente para a irmã que vestia um vestido midi azul claro com babados na barra, um chapéu pequeno com plumas e luvas brancas que iam até o cotovelo.

- Sempre se vista para o que deseja, irmãzinha. - declarou, bebericando o chá com o mindinho levantado. - Estou atraindo energias.

- Está atraindo olhares, isso sim. - murmurou Suzy, encolhendo-se levemente na cadeira quando viu algumas cabeças se virarem de vez em quando na direção delas.

Charlotte riu, amou quando viu Siren vestida a caráter. A Hart havia dito que seu sonho era ir em uma casa de chá, porém nenhum dos seus filhos quis acompanhá-la e Suzy só iria se tivesse outra pessoa com elas. Não podia negar que havia ficado nervosa e apreensiva quando recebeu a ligação com o convite, porém Henry disse que sua mãe só queria estreitar laços e estava tão feliz por eles terem "voltado" que queria comemorar.

- Estou tão feliz que você veio, Charlotte. - afirmou Siren, apertando sua mão por cima da mesa e abrindo um sorriso carinhoso. - Bianca não pôde vim hoje, mas disse que dá próxima vez nos acompanha.

- Ah, que legal. - disfarçou seu desconforto levando a xícara à boca.

Suzy ergueu levemente uma sobrancelha ao encará-la, porém não falou nada. A Page se remexeu na cadeira e olhou para sua esquerda, tendo como distração as pessoas que estavam no andar inferior.

- Ela está muito ocupada no momento. Sabia que ela vai fazer uma exposição itinerante? Seus quadros vão passar por cinco cidades, fiquei tão orgulhosa quando me contou.

- Como está o seu trabalho, Charlotte? - Suzy interrompeu a fala de Siren, apoiando-se nos cotovelos para ficar mais próxima.

Siren olhou irritada para a irmã, que fingiu não notar a expressão em seu rosto quanto focava a sua atenção na Page.

- Está tudo indo bem. Estamos entrando no último bimestre, então teremos menos trabalho. - contou, pegando um biscoito amanteigado da bandeja.

À sua frente se encontravam inúmeros bolinhos, biscoitos e sanduíches pequenos. Era realmente um chá da tarde e ela iria aproveitar bastante todas as mine comidas que estavam sobre a mesa.

- Henry deve ter falado do recital que está organizando, todos os anos vou para acompanhar.

- E torcer por ele. - Suzy completou a fala da irmã rindo. - Ele fica tão vermelho quando vê ela aplaudindo e gritando. Gravo sempre.

- Ele é meu bebê mais novo, sempre vou torcer por ele. - garantiu Siren orgulhosa.

Um sorriso surgiu no rosto de Charlotte, ela adorava ver o quanto Siren amava seus filhos, ela vibrava por cada conquista deles e sempre os apoiava. Era estranho, mas estava começando a se sentir mais confortável ao lado da Hart sem pensar tanto em sua própria mãe.

- Henry me falou do seu projeto, fiquei tão feliz por você, meu bem. - disse, quase pulando na cadeira em animação. - O que está ajudando a realizar vai ajudar várias pessoas, estou muito orgulhosa.

Sentiu seu coração se encher de um sentimento novo; a forma como Siren a encarava e o brilho em seus olhos a fez se sentir acolhida. Ficava feliz por não estar mais fingindo um relacionamento ou estar escondendo seus sentimentos, era bom ter mais pessoas que torciam por ela e por seu sucesso. Ter pessoas que a acolheram de braços abertos mesmo que a conhecessem há pouco tempo por vezes ainda parecia inacreditável.

- Já aconteceu, Charlotte, bem vinda à família. - Suzy ergueu a xícara em um brinde animado.

Charlotte somente riu ao balançar a cabeça e ergueu a própria xícara para aceitar o brinde de tia Suzy.

◇ ◇ ◇ ◇ ◇

- Elas são tão divertidas. Até quando estão discutindo.

Henry ria enquanto escutava Charlotte falar sobre a tarde que havia tido com Siren e Suzy no dia anterior. Já tinha escutado a versão de sua mãe, porém ainda não havia tido tempo de se encontrar com Charlotte ou de terem uma conversa mais longa.

- Aposto que ela falou sobre todas as fofocas da família.

- Eu preciso conversar com ela de novo, ela não teve tempo de contar o que aconteceu com seu primo no Texas.

- Ele ficou preso. - informou, sorrindo quando a escutou soltar uma exclamação surpresa. - Parece que vai ter que cumprir cinco anos de pena e aí pode entrar com um recurso.

- Aposto que o pai dele não vai deixar.

Henry terminou de embalar um quadro que havia ido buscar enquanto escutava Charlotte discorrer sua teoria. Fechou a porta de seu quarto com o quadro embaixo do braço, seus pais não estavam em casa e nem sua tia; os três estavam procurando um novo apartamento para Suzy e Jake foi junto para tentar minimizar a interferência de Siren. Provavelmente não iriam voltar tão cedo já que depois marcaram de encontrar alguns amigos em comum para uma bebida.

- ... eu não sei.

Parou o que estava dizendo quando passou em frente ao antigo quarto de Noah, o cômodo continuava quase do mesmo jeito que seu irmão havia deixado. A porta estava entreaberta e viu um movimento em cima da cama, abriu um pouco a porta e encontrou Bianca sentada com as costas apoiadas na cabeceira da cama e abraçada aos joelhos. Ela arregalou os olhos quando o viu e fungou enquanto tentava limpar as lágrimas.

- Hen? - a voz de Charlotte ecoou preocupada do outro lado da linha.

- Preciso resolver algo rapidinho. Posso te ligar depois? - indagou, colocando o quadro do lado de fora, sem retirar os olhos de Bianca.

- Claro. - respondeu, ele sabia que ela estava com o olhar desconfiado mesmo sem vê-la. - Nos falamos depois, até logo.

- Até logo. - se despediu rapidamente.

Parou na entrada do quarto, há meses não ficava a sós com Bianca e poderia ter ido embora, mas não conseguiria deixá-la daquela maneira. A mulher olhou para a janela que estava aberta, somente a luz do poste iluminava o quarto de maneira artificial, mais forte que a luz da lua. Ela arranhou a garganta e disse em uma voz rouca por conta do choro.

- Discuti com o Noah. - Henry permaneceu no mesmo lugar, não sabia como reagir diante dela, nunca tinham conversado após todo o anúncio do noivado. Ela olhou para o anel brilhante em sua mão direita, o símbolo de seu compromisso. - Ele quer adiantar o casamento, disse que vai ser melhor terminarmos logo com isso. Com isso. - soltou uma risada amarga. - Perguntei se ele realmente queria continuar comigo, se conseguiria continuar ao meu lado depois de tudo. Ele hesitou, Henry. Ele hesitou.

Repetiu, o encarando com os olhos vermelhos. O Hart deu alguns passos para dentro do quarto e sentou em uma poltrona perto da porta. Bianca nunca parecera ser fã de receber conselhos, sempre quis tirar o peso de seu coração antes de parar e analisar sozinha cada parte do que estava acontecendo. Henry então permaneceu calado, estava dando à ela espaço, além de que ele também ainda não sabia o que dizer.

- Eu não sei o que fazer. Trocamos os pés pelas mãos, magoamos você de uma forma que eu nunca quis. - afirmou, o surpreendendo com a mudança drástica de assunto e recomeçando a chorar. - E-eu não queria ter feito você passar por tudo isso, não queria ter colocado a Charlotte no meio dessa confusão e nem ter feito você mentir para a sua família... Sei que você detesta esconder algo deles e foi muito egoísta da minha parte te enganar no jantar de noivado.

Em seus olhos ele podia identificar a culpa e o cansaço, também estava exausto, não aguentava mais ter que pisar em ovos perto de sua família, ter que medir suas palavras ou se afastar quando eles chegavam; só queria que tudo voltasse ao que era antes, porém sabia que era impossível.

- Devo confessar que quando você apareceu com a Charlotte na primeira vez, eu fiquei meio incomodada. - murmurou audivelmente, desviando a atenção do olhar incrédulo que ele a lançou. - Sei que não devia ter me incomodado com nada, não era justo com nenhum de vocês, mas não consegui deixar de sentir mesmo assim. Depois, quando parei para pensar, percebi que só estava... não sei, com medo.

- Medo? - Henry ecoou a palavra sem entender.

- Eu te perdi, Henry, não de maneira romântica, mas em relação à sua amizade. - confessou, se ajoelhando na cama e se aproximando um pouco dele. - Você foi uma das pessoas mais importantes na minha vida, ainda é. O que passamos juntos, o que eu te contei, o que planejamos e realizamos sempre serão lembranças que me acompanharão para sempre. Você foi um amigo que eu não merecia, mas te juro que tudo o que vivemos antes do Noah foi real; eu estava totalmente presente, eu só.

Soltou um suspiro sofrido, baixando a cabeça para encarar as próprias mãos. Henry desviou o olhar dela, completando em um sussurro o que Bianca não conseguiu dizer.

- Você só não se apaixonou por mim.

- Sinto muito. - pediu novamente, com a voz embargada.

Henry inspirou fundo, olhando para o teto parcialmente escuro e sentindo um nó se formar em sua garganta.

- Você não tem controle sobre os seus sentimentos, Bianca. Ninguém tem.

- Mas tenho sobre as minhas ações e agi de uma maneira que não me orgulho. - afirmou decidida. - Sempre falei sobre sinceridade, só que eu não sei como... isso tudo aconteceu. Você planeja algo e esse algo sai fora do controle. Era para ter sido de outro jeito.

O Hart decidiu que já tinham conversado o suficiente. Levantou-se para sair, porém sentiu a mão macia de Bianca o prender pelo pulso. Olhou para ela que o encarava hesitante.

- Sinto muito, muito mesmo.

Ele somente assentiu, sabia que ela estava sendo sincera. Bianca o soltou e antes de sair, Henry se virou e disse de maneira controlada.

- Ele te ama, Bianca. O Noah é completamente louco por você, dá pra ver nos olhos dele. Mas meu irmão pode ser bem cabeça dura às vezes, talvez tenha algo a mais por trás da hesitação dele. Só... só não desiste.

Aconselhou, recebendo um obrigada murmurado e logo saindo do quarto. Pegou seu quadro e desceu a escada correndo, os cômodos da casa de seus pais passaram como um borrão ao seu redor até que ele chegasse ao carro. Quando encontrou a segurança da estrada, soltou o ar que não fazia ideia de prender, seu coração batendo a mil assim como os nós de sua mente. Precisava de um tempo, fazendo uma curva à direita e seguindo direto para o parque.

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