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XXV. I'm yours

Charlotte subiu a escada em direção ao segundo andar, Anne resolveu que todos os convidados de sua festa pós aniversário deveriam ficar na casa de praia de sua família. A casa em questão era bem modesta se comparada aos valores da prima, pintada de um azul claro por fora e decorada em tons de azul e branco por dentro, trazia uma certa paz mais que bem-vinda para a Page. Dobrou a direita, procurando pelo segundo quarto do corredor que Julio havia dito ser o dela. Piper ficaria em um quarto disponível no térreo, algo sobre ela precisar de espaço o que não fazia sentido já que ela iria dividir o cômodo com Clair e Pêtunia, duas amigas de Anne, enquanto ela, Charlotte, teria todo um quarto só para si.

Quando finalmente chegou ao local, notou que a porta estava entreaberta, empurrou com cuidado e colocou somente a cabeça para dentro, estava tudo normal e resolveu entrar. O quarto possuía uma cama de casal, um pequeno banheiro e uma cômoda na parede contrária à cama, além de uma poltrona em um azul claro que ficava abaixo da janela que dava vista para a praia vazia, que também fazia parte da casa. Entrou, fechou a porta e colocou sua pequena mala ao lado da cama, o dia estava esfriando e ainda não era nem meio dia, provavelmente a noite a temperatura diminuiria consideravelmente.

Apoiou as mãos na lombar e esticou o corpo para trás, sentia suas costas doendo, parecia que tinha carregado um peso enorme durante as quase três horas de viagem de carro. Nossa, não sabia o quanto era desconfortável uma viagem daquela até ter que fazer uma. Retirou suas botas, seus pés afundaram no tapete fofinho que tomava quase todo o chão do lugar. Em seguida ouviu o som do chuveiro sendo ligado, parou seu alongamento e fitou a porta do banheiro em alerta, não deveria ter ninguém no quarto. Prendeu a respiração e olhou ao redor sem saber o que fazer, será que havia entrado no quarto errado ou outra pessoa que havia errado de lugar? Pior, será que a casa era mal assombrada?

- Que merda, Charlotte, tanta explicação lógica e você vai pensar nessa?

Resmungou para si mesma, mas o receio da casa ser assombrada não a deixou. Procurou na cômoda algo que poderia ser transformado em arma e encontrou somente um abajur. Vai ter que servir, pensou antes de tirá-lo da tomada e testar o peso em uma das mãos. Respirando fundo, caminhou com cuidado até ficar a uma distância segura da porta do banheiro, levantou o abajur acima da cabeça, o impacto seria maior considerando o arco e a velocidade. Mordeu o interior da bochecha, indecisa sobre o que dizer, mas por fim acreditou que ser simpática talvez ajudasse. Se ela fosse uma alma perdida, gostaria que fossem simpáticos com ela, e se fosse um dos outros convidados, isso deveria aliviar a confusão um pouco.

- Bom dia! - desejou em alto e bom som, com sua voz mais doce. Escutou o chuveiro ser desligado e tentou novamente. - Bom dia!

- Bom dia?

Uma voz fraca respondeu indecisa, a Page arregalou os olhos quando percebeu que era uma voz masculina. Sentiu seu coração disparar, o timbre da voz não lhe era estranho, porém por conta da porta fechada e da rouquidão do possível hóspede, além do seu nervosismo é claro, não conseguia identificar quem era. Coçou a garganta e falou.

- Você está no quarto errado.

- Não estou não.

- Está sim.

- Acredite, não estou.

Franziu a testa para o tom condescendente dele, estava tentando ser simpática e aquele ser não a estava ajudando.

- Olha, eu...

- Charlotte?

Congelou quando ele indagou mais alto, olhando confusa para a porta de madeira. Deveria estar alucinando, não haveria outra explicação para que a voz do banheiro se parecesse tanto com a de Henry. Balançou a cabeça para se livrar de qualquer nuvem de ilusão, será que tinha algo no suco que sua tia Mindy a ofereceu, além da vodca?

- Char, é você?

Ah, merda. Praguejou mentalmente, baixando os braços, ainda com o abajur em mãos, e sem tirar os olhos da porta de madeira.

- Charlotte, se você não falar algo em três segundos eu...

- Oi! - foi só o que conseguiu pensar em dizer, ainda sem entender o porquê dele estar ali.

- Vou sair em um minuto e conversamos melhor.

- Não, não! - negou rapidamente, sentindo um nervosismo invadir seu corpo, não estava preparada para vê-lo ainda. - Pode ficar o tempo que precisar aí dentro.

- Sério mesmo que você vai continuar fingindo que eu não existo?

A pergunta feita em um tom cansado a desarmou, sentiu seu corpo amolecer e deu alguns passos para trás, parando quando sentiu a poltrona e sentando no braço da mesma.

- Não estou te ignorando. - se defendeu em um alto resmungo.

- Claro que não. - Henry ironizou, pôde escutá-lo se mover dentro do banheiro. - Sabe, se estivéssemos mesmo namorando, o gelo que você deu em mim poderia ser considerado um término covarde.

Abriu a boca indignada, ignorando a nota de mágoa que transbordou através da voz dele.

- Sério mesmo que você está dizendo isso? Quer que eu lembre que foi você quem terminou comigo?

A mensagem de voz que Siren deixou ainda queimava em seu celular, não conseguia entender porque Henry havia dito que eles tinham terminado, porém a mãe dele fez questão de dizer coisas maravilhosas para ela, após soltar uma ameaça velada de que era melhor ela não ter quebrado o coração do seu bebê, mas logo em seguida afirmou que qualquer burrada que seu filho tivesse feito, ele iria consertar. Charlotte agradeceu aos céus por ter escolhido escutar a mensagem quando chegou a casa de praia e estava sozinha, se sentiu tão acolhida por Siren que quase não conseguiu segurar algumas lágrimas.

- Eu não terminei com você, só precisei dizer que sim.

- Uhum.

- Estou falando sério, Charlotte. - o tom foi mais brusco e desnecessário em sua opinião. - Eu não te ignorei, não fingi que você não existia e nem fiz você procurar migalhas de informações para saber se eu estava bem.

Se sentiu encolher, pensou tanto que seria melhor para o seu coração ficar longe de Henry que não passou por sua cabeça como o faria se sentir. Escutou a porta ser destrancada e logo após aberta, o Hart saiu vestido com uma bermuda escura e uma blusa de flanela cor verde militar, alguns fios molhados grudavam em sua testa e ele a fitou com uma intensidade que a deixou paralisada.

- Vamos conversar como dois seres humanos normais, por favor?

Pediu, seu rosto denunciava inúmeros sentimentos e Charlotte não soube muito bem como reagir, odiava a sensação de impotência, porém não sabia como se comportar diante de Henry. Assentiu com um leve movimento de cabeça e levantou-se do braço da poltrona, o Hart franziu a testa em uma expressão confusa e seus olhos desceram para o abajur que ela ainda segurava.

- Ah, bem, isso? - balançou o objeto a frente dele, com um sorriso sem jeito. - Então, eu pensava que era algum ladrão ou outra coisa e achei que seria melhor me defender.

- Entendo. - os lábios dele se ergueram minimamente nos cantos, um sinal de sorriso que a fez se sentir mais calma.

Os dois se encararam em silêncio, Charlotte mudava o peso do corpo de um pé para o outro, não queria conversar com ele, na verdade gostaria de fugir para o outro lado do mundo. Olhou para a porta, medindo a distância mentalmente, será que conseguiria correr rápido o suficiente antes que Henry a impedisse?

- Nem tente. - o Hart deu alguns passos rápidos para o lado, se colocando entre ela e sua salvação.

- Não sei do que você está falando. - retrucou, em um tom petulante enquanto apoiava o abajur no ombro.

- Charlotte. - seu nome saiu como se ele estivesse lidando com uma criança birrenta. - Por favor, vamos esclarecer isso. - pediu, gesticulando para os dois. - Precisamos de uma definição.

Mordeu a língua para se impedir de dar a resposta que queria, gostaria de ter dito que não havia definição para algo inventado, que não poderiam chegar em um acordo porque tudo o que ela mais queria era tirar do peito o peso que seu segredo agregava. Porém, inspirou fundo e tudo o que pôde fazer foi sentar na poltrona e esperar que Henry desse o primeiro passo.

- Eu não vou falar primeiro. - ele afirmou, sentando na beira da cama e a encarando sério, mas seus olhos continham um brilho vitorioso quando ela o fitou irritada.

- Tá bom. - cedeu, até porque sabia que precisava pedir desculpas. - Não foi justo te deixar no escuro, não dar notícias ou sequer mandar um sinal de fumaça.

- Até que seria interessante.

- O quê?

- Receber um sinal de fumaça seu, mas qual seria o sinal?

Estreitou os olhos quando Henry abriu um pequeno sorriso malicioso. Inclinou-se para trás, se acomodando na poltrona, resolveu ignorar a pequena provocação e continuar seu simples monólogo.

- Continuando, antes de ter sido rudemente interrompida.- olhou para o colo, as unhas batendo na cerâmica branca da qual o abajur era feito. Resolveu que contaria uma meia verdade. - Eu só não sabia como reagir ao seu lado, você viu mais de mim do que muitas pessoas com quem convivo, então teve os meus pais e toda a confusão que não sei bem como consertar. Eu precisava de um tempo, Henry, e errei quando te afastei novamente. Não percebi que talvez estivesse te machucado e acredite, essa era a última coisa que eu queria fazer.

O encarou de maneira sincera, apertou os lábios para evitar derramar tudo o que estava escondendo dele. Se o Hart notou que ela ainda escondia algo, fez o favor de não comentar. Na realidade, ele a encarava como se tentasse desvendar sua alma, Charlotte começou a balançar a perna de maneira impaciente pelo silêncio prolongado de Henry. A atmosfera do quarto estava mudando, se tornando mais espessa e um pouco, ela não sabia como explicar, eletrizante?

- Eu sei que tem muita coisa acontecendo com você e que tudo deve estar confuso. - falou, em um tom de voz calmo. - Não estou cobrando algo que sei que não tenho direito de cobrar, mas sentir você levantar novamente esse muro ao seu redor me fez sentir... desnecessário. - confessou com dificuldade.

Charlotte desviou de seu olhar, a vulnerabilidade presente nos olhos castanhos de Henry a deixou sem fala. Ele confessava o que sentia com uma honestidade e coragem que chegava a assustá-la. Fechou seus olhos fortemente, a voz dele saindo um tanto cansada quando retomou a fala.

- Char.

Henry parou, o que a fez abrir seus olhos para encontrar os dele presos em algum ponto de seu rosto. Charlotte tensionou, com receio de ter se sujado em algum lugar, mas percebeu que o Hart olhava para sua boca e notou que estava mordendo o lábio inferior. Arranhou a garganta e indagou:

- O quê?

- Nada. - Henry pareceu ter saído de um transe e balançou a cabeça - Nada, deixa pra lá. - afirmou com mais convicção.

Ela resolveu esquecer o pequeno momento estranho e o encarou com uma expressão meio culpada.

- Eu me sinto mal, Hen. Não devia ter fingindo que você não existia, foi uma atitude muito imatura e já passamos dessa fase há muito tempo.

- Você só precisava ter conversado comigo.

- Eu sei. - levantou-se sem perceber para sentar ao lado dele. - Me desculpa.

- Promete não sumir mais? Ou se precisar sumir pelo menos dar um sinal de que está bem? - pediu, pegando a mão livre dela e entrelaçando seus dedos. - Não consigo pensar em mais nada quando você some.

Charlotte sentiu seu coração disparar à fala dele, assentiu sem conseguir dizer mais nada, parecia que seu corpo estava derretendo pelo simples toque do Hart. Esperava que não estivesse sendo muito transparente, sempre conseguiu disfarçar muito bem os seus sentimentos, porém toda vez que ficava na presença de Henry parecia que todas as suas defesas ruíam e seu coração ficava à mostra para quem quisesse ver.

- Consegui deixar Charlotte Page muda? - piscou atônita à provocação. - Acredito que mereça um prêmio por isso.

Saiu de seus devaneios e franziu o nariz para o tom prepotente dele, Henry então riu e inclinou a cabeça para lhe beijar delicadamente no nariz. Foi um gesto altamente íntimo e quando ele recuou assustado, teve a certeza de que não havia sido planejado. Viu o rosto do Hart se tornar avermelhado em questão de segundos, ele ainda a encarava surpreso pela própria atitude, a boca levemente aberta como se as palavras tivessem sumido no meio do ato da fala.

Charlotte se sentiu ser preenchida por diversas sensações, a maior de todas foi o desejo que se espalhou por seu corpo quando fitou os lábios de Henry. Não percebeu que se inclinava para frente até que sentiu seu nariz tocar o dele, o Hart não recuou e ela não ousou levantar o olhar para descobrir o que se passava na mente de Henry, não iria aguentar se encontrasse rejeição em seus olhos. Sua respiração estava descompassada, as batidas de seu coração ressoavam em seus ouvidos e ela não conseguia mais distinguir nada do mundo fora daquele quarto, fora daquela pequena bolha de possibilidades.

Hesitou, parando a milímetros dos lábios do Hart, iria recuar e provavelmente correr para o mais longe possível, porém ele acabou com a distância infinita entre eles. Os lábios macios de Henry tomaram os seus de maneira delicada, ela se viu permitindo uma passagem para o seu coração. Levou as duas mãos a nuca dele, soltando o abajur ao chão, as mãos do Hart encontraram rapidamente sua cintura e a puxaram para mais perto. Charlotte aprofundou o beijo, escutando satisfeita o gemido baixo que ele soltou quando puxou seu lábio inferior entre os dentes.

Abriu um sorriso em meio aos beijos ofegantes, os olhos fechados a impedindo de ver o mundo real e escapar. Sentiu o colchão macio quando foi deitada na cama, logo após lábios ávidos encontram seu pescoço e ela arqueou as costas necessitando de mais contato com o Hart. Suas mãos passavam por seus braços, suas costas, tocando cada resquício de pele que encontrava. Sentia os dedos dele apertando sua coxa, subindo lentamente até a barra de sua blusa e encontrando a pele quente de sua barriga, porém foi quando o sentiu dedilhar sua costela que não conseguiu conter a risada.

- O que foi?

A voz ofegante perguntou diretamente em sua orelha, e ela iria responder se ele não tivesse continuado o que estava fazendo antes e outra risada ter escapado de seus lábios.

- Char? - indagou em um tom divertido.

- Você está me fazendo cócegas.

Respondeu, finalmente abrindo os olhos e encontrando os dele a centímetros de seu rosto, brilhando animados quando recomeçou a fazer cócegas. Charlotte tentou prender o riso e se contorceu para sair de debaixo dele, mas Henry era mais pesado e continuou até que ela explodiu em gargalhadas. O Hart ria junto com ela e Charlotte se sentiu mais leve a cada vez que soltava uma nova gargalhada.

- Pa-para.

- Para, Henry ou mais, Henry? - provocou, o que a fez querer socá-lo.

- Para, Henry! - enfatizou, tentando soar ameaçadora, mas falhando já que não conseguia parar de rir.

O Hart acatou o pedido e a esperou regular a respiração, suaves risos ainda saíam de dentro de si, mas logo um singelo sorriso permaneceu. Henry estava pairando acima dela, apoiando o peso de seu corpo nos cotovelos e a encarando como se a estivesse vendo pela primeira vez, não, era como se. Seu coração quase parou, ele a olhava como se estivesse apaixonado.

- Então. - sussurrou um pouco nervosa, a realidade do que haviam acabado de fazer descendo como água fria sobre seu corpo.

- Então. - repetiu, em seus olhos um brilho caloroso e nenhum sinal de arrependimento.

Charlotte se ouviu suspirar e em seguida prender a respiração quando ele aproximou o rosto do seu e beijou a ponta de seu nariz, em seguida sua bochecha e o canto de sua boca.

- Para, Henry ou mais...

- Mais, Henry.

Interrompeu, segurando seu rosto enquanto ele ria e o beijando novamente. O peso do corpo dele sobre o seu causava uma sensação maravilhosa para Charlotte, contornou o pescoço de Henry com seus braços, o puxando o mais humanamente possível contra si. Se perdendo no beijo e nos arrepios que seus toques a provocavam. Poderiam passar o resto do dia dentro daquele quarto, porém foram batidas fortes na porta que os fizeram se separar a contragosto.

- Podem sair daí pelo menos um minuto?! Eu vou me casar mais tarde, caramba!

A voz indignada de Anne fez Charlotte rir de novo e empurrar Henry para longe, ele rolou para o outro lado da cama e cobriu os olhos com o antebraço.

- Já estamos indo. - avisou, sentando-se no colchão.

- Por Deus, é bom mesmo.

- Você está blasfêmando, Anne Page?! - o grito de sua tia Mindy veio a uma altura surreal.

- Claro que não, mãe! - Anne rebateu, ainda próxima a porta.

- Não ouse mentir para mim, Anne, e não use o nome de...

- O Leo trouxe uma desconhecida pro meu casamento!

- Sua fofoqueira! - agora era a vez de Leo se pronunciar. - E para de rir, Piper!

Logo a voz de Anne foi misturada à discussão de Leo e Piper, Charlotte encarava a porta fechada pensando que sua família não sabia o que significava a palavra calma.

- Chega! Vocês ainda vão me dar um segundo infarto! - tia Mindy gritou transtornada e um silêncio desceu sobre a casa. - Charlotte, desça agora e Anne desmanche essa cara emburrada e vá provar o seu vestido!

- Eu só queria um dia de paz.

Anne resmungou alto e a Page pôde escutar o som dos saltos dela se afastarem. Olhou para Henry que ria abertamente, esperou ele cessar as risadas e tentou não ficar desconfortável quando o quarto pareceu menor só com os dois. Iria comentar algo para impedir um silêncio sufocante, porém franziu a testa e perguntou desconfiada.

- O que você está fazendo aqui mesmo?

Viu o corpo dele se mover em uma risada silenciosa, então Henry respondeu algo que a fez acreditar que tudo aquilo tinha que ter o dedo de Piper no meio.

- Ah, não te contei? Vim para um casamento.

*****

Estamos entrando em uma nova fase...

Queria agradecer a todos os comentários e apoio que estou recebendo, vocês não sabem o quanto amo ler cada palavra que vocês deixam nessa fic. Obrigada e até quarta-feira.

Passando para retribuir todas as indicações dessas lindas escritoras, elas possuem um universo de criatividade dentro de si e sou imensamente grata por poder ter conhecido a escrita delas.

@emirasz @sthe-graham @Alli_br @Nadia-Norman @Goneg1rl @gi-linsky @AutoraMediana

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