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VIII. Someone to you

Henry caminhava ao lado de Chloe, sua amiga e colega de trabalho, os dois estavam no início do horário de almoço e iam em direção ao estacionamento. A jovem mulher contava sobre o novo apartamento que dividia com a namorada de forma apaixonante, praticamente pulava fazendo seus saltos produzirem pequenos sons aos seus passos. Ele tentava ouvir tudo com bastante atenção ou ela lhe daria um longo sermão sobre ele ter que aprender a escutar os outros em seus momentos de animação. Ele sabia que era um ótimo ouvinte, mas já estava há quase meia hora escutando a Hartman falar sobre pisos e tecidos de cortina, por mais que gostasse de conversar sobre decoração, não estava mais conseguindo disfarçar a cara de tédio.

- Você é altamente transparente.

A escutou reclamar em clara irritação, sorriu da forma como a boca dela se transformou em um bico infantil e a abraçou de lado a impedindo de parar e começar um monólogo ali mesmo na saída do colégio. Iria dizer algo para acalmá-la quando sua atenção foi captada por uma mulher sentada em cima de uma mesa de pedra balançando as pernas de maneira despreocupada, sorriu ao reconhecer Charlotte em uma jardineira jeans escura e com os cachos presos em um coque bagunçado, alguns cachos finos caíam por seu rosto em uma moldura fofa. Deveria ser a primeira vez que a via tão despreocupada, mesmo de longe conseguia notar o sorriso suave que estampava seu rosto enquanto ela inclinava a cabeça para trás ao olhar para o céu nublado.

- Tenho tantas perguntas, tantas.

Havia esquecido totalmente de Chloe, a loira abriu um imenso sorriso animado antes de se soltar dele e começar a andar decidida na direção de Charlotte. O Hart prontamente a seguiu apressado e quase correu atrás da mulher quando a viu apressar o passo para chegar primeiro. Ele tinha falado sobre Charlotte para ela, mas tinha afirmado serem somente amigos, não soube quando Chloe decidiu que os dois passavam disso, mas reconheceu no sorriso malicioso que ela o lançava sobre os ombros de que a Page definitivamente iria passar por um interrogatório. Ele precisava de novos amigos, de preferência menos invasivos.

◇ ◇ ◇ ◇ ◇

Charlotte não esperava ser recebida com tanta simpatia, na verdade não lembrava de ter conhecido alguém tão simpática quanto Chloe. A mulher se apresentou como uma grande amiga de Henry, chegou quase correndo ao seu encontro com o Hart emburrado logo atrás. Assim que a viu, Chloe não parou de fazer perguntas e comentários a respeito do amigo, ela trocou alguns olhares confusos com ele por conta da clara animação da mulher, mas Henry somente riu quando viu que Charlotte estava começando a ficar desconfortável com toda aquela atenção.

- Você deveria vim jantar um dia lá em casa, trazendo o Henry, lógico. - completou apressada, ignorando a gargalhada que o Hart soltou e abrindo um enorme sorriso ansioso para a Page.

Charlotte abriu a boca para responder, mas percebeu que não sabia o que falar. Buscou Henry com o olhar em um claro pedido de ajuda e ele logo se colocou ao seu lado.

- Agradeceria se você parasse de assustar meus amigos. - pediu, fazendo Chloe cruzar os braços e o encarar impaciente.

- Você vive falando dela, mas a esconde quando queremos saber mais.

Acusou, Charlotte então olhou surpresa para Henry, que coçava a nuca sem jeito e tinha um tom de vermelho adorável colorindo suas bochechas. 

- Então você fala muito sobre mim.

- Char.

O tom era suplicante e a Page amou como ele conseguiu ficar ainda mais envergonhado. Rindo, o empurrou pelos ombros quando afirmou em tom provocador.

- Não sabia que sou um dos seus assuntos preferidos, Hen.

- Você não faz ideia.

- Chloe!

- Só 'tô ajudando. - se defendeu, levantando as mãos em rendição e dando um passo para trás.

- Você está fazendo tudo menos ajudando nesse momento. - rebateu rapidamente, o que fez Charlotte morder o lábio para impedir o riso que ameaçava escapar. 

- Já que estou sendo claramente expulsa, vou almoçar porque estou comendo por dois. - informou, aproximando-se de Charlotte e a abraçando rapidamente o máximo que podia. - Foi bom finalmente te conhecer.

- Digo o mesmo.

- Apareça mesmo para jantar em algum momento, por favor. - pediu, se afastando dela e dando um tapa no peito de Henry ao passar por ele. - E você vê se não esconde mais ela!

Deu as costas para os dois e ao longo do caminho parava para conversar com algumas pessoas que encontrava. Henry soltou uma pequena risada ao ver a amiga se afastar e virou-se para Charlotte que ainda a encarava meio impressionada.

- Ela é bastante. - parou, tentando encontrar uma palavra para descrevê-la.

- Intensa? - tentou, a vendo concordar com um aceno positivo. - Vamos almoçar, por favor. Parece que minha barriga vai me engolir de dentro pra fora.

- Isso foi algo bem detalhado. - disse, apertando o passo para se colocar ao lado dele. - Além do mais, temos que conversar sobre a minha família.

- Confesso que estava esperando você me enviar todas as informações por planilha.

- Engraçadinho. - torceu o nariz para ele que riu, mas logo retirou do bolso da frente um pequeno envelope. - Mas eu trouxe fotos para ajudar. - informou, resolvendo ignorar o olhar divertido dele e manter a cabeça erguida para frente. - Não somos muitos, mas existem certas pessoas que vai ser melhor para todos se você manter distância.

- Você fala como se sua família fizesse parte da realeza ou da máfia. - comentou, a fazendo lembrar da forma rápida como havia descrito seus pais.

Talvez ela tenha dito que sua mãe era meio controladora, mas não tinha culpa se era a primeira descrição que vinha a sua mente toda vez que pensava nela. Dona Clarice também era bastante protetora e possuía uma classe invejável. Charlotte sempre se perguntava para onde havia ido o charme que deveria ter herdado de sua mãe, ela transbordava a energia de uma Imperatriz, até porque ela se portava como se fosse e todos ao redor automaticamente a aceitavam assim. Já seu pai era bastante reservado, não era muito fã de longas conversas e os momentos mais preciosos que possuía com ele eram quando os dois passavam horas na biblioteca e depois conversavam sobre os livros que haviam lido.

- Não diria da realeza ou da máfia. - o lançou um olhar irritado. - Mas sim pessoas que fazem parte de um grupo, não sei, talvez exclusivo? - franziu a testa, inclinando a cabeça ao tentar pensar em uma explicação melhor, mas por fim não conseguiu encontrar.

- Onde eles moram? - perguntou, a puxando gentilmente pelo braço para dobrar para a esquerda.

Charlotte saltou sobre uma rachadura na calçada e respondeu distraída.

- Hamilton Village.

Continuou caminhando, mas parou confusa quando viu que ele havia ficado para trás. Olhou ao redor pensando já terem chegado onde quer que ele estivesse indo para almoçar, mas haviam parado em frente à uma clínica veterinária. Olhou para trás notando a expressão desacreditada que ele a lançava.

- O que foi?

- Você não me disse que era rica. - respondeu como se estivesse tentando lembrar de suas conversas anteriores.

A Page mordeu o interior da bochecha sem saber o que dizer, não havia dito onde seus pais moravam porque eram eles quem moravam naquele bairro e tudo o que ela estava tentando fazer era construir sua própria vida longe de quase tudo com que havia convivido ao longo de anos. Deu alguns passos em direção à Henry, apoiou sua mão no ombro dele e falou como se explicasse algo a uma criança.

- Eles são ricos, não eu.

Esperava outra reação dele, não que ele começasse a rir como se ela tivesse dito algo hilário. O Hart retirou a mão de seu ombro e beijou delicadamente seu pulso. O contato dos lábios em sua pele provocou arrepios que ela fez questão de ignorar.

- Somente pessoas ricas dizem isso. - afirmou no mesmo tom que ela usara com ele.

Charlotte o mandou língua e retirou sua mão da dele. Henry somente continuou a rir e falou sincero:

- Agora estou com medo deles não gostarem de mim.

- Esse é o objetivo.

Declarou sorrindo, começando a andar de costas para encará-lo. Henry abriu a boca surpreso e um tanto descrente, Charlotte sorriu animada e girou para voltar a caminhar normalmente. Não estava mentindo, quanto mais rápido seus pais, principalmente sua mãe, não gostassem de Henry seria melhor. O grande problema era ele ser uma pessoa altamente gostável, o que tornava tudo mais complicado para ela, em todos os pontos existentes.

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