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VI. Count on me

Charlotte comia alegremente seu café da manhã em frente à TV, afundada entre as almofadas do sofá, desfrutava de seu cereal com leite enquanto assistia a programas antigos em um canal infantil. Era um fim de manhã calmo e livre de discussões já que Piper não se encontrava e Jackie estava visitando seus pais. Amava os dois, mas toda vez que se encontravam a paz durava um pouco menos e a Page só queria descansar e esquecer as duas últimas noites por um instante.

- Você não vai acreditar da onde estou vindo!

Nem notou quando Piper abriu a porta apressada, mas o baque dela a fechando não poderia passar despercebido. Olhou por cima do ombro para ver a ruiva retirando um casaco grosso, desnecessário em sua opinião, as botas caras que passou meses pagando e começando a pular para retirar a calça jeans clara. A Manchester se virou para ela com uma expressão cansada no rosto, os fios vermelhos acobreados estavam uma bagunça, parecia que ela tinha sido pega no meio de uma ventania, não queria nem imaginar o drama que ela iria fazer quando fosse desembaraça-lo.

- Pensei que você estava na sua aula de yoga. - comentou, voltando sua atenção para a TV onde Carly e Fred se beijavam.

- Era para ser, mas o Michael teve uma ideia absurda e eu tive que participar. - disse, dando a volta e se jogando ao seu lado. As pernas brancas foram escondidas pela enorme blusa que ela usava, blusa qual Charlotte não lembrava da amiga possuir. - Ele achou que seria incrível se eu fosse tirar algumas fotos naquela fazenda que abriu no fim da cidade.

- Mas você não gosta do campo. - lembrou, colocando uma colherada generosa de cereal em sua boca.

- Eu sei! - exclamou frustrada, levando as mãos aos céus. - Detesto lama, cheiro de lama, aquele cheiro de celeiro, de animais no celeiro, detesto o vento forte que faz lá e bagunça meu cabelo. - enumerava nos dedos enquanto a Page tentava controlar o riso. - Detesto parecer um alien no meio de todo mundo e mais ainda ter que tirar foto segurando uma galinha, por mais fofa que ela parecesse.

- Ainda não entendi porque você foi.

- O cara é um milionário e o Michael achou que eu podia abrir um novo segmento, além do mais a sócia do cara na fazenda é dona de uma marca de roupas do campo e me queria no próximo editorial. Então...

Deixou no ar, tombando a cabeça para trás no encosto e soltando um alto suspiro. Charlotte deu tapinhas carinhosos no joelho dela que segurou sua mão e a apertou, mas antes de voltar para a série deu uma boa olhada na camisa preta que Piper usava. Já havia visto aquela peça em algum lugar, a manchinha vermelha na manga esquerda com certeza não era de fábrica. Piper deve ter notado sua análise já que a encarou receosa e logo se levantou afastando-se dela.

- Vou tomar um banho para tirar esse cheiro de fazenda. 

Informou, correndo para a segurança de seu quarto. A Page acompanhou a pequena corrida de sua amiga com uma expressão confusa, mas logo algo clicou em sua mente e as peças foram montadas. Abriu a boca surpresa e levantou rapidamente do sofá.

- Piper! Você me deve explicações! - gritou rindo ao correr atrás da amiga.

◇ ◇ ◇ ◇ ◇

Henry terminava de fazer o almoço, esperava por Jasper que havia informado ter uma grande surpresa para ele, o que o fazia ficar meio preocupado, as surpresas de seu amigo na maioria das vezes não eram tão agradáveis quanto ele pensava. As imagens da lhama que ganhou de aniversário do Dunlop surgiram em sua mente, assim como da piscina de bolinhas que ele montou certa vez no corredor, a águia que "pegou emprestado" de um vizinho de seus pais e depois que ela o arranhou ele a soltou, o sushi que fez para um jantar de comemoração e que fez metade dos convidados passarem mal. Suspirou, soltando uma risada baixa ao relembrar, só esperava que ele não trouxesse outro animal; Cody ou qualquer outro nome, a jibóia que ele adotou certa vez, ainda estava sumida e Henry estremecia só de pensar que ela poderia estar em qualquer canto do prédio. Definitivamente eles seriam colocados para fora caso a descobrissem.

Assobiando um melodia alegre, desligou o forno, iria deixar somente o calor do fogo terminar de assar a torta que preparava. Era um receita nova que Siren tinha descoberto e compartilhado com ele após o jantar. Ao lembrar da noite anterior sentiu um calor percorrer seu rosto, esperava seriamente não estar corando. Passou os dedos por seus fios, rindo descrente por ter quase beijado Charlotte. Não soube o que havia mudado entre os dois, mas aqueles poucos segundos de magnetismo absoluto foram o suficiente para deixá-lo extremamente perdido.

- Henry!

A voz de Jasper atravessou a porta fechada que logo foi aberta pelo Dunlop, ele possuía um sorriso entusiasmado no rosto e uma caixa grande de papelão nos braços. Henry abaixou o fogo do molho que fazia e voltou sua atenção para o amigo. Mesmo tendo um emprego que demandava muita atenção, era enfermeiro no hospital local, Jasper ainda conseguia tirar tempo para se colocar em situações um tanto conflitantes.

- Olha a surpresa! - exclamou animado, estirando os braços com uma caixa em sua direção.

Henry se aproximou e pegou a caixa, colocando-a em cima do balcão e a abrindo. Dentro havia inúmeros brinquedos de plástico em forma de pato, de variados tamanhos e cores.

- Jasper, o que é isso? - perguntou confuso, o Dunlop parecia que iria começar a pular a qualquer momento tamanha a sua animação, para Henry isso era um péssimo sinal.

- Brinquedos Quack, para seu patinho ficar feliz. - cantarolou afinado, fazendo um sinal de espera antes de atravessar a porta novamente e voltar com outra caixa.

- Mas que dia...

- Ainda não acabou. - informou, repetindo o mesmo processo mais cinco vezes. Henry encarava as caixas sem saber direito o que dizer. - Eu entrei nesse negócio de um amigo antigo, ele disse que está fazendo um bom dinheiro com esses brinquedos. Pensei que seria bom ter uma renda extra.

- Eu, hum, quanto você gastou com tudo isso? 

Jasper pareceu pela primeira vez desde que chegara se sentir desconfortável, colocou as mãos no quadril e baixou a cabeça quando sussurrou algo que o Hart não entendeu. Henry soltou um alto suspiro que fez o Dunlop olhar para o teto e repetir em um tom claro.

- Quatro mil.

- Acho que não ouvi direito. - disse, soltando uma risada nervosa. - Você está me dizendo que gastou quatro mil nessas seis caixas com brinquedos de pato?

- Não pareça tão irritado, você mesmo está vendo que esse é um ótimo negócio.

Henry olhou descrente para o amigo, que revirou os olhos entediado, então deu a volta no balcão e desligou o fogo do molho, sua mente estava a mil. Fazia contas e suposições enquanto Jasper esperava pelo o que ele iria falar, depois de alguns arrastados segundos, o Hart finalmente conseguiu dizer algo.

- Com quem você comprou tudo isso?

- Com o Jason, aquele segurança do shopping, ele disse que era um ótimo investimento e eu só precisava vender para o máximo de pessoas possíveis e conseguir outras para revender pra mim. - explicou orgulhoso e Henry teve ali a sua resposta.

- Você comprou do Jason e tem que achar revendedores para você? - indagou só para confirmar o que já sabia.

- Isso. - respondeu, abaixando-se para analisar os produtos das caixas.

- Você deu uma entrada de quatro mil que foi para o Jason.

- É, mas ele tem um superior que fica com uma taxa.

- Jasper. - chamou, tentando controlar o tom de voz.

- Sim, Hen? - indagou distraído.

- Jasper.

- Fala, cara. - levantou o olhar e encontrou o Hart quase vermelho de impaciência.

- Você entrou em um esquema de pirâmide, Jasper.

- Não entrei não. - rebateu rápido.

- Entrou sim. - insistiu, o encarando firme quando ele começou a rir.

- Entrei não. - repetiu ainda rindo, mas parando aos poucos quando percebeu que Henry falava sério.

- Entrou.

- Não! - exclamou sem saber ao certo o que sentir.

- Jasper. - amenizou o tom de voz quando o Dunlop o encarou com um olhar desolado.

- Entrei? 

- Sinto muito.

- Ah, merda. - praguejou irritado, chutando uma das caixas e sentando-se no chão à frente delas. - Isso não vai vender, vai?

- Por quanto você ia vender? - indagou, sentando perto dele.

- Seis dólares cada.

- Tem quantos aqui?

- Cada caixa tem cem brinquedos. - respondeu, pegando um dos brinquedos e o examinando com cuidado.

- Ainda dá pra recuperar alguma coisa. - informou, após fazer uma conta rápida. Encarou Jasper e afirmou decidido. - Vamos conseguir.

- Vou procurar compradores. - afirmou, abrindo um sorriso ansioso. 

Henry somente riu da nova onda de energia dele e se levantou para atender o celular que tocava, observou Jasper começar a rabiscar algo em um caderno, não conhecia pessoa mais otimista que ele e não duvidava de que o Dunlop iria encontrar algo bom no meio de toda aquela confusão. Olhando para a tela, ficou surpreso ao ver quem o ligava.

- Oi, Charlotte. 

- Oi, Henry. - o tom dela era animado, conseguia escutar alguma música ao fundo junto com uma voz nada afinada que cantava a letra em plenos pulmões.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntou confuso, não lembrava deles terem marcado nada e achava que aquele era o dia de folga deles.

- Nada de mais, mas acabei de lembrar que você não sabe nada sobre a minha família e o jantar vai ser na sexta.

Respondeu direta, o que o fez abrir um sorriso, se impressionava com a forma como ela era prática em vários pontos da vida. O que aumentava ainda mais a falta de sentido em ela ter aceito um pedido de casamento de um estranho.

- Por que não pode ser no fim de semana? - também achava estranho um jantar não ser em um momento onde seria mais fácil para todos irem. 

- Minha mãe acredita que só se conhece alguém realmente durante a semana, algo sobre todo mundo ficar agitado em uma sexta a noite e querer ir embora logo de programas de família. - respondeu de forma entediada.

- Eu só tenho folga na quarta, estou dando aulas no resto da semana. - disse, ignorando o sorriso malicioso que Jasper abriu.

- Eu também, só que minha folga é na quinta e na sexta a tarde.

- Eu posso te encontrar na hora do almoço na quarta já que vou estar livre. - Jasper se aproximou e Henry correu para longe dele.

- E eu te encontro na quinta.

- Pelo visto vamos passar mais três dias sem se ver. - comentou rindo, ao passo que Jasper soltou um “Onw” longo e dramático.

- Ela vai sentir a sua falta, Henry!

Se assustou com o grito de Piper e quase derrubou o celular. Colocou no viva voz quando se sentou no sofá.

- Sai daqui! - o grito impaciente de Charlotte foi seguido da risada da outra e Henry não teve como controlar o próprio riso.

- Oi, Piper. - saudou animado, o que chamou a atenção de Jasper que praticamente pulou para sentar ao seu lado.

- Piper? Piper tipo a Manchester? - indagou animado e Henry lembrou do onde eles haviam se conhecido.

- Oiiiii, realeza falando. - a voz veio animada.

- Aqui é o Jasper, tudo bem?

- Hei, carinha que pintou meu cabelo. Sim, foi ele, Charlotte.

- Eu tenho um talento, Henry. - informou orgulhoso para o amigo que somente concordou igualmente animado.

- Ele também sempre duvida da sua capacidade? - Piper indagou, enquanto eles escutavam a voz alta de Charlotte gritar “Desde quando eu duvido de você, Weasley perdida?!”

- Ela também sempre te salva dos seus esquemas? - Jasper perguntou rindo.

- Até que eles são legais, né? - a Manchester indagou em um falso tédio.

- Servem pro gasto. - o Dunlop concordou enquanto Henry dizia silenciosamente “Posso muito bem te devolver pra rua.” 

- Vamos marcar algo depois?

- Jantar aqui na quarta? É dia de pizza.

- Estou precisando urgente. - afirmou, ignorando a voz de Charlotte que a chamava de dramática.

- É o Henry quem faz.

- Charlotte, seu namorado é prendado! - o grito dela provocou uma onda de gargalhadas em quase todos, a Page xingou algo baixo que eles não escutaram e ameaçou em alto e bom som.

- Para de me colocar nas suas fanfics ou eu pinto seu cabelo de verde quando você estiver dormindo!

- Sua namorada parece ser bem legal. - Jasper comentou, com um enorme sorriso enquanto se levantava para ir à cozinha.

Henry nem tentou corrigi-lo, sabia que não daria em nada mesmo.

- O que foi isso? - indagou em voz alta antes de desligar o viva voz e levar o celular ao ouvido.

- Temos melhores amigos estranhos, mas aceito o convite. - Charlotte respondeu rindo, um riso calmo que o fez sentir uma estranha felicidade. - Mas agora tenho que ir, tenho aulas pra planejar.

- Até depois, Charlotte. - disse, usando um tom de voz baixo.

- Até depois, Henry. - a resposta dela veio em um quase sussurro onde ele ouviu as notas de um sorriso, como se quisesse que somente ele escutasse.

Balançou a cabeça rindo ao desligar a ligação, precisava comer, seus pensamentos não estavam fazendo o menor sentido naquele momento.

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