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III. Moral of the story

Charlotte sentia sua cabeça pesada, mas o café leve e saboroso que teve na casa de Henry impediu que seu estômago estivesse roncando e minimizou o gosto amargo em sua boca. Subia as escadas de seu prédio com Henry até o terceiro andar, não via sentido em usar o elevador se poderia ir andando um curto caminho e ainda fazer um pouco de exercício, era o que precisava para acordar completamente, mesmo que seu corpo dissesse o contrário. Com os saltos em uma mão e um óculos escuro impedindo a luz de incômoda-la ainda mais, chegou ao seu andar se sentindo mais desperta, porém, logo notou que Henry não concordava com ela.

- Espera... só... um... pouco.

Pediu, inclinado para frente com as mãos apoiadas nos joelhos, puxava o ar com dificuldade e a Page não conteve o riso quando o viu quase passar mal por conta de um pequeno lance de escadas.

- Você precisa se exercitar.

- Estou... muito bem assim... obrigado.

- Super bem.

Disse irônica, mas desviou a atenção dele quando a porta do apartamento em frente ao seu se abriu, de lá saiu Jack Swagger, um dos seus melhores amigos e grande fofoqueiro. Assim que ele trancou a porta e se virou para ela, com um saco de lixo preto nas mãos, Charlotte soube pelo sorriso que ele abriu que dentre todas as possibilidades possíveis do porque ela estar com um cara quase morto ao seu lado e com a mesma roupa da noite anterior, ele escolheria a pior.

- Vejo que a noite foi boa, Lottie.

Ele era um dos poucos que a chamavam assim, porém, antes que abrisse a boca para lançar algum outro comentário sarcástico, foi a vez da porta do seu apartamento abrir e de lá sair uma Piper furiosa e, esperava não estar vendo errado, ruiva?

- Eu vou te matar, Charlotte Page! - começou a gritar e avançar em sua direção. - Como você teve a audácia de me deixar naquele bar sozinha com a polícia e só nessa manhã me mandar um mísera mensagem de "estou bem"?! Não estou dizendo que foi difícil de me liberarem, mas você é minha melhor amiga e correu pra longe na primeira oportunidade, eu nunca vou te perdoar, nun...

- Desculpa interromper. - Henry se manifestou, finalmente recuperando a cor em seu rosto. - Mas a fuga meio que foi culpa minha.

Piper permaneceu com a boca aberta, mas o motivo era outro, alternava o olhar entre a amiga e Henry em choque, por fim, abriu um imenso sorriso.

- Estou tão feliz por você ter me abandonado por uma transa! - afirmou alegre.

- Você é muito estranha. - Jack falou, recebendo um olhar gélido por parte de Piper.

- Calado, Swagger. Não sou obrigada a te aturar a essa hora da manhã. - praticamente cuspiu a resposta, torcendo o nariz ao olhar para a camisa preta que ele usava. - E vê se joga essa camisa fora, essa mancha na manga parece sangue.

- Como sempre um poço de delicadeza. - rebateu sarcástico.

Piper virou-se para ele e Charlotte soube que a atenção que antes estava nela havia evaporado e sido substituída pela dose de provocação diária que acontecia todas as vezes em que se encontravam.

- E essa é a nossa deixa.

Informou, puxando Henry pelo pulso e para longe dos outros dois. O Hart foi sem protestar e antes que fechassem a porta do apartamento, ainda escutaram os gritos dos outros dois.

- Minha vontade é de te mandar pra...

- Olha a boca, modelo, seu agente não ia gostar nada disso.

◇ ◇ ◇ ◇ ◇

- Deixa eu ver se entendi. Seu pai se chama Jake e é policial há mais de trinta anos, sua mãe já conheço um pouco, seu irmão é advogado há quatro anos e sua tia Suzy veio morar com seus pais há alguns meses.

Recapitulou as informações que Henry havia lhe dado, estavam naquele jogo de perguntas e respostas há um bom tempo, tudo para que o jantar não fosse um completo desastre. Charlotte estava sentada de pernas cruzadas sobre sua cama, em suas mãos uma caixinha com yakisoba estava quase no fim. Bocejou alto, piscava lentamente, por mais que estivesse faminta, as poucas horas de sono que teve não foram o necessário. Henry se encontrava sentado no chão com as costas apoiadas na cama e a cabeça jogada para trás no colchão. Seu almoço quase intacto ao seu lado, percebia pelas piscadas lentas e pesadas que ele também lutava contra o cansaço. Nossa, a idade estava pesando três vezes mais sobre os dois.

- Exatamente, ela é um amor e todos se dão bem com ela.

Charlotte assentiu, largou o almoço de lado e inclinou-se para frente até ficar com o rosto perto de Henry, mas a uma distância segura, ainda não sabia porque se sentia tão confortável ao lado dele e não queria entrar nesse redemoinho que iria levá-la a questões irrelevantes no momento. Já havia passado por uma situação semelhante e tudo o que menos queria era repetir o erro que havia cometido com James, não iria mais se deixar ser dominada por súbitas atrações. Se sentia confortável e pronto, mas permaneceria a uma considerável distância.

- Tem algo mais que eu preciso saber?

Henry franziu a testa em concentração e mordeu o lábio inferior, Charlotte achou aquele gesto particularmente adorável. Não teve como impedir as lembranças, James coçando o risquinho da sobrancelha e torcendo a boca quando se afogava em pensamentos, a forma como ele sorria toda vez que ela beijava a covinha do lado esquerdo quando recebia um presente, a maneira como ele a abraçava ao assistirem o nascer do sol, as rachaduras em seu coração arderam. Fechou os olhos com força para impedir que o ressentimento e a saudade a invadissem novamente, tentou focar na voz de Henry para escapar da presença de seu passado.

- Eu tenho um cachorro chamado Sirius e ele é extremamente preguiçoso, então se por acaso ele pular no seu colo hoje talvez ele durma o resto da vida em cima de você. - soltou uma risada anasalada que a fez rir um pouco.

Voltou a posição de antes, esticou as pernas sentindo vontade de passar o resto do dia deitada na cama em uma completa inconsciência. Henry ainda observava o teto branco quando Charlotte continuou a conversa.

- Bom saber, gosto de cachorros, mas sempre preferi gatos.

O Hart rapidamente sentou-se ereto e virou para ela, Charlotte riu ao ver o rosto dele tomado por uma expressão indignada.

- Depois eu que sou o estranho.

- Você sempre vai ser. - falou, em um tom doce que o fez sorrir.

- Estão vestidos? - a pergunta veio seguida de batidas na porta, mas que foram desnecessárias pois no segundo seguinte Piper entrou feito um furacão no quarto. - É bom estarem porque eu já entrei!

Piper era responsável por eles estarem sentados no quarto de Charlotte por mais de três horas, a jovem havia dito que tudo seria um desastre se eles não conhecessem o mínimo do outro, tanto a Page quanto o Hart não tiveram argumentos. Piper Manchester podia ser bem persistente quando queria, chegava ao nível que Charlotte chamava de "política em campanha", ou seja, possuía argumentos suficientes para levar o outro a crer que sempre havia precisado do que ela oferecia.

- O que foi?

Indagou para a agora ruiva, que não havia entrado em detalhes ainda sobre como possuía no momento aquela cor de cabelo. Ela era loira até a noite passada. Piper se apoiou no portal de madeira da porta, cruzou os braços e perguntou em uma voz despreocupada que fez Charlotte acreditar que ela possuía outras intenções.

- Vai sair hoje?

- Sim, por quê? - estranhou a pergunta, sentiu Henry olhar para ela e nos olhos dele também notou o quão estranho era ela fazer aquela pergunta em específico.

Piper sabia sobre o jantar, não estava entendendo onde ela queria chegar e pelo visto não era a única, Henry aparentemente era um livro aberto, o que poderia se mostrar péssimo para o plano deles. Caramba, no que ela foi se intrometer?

- Nada de mais, só que, talvez, bem talvez, eu traga alguém aqui hoje e quero saber que horas você volta do seu jantar falso.

A ruiva claramente estava enrolando para não contar o real motivo da pergunta, fingia observar as unhas pintadas de vinho enquanto lançava olhares furtivos na direção deles. A Page olhou para Henry, que responder para as duas:

- Não muito tarde.

- Quem você vai trazer? - resolveu ir direto ao ponto, o que fez a outra rir desconfortável.

- Ninguém importante, byeeee.

Praticamente voou para fora do quarto, batendo a porta ao sair e deixando para trás sua amiga desconfiada.

- Ela está escondendo algo.

- Todos estamos. - respondeu, dando de ombros e lendo uma mensagem recebida. - Temos que nos arrumar. - levantou, preparando-se para ir embora, mas antes a encarou com um sorriso brilhante ao perguntar. - Ei, Você por acaso tem roupa de gala?

◇ ◇ ◇ ◇ ◇

Charlotte torcia os dedos em nervosismo, Henry ao seu lado estava com a mente em um lugar distante; o carro que pediram tocava uma música antiga que não tirava a atenção dos dois de seus próprios mundos. Mas tiveram que voltar à realidade quando o carro parou em frente à uma casa geminada de dois andares, as casas vizinhas estavam no escuro se comparadas a dos pais de Henry. Holofotes pequenos foram colocados na varanda, luzes piscavam em torno da árvore florida que ficava no jardim da frente e na caixa de correio se encontrava preso um painel luminoso que continha os dizeres "Noite de luzes na casa dos Hart". Henry soltou um baixo suspiro antes de abrir a porta e ajudar Charlotte a descer.

- Tem um tapete vermelho, um tapete vermelho na entrada da sua casa.

Repetiu surpresa, observando o extenso tecido vermelho que atravessava a entrada da casa até a varanda. Henry riu e pegou sua mão na dele, ela acabou tropeçando. Olhou para baixo vendo que seu salto havia ficado preso em uma rachadura da calçada, conseguiu se libertar facilmente. Encarou Henry que a observava em uma pergunta muda, assentiu com um sorriso que torcia para parecer confiante, ele deve ter visto algo porque apertou sua mão como se quisesse transmitir confiança.

Charlotte quis rir, estava claro nos olhos do Hart a apreensão, os dois haviam passado a tarde imaginando todos os possíveis cenários para aquela noite e a sensação de que um desastre iria acontecer era a que mais puxava Charlotte. Balançou a cabeça quando ele revirou os olhos exageradamente para a sua expressão.

- Você está pensando no pior, não está?

- Claro que não. - respondeu calmamente, limpando uma poeira invisível do ombro dele. Henry estava vestido com um blazer azul-marinho que combinava perfeitamente com ele. - Só estou pensando no fato de você estar tentando me passar uma confiança que você não tem.

- Nossa, Charlotte, você sabe como machucar alguém. - massageou o peito com a mão livre, o que a fez sorrir novamente.

- Você quer que eu minta para fazer você se sentir melhor? - perguntou docemente, rindo ao ver a careta que ele fez.

- Nessas poucas horas eu sei que você não é capaz disso. - sorriu ao ver a expressão confusa estampada em seu rosto. - Você prefere falar a verdade a deixar alguém viver uma mentira.

- Levando em conta o que estamos fazendo, acho que essa é uma afirmação falsa. - o puxou para que começassem a caminhar, se não entrassem logo iriam chamar ainda mais atenção.

- Depende do pomto de vista. Você olha pelo lado mais desastroso...

- Realista.

- Eu tento olhar pelo lado mais otimista.

- E o que esse seu lado diz sobre mim? 

Parou novamente, observando os olhos castanhos de Henry brilharem animados, mas não pôde escutar sua resposta, no segundo seguinte um garotinho de aproximadamente doze anos saltou de um arbusto próximo e os assustou com um flash cegante de uma câmera.

- Ben! - Henry gritou irritado com o susto, Charlotte ao seu lado estava com a mão no peito tentando controlar sua respiração.

- Desculpa, Hen, mas sua mãe me contratou. - disse, voltando a tirar fotos dos dois.

- Só tenta não assustar mais ninguém, você pode matar alguém desse jeito.

- Pode deixar, mas vocês são os últimos a chegar mesmo.

- O Noah já chegou? - perguntou, tentando soar desinteressado, mas Charlotte sentiu o aperto em sua mão aumentar.

- Já e só entre a gente, a Bianca tá mais gata ainda. - disse em tom cospiratório, mas logo olhou Charlotte de cima a baixo e abriu um sorriso que a fez rir. - Não que você também não seja.

Henry balançou a cabeça para o atrevimento do garoto e começou a puxar Charlotte para longe.

- Melhor entrarmos logo.

- Se se cansar dele eu moro na casa ao lado! - informou, correndo atrás deles.

- Ben, vai procurar algo pra fazer. - Henry se virou e pediu rindo ao menino que ainda olhava extasiado para Charlotte.

- Foi bom te conhecer.

A Page disse, abaixando-se um pouco para depositar um beijo na bochecha rosada dele. Ben ficou sem reação, levou a mão ao local do beijo e observou encantado Charlotte seguir com Henry para a entrada da casa.

- Você quebrou o garoto.

O Hart ria do pequeno vizinho quando a porta foi aberta antes dele ter a chance de se preparar. Bianca paralisou da mesma forma que o homem; estava estonteante em um vestido vinho estilo sereia, o cabelo longo caía em ondas ao redor de seus ombros, uma bela moldura para um rosto que parecia ter visto um fantasma. Porém, ela logo se recuperou e abriu um sorriso carinhoso para Henry.

- Oi.

O Hart não conseguia tirar os olhos dela e Charlotte teve vontade de revirar os seus. Ela estava de braços dados com ele, na frente da casa de seus pais como sua namorada, o mínimo que ele poderia fazer era parar de babar em cima da ex que claramente ainda adorava toda a atenção que ele a dava.

- Oi.

Henry conseguiu dizer após alguns segundos eternos, arranhou a garganta e desviou o olhar de Bianca. Charlotte tomou a deixa e se fez notar em uma voz simpática.

- Olá.

Bianca rapidamente parou de encarar Henry e desviou sua atenção à ela, a Page sentia o olhar analítico dela queimar seu corpo. A observação durou poucos segundos, Charlotte pensou que Bianca deve ter encontrado algo do qual não gostou já que o sorriso que abriu para ela era claramente forçado.

- Oi.

Henry resolveu não prolongar o momento, passou o braço ao redor da cintura da Page e a puxou para mais perto, gesto que não passou despercebido por Bianca.

- Essa é a Charlotte, minha namorada.

O sorriso da loira se desfez e refez em milésimos, seus olhos já não possuíam o mesmo brilho de antes, mas ela manteve a pose inalterada ao dizer:

- Então, ela é a surpresa que sua mãe não parava de falar.

- Em carne e osso. - Charlotte riu e manteve a voz neutra ao perguntar. - E você é?

Desviou o olhar para Henry que olhava para o outro lado e tornou a encarar Charlotte, a Page acreditava ter visto um lampejo de irritação nos olhos claros antes dela responder orgulhosa:

- Bianca, noiva do Noah.

- Noiva? - Henry indagou surpreso, finalmente voltando sua atenção para a ex.

Charlotte sentiu que a noite não seria tão calma quanto eles queriam. Percebeu como Bianca sorriu satisfeita para o Hart, ao contrário de Henry que parecia ter sido atropelado pelas próprias ilusões.

- Sim, noiva.

A forma como ela falou fez Charlotte acreditar que Bianca estava amando ter tanto controle sobre Henry, mas ela faria de tudo para não deixá-la sair por cima naquela noite. Não era justo com o Hart. Não havia ido nem um pouco com a cara da mulher e aparentemente o sentimento era recíproco, o que facilitava a mentira.

- Acho melhor entrarmos, baby. - disse, virando-se totalmente para Henry e apoiando o queixo em seu ombro, o que o fez voltar a realidade.

Pensou em beijá-lo na bochecha, mas descartou totalmente, parecia íntimo de mais para os dois, mesmo que esse fosse o intuito de todo aquele teatro.

- Sim, sim, é melhor. - conseguiu abrir um pequeno sorriso de lado para ela. - Mamãe vai surtar se não entrarmos logo. - conseguiu soltar uma risada leve, que fora acompanhada pelas duas mulheres.

Charlotte sentiu seu coração acelerar um pouco quando Henry apoiou levemente a testa na dela enquanto ria, o charme do Hart era inegável e essa fora a primeira demonstração pública de afeto entre eles. Inspirou fundo para não transparecer seu nervosismo, ela deveria se acostumar com ele se queria que sua mãe acreditasse no noivado.

- Só vou pegar algo no meu carro e já encontro vocês.

Bianca falou rápida e meio ríspida, passando por eles, mas antes fazendo questão de esbarrar suavemente no ombro de Charlotte, um pequeno aviso que a Page capturou bem. Assim que a outra desceu os degraus da varanda, virou-se para Henry e indagou um pouco preocupada:

- Você está bem?

Ele levou a mão aos olhos e os apertou com os dedos, Charlotte pensou que ele fugiria da resposta, mas Henry a surpreendeu ao responder sincero:

- Sinceramente? Não.

- Sinto muito. - era só o que conseguia dizer, ele abriu um sorriso triste e ela agradeceu quando Siren apareceu no fim do corredor e gritou animada.

- Charlotte!

Ainda lançou um olhar ansioso para o Hart antes de entrarem, ele somente apertou sua mão levemente e sussurrou em seu ouvido:

- Vou ficar bem.

Charlotte queria acreditar que sim, mas se o que ele tiver sentido, ou ainda está sentindo, por Bianca for parecido com o que ela passou com James, então ele não ficaria bem tão cedo.

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