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bem-vindos ao último e maior capítulo da minha vida (credo, so dramatic)

enjoy the ride e espero que não chorem, ou se chorarem por favor que não seja porque me querem matar

ps. escusam de agradecer por esse vídeo fetus precioso (ponham-no a tocar quando for o momento certo)

pss. eu sei que está mais soft mas espero que seja o suficiente e espero mesmo que gostem

depois disto resta-nos o epílogo e eu nunca pensei emocionar-me tanto a escrever o final

sOCORRO, AS LÁGRIMAS

love you to the moon and beyond ♡♡♡ 

❀ 

Não problema em sermos um glowstick

Às vezes precisamos de quebrar antes de brilhar.  

❀ 

"Emma, é para ti!" o meu irmão grita da entrada e eu reviro os olhos afundando-me melhor na cadeira onde escrevia.

"Não estou cá!" digo mas a porta do meu quarto abre ao mesmo tempo.

Uma rapariga de madeixas ruivas e outra de cabelos iguais à branca de neve dão-me ambas um sorriso simpatético antes de entrarem no meu quarto.

Apoio-me na secretária para me levantar e lanço-me nos braços das minhas únicas duas amigas.

"Minha Emmazinha." ouço a Carrie suspirar contra o meu cabelo.

"Onde está o teu telemóvel, mulher? Queres-me matar do coração?" a Kath reclama na sua espontaneidade e quase que me dá vontade de rir.

"Desculpem, tenho tentado evitar o contacto com o mundo o melhor que posso."

Mando-me para a cama de olhos fechados e sinto-as a deitarem-se cada uma de um lado.

"Ficar no teu quarto a deprimir o dia todo não ajuda a melhorar o que quer que estejas a sentir." a Kath cantarola e eu sei que ela só me está a tentar fazer sentir melhor.

A Carrie levanta-se da cama e eu abro um olho para observar a rapariga a levantar os meus estores.

"O que estão aqui a fazer? É 1 da tarde. Não deviam estar nas aulas?" Pergunto e pouso um braço sobre a minha cara sentindo os meus olhos a humedecerem.

"Olá meninas bonitas. Onde devo deixar isto?" levanto o olhar e vejo o Eddie a entrar no meu quarto com uns sacos de lavandaria, o que me faz levantar o tronco.

"Vocês estão loucas? Eu disse-vos que não ia." reclamo e o Eddie pousa os sacos e vai-se embora de mãos no ar.

"Claro que vais. É o baile de inverno. Não podes ir embora antes de ires a um bom old-fashioned baile de escola connosco." a Carrie dá-me um sorriso simpático e o seu olhar passa pela minha secretária, parando num dos meus cadernos.

Reviro os olhos quando a vejo a pegar na pequena fotografia que saía do caderno e volto a deitar-me com as mãos a cobrir-me a cara.

"Eles vão atuar. Não podes perder isso, por muito ódio que achas que eles te têm. O Michael e o Calum também têm saudades tuas." a Kath pousa uma mão sobre a minha e eu prometo a mim mesma que não vou chorar hoje.

"Para além de que o Luke voltou à escola ontem. Nem sabia que duas semanas de repouso chegavam. Não sabes o quão deprimente é vê-lo atrás de nós sentado sozinho, porque ele não deixa mais ninguém sentar-se no teu lugar. Para além de ter de estar constantemente a levar com a Jane a perguntar-lhe onde é que tu estás e porque é que a gripe que ele supostamente te pegou te está a fazer tão mal. Sabias que não és a única que vai voltar à sua terra?" Ao ouvir as palavras da Carrie levanto-me e vejo-a a segurar uma foto de mim e do Luke no primeiro dia de aulas.

"Carrie-"

"Eu sei. Não podes. Nós sabemos. Só te pedimos uma última noite. Depois podes decidir se voltas para casa ou não."

E o pior é que aqui eu sinto-me mais em casa do que em qualquer outro lado.

Assinto e recebo umas palminhas entusiasmadas da loira.

"Sabem, desculpem por nunca vos ter agradecido. Não, eu tenho de o fazer. Eu tinha uma amiga em Nova Iorque, a Anna. Como podem perceber eu nunca fui muito social. Nunca podia levar amigas a casa e quase nunca me era dada a permissão para sair com alguém sem que fosse na escola." sorrio para os meus joelhos e brinco com os meus dedos "Nós éramos as melhores amigas, desde a primária. Trocávamos roupas e memes no instagram. Falávamos sobre os crushs dela porque eu não era capaz de ter os meus." levanto o olhar para a foto ainda na mão da minha amiga e uma gargalhada irónica escapa o meu corpo "E depois toda a gente descobriu o meu grande e oh tão trágico segredo e o olhar que vi na cara dela... nunca me vou esquecer da maneira de como ela me desprezou depois disso. Acho que tinha vergonha de mim. Acho que o que eu estou a querer dizer é obrigada por serem as melhores amigas pelas quais que eu podia pedir."

Finalmente encaro-as e segundos depois a Kath volta a atirar-se para cima de mim envolvendo-me nos seus braços.

"Hey! Suas rudes, não me deixem de fora!" a Carrie guincha e nós rimos as três como a bela desgraça emocional que somos.

Acabamos por nos recompor e a Kath pega no seu telemóvel.

"Falta uma acompanhante." a irmã do Michael sorri e sai do quarto.

"Onde é que ela vai?" interrogo a Carrie mas ela limita-se a piscar-me o olho.

Decido arranjar melhor a minha cama, que entretanto tinha ficado toda desfeita enquanto a Carrie começa a pousar o que eu suponho que sejam os vestidos delas em cima do sítio onde eu tenho tentado dormir, embora acabe sempre na sala com o meu irmão.

A minha mãe e o meu pai tinham voltado entretanto por causa das consultas da primeira e do trabalho dele. O meu partilhador de origem vaginal, no entanto, recusou-se a deixar-me aqui sozinha. E eu recusei-me a ir antes do Natal. Não sei bem porquê.

"Eu nem tenho nada para vestir." queixo-me ao mesmo tempo que vejo a Kath a entrar e a reclamar comigo.

"Sua tola, por quem nos tomas?" 

"Hey." uma rapariga loira de olhos azuis acena-me quando entra atrás da Kath.

Tento não mostrar o meu pânico ao olhar para a Marianne. Será que me odeia?

Encaro as suas calças de ganga que combinam perfeitamente com a sua camisa branca e confirmo que aquela família foi abençoada com genes belos.

"Hey!" eu e a Carrie respondemos.

"Ouvi dizer que precisas de um par para o baile e se me aceitares eu não me importo de ser o teu plus one." a sua voz suave ecoa pelo quarto e eu sorrio. De verdade. A sua energia é contagiante.

"A Kath é melhor que uma daquelas apps de acompanhantes de luxo." suavizo o ambiente e sento-me na cama, e a loira senta-se ao meu lado fazendo-me uma festa no braço.

"Trouxe uma coisa para te mostrar." a Marianne pronuncia-se e eu consigo ver a irmã de quem o Luke tanto fala. A rapariga marcada por feições cansadas que consegue ser feliz. Não existe um pingo de julgamento no seu olhar , quando ela me estende um envelope.
"Quando o Luke veio viver para aqui prometemos que todas as semanas íamos trocar cartas sobre os acontecimentos desses dias e seria como se ele nunca tivesse vindo."

"Continuo a achar isso super antiquado. Para que serve o skype?" a Kath resmunga e a Marianne atira-lhe com uma almofada.

"É mágico! De qualquer maneira, ando sempre com algumas na minha mochila do oxigénio. Chama-me doida mas lê-las faz-me muitas vezes sentir melhor. Ele escreve coisas lindas, mas tu sabes disso."

Assinto lembrando-me dos poemas que às vezes o apanhava a escrever poemas. Pego no envelope onde repousa uma carta, datada da semana após termos voltado de Brighton, e que ela me encoraja a ler.

Pouso o olhar num parágrafo onde está escrito:
"Eu sei que me vais chamar estúpido por dizer estas coisas depois do que a Scarlet me fez. Vais pensar que o meu único problema é ter medo de estar sozinho. Não é verdade. Mas a Emma sempre esteve sozinha. É disso que tenho medo. Que ela prefira estar sozinha do que estar comigo."

Franzo as sobrancelhas. Ninguém prefere estar sozinho. Foi essa a ideia que dei?

Todas as palavras no papel parecem tão cruas e sentimentais e sinto o meu coração a acelerar.

"Quando me lembro dos seus cabelos ruivos a despentearem-se no vento e os seus olhos a brilharem na direção do mar, eu sei que vai ficar tudo bem."

Vai ficar tudo bem.

Leio o final da folha antes de juntá-la ao meu peito.

"Deus, que merda de sociedade que me fez crescer com vergonha de dizer estas coisas. Mas temos de admitir, é estranho pedir-te conselhos destes."

"Podes ficar com essa. Eu tenho mais. A Kathy já te disse que a nossa mãe o convenceu a voltar para casa? Depois de tu o rejeitares suponho. Eu entendo." Encaro os seus olhos  que me parecem tão familiares e tento bloquear pensamentos estúpidos do meu cérebro. Pelo canto do olho vejo uma das raparigas sentada na cadeira em cima dos vestidos e a Carrie encostada à minha secretária. "Por favor, não penses que sou uma irmã horrorosa ao dizer isto. Mas, eu sei que ele seria muito mais feliz  ao acabar a escola aqui do que lá. Não podemos tentar fugir das memórias sempre que algo de mau acontece. Percebes o que quero dizer?"

  Não podemos tentar fugir das memórias sempre que algo de mau acontece.  

Aceno afirmativamente e esboço um sorriso para as três ao bater com os meus palmos nos joelhos, antes de me levantar.

"Bem, eu digo vamos lá preparar-nos para esse baile."

As raparigas tiram os vestidos dos sacos e eu não consigo evitar emocionar-me. Nunca pensei ir a um baile da escola com quem quer que fosse. Toda a minha vida foi regida pelo pensamento de que eu não poderia usar vestidos porque seria assediada na minha própria casa.

"Tínhamos de escolher um vermelho para ti. Espero que te fique bom. A Carrie é uma desgraça com tamanhos." a Kath recebo logo um murro da Carrie.

"Hey! Tu também estavas lá! E eu sei perfeitamente ver quando algo fica bem a alguém."

Começo-me a rir inconscientemente e aproximo-me delas para tocar no tecido.

Um vestido vermelho comprido e suave encontra-se nas mãos da de cabelo colorido. Noto que é justo até à cintura e depois cai livremente até ao chão.

"O teu irmão também ajudou." ela confessa-se e eu abro a boca e levanto o olhar. É claro que ele sabia disto. Pela primeira vez em semanas sinto um sorriso genuíno a tomar conta da minha face. Durante todo este tempo eu nunca estive sozinha.

As outras revelam também os seus vestidos e pousam-nos na cama. A Carrie tem um vestido idêntico ao meu mas preto, lindíssimo. Eu sei que se o dissesse em voz alta ela ia negá-lo. Mas, quando o Calum a vir vai morrer. O vestido da Marianne é azul claro, acima do joelho, e super simples, sem deixar de perder a sua elegância. É claro que a Kath tinha de se destacar.  A parte de cima do seu vestido é bege e na saia flui um padrão pavoneante.

"Eu disse que queria seguir design." ela encolhe os ombros após a minha falta de palavras e eu sorrio.

Elas declaram que já tinham tomado banho antes de virem e eu procedo a tomar o meu breve duche. Quanto menos tempo eu estiver a olhar para o meu corpo melhor.  Ignoro as borboletas quase desvanecidas que desenhara no outro dia nos meus pulsos, para diminuir o meu impulso de querer uma nova tatuagem.

Saio da casa de banho na minha toalha para encontrá-las esticadas na minha cama com vernizes aleatórios espalhados pelo chão. 

"O que é que vocês fizeram ao meu quarto?" 

Como nós somos do contra acabamos por fazer tudo ao contrário. Primeiro vestimo-nos, depois pintamos as unhas e depois comemos uma pizza que o Eddie mandou vir para nós.

A Kath insiste que tem de me maquilhar, embora eu odeie coisas na minha cara. Acabo por deixá-la por apenas batom vermelho.

"Eu nunca usaria batom, muito menos vermelho em qualquer ocasião." queixo-me e ela volta-me a bater no braço.

"Para quieta senão obrigo-te a ir com ele mal posto." Olho para o relógio vendo que já são 7 da tarde e respiro fundo. 

A Kath tira os seus sapatos da sua mochila e eu limito-me a pegar numas meias e nas minhas botas pretas pelo tornozelo do dia-a-dia.

"Não olhes assim para mim, Katherine. Não posso ter os pés frios. E para além disso ninguém vai conseguir ver o que tenho calçado."

Todas riem da minha figura mas a Marianne também se limita a calçar os seus ténis que combinam com o vestido.  A Carrie calça umas botas parecidas às minhas. A Kath sempre foi a extra do grupo.

Finalmente elas empurram-me para me ver ao espelho e eu diminuo a força que fazia nos punhos. Quem vejo de volta não parece eu, mas alguém que poderia ser mais feliz. Elas insistem que um rabo de cavalo penteado me ficaria super bem porque, e passo a citar, 'o meu pescoço é precioso'. 

Vejo a Carrie a fingir limpar uma lágrima do olho e começo-me a rir de nervosismo.

Em toda a minha honestidade, nunca pensei estar nesta posição.

Pelo canto do olho, encontro no refelxo o Eddie encostado à ombreira da casa de banho, onde estávamos as 4 atufalhadas.

O seu sorriso, como sempre, assegura-me de que tudo tem um final feliz, não importa daqui a quanto tempo seja.

"Tenho de vos tirar uma foto, venham lá." ele chama-nos e a Kath, sem ele ver, abana-se como se estivesse com calor o que nos faz rir.

Depois de uma sessão deveras estranha e divertida numa parede da sala somos despachadas para a porta de casa.

"Porque é que tu não vens?" pergunto com um beicinho.

"Já tive a minha quota de bailes de escola, muito obrigado." 

Pegamos nos nossos casados e o ruivo abre a porta. 

Sussurro-lhe "Eu não quero voltar para Nova Iorque." ao passar por ele.

"Eu sei. Nós sabemos. Ninguém tratou de nada." dou-lhe um beijo na bochecha e saio atrás das outras.

É então que nos encontramos com a Liz a entrar na porta ao lado.

Um silêncio constrangedor cai sobre nós e eu baixo o olhar. 

"Tens os medicamentos?" a voz da senhora mais velha soa e eu vejo a Marianne a revirar os olhos e a pegar na minha mão para me puxar para o outro lado.

"Sim, sim, está tudo aqui. Já sei, voltar antes da uma. Adeus, mãe."

Graças a deus que o elevador foi arranjado de novo. A Kath e a Carrie insistem em tirar selfies no espelho. Estas raparigas não têm remédio. Ao olhar para o chão reparo que as pernas da Marianne são realmente magras e que embora ela esteja sempre a sorrir não pode ser assim tão fácil.

Sinto a Kath a observar-me e levanto uma sobrancelha ao que ela abana a cabeça antes de sorrir.

"Tu estás linda. É só isso." O Luke vai adorar. Ela também queria dizer, mas sei que não o disse por educação. Acho que ela própria esta receosa da decisão do amigo. Eu só gostava de não ser o motivo pelo qual toda a gente está com medo de que ele vá embora.

Fazer este caminho de novo, faz-me sentir que já não venho à escola à demasiado tempo. 

Falamos aleatoriamente sobre o vizinho novo da Kath, que segundo ele é o 'arquétipo dos deuses gregos'. Eu conto que uma vez tropecei no gato de um vizinho meu porque ele estava sem camisola encostado à porta.

O evento vai ser no pavilhão da escola, como é normal, de modo a que encontramo-nos com o namorado da Kath no portão.

Cumprimenta-nos a todas e ao falar comigo dá-me um sorriso inconsciente por pena e eu quase que quero bater à Kath por lhe ter contado. Mas está no direito dela.

"É muito estranho se eu disser que nunca fui a uma coisa destas?" sussurro para a Carrie e para a Marianne ao entrarmos no recinto escolar, dado que a Kath e o Cody estavam mais à frente.

"Por favor, nós somos as rejeitadas. Acho que só a Kath é que tem a capacidade de se integrar com outras pessoas, ainda que ela não queira saber." a Carrie sussurra de volta e eu abro a boca ao ver as luzes mágicas que dão ao pavilhão um ambiente tão encantador. Alguns cartazes estão também pendurados nas paredes. Num lado encontram-se umas mesas com comidas rápidas e refrigerantes.

"Eu sou ensinada em casa. Ou no hospital. Nunca pensei que viria a uma coisa destas." a Marianne fala já normalmente, pois havia tanto barulho naquele sítio, entre as conversas e a música de fundo, que ninguém se conseguia ouvir.

Agarro-me ao braço da Carrie e a loira agarra-se ao meu, enquanto tentamos seguir o casal, para um sítio central, com bom acesso para o pequeno palco improvisado que tinham montado para os grupos do clube de música.

"Vão cantar três grupos. Nem tinha percebido que isto conta para a média final. Ugh, atividades extracurriculares." a Kath explica-nos e eu posiciono-me ao lado dela.

Vejo no relógio do pavilhão que faltam poucos minutos para as oito, quando começarão as performances.

Dou por mim a ficar nervosa, sem saber o porquê. Não sei se é por não ver o loiro há duas semanas, ou se por ter medo que ele me vá ignorar. Será que ele deixou de sentir alguma coisa por mim? Afinal de contas eu fui egoísta.

Vemos o professor Greene a subir ao palco com um lacinho roxo com brilhantes. Adoro aquele homem. Só o conheço de algumas vezes que ficava à espera do Luke à porta da sala de música, mas sei que ele é genial.

"Boa noite estudantes e não estudantes que entraram ilegalmente! Vamos dar agora início ao baile de inverno do liceu de Redwood. Como sabem as nossas três melhores bandas vão atuar para dar início à festa."

Respiro fundo e vejo o senhor a dar palavra a 4 rapazes que entram e eu sinto a necessidade de levar a mão ao peito.

O Calum posiciona-se no centro do palco, seguido pelo Michael e o Luke com as suas guitarras e por quem eu suponho que seja o primo do Luke. Com que bela ideia deve ter ele ficado de mim.

As luzes diminuem e eu olho uma última vez para o meu lado esquerdo, vendo a Marianne a sorrir abertamente.

Foco-me no Luke e em como os seus olhos azuis brilham e em como a sua camisa lhe assenta perfeitamente no corpo e em como os seus caracóis dourados estão perfeitamente penteados e em como ele agarra na sua guitarra de uma maneira forte e subtil, que outra pessoa acharia que fosse normal.

O som suave dos seus acordes começa  a soar,  e embora seja a voz do Calum que começa a canção, os meus olhos não deixam a mesma pessoa.

within a minute I was all packed up, I've got a ticket to another world
I don't wanna go, I don't wanna go
sudden words are hard to speak when your thoughts are all I see,
'don't ever leave', she said to me ❝ 

Se o meu coração já estava acelerado com apenas três versos, quando a voz do Luke começa a ecoar pelo recinto eu tenho de agarrar a mão da Kath, que era quem estava mais próxima. 

  ❝  when we both fall asleep, underneath the same sky.
to the beat of our hearts at the same time
so close but so far away
can you hear me?

Olho em volta para encontrar toda a gente encantada pelas suas vozes. E eu pelo significado das suas palavras.

Sim, Luke, eu estou a ouvir-te.

De seguida ouve-se a harmonia dos quatro e alguns assobios soam no recinto.

She sleeps alone, my heart wants to come home
I wish I was, I wish I was beside you
She lies awake, I'm trying to find the words to say
I wish I was, I wish I was beside you
Another day, and I'm somewhere new
I made a promise that I'll come home soon
Bring me back, bring me back to you
When we both wake up underneath the same sun
And time stops, I wish that I could rewind
So close but so far away
She sleeps alone, my heart wants to come home
I wish I was, I wish I was beside you
She lies awake, I'm trying to find the words to say
I wish I was, I wish I was beside you

E é então que os nossos olhares se prendem e eu sinto que estou no céu. Como se mais ninguém me estivesse a ver sem ser o seu azul profundo.

There are pieces of us both under every city light
And they're shining as we fade into the night

Os instrumentos param e apenas a voz do Luke passeia pelos nossos ouvidos. E aí eu tenho aquela pontinha de certeza que me faltava de que foi ele que a escreveu.

She sleeps alone, my heart wants to come home
I wish I was, I wish I was beside you

Ouvem-se aplausos e assobios, eles acabam por descer do palco, indo para a parte de trás, mas o meu olhar não deixa o centro do palco.

"Emma?" a voz da Kath chama-me a atenção e eu movo o olhar para a sua mão que toca no meu braço.

"Vocês sabiam que ele ia cantar isto." declaro e sinto o meu coração a apertar e os meus olhos a humedecerem.

"Bem, não conhecíamos a música, apenas sabíamos que era sobre ti." a Carrie confirma as minhas suspeitas. É por isso que elas nunca admitiriam que eu faltasse.

"Ainda bem que trouxe as minhas botas." murmuro e deixo-as para trás, provavelmente confusas, para ouvirem o próximo grupo.

Em passo acelerado e de vestido na mão, começo a dirigir-me ao corredor das salas de músicas onde sei que os alunos do clube estariam antes e depois das atuações.

Ao fundo do corredor vejo os 4 rapazes a andarem e como se fosse de propósito o Luke olha para trás.

Prendo-me no seu olhar durante 3 segundos antes de começar a andar rapidamente na sua direção.

Como é que eu já tinha aceitado que o deixava ir?

Lanço-me nos seus braços e encosto a minha cara ao seu pescoço.

Sinto as suas mãos a rodearem a minha cintura e inalo o seu perfume.

Solto um suspiro de alívio que não sabia que estava a segurar.

"Estás a usar batom." ele murmura e eu finalmente olho para a sua cara onde um sorriso descansa.

"Eu sei, também nunca pensei que fosse acontecer."

Soltamos ambos uma gargalhada e, deus, tinha tantas saudades do seu riso.

"Não sabia se virias." 

Vejo que os três rapazes esperaram mais à frente para nos darem privacidade e baixo o olhar.

"Nem eu." levanto o olhar e mordo o lábio "Mas, sei que não vou a lado nenhum."

Engulo em seco à espera da sua resposta. 

Uma mão é pousada na minha bochecha e eu reparo que a sua expressão está muito menos cansada e que talvez ambos tivessemos precisado disto. 

"Nem eu."

♡  🇱​🇪​ 🇫​🇮​🇳​🇦​🇱​🇪​  ♡ 


(っ◔◡◔)っ ♥ inspirations ♥

sweet emma;

baby luke;

um aesthetic para as três maravilhosas (kath, mari, carrie);

tradução da música:

Num minuto eu tinha as malas feitas,
Tenho um bilhete para um outro mundo
Eu não quero ir, eu não quero ir
De repente as palavras são difíceis de falar
Quando os teus pensamentos são tudo que vejo
'Nunca me deixes', ela pede-me

Quando nós os dois adormecemos, debaixo do mesmo céu
As batidas dos nossos corações ao mesmo tempo
Tão perto mas tão longe (consegues-me ouvir?)

Ela dorme sozinha, o meu coração quer voltar para casa
Eu queria estar, eu queria estar a teu lado
Ela fica acordada, estou a tentar encontrar as palavras certas
Eu queria estar, eu queria estar a teu lado

É outro dia, e eu estou num lugar novo
Eu fiz uma promessa de que voltaria para casa em breve
Traz-me de volta, traz-me de volta para ti

Quando nós os dois acordamos, debaixo do mesmo sol
O tempo pára, eu queria poder voltar atrás
Tão perto mas tão longe

Ela dorme sozinha, o meu coração quer voltar para casa
Eu queria estar, eu queria estar a teu lado
Ela fica acordada, estou a tentar encontrar as palavras certas
Eu queria estar, eu queria estar a teu lado  

Há pedaços de nós os dois em cada luz da cidade
E eles brilham enquanto nós desvanecemos na noite

Ela dorme sozinha, o meu coração quer voltar para casa
Eu queria estar, eu queria estar a teu lado.

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