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- - Emma - -

"Emma Madsen?" levanto o olhar para ver uma enfermeira a dirijir-se a mim.

"Se não te importares gostava de examinar as tuas feridas." 

O seu olhar move-se para o meu joelho, onde as calças estão rasgadas provavelmente depois de alguma das vezes que fui atirada para o chão, e sangue seco descansa. Imagino que a minha cara também esteja uma bela figura.

Abano negativamente com a cabeça e volto a encarar o chão.

A senhora aproxima-se mais de mim e sussurra.

"Consigo ganhar-te mais tempo longe das perguntas dos polícias."

Sei que a sua intenção é a melhor. Mas não conseguiria ser tratada sabendo que o Luke está a sofrer. Especialmente porque já estamos aqui há horas e ainda não nos disseram nada.

"Eu estou bem." sussurro com a minha voz grogue.

A Carrie e o Calum, que entretanto tinham chegado a pedido da Kath, encontram-se sentados ao meu lado e perguntam à enfermeira se ainda não sabe de nada.

A Marianne tem a cabeça encostada ao ombro da sua mãe, sentadas ao lado da Kath e do Mike e de quem suponho ser o primo do Luke, do outro lado de mim.

A Natalie já tinha sido levada ao seu apartamento, de  boleia dos tios dos irmãos, pois estava obviamente cansada.

"Menina, preciso de saber se há alguém da sua família a quem possamos ligar." a enfermeira volta a falar comigo, vendo que eu me recusava a receber cuidados, embora a dor no meu joelho me estivesse a matar. Não era nada comparado com o que sentia cá dentro.

"Quer dizer alguém que não me fosse tentar matar?" lanço sarcasticamente deixando todo o grupo obviamente perturbado.

"Emma." a Carrie avisa-me "Não é preciso, obrigada. Já está tudo tratado."

A mulher vai-se embora sem mais uma palavra.

O meu coração fica mais pesado a cada segundo, recebendo olhares julgadores da Liz e de todas as pessoas presentes naquela sala de espera. O facto de o som ensurdecedor do tiro estar sempre a repetir-se na minha cabeça provavelmente não está a ajudar.

Sinto a minha garganta a apertar-se de novo e sei que preciso de apanhar ar. Mas, não posso sair daqui. Eu preciso de saber que está tudo bem.

Continuo a bater com o meu pé incessantemente no chão, voltando a pressionar o meu joelho.

De vez em quando contorço as minhas costas discretamente por causa das dores nas minhas costelas se itensificarem.

Dois polícias continuam a observar-me de um canto da sala e eu pergunto-me se eles não têm mais nada interessante para fazer do que estar aqui há espera que eu me sinta preparada para responder a algumas perguntas.

A Liz levanta-se de um salto, assustando-nos a todos. Por momentos acho que ela vai gritar comigo de novo e tento preparar-me mentalmente para isso, mas vejo um senhor com olheiras visíveis e com uma bata a passar à minha frente e levanto-me também, tal como o resto das pessoas.

"Deixem-me dizer-vos que o rapaz lutou com muita força. Ele está a dormir agora. Vai precisar de repousar bastante, mas felizmente vai ficar bem."

Vários suspiros de alívio são ouvidos e eu diminuo a força com que as minhas unhas  estão espetadas no meu palmo.

"Posso vê-lo?" interrompo o silêncio sem pensar nisso, fazendo todas as cabeças virarem-se para mim em sintonia.

"Não te quero ao pé do meu filho." a voz da Liz corta o ar e eu engulo as lágrimas presas na minha garganta.

"Ele está a dormir. Eu só preciso de vê-lo." suplico com o resto das forças que me restam " Saio de lá num segundo. E nunca mais falo com nenhum de vocês. Certamente que não vou ficar mais a viver aqui. Eu só preciso de ver que ele está bem."

Ignoro todos os olhares tristes e mantenho a minha postura firme perante a mulher loira.

"Ele nunca vai ficar bem." a frase mantém o tom autoritário e a Liz vira-se então para o médico "Ela pode vê-lo?"

Ele assente e indica-me o caminho.

Sei que está fora do meu direito mas dou um último aceno de agradecimento à mãe do Luke e respiro fundo, tentando preparar-me mentalmente para os momentos seguintes.

Agarro o cós da minha camisola ensaguentada e agradeço ao médico quando ele me indica uma porta um pouco espelhada. Ignoro as marcas roxas no lado esquerdo da minha cara e toco na maçaneta.

Se o meu coração estava a bater rápido antes de eu passar para a divisória, ao ver o meu loiro favorito completamente pálido numa cama de hospital eu sinto que o meu órgão essencial me sai pela boca.

Um suspiro que eu não fazia ideia de conter escapa-me e eu seguro-me à sua cama para não desmaiar. Eles ainda iam pensar que eu estava a fingir. Aí é que a Liz nunca mais me deixava vê-lo.

Olho a cadeira ao meu lado durante uns segundos antes de finalmente me decidir sentar.

Pela primeira vez em horas não sinto as minhas mãos a tremer.

Limpo a garganta, mas nenhuma palavra deixa a minha boca.

Os seus caracóis loiros estão pousados na sua testa e uma máscara de oxigénio cobre-lhe os lábios.

Levanto a minha mão e lentamente aproximo-a da dele.

Um choque atravessa o meu corpo quando finalmente sinto o seu toque frio e rapidamente coloco a minha mão no meu colo de novo.

Volto a ouvir o som da pistola e agarro-me à cadeira com froça de olhos fechados.

O som que me tem assombrado repetidamente é interrompido pelo som dos seus batimentos cardíacos.

O Luke está vivo.

Dou tudo de mim para não começar a chorar e tento formular o melhor pedido de desculpas que consigo.

"Eu sei que sempre gostei de dormir mais do que tu, mas graças a deus que não estás acordado, se não é muito provável que eu não estivesse aqui a dizer isto."

Respiro fundo e deixo escapar um sorriso patético. O Luke está vivo.

"O que eu quero dizer é ainda bem que estás a dormir e não em coma. Acho que nenhum de nós aguentaria isso. Para além de que assim ao menos não te vais lembrar dos disparates que eu digo. Desculpa, não disse mais do que 5 palavras nas últimas horas."

"É engraçado. Nunca percebi qual era o fascínio das pessoas de andarem sempre de mãos dadas. Tu deves ter feito algum tipo de magia que me faz querer andar sempre de mão dada contigo. Agora nem sequer consigo tocar-te com medo que desvaneças."

Calo-me ao sentir um nó na minha garganta. Lágrimas acumulam-se nos meus olhos e eu faço ainda mais força com as unhas na cadeira.

"Pediste-me para dizer que não sentia nada por ti." sussurro "Eu disse-te que não sentia o que tu querias que eu sentisse."

  Vejo os meus dedos a ficarem vermelhos e diminuo o aperto das minhas mãos, pousando-as nas minhas pernas.  

"Luke, desde que tudo isto aconteceu eu só quero chegar a casa e deitar-me no sofá contigo para te contar o que aconteceu. Tu fazes-me sentir tanto. Demasiado. O que é extremamente injusto porque tudo o que eu te faço sentir é dor. Em todos os sentidos."

Finalmente ganho coragem para pousar a minha mão sobre a dele, tentando não tocar no tubo do soro. O meu calor contrasta com a sua pele fria e pela milésima vez eu desejo estar no seu lugar.

"Eu lamento muito."

Odeio-me ainda mais neste momento por nem conseguir fazer um discurso sem pausas.

Eu são tão estúpida!

Volto a pousar o olhar na cara adormecida do Luke e limpo os olhos furiosamente. Não posso chorar agora, não mereço isso.

"Disseste-me que pus o teu coração como novo. E eu nunca te agradeci por teres curado o meu. Sinto que não to mostro o suficiente, até porque de romântica sabes que não tenho muito."

Aperto a sua mão delicadamente e volto a respirar fundo. O que não disser agora sei que já não poderei dizer. Depois disto sei que vou ter que voltar para Nova Iorque.

Tenho quase a certeza que o meu coração é audível fora do meu corpo e resolvo despachar-me.

"Eu sei que não o faço da melhor maneira, Luke, mas eu amo-te. E sim, eu sei que disse que o amor é uma ilusão, bla, bla, bla, mas o idiota do meu melhor amigo uma vez disse-me que eu apenas tinha de encontrar alguém que me fizesse acreditar nele."

"Acho que é daquelas coisas que é tão sobrevalorizada que acaba por se tornar tão banal e sem importância. Tenho andado a repetir para mim própria que nunca te devia ter conhecido. Mas ainda bem que te conheci. Não escolheria mais ninguém para me fazer sentir o que tu fazes."

Uma lágrima desliza pela minha cara e eu levanto-me limapndo-a.

Fungo e largo a sua mão.

Num último sussurro digo "Parece que o cenário do Romeu e Julieta não está assim tão longe agora."

Solto um sorriso fraco e viro-lhe as costas, ganhando forças para sair.

Se isto fosse um filme, ele acordaria agora e eu poderia ouvir a sua voz uma última vez. MAs não é, e isso não acontece.

Toco na maçaneta e o meu erro é olhar de novo.

Corro para o seu lado e os meus lábios tocam suavemente na sua bochecha, embora saiba que isso está longe do meu direito.

Quem me dera que não tivesse acabado assim, Luke.

Volto a dirigir-me à porta e desta vez não olho para trás. Nem choro.

Se eu não chorar é mais fácil deixá-lo, mesmo que por dentro doa tanto ou mais.

O médico de há pouco espera-me do outro lado da porta e dá-me um sorriso triste.

"Ele vai ficar bem." assegura-me e eu assinto antes de voltar para a sala de espera.

Ao pé da Carrie encontra-se uma senhora ruiva, um homem e um rapaz que eu não poderia conhecer melhor.

Sempre ouvi dizer que os irmãos têm algum tipo de conexão porque assim que entro nos seus campos de vista o Eddie levanta o olhar e o corpo.

Sinto as minhas pernas a enfraquecerem antes de cair de joelhos no chão sendo amparada pelo meu irmão.

"Vai ficar tudo bem, pequena Emma. Vai ficar tudo bem." A sua mão passa pelo meu cabelo e vejo o meu pai a aproximar-se de nós antes das lágrimas bloquearem a minha visão. Não sinto a minha progenitora a fazer parte do abraço desesperado mas lá no fundo eu sei que ela está lá.

Desculpa, mamã. Eu nunca quis que isto acontecesse.

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eu adoro vos ♡, 

sinto que não o digo o suficiente but i do

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