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30 dias antes

Esfrego os olhos com a manga da minha sweatshirt. Por acaso, é a sweat preta do Luke. Não me julguem. É injusto fazerem as camisolas dos homens mais apelativas e confortáveis do que as de rapariga.

Por isso, esta agora é oficialmente minha. Até porque cheira a Luke, e ele nunca pode saber disto, mas isso faz-me sentir mais aconchegada.

Grunho em frustração.

Estar sentada na minha cama, de pernas cruzadas, rodeada por livros nojentos de matemática a estudar para as provas da próxima semana nunca vai estar na minha lista de cenários favoritos.

A campainha toca quatro vezes e eu salto da cama, ajeitando alguns fios de cabelo que tinham saído do meu totó desgrenhado.

"Ems, despacha-te." o loiro continua a bater levemente na porta e eu reviro os olhos.

Abro a porta e encontro-o encostado à parede, vestido com uma blusa às riscas pretas e brancas com o casaco preto que eu acho bastante confortável. O que me chama a atenção é o facto de ele estar calçado.

"Onde vais?" pergunto, recebendo um sorriso adorável de volta.

"Nós vamos sair." ele passa por mim e eu faço uma careta, seguindo-o.

"Ai vamos?"

Ele entra no meu quarto e para de andar quando olha para a minha cama.

"Estavas a estudar? Num domingo?" ele limpa uma lágrima imaginária e eu volto a revirar os olhos.

"Estava a tentar."

Cuidadosamente ele ajeita os meus livros, de maneira a conseguir sentar-se.

"Já disse que posso ajudar-te."

Aproximo-me dele e faço beicinho.

"Tu só me ias distrair. Eu não gosto disto, Luke."

Ele olha-me de alto a baixo e sorri.

O loiro agarra-me pelas coxas e puxa-me para o meio das suas pernas, abraçando-me.

"Luke Robert, quem te deu autorização para pores a cabeça nas minhas mamas?"

"Desculpa, mas esta camisola é mesmo confortável." ele ri-se contra o meu peito.

"Eu sei. Se é para ser ladra ao menos tenho que roubar cenas com qualidade."  comento ao fazer-lhe festas no cabelo.

"Para de fazer-me sentir confortável. Temos um encontro onde estar."

As minhas mãos param e eu dou um passo atrás para conseguir encará-lo.

"Um encontro?" 

"Yap, veste umas calças. Para não teres frio, claro." ele vira-me pela cintura e empurra-me em direção ao armário.

Franzo uma sobrancelha, tentando esconder o sorriso que teimava em formar-se, e pego numas calças escuras e nas minhas botas pretas. Eu nunca estive num encontro encontro antes.

"E posso saber onde vamos?" questiono ao puxar as calças para cima, com o loiro  a observar todos os meus movimentos.

"Um sítio que eu conheço."

Wow, que esclarecedor. 

Ele levanta-se no momento em que eu pego na minha mini mala, também preta (que surpresa), onde levo sempre o telemóvel, a carteira, o tampão de emergência e as chaves, quando me lembro delas.

Ele passa pela porta primeiro que eu. Depois, volta-se retira o lápis que prendia o meu cabelo. As minhas ondas ruivas caem-me sobre os ombros e os nossos olhares prendem-se um no outro.

"Tens sempre lápis nos lugares mais estranhos." ele sussurra, e dá-me um beijo rápido nos lábios, antes de voltar a sair.

Ugh, estúpido Luke e estúpido sorriso que não sai da minha cara.

Atiro o lápis para dentro de casa e fecho a porta, guardando as chaves, mesmo sabendo que não iria precisar delas porque dormir aconchegada ao Luke é bastante confortável.

Assim que descemos as escadas eu faço o favor de tropeçar no degrau da entrada, para variar, indo contra as costas do loiro que, graças a deus, estava bem assente no chão e limita-se a cambalear um bocado.

"Já moras aqui há 5 meses e ainda não aprendeste a domar esse degrau, devia ensinar-te a descê-lo como se faz às crianças."

"Cala-te, idiota." Dou-lhe um murro no braço e ele ri-se entrelaçando os nossos dedos.

Sei que é estúpido sentir-me nervosa. É só o Luke. Mas, o Luke faz-me sentir coisas estúpidas.

Depressa nos encontramos numa rua que eu desconheço e eu aproximo-me mais do loiro.

"Sempre é agora que me vais assassinar ou assim?"

"Por favor, aqui seria facilmente apanhado."

Encosto a cabeça ao seu ombro e olho para o céu. A única coisa que odeio do dia é o facto de, bem, não ser de noite. Eu adoro as estrelas. Aqui há menos poluição do que em Nova Iorque, o que é ótimo.

"Luke!" guincho e abano o seu braço exageradamente. "Viste aquilo?"

Com o olhar ele segue o meu dedo, que aponta para o céu.

"Era uma estrela cadente! Juro! Pede um desejo."

Ele gargalha perante o meu entusiasmo, mas fecha os olhos.

"Já está."

Desta vez, eu fecho os olhos e respiro fundo.

Eu desejo que nunca nada de mal aconteça ao Luke.

"O que pediste?"

Faço uma expressão de 'Estás a gozar comigo?' e exclamo "Não te posso dizer! Assim não se tornava realidade."

O seu sorriso estúpido volta a aparecer e eu estou prestes a fazer algum comentário sarcástico quando paramos de andar em frente de um pequeno portão, que dá para um prédio baixo de tons avermelhados, como todas as outras casas, mas, para além de ter luzinhas nas janelas, também tem umas pequenas luzes neon a dizer 'Luna' por cima da porta. Eu adoro luzes neon.

"Apresento-te o melhor sítio do universo."

Um sorriso involuntário surge na minha cara e desta vez eu não me importo. Isto até os meus dentes ficarem congelados com o arzinho de novembro e eu ter que fechar a boca.

Sou puxada pela mão lá para dentro e fico completamente hipnotizada pela decoração daquele lugar.

À minha frente depara-se um pequeno café acolhedor, qualquer pessoa que passasse lá fora nem sonharia sequer que este lugar existe.

As paredes são de um tom amarelo pastel, com pequenos versos desenhados. Uma parede está completamente cheia de livros até ao teto, onde pequenas luzinhas estavam penduradas. 

Pequenas mesinhas estavam dispostas pelo chão, com puffezinhos azuis em redor.

Num dos cantos podemos ver um balcão rústico com banquinhos altos e fotografias espetadas na parede atrás.

O Luke continua a segurar-me a mão e olha-me expectante.

"Então, o que achas?"

Os seus olhos azuis ganham um brilho especial debaixo daquelas luzes fracas que tornam o lugar tão acolhedor e o meu coração faz uma pirueta perante essa visão.

"Eu acho que dizem para nunca julgarmos um livro pela sua capa e no entanto estou bastante impressionada."

"Eu e o Michael costumávamos vir aqui quando viemos para cá. Assistimos ao encerramento por falta de clientes. Vi hoje no insta que tinha reaberto e tinha que te trazer cá. E ainda nem viste a melhor parte."

Estou prestes a responder-lhe quando uma rapariga ruiva aparece à nossa frente, com um sorriso que lhe ocupa a sua cara perfeitinha toda.

"Luke!" ela guincha e lança-se para os seus braços.

É claro que ele retribui o abraço, largando-me a mão para o fazer e eu não consigo evitar semicerrar os olhos perante tal cena.

"Estava a ver que nunca mais aparecias. Estou tão feliz que os meus pais tenham conseguido reabrir isto!"

Ela afasta-se dele e vira-se para mim e dá-me um sorriso simpático.

Claro. Ponho um sorriso também, embora a estivesse a achar a sua voz um pouco irritante.

"Olá, eu sou a Luna!" e dito isso ela dá-me um abraço rápido também e eu faço uma careta inconscientemente, algo a que o Luke acha piada porque ri discretamente.

Eu dispenso beijos e abraços. Da maior parte das pessoas.

"Eu sou a Emma." respondo-lhe, na voz mais simpática que tenho.

A Luna tem olhos azuis e não parece ser mais velha do que nós. Mas é decididamente bonita. 

"És a namorada do Luke? Por favor diz-me que sim, já não posso mais ver um gajo giro sozinho."

QUEM É QUE ELA PENSA QUE É?

"Sim, é, Luna. Agora para de me envergonhar e vai servir os teus clientes."

Esqueço-me de me sentir zangada com a rapariga bonita.

O Luke vira-a e empurra-a em direção ao balcão.

É impressão minha ou ele acabou de me chamar namorada?

Oh meu deus. Ele acabou de dizer que sou namorada dele.

Provavelmente para despachar a outra mas quem dá importância a pormenores?  

"Desculpa, ela consegue ser uma chata quando quer. E também demasiado afetuosa."

Ponho uma mão na cintura e levanto-lhe uma sobrancelha.

"Oh, achas? Não sei o que te deu essa impressão, namorado." Pressiono a palavra e ele revira os olhos com um sorriso e põe o meu caracol teimoso atrás da minha orelha. Ele deve gostar delas ruivas.

"Ela é lésbica. Por isso, quem devia estar preocupado era eu."

Ele ri-se do facto de eu não ter resposta para isso, eu limito-me a revirar os olhos.

"Agora anda, namorada. A melhor parte ainda está para vir."

Ele volta a pegar na minha mão e guia-me em direção a umas escadas.

"É tão estranho ouvir-te dizer isso." comento quando chegamos ao segundo piso, que tem mais mesinhas.

"É estranho dizê-lo. Para ser sincero, sempre achei essa necessidade de identificação um bocado parva. Quer dizer devíamos poder dizer  apenas 'Esta foi a rapariga que pôs a minha vida do avesso.' Ou uma merda lamechas qualquer. Mas isso seria ridículo, por isso namorada vai ter que servir."

Rio-me do seu comentário irónico, porque isso é exatamente o que eu penso.

Exatamente nesse momento subimos o último degrau, chegando ao próximo e último andar.

Um terraço lindíssimo está disposto perante nós e eu sinto a minha respiração a ser sugada.

Por cima de nós está um toldo transparente que cobre todo o terraço, protegendo-nos dos chuviscos londrinos. O brilho noturno expande-se pelo céu.

Há flores lindas por todo o lado e pequenas velas estão espalhadas pelas mesinhas.

Escusado será dizer que há mais luzinhas. No canto estão dois empregados ao pé de um pequeno balcão e o que eu suponho que seja um elevador de parede, de onde saem os pedidos. [SIM, ESTAS COISAS EXISTEM, É ESTRANHO MAS JÁ VI UM]

"Não sei se há moscas neste tempo, mas se fosse a ti fechava a boca." o Luke pronuncia-se e eu largo-o, correndo para uma das bordas e agarrando-me às grades.

Embora a altura não seja muita, eu nunca me vou cansar de olhar para as ruas, vendo pessoas e carros que não conheço com histórias bem diferentes da minha. É como se pudesse voar.

"Suponho que gostes então?" a sua voz soa na minha orelha e eu viro-me para trás ficando frente a frente com o loiro.

"Luke, é tão mágico!" um sorriso enorme aparece nos meus lábios, o que suponho que seja contagiante.

Sentamo-nos nuns pufes ao pé das grades e eu reparo que nas mesas estão uns papéizinhos e umas canetas.

O Luke escreve algo num papel e entrega-o a um dos empregados enquanto eu o observo curiosamente.

"Sabes, o que gosto mais neste sítio é que parece o nosso terraço, mas melhorado."

Sorrio perante a sua intervenção. Por acaso, acho que nunca deixei de sorrir durante todo o tempo em que ali estivemos. Não o consigo evitar. Estou feliz.

"Bastante melhorado. Não me importava nada de viver aqui."  uma brisa atinge-nos e eu vejo os seus fios de cabelo loiros moverem-se lentamente, enquanto os seus olhos se fecham por um pouco "Este é o melhor primeiro encontro oficial de sempre."

"Bem, Ems, não digas isso. Ainda muita coisa pode correr mal."

Eu dou-lhe um murro no braço e guincho "Para de agoirar o futuro, idiota."

O rapaz de há bocado volta a aproximar-se da nossa mesa, desta vez com duas canecas na mão.

Não preciso de olhar para dentro para saber o que é, uma vez que o cheiro delicioso de chocolate quente invade as minhas narinas.

"Não acredito que te lembraste!" exclamo feliz assim que os copos são pousados à nossa frente.

"Não acredito que duvidas assim tanto das minhas capacidades cerebrais."

Abano a cabeça e envolvo a caneca com as minhas mãos.

Eu adoro chocolate quente. Muito mais neste tempo outonal e de inverno. Tenho uma pequena obsessão quase saudável. Algo que tinha contado ao nosso grupo de cinco amigos quando nos tínhamos juntado na casa dos irmãos para celebrar o halloween (com um filme de terror, claro, yay) e a tia deles nos ofereceu a minha bebida predileta.

"Tu és a melhor coisa que já me aconteceu." sussurro com os meus lábios contra a caneca, continuando a soprar.

O rapaz à minha frente levanta o olhar do seu leite achocolatado e o sorriso que dança nos seus olhos é o suficiente para eu me esquecer de tudo o que se passa à nossa volta.

E o céu noturno que brilhava por cima de nós, para além de todas as fairy lights, fez-me ignorar o facto de que eu estava com um sério problema.

  ❀ ❀❀ 

ew, nunca tinha feito um capítulo tão descritivo, sinto me como o Eça de Queirós, im sorry

okay, este capítulo pode ter sido um pouco lame mas a emma e o luke merecem um pouco de paz e romance para conseguirem sobreviver ao que está para vir *lágrimas de desespero*

são também influências da Seleção, que vai ser sempre a minha coleção de livros favorita e sempre que eu acabo o último livro choro rios

espero que gostem!!

aqui estão as fotos que serviram de inspiração para este capítulo, adoro vos

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