191 dias antes

--Luke--

"E viste a Emma ontem?" a Katherine pergunta-me e encolho os ombros.

A verdade é que ontem ela não veio à escola e eu não lhe posso bater à porta vá-se lá saber porquê. Já para não falar que ela não me responde as mensagens. E bem, ela hoje não veio à escola de novo. E amanhã é sábado.

"Como assim não sabes? Não moras ao lado dela?"

"E depois Katherine? As paredes não são transparentes ou algo do género."

"Wow acalma lá as hormonas Luke." o Michael diz e eu olho para eles os dois que saíam comigo da escola.

"Desculpem." respiro fundo.

"Estás apanhado por essa miúda ou algo assim?" o rapaz de cabelo agora roxo pergunta e chuto uma pedra.

"Não estou e não percebo porque é que as pessoas partem todas do princípio que sim."

"Okay, loverboy. Já não tentamos mais compor a tua vida amorosa." a Katherine goza e eu reviro os olhos.

"Nunca pedi que o fizessem." murmuro.

"Não podemos deixar o mal-humorado sozinho maninho." a Katherine bate no braço do Michael e reviro os olhos.

"Eu estou bem. Podem ir embora." digo quando chegamos à rua em que eles viram para ir para casa deles.

"Não. Tu vens connosco. Precisas de te distrair." o Michael dá-me um palmada no ombro e eu encolho os ombros. Não tenho nada a perder.

--Emma--

Vejo as horas no telemóvel e silenciosamente tento abrir a porta de casa. Suspiro de alívio ao encontrar-me fora do apartamento e dirijo-me à porta do Luke. Toco à campainha e bato à porta quatro vezes. Quem eu esperava que abrisse a porta para eu me poder explicar nao o faz mas ouço a porta de minha casa abrir e um arrepio percorre o meu corpo.

"O que estás aí a fazer, Ems? "

"Eu... Eu... Vim pedir água."

ÁGUA, EMMA TODD MADSEN? ESTÁS A GOZAR COMIGO? ONDE É QUE EU APRENDI A SER TÃO ESTÚPIDA?

"Vais para o teu quarto. Agora." o Dylan semicerra os olhos e então eu realmente senti-me assustada. 

Passo por ele e dirijo-me à divisão onde tenho estado trancada nos últimos dias por obrigação.

A porta do meu quarto é fechada com força atrás de mim e o meu maxilar treme quando o meu pulso é apertado com força e eu sou atirada contra a parede.

"Tu prometeste." ele cerra os punhos sinto os meus olhos ficarem molhados.

"O quê?" digo com a minha voz fraca.

"Que não me mentias mais." sinto a minha cara arder assim que a sua mão me atinge.

"Eu nunca prometi isso." murmuro, obviamente porque sou burra e isto só vai piorar a situação.

Os meus joelhos fraquejam quando ele me bate de novo e caio no chão não conseguindo conter mais as lágrimas.

Tu és fraca.
Não mereces o que tens.
As pessoas arranjam melhor que tu.

Uma voz algures dentro da minha cabeça relembra-me de insultos que me tinham sido feitos no passado e cerro os punhos também.

"Para de me bater!" grito e ele larga-me e eu pergunto-me o porquê de o ter feito.

"Foi o loirinho que te deixou mais corajosa?" um sorriso vitoriosa aparece na cara dele e um soluço escapa dos meus lábios.

"Deixa as outras pessoas fora disto." sussurro mas o Dylan apenas se ajoelha à minha frente e aperta-me os pulsos com força.

"Tu és tão ingénua, Ems ."  ele gargalha antes de me pontapear e deixar o meu quarto.

Encosto-me à parede atrás de mim e então eu choro verdadeiramente. Afinal tenho todos os motivos para isso.

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oh meu deus desculpem este capítulo estar do tamanho de uma formiga com dores de cabeça mas eu vim para o algarve e não tenho net e a minha mãe está sempre a dizer " margarida deixa esse telemóvel e mexe esse rabo" por isso tenho que apanhar tempos para vir a piscina escrever (e observar as vistas claro) mas de qualquer maneira espero que gosteem xx