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Capítulo 10

Dom Sabino está maravilhado com o que vê a sua volta, querendo detalhes de tudo que está passando por seus olhos. Vendo o carro da doutora a alguns poucos metros de distância, compara mentalmente com as carruagens e os primeiros carros daquela sua época, e nitidamente há uma diferença estrondosa, tanto de formato, quanto de cor e pelo o que homem consegue imaginar em sua mente bastante fértil, o conforto dos assentos pode ter uma diferença incrivelmente maior.

Enquanto que o casal, a cafeicultora e o botânico, decidiram ir no banco de trás do automóvel e ficarem bem juntinhos, o fazendeiro e a cientista estão sentados nos assentos da frente. A cada objeto novo que entrara na visão de Teotônio, ele fazia umas 3 ou 4 perguntas sobre o tal.

— Mas que magnífico, então esse, como é o nome mesmo?

— Semáforo, ou também popularmente conhecido como farol. – fala a cientista ainda sem tirar os olhos do trânsito, que está caótico como sempre nos horários de pico.

— Esse semáforo dita se os motoristas vão ou não passar, certo? – diz o homem tentando ao máximo compreender as coisas que acontece ao seu redor com mais rapidez que poderia imaginar que um dia conseguiria, pois com toda certeza tem um mundo de coisas novas para conhecer e acontecer.

— Tecnicamente falando, sim. Cada farol tem um cronômetro pra funcionar, alguns ficam verde por noventa segundos, outros ficam quinze, por exemplo.

— Aaaaaah, então cada um tem o seu próprio tempo de funcionamento... – coloca uma das mãos em seu queixo e apoia-o no apoio que se tem perto da maçaneta do carro. – Agora faz um pouco mais de sentido.

Carmem, em sua mente, imagina que o fazendeiro possa gostar bastante do local que vai passar uns tempos, até poder ocasionalmente se reerguer financeiramente e conseguir comprar sua própria moradia, acontecerá a mesma coisa com a cafeicultora futuramente. Pelo retrovisor do carro a cientista consegue perceber de longe que a mulher está com alguma preocupação em sua mente, deixando-a em um lugar longe e olhando pro nada. Sua linha de raciocínio foi quebrada, não com mais uma pergunta, mas sim, com uma certa acusação misturada com indignação desferida pelo homem ao seu lado, sem querer assustando-a e dessa forma a fazendo dar um pequeno sobressalto em seu assento.

— MAS QUE DESPAUTÉRIO! – exclama Teotônio.

— O que foi dessa vez?! – as mulheres falam em uníssono.

— Olha só! ali! Esse futuro estava bom demais pra ser verdade! – estica o braço apontando pra algum lugar.

Todos os outros três tentam ver o que tanto alterou o fazendeiro, e enquanto que Carmem ainda não conseguira encontrar o erro, o casal já o encontrou com facilidade, e entre a reação boquiaberta de Julieta e a cara de espanto de Aurélio, a cientista finalmente encontrou o que tanto os surpreendera depois de tanto procurar com o olhar, mas antes que se pronunciasse algo, o sinal abre e de imediato e ela volta a dirigir, tentando se manter concentrada.

— A senhora não vai falar nada sobre aquilo?! - fala ainda bastante exaltado.

— O que eu vou falar? Pra mim, foi um casal como um outro qualquer aproveitando o final do dia pra passearem juntos.

— Eu não vi nada de errado também, eu já vi um casal... Como se chama nesse século? – pergunta Julieta.

— Casal homossexual, gay, existe tantos nomes, porém prefiro chamar só de casal mesmo.

— Uh, certo, eu já conheci um casal como este, não vi problema algum, pelo contrário, só vi muito amor dentre eles.

— Faz jus ao que você é, né dona Julieta? Extremamente polêmica! – afirma Teotônio. 

— Cuidado com as palavras que você usa meu amigo, o tanto que ela é de original, ela é de explosiva... – comenta o botânico um pouco desdenhoso perante a raiva do amigo, não demorando em levar um olhar de censura de sua noiva e imediatamente vira seu rosto, que já está vermelho de vergonha, pra janela.

— Não vejo nada de errado dois homens, ou duas mulheres, ou seja o que for, se amarem da mesma forma que um casal de um homem e uma mulher se amam. – pondera a cientista tentando não se alterar com essa conversa.

— Isso vai totalmente contra os costumes e ainda vai contra a bíblia, uma blasfêmia total!

— Ei, ei, ei, recorde-se que estamos em outro século Teotônio, aqui estamos aprendendo novamente como é viver em uma sociedade, principalmente rodeados de tanta tecnologia nova e cultura bastante diferentes de nossa época. – contesta Aurélio.

— Mas, mas...

— Não tem "mas" nenhum Teotônio. – afirma a mulher. – Estamos em 2018, lembre-se do que irei lhe falar agora: esse tipo de opinião feito a sua é contra as leis, isso é crime de homofobia neste século, pode dar-lhe cadeia na certa. – no momento em que o homem ia argumentar, a doutora levanta a sua mão, sinalizando pra que ele continue em silêncio, pois ainda não acabara de falar. – E você não vai querer ir pra essa cadeia que temos, né? Se já era péssimo na sua época ser preso, hoje em dia é pior ainda, além de ter muitos em uma cela onde cabe poucos, a comida é péssima, sem gosto, pode até te matar, pois algumas vezes pode ser servida estragada ou crua. Então, se eu fosse você, pensaria algumas vezes antes de exibir esse pensamento antiquado nesse novo século em que estão.

O homem abre e torna fecha a boca várias vezes, como se tivesse desaprendido a falar, Carmem ligeiramente pensa que o fazendeiro está tentando procurar algum argumento pra tentar contra-argumentar com ela, mas está falhando miseravelmente. Com um sorriso vitorioso, a cientista agradece a deus mentalmente por finalmente conseguir voltar a sua concentração total ao trânsito e o silêncio no carro ter sido restaurado perante tanta alteração e vozes altas. Os ex-congelados cortam-o de novo, mas com um assunto mais trivial e ficam comentando sobre as novidades que encontram pelo caminho em direção ao novo local de moradia temporária deles.

********

Apartamento de Xavier

O advogado está sentado no sofá de veludo bege quase dourado, apoiando os seus pés no centro que é de metal e a tampa dele é de vidro, a mexer em seu celular, comprando algumas roupas e acessórios pra Margareth poder usar e retirar este vestido que ela reclama tanto ser quente, e como sempre, aturando as reclamações dela, que na sua opinião: é bastante insuportável.

— Mas que roupas horríveis, vulgares e de total desacordo com roupas de classe! – diz a mulher, indignada.

— É o que a senhora tem pra hoje, lady reclamona, a não ser que queira usar a única peça de roupa que tem, e ainda por cima, morrer de calor com ela e reclamar disso a cada cinco minutos. – o advogado ainda olhava fixadamente pra tela do celular, agora, finalizando as compras virtuais.

— O pior disso tudo é que você tem razão, parece que nesses cem anos, ao invés de ao menos melhorar o clima tropical nesse país de terceiro mundo, naaaaão, parece que aqui é uma provinha do que é realmente o inferno, que horror! – a mais velha se senta no assento, com uma postura ereta e pernas cruzadas e com o olhar está a procurar alguma coisa boa e útil para se fazer agora, já que não há nenhum entretenimento que lhe agrade tanto. 

— Nunca vi alguém reclamar tanto feito você, benzadeus!

O homem se levanta do sofá num rompante, indo em direção a cozinha enquanto ainda está com os olhos vidrados no aparelho em suas mãos, ocasionalmente tropeça no degrau de divisória que tem entre a sala e a cozinha, arrancando risos da mais velha.

— Droga! quase sempre esqueço que tem um maldito degrau dividindo a sala da cozinha. Amaldiçoado seja esse miserável degrau!

— Aiaiai... Percebo que essa tecnologia que tanto se vangloriam em ter pode as vezes hipnotizá-los e acabar com que tropecem e esbarrem em tudo e todos. – diz a mulher ainda com um tom de voz bastante risonho

— Ao menos, podemos fazer as coisas com mais agilidade, bem melhor que antigamente. – o homem finalmente entra no local onde se faz comida e guarda o seu telemóvel em seu bolso da bermuda, põe a cabeça pra fora do local, olhando em direção a senhora e pergunta. – Vai querer comer algo? Ou será que ainda tem nojinho de comidas feitas aqui?

— Se é o que temos pra hoje, que seja, já não me aguento mais de fome!

— Certo, acho que um bom frango grelhado com requeijão e uma macarronada vai saciar sua fome, e ainda vai querer repetir...

— Não conheço esta receita, mas se tanto diz que vai-me saciar, que seja.

Margareth pega o controle da televisão, que estava quase escondido no sofá, demora um pouco pra lembrar qual dos inúmeros botões liga-a, porém, assim que o encontra, aperta-o até que levemente forte e o aparelho liga, no canal de filmes de terror. Em menos de cinco minutos a lady dá um grito de medo que faz Xavier até se preocupar um pouco, mas, quando se recorda que tinha deixado de propósito no canal de terror pelo fato da mulher ainda não ter aprendido a trocar de canal, o faz dar algumas risadas silenciosas.

********

Depois de enfrentar o trânsito insuportável de São Paulo, Carmem e os ex-congelados finalmente conseguem chegar ao prédio de onde a cientista mora, porém, antes de entrarem na "caixa de metal flutuadora" – elevador – como Julieta fala, a doutora reconhece um automóvel de cor prata com detalhes vermelhos que está a chegar e estacionar ao lado do seu. Com um sorriso estampado, espera só a condutora desligar o carro e sair de dentro dele, e assim feito,  rapidamente vai indo até a filha que acabara de chegar e dá um abraço bem apertado nela.

— Filha, que saudades! Pensei que chegaria só amanhã! – afirma a mulher, não conseguindo segurar suas poucas lágrimas de felicidade misturadas com saudade e acaba por deixar elas rolarem pelo seu rosto.

— Disseram-me que o avião chegou mais cedo, ai eu fui logo embarcando e cheguei aqui no Brasil não faz muito tempo! Ah, mãe, não precisa chorar. – a garota dá um beijo na testa da mãe e limpa as lágrimas que correm pelo rosto da matriarca delicadamente com seus dedos e sorri. – Trouxe-lhe uns presentes maravilhosos lá da Espanha!

— Mostra-me depois, primeiro quero saber como que foi as coisas por lá, e... – percebendo a presença da ruiva que acaba de sair do carro, arregala os olhos e fica analisando-a dos pés a cabeça, esquecendo até do que estava a falar.

Percebendo o olhar compenetrado e analítico da cientista em sua namorada, Catarine fica com as bochechas levemente coradas, coloca uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e pega na mão de Luana. Não demora muito que o silêncio de poucos segundos começasse a incomodá-las. Os ex-congelados estão achando meio estranho essa demora toda de Carmem em vir até eles pra levarem ao apartamento dela, já que haviam ficado uns minutos na frente do elevador esperando-a, então o trio sai de perto do local e veem a cena da mulher falando com umas moças. Não deixando de ser curiosos, decidem se aproximar um pouco da cientista e as duas jovens sem que elas percebessem, acabando por escutar algo bem interessante e que, na imaginação de Julieta e Aurélio, Dom Sabino vai fazer um enorme escândalo por conta disso.

— Ela é a minha namorada, mãe, Luana Sampaio.

— Que ótimo! Espero que tenha cuidado bem de minha filha, dona Luana, se não vai se ver comigo – a cientista diz em tom de brincadeira enquanto fingia uma cara de durona, mas logo deixou-lhe um sorriso tomar seus lábios e abraçar a ruiva.

Teotônio, que ainda não se acostumara ainda com essa novidade de que agora existe diferentes formas de demonstrar amor, irrita-se e até vai em direção a elas, porém, o botânico e a cafeicultora vão atrás dele e começam a tentar segurá-lo e evitar uma desavença de proporção gigantesca.

— Deixe-me ir lá, elas precisam de uma admoestação! – diz Teo desvairado e com seu tom de voz alto, causando eco na garagem do prédio. 

— Lembre-se Dom Sabino, estamos em outros tempo! – a voz de Julieta começa a denunciar a alteração dela e o cansaço, pois além de ter andando de um lado para o outro no escritório recebendo alguns flashbacks da viajem terrível que teve, estar longe de um local onde tenha ar condicionado faz com que aquelas vestimentas causem-lhe calor e até agonia de tão fechadas que estão.

— Por quem é Teotônio, não adiantará nada essa sua exaltação sem motivo coerente em relação a esses tipos diferentes de expressar o amor, que é tão novo para nós, e tão comum para elas! – Aurélio segura um dos braços do amigo com força, na tentativa de "trazê-lo" pra realidade novamente.

— Mas, isso é...!

— QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – Catarine e Carmem falam em uníssono.

— Estamos tentando segurar o Teotônio, antes que faça algo estapafúrdio em relação... - Julieta teve de dar uma pausa para que pudesse escolher as palavras corretas. – Em relação ao casal aqui presente.

— Como eu poderia imaginar. – a cientista rola os olhos, demonstrando impaciência e tédio, logo cruza os braços na altura dos seios. – O que conversamos sobre isso Teotônio?!

O homem bufa, pede pro amigo soltar seu braço, pois já está mais calmo, e olha pro casal, suspirando com um pouco de indignação, começa a se expressar em um tom de voz um pouco mais calmo.

— Certo, mil perdões por toda essa cena estapafúrdia desnecessária, ainda estou me acostumando com os novos tempos e acabei me exaltando com... Com o fato de existirem casais feito vocês duas...

Carmem pigarreia e olha pro fazendeiro com um olhar de censura, Luana e Catarine, por outro lado, sorriem e aceitam essas desculpas com palavras trocadas que o homem acabou de falar e sem demorar muito, voltam suas atenções pra matriarca e falam.

— Então, Samuca me disse sobre o seu novo caso... – começa Cat.

— E disse também que você tem levado o trabalho pra casa... – continua Luana.

— Já sei onde vocês querem chegar com isso.

— Então responde logo! – as moças dizem juntas.

— Acho que já entendi também o que querem saber, – comenta a Rainha do Café. – permita-me responder essa dúvida que as jovem tem, Carmem.

— A vontade Julieta.

— Sim, nós somos os excepcionais e tão famosos congelados que tanto falam por aí.

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