♥ Capítulo 06 ♥
Imagem acima: Essa é a nossa Rosa Branca pessoal... apesar dela representar uma pessoa real... kkkk, mas para vocês apenas terem uma ideia de como ela é linda e tals, essa é ela. Pelo amor de Deus ouçam esse hino da Moriah Peters, ele será o tema (por enquanto) de Rosa Branca e Jonathan! Ouçam essa música e digam-me o que acham!♥
— Menina... mas que dor de cabeça. Ai... — Helen resmungava, deitada na sua cama com a mão na testa, nem mesmo aguentava a claridade mínima do dia, ela foi orientada a não participar das aulas hoje.
— Não quer mesmo que eu fique? — Perguntei pela terceira vez. Se houvesse algo em que eu pudesse ajudar, faria.
Ela espichou um pouco a cabeça, apenas para me observar e negou baixinho. Dei de ombros, balbuciando um "tudo bem" e desejei melhoras, saindo do quarto e fechando a porta atrás de mim. Suspirei cansada, ontem realmente foi uma longa noite. Tínhamos o final de semana livre, aonde podíamos ir visitar alguns locais turísticos e fazer compras; os bolsistas ganhavam uma mesada de 500 euros por mês, aonde usávamos para nossas utilidades particular, não podia se gastar tudo, porque não haveria como pedir emprestado.
O colégio White Rose é muito rico, porque a rainha decidiu priorizar a educação do seu povo, ela separou e arrecadou desde o dia de sua coroação, uma quantia necessária para construir o local e dar o melhor aos seus alunos; aos pouquinhos alunos nobres que foram ingressando, a escola cresceu incrivelmente e hoje a sua fortuna não tem como ser estimada. No entanto, soube que é muito bem organizado, pois há outras prioridades além dele, como boa moradia, alimentos e entre outras coisas necessárias ao povo fideniano e seus reinos.
— Rosa Branca? — Bárbara apareceu, com suas bochechas brancas, num tom de pêssego. Acho que ela passa blush para manter uma "carinha" de saúde.
— Bom dia... vai a excursão?
— Não estou com vontade, acho que prefiro ir nadar um pouco e você? — Ela se colocou a minha frente.
— Vou ler a bíblia. — Sorri, segurando meu livro predileto com a mão. — Tchau!
Me despedi, indo em direção a biblioteca. Estava um mormaço no ar, o sol escondido pelas nuvens nos trazia um dia nublado, sem muita luz. Ás vezes, andar por entre os muitos corredores do colégio me trazia um arrepio na espinha, era corajosa, mas não ao ponto de enfrentar perigos extremos. Tenho amor pela minha vida e esse lugar, tinha um jeito sombrio. Sentia-me naqueles enormes castelos dos tempos antigos e no final de tudo, acabei indo parar na parte de trás da escola, aonde era um enorme campo largo com fim para um bosque, mas os dois lados separados por um muro comprido e alto, também escoltado por muitos guardas.
Havia no meio desse campo, uma estufa enorme recheada das flores mais belas do mundo inteiro, precisava ver aquele lugar.
Andei pelo caminho de pedras que levava até lá e empurrei as portas de vidro, podia sentir de longe os variados tipos de aromas florais, também havia borboletas voando acima delas e um chafariz belíssimo no centro; como era maravilhoso ouvir o som da água batendo nas pedras, me sentei no canto e comecei a meditar no Livro de Ester por algumas horas.
Aos poucos que fui cansando a vista, decidi relaxar por alguns minutos e ouço a porta se abrir de repente, me levanto rapidamente pelo susto e não acreditei que era ela...
A Rainha de Fidei!
— Bom dia, minha jovem. — Simpaticamente ela sorriu. Usava um lindo vestido longo de mangas compridas, num tecido pouco fino e por cima, um xale xadrez; pude ver a aliança de ouro em seus dedos, também a profunda cor negra de seus olhos.
— Perdoe-me majestade, sairei para não incomoda-la. — Nunca tive o costume de me curvar a alguém, ainda mais porque sempre achei certo ser apenas serva de Deus, sendo assim, me curvando perante comente a ele.
Por isso... não me curvei a ela.
No primeiro passo que dei, a rainha levantou sua mão graciosamente e me parou. Nossos olhos se encontraram e era como se... sei lá, um sentimento estranho cresceu dentro de mim e um enorme desejo de ajuda-la, me tomou. Ela não possuía uma expressão feliz, apesar da pouca maquiagem que cobria suas ruguinhas na testa, também do luxo em que vive; era como se eu sentisse de longe, a tristeza dela.
Uma tristeza tão grande que transmitia as pessoas ao seu redor.
— A senhora está bem? — Perguntei sem pensar antes.
— Como? — Ela franziu o cenho, desentendida da pergunta.
Ousadamente, eu toquei na sua mão e depois encostei nossas testas, ela estava com febre e depois que me afastei, foi quando percebi a minha atitude atrevida, após ver a cara de espanto da rainha.
— Me-me-me perdoe, majestade! — Me envergonhei. — É que percebi a sua expressão abatida e me preocupei, e agora percebo que a senhora está com febre. — Argumentei.
Já tinha feito a besteira mesmo, o melhor era explicar o porquê.
— Agora percebo o interesse dele em você... — Ela esboçou um meio sorriso. Senti uma pontada de curiosidade sobre quem deveria estar se referindo, mas permaneci calada. — Sua mãe deve se orgulhar muito de ter uma filha como você...
— Eu que me orgulho de ser filha dela. Se esforça todo dia para cuidar de mim e minhas irmãs, ela é a melhor. — Respondei alheiamente, lembrando da minha mãe que deve estar em casa, comendo Nuttela. – Sim, Nayara puxou a ela.
— Se eu tivesse tido a sorte de... — A rainha interrompeu suas palavras, expressando seriedade no final, como se tivesse se lembrado de algo triste.
— Sabe, majestade. — Olhei para o chão e depois para seus olhos. — Eu não acredito em sorte, mas sim em Deus.
Ela franziu o cenho, querendo que eu prossiga.
— Deus me deu muitas coisas, mas a maior delas foi o presente da vida, estar aqui para levar sua mensagem as pessoas que desejam ouvir. Sei o quanto é difícil as vezes, perdemos entes queridos, ficamos doentes e queremos desistir... mas o que me fortalece todo dia, é saber que o Senhor Jesus Cristo simplesmente passou por tudo isso e muito mais, apenas para permitir que nós estivéssemos aqui. Então... tudo que acontece, foi planejado pelo Senhor e para cada coisa, há o seu propósito.
Um silêncio permaneceu no ar por alguns segundos, haviam se passado apenas alguns minutos a partir do momento que eu entrei aqui, porém me pareceram décadas. Inesperadamente, a rainha tocou meu rosto e foi abaixando sua mão até chegar no colar, aquele dado pelo Príncipe Jonathan.
Ela o analisou e pareceu perdida em seus pensamentos por alguns segundos, não ousei interrompe-la.
— Você realmente é especial, minha jovem. Este calor é uma relíquia familiar, a qual eu dei de presente ao Príncipe Jonathan, pedindo para que ele entregasse a mulher que ele sempre amaria e protegeria com todo seu coração. Tome cuidado, não perca esse tesouro.
Após ouvir essa declaração da rainha, toquei o colar e pensei na grande responsabilidade que Jonathan havia colocado em mim. Não sabia exatamente o porquê desse objeto ter chegado em minhas mãos, mas agora acabo me arrependendo por ter aceitado.
— Porque... ele daria isso para mim?
— Porque com certeza, você é um tesouro para ele. — Ela informou com firmeza. — Não o pergunte sobre isso, deixe que o tempo lhe mostre a verdade e sobre minha saúde... agradeço pela sua preocupação, muito obrigada...
— Rosa Branca, meu nome, majestade. — Sorri.
— Lindo nome... me dê licença, devo retornar aos meus aposentos.
A rainha simplesmente beijou a minha testa e sorriu de uma forma maternal.
— Foi um prazer, Branca.
Ela deu meia volta, em direção a saída e desapareceu, após passar pelas portas de vidro; sentei-me novamente próxima ao chafariz e toquei aquele lugar, como diz a rainha, ele é uma relíquia e ainda mais, um tesouro de Jonathan que ele confiou a mim... mas porquê?
O que eu e ele temos, que infelizmente não me lembro? Quem é Jonathan na minha vida?
♥
— Estou com fome. — Era a milésima vez que Amanda reclamava sobre fome. Apesar de eu ouvi-la claramente, estava prestando atenção no colar.
Tão lindo, pequeno e perfeito. Porque ele daria isso para mim? Eu queria devolver o colar, ao mesmo tempo que desejava respostas sobre o que estava acontecendo. Foi só eu colocar meus olhos nele, que... meu mundo virou do avesso. Ele é tão misterioso e solitário.
Quem é Jonathan? — Essa pergunta estava me atormentando.
— Branca? — Bárbara chamou. Ergui minha cabeça do travesseiro para vê-la, sentada no sofá. — Vamos comer?
— Vamos. — Aceitei o pedido.
Saímos do dormitório da Bárbara que dividia com Nayara, em direção ao refeitório do colégio. Soubemos que o almoço seria peixe e amo! Principalmente tilapia, bacalhau e pescada.
Chegando lá, como de costume, estava lotado e alguma das meninas que já estavam antes, separaram lugares pra todas. Entrei na fila de self-service e fui colocando um pouquinho de cada coisa no prato, bastante peixe, arroz branco e uma salada verde. Tínhamos a disposição uma quantidade razoável de tipos de sucos e refrigerantes, como sempre, pego uma bebida natural de goiaba e depois, sento-me ao lado de Lorraine, uma garota com belíssimos cabelos ruivos, pele branca, magra e olhos mel.
— Oi Rosa, tudo bem? — Lorraine me cumprimentou.
— Sim e você? Como vai as aulas de ginástica?
— Bem... apenas puxado. — Ela fez uma careta cansada.
— Também... não vejo das aulas de esgrima e culinária! — Samara exclamou de forma animada.
— E dança? Soube que haverá valsa com os príncipes... — Ana Caroline sonhava acordada.
— Me contento com apenas chocolate. — Camila constatou.
— Só você Camila... — Ester brincou, rindo da amiga.
— Olha só... vocês já sabem sobre o príncipe Jonathan? — Bex perguntou, fui a primeira a dar atenção as suas palavras, precisava ouvir.
— O que foi? — Le Freire questionou.
— Soube que ele é o protegido da rainha, ela o trata como seu filho de sangue, apesar dos dois não possuírem nenhum laço sanguíneo.
— Realmente, percebi que todo mundo se curva diante dele. — Gisele, nossa nova amiga, comentou.
— E parecem teme-lo. — Carol Nascimento completou, depois deu uma mordida em seu pedaço de torta.
— Porque falam sobre o meu irmão? — Ouvi uma voz atrás de mim, era Destiny. Dei uma meia virada de corpo para encara-la.
— Apenas comentando sobre as pessoas, alteza. — Respondi.
— Pelo amor de Deus... será que todo nobre tem que implicar conosco? — Notei Anny cruzando os braços, chateada.
— Não queremos problemas alteza, por favor. — Me levantei da cadeira, olhando sinceramente a ela e, começamos a ouvir cochichos e observo pessoas se curvando para alguém que vinha na direção das minhas costas.
— Você? — Era ele. Jonathan!
Eu cerrei o punho, colocando a mão no colar e me virei para observa-lo, estava mais bonito do antes e aqueles olhos, era impossível não se penetrar neles. Tão silenciosos e indecifráveis. Nos encaramos por alguns segundos, abaixei o olhar e ele ergueu meu rosto pelo queixo.
O que ele queria comigo? Porque eu era importante para ele?
Ele retirou minha mão do colar e sorriu ao ver o seu presente em meu pescoço. Não teve como continuar olhando em seus olhos, eles pareciam conseguir decifrar meus pensamentos, dando a Jonathan uma certa vantagem sobre mim.
— Venha comigo. — Ele pediu.
Não sabia como recusar, todos estavam olhando e eu seria a primeira pessoa a confronta-lo, mas tinha medo disso me prejudicar, apesar dele não parecer ser alguém que tenta machucar as pessoas, no entanto, pensei nas minhas colegas.
Ele esticou sua mão pra mim, esperando que eu repousasse a minha nela e... foi o que eu fiz. Aceitei o seu convite e no momento que ele me tocou, senti meus pelos se arrepiarem todos. Saímos com os braços entrelaçados e ele me conduziu até o segundo andar do colégio, para um corredor com portas fechadas, ali era protegido pelos guardas e a cada passo que dávamos, sempre tinha um segurança vigiando, o que me fez se sentir mais aliviada.
Jonathan com certeza era um príncipe, o jeito e a forma dele ser, transparecia a sua nobreza. Até mesmo a sua beleza, lembrava-me aqueles cavalos de pele e cabelos brancos, um pouco selvagens, ao mesmo tempo amáveis.
— Porque me deu esse colar? — Perguntei, recuperando minha consciência, após andar como se estivesse presa a ele.
— Ele ficou ótimo em você. — Respondeu fazendo pouco caso da minha pergunta.
— Jonathan... por favor, me diga o que está acontecendo.
Continuamos a andar e ele não disse mais nada, soltei-me de seu braço e parei a sua frente, o encarando seriamente.
— Não faz nem um mês que estou aqui e você simplesmente, está me dando fortes dores de cabeça, o que você quer de mim?
Ele desviou o olhar para a janela, observando o pôr do sol e depois voltou-se pra mim.
— Tenho um dever e vou cumpri-lo.
Jonathan passou por mim, continuando seu caminho para o fim do corredor, aonde havia duas portas grandes, muito bem escoltada. Os guardas abriram para ele e foi revelado uma enorme biblioteca que parecia ter capacidade para 200 pessoas, apesar desse espaço ser ocupado pelas estantes de livros. Percebi que ali era uma torre, aonde havia uma escada caracol que levava a cinco andares, cada um com uma mesa de estudo e professores estudando.
— Está falando da promessa? Mas que promessa!? Eu nem te conheço. — Respondi, enquanto o seguia a passos largos. Ele parou de repente, me fazendo ir contra as suas costas e se virou para mim.
— Você conhece, apenas não lembra.
Suas palavras eram firmes, como se ele estivesse plena certeza daquilo, não dava como contestar.
— Como eu te conheço? Nasci no Brasil e nada mais... nunca estive em Fidei na vida! — Garanti. Nunca me disseram que viajei para outro país, se isso for verdade.
— Lembre-se. — Ele pediu.
— Lembrar do que!?
— De quem você é.
Jonathan estava me debochando, só pode... ao invés dele contar a verdade, fica me mandando lembrar coisas que nem me recordo.
— Porque? O que você quer de mim? — Ele me deu suas costas, subindo as escadas e me deixando para trás, mas fui rápida e o segui até o último andar, aonde havia uma porta em uma parede e ele a abriu, revelando uma mini sala com outros livros, um pouco mais raros e fechou a porta, a trancando.
— Você deve apenas saber que não pode confiar em todo mundo. — Ele disse, se sentando em uma das cadeiras, no canto da sala e pegando um livro para ler.
— Por que diz isso? — O encarei, cruzando os braços.
— Porque você é fraca.
Esse garoto acabou de me ofender? Ele disse que sou fraca? Quem Jonathan pensa que é?
— Quem você pensa que é para dizer que sou fraca? — Elevei o tom de voz, deixando transparecer o quanto me senti ofendida com aquilo.
— Em breve, precisará proteger a si mesma dos perigos que a cercam, não está pronta. — Ele continuou.
Caminhei até ele e fiquei o tocando com o dedo indicador, claramente brava.
— Você não me conhece para dizer que sou fraca, não sabe quem eu sou e muito menos de onde venho, não estou nem aí se é um príncipe ou protegido da rainha, mas não ouse me chamar de FRACA!
Com o tom elevado, acabei arfando um pouco a respiração, eu estava muito nervosa e não gostei nadinha da forma que ele falou.
— Eu prometi te proteger e é isso que eu vou fazer, mesmo que tenha que dar a minha vida, mas não estarei ao seu lado o tempo todo, precisa aprender a ser forte. — Ele se aproximou em fração de segundos de mim, fazendo-me encostar as costas na parede e seriamente me olhava nos olhos. — Não vou perder você de novo, Serena.
Nos encaramos por alguns minutos, não consegui responde-lo e nem sabia o que dizer. Trocávamos olhares e as vezes, eu observava os seus lábios finos. Novamente, parecia estar perdendo os sentidos perto dele, porque isso sempre acontecia? Era como se apenas com o seu olhar, eu esquecesse tudo ao meu redor e não via mais nada... apenas eu e ele.
https://youtu.be/LbkRtWgLST8
— Porque você me afeta tanto? — Balbuciei.
Ele fez uma careta de dor, como se aquilo o afetasse também, podia ver o quanto ele desejava me proteger de algo que eu nem sabia, mas havia algo a mais em seu olhar, um desejo forte de amar.
— Apesar de ama-la, nunca a terei de volta para mim. — Jonathan ficou tenso, se afastando de mim e olhando para a parede, enquanto cerrava seus punhos, contendo algo dentro de si. — Você se parece com a minha Serena, mas esqueceu que um dia foi ela. Não posso amar alguém que simplesmente esqueceu a sua promessa.
— De que promessa está falando? — Perguntei, me aproximando dele e Jonathan se afastou.
— Vá... está ficando tarde e não diga nada a ninguém. — Mandou, sem olhar em meus olhos.
— Mas eu ainda não entendi nada...
— Você precisa se tornar forte, todos correm perigo.
— Que perigo? — Preocupada eu perguntei.
— Lembre-se... todos são seus inimigos. Vá agora e não diga uma só palavra sobre a nossa conversa, ou tudo será perdido. — Ele me conduziu até a porta de entrada da biblioteca e me colocou pra fora, fechando a porta atrás de mim.
Eu simplesmente perdida, voltei para os meus aposentos e fui tomar um banho.
Cara, o que simplesmente aquele garoto tem? O que está acontecendo!? Meu Deus... me ajuda!
♥ Nota: Olha como sou legal? Capítulo antecipado pra vocês, por favor, não esqueçam de comentar, porque amo os comentários e assim sei que vocês estão gostando e querem continuação... agradeço por cada visualização e voto e em breve, novos capítulos, para quem estava lendo os outros livros, vou terminar esse primeiro e em breve volto pros outros ta? ♥
♥ Toda Honra e Glória ao Pai, Filho e Espírito Santo! Beijinhos e fiquem com Deus! Uhuuu. ♥
♥ Meu Deus... e agora Rosa Branca? ♥
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