House Of Dragons
"Louco
Dizem que ele era louco
Por acreditar demais no outro
Parava pra ouvir a história de todos
Dividia tudo mesmo tendo tão pouco
Quando sobrava um troco, comprava flores
E distribuía elas pelo cemitério
Parecia rezar, mas pra quem ele rezava era um mistério
Louco, fazia o bem, não batia bem, nem um pouco
Falava com quem em? Acreditava que a riqueza não estava no bolso!
Quem passava ria, "esse mano aí chapou o coco"
Tinha a mania de falar de um mundo que não existia, que só ele via
E seu defeito, era achar que o mundo tinha jeito, tola utopia!
Um belo dia ao sair da floricultura
Um homem questionou sua loucura
"Pra que gastar dinheiro com flores que vão morrer
Com pessoas que você nem conhece do outro lado da sepultura?"
E ele retrucou:
"Não vê que seu dinheiro é como essa flor?
Um pedaço de uma árvore morta, que você ainda crê que tem valor
As flores são pra lembrar que a gente é passageiro
As flores são o nosso presente derradeiro
Pra nos mostrar que mesmo depois da morte a vida ainda deixa seu cheiro
E embaixo do caixão, as flores te acompanham o dinheiro não!
E se eu deixo flores, não é só pra louvar os que se foram,
Mas pra alertar os que ficarão!
Irmão, louco, louco
A cidade se juntou
E resolveu atear fogo em todas as flores que ele botou e logo
O acusaram de demagogo
O lincharam no soco
E no chão do cemitério agonizando e quase morto
Ao invés de pétalas, atiraram pedras no seu corpo
e por toda parte se ouvia esse rogo
"Louco, só mais um louco
Mentiroso ou sonhador seja o que for
Era só mais louco louco!"
E depois que ele sumiu a cidade perdeu suas cores
Não haviam flores só o cheiro da podridão
Flores são pra dizer que amamos alguém
Se o amor se for a flor também
E o amor é flor em extinção
Nos jardins da ambição, o que brota é só nota de cem
Os loucos já não mais se veem
Pois em terra de são os loucos são os que mais veem
Quando lembro desse louco, penso que o poeta é um louco também!
Querendo fazer brotar mais alguma flor no coração morto de alguém
E isso é tudo que um louco tem!
Hoje quando passo pelo cemitério
Vejo os mortos querendo dizer
"Será que só quando vocês morrerem vão perceber
Que aquele louco falava sério?!"
Talvez esse foi um sonho que nunca aconteceu
Talvez seja um delírio meu
Talvez dê lírio, talvez dê rosas, talvez dê risos,
no fim da história quem será que enlouqueceu?
E quem há de dizer que esse sonho morreu
As vezes penso que as flores são a esperança e que eu tenho um pouco desse louco
Mas quem matou ele também fui...
Louco, só mais um louco
Mentiroso ou sonhador seja o que for
Era só mais louco louco!"
Nome Completo: Harama Kanaryan
Apelido: Leitor de Vísceras, Parasita, Príncipe
Gênero: Masculino
Sexualidade: Homossexual
Rota: 2, 💖AMANTES💕
História:
"Valiria
Já há muito caída
As pessoas gostam de dizer que não sobrou ninguém
Mas no fundo sabem que é mentira
Como terra de dragões
Visões e magias
Teria em seu chão
Todas as vidas pedidas?
Claro, que não
Acreditar nisso que seria fantasia
Algumas poucas famílias
A maioria esquecidas
Conseguiram fugir dessa nota de melancolia
Apenas 3 conseguiram resistir a ruína
A da coroa e dragões
A do dinheiro e navegações
E do sangue e visões
A das visões deixou de existir na minha vez sendo última de todos da família
A dos dragões se destruirá
E das navegações sumirá
Este é o conto do último sonho
Um destino que não há como escapar
Tudo começa
E tudo termia
Com sangue e fogo em sintonia"
Harama ouvia esse conto desde criancinha, sua mãe, na qual ele nunca soube o verdadeiro nome, dizia que vinha de uma antiga família de Valiria, uma família que foi formada não por sangue, mas por magos que previram o destino do reino e fugiram, se juntaram para conseguir manter os conhecimentos da antiga magia e a pureza do sangue o máximo possível, ela contou a ele que infelizmente, por mais que tentassem não conseguiram manter isso por muito tempo, quando ela era criança o grupo, mesmo se esforçando, acabou pouco a pouco se separando, ela foi a primeira de cabelos escuros a nascer, cabelos castanhos cacheados mas os olhos purpura intenso. As coisas se tornaram difíceis com o seu nascimento, eles viram como um sinal de que o sangue valiriano não duraria muito, então se separaram em 3 grupos, um estava ela, ela aprendeu a antiga lingua, a fazer as plantas crescerem saudáveis, a ler o fogo, a fazer lareiras, a curar feridas, a matar com vidas, o preço do sangue e a interpretar sonhos, mas ela era jovem e intensa, usou seus poderes com o coração, quebrou a tradição, a magia somente deveria ser usada em pró dos magos e escondida, ela decidiu usar de maneira egoísta, o que fez com que seu caminho se aprofundasse em sangue e todos acabassem morrendo.
Magia é real, mas não é extraordinária, você pode fazer uma lareira, mas nunca vai queimar uma floresta inteira, você pode ver o futuro, mas não pode controlar o tempo ou a exatidão da visão, você pode curar feridas, até ressuscitar os mortos, mas nunca vai gerar magicamente vida, a magia é poderosa, mas é simples.
As magias naturais são muito ligadas as entidades que as compõe, o tamanho da sua força vem com a força da sua ligação com tal entidade, a mãe de Harama era uma pessoa intensa, selvagem, emotiva, agressiva, violenta, mas muito amorosa, ela era o próprio fogo e sangue, sempre estava vestida de vermelho, o que de certa forma ficava em perfeita armonia com seus cabelos de intenso marrom e olhos de puro purpura, ela quebrou as regras do uso de magia que serviam para proteger a família, isso fez com que eles fossem descobertos e mortos pelo medo que os outros tinham da magia, perdida, sozinha, com fome, sem dinheiro ela tentou usar suas feitiçarias para facilitar as coisas, o que conseguiu por um tempo, mas o fogo é difícil e o sangue tem preço alto, não demorou muito para que ela caísse na prostituição.
Ela teve uma escolha quando viu o corpo mudando, magia de sangue para carbonizar o feto dentro do seu corpo e depois jogar ele fora, ou tê-lo... Ela queria a primeira opção, tentou comprar um cavalo para usar de sacrifício para o feitiço, mas os cavalos estavam muito caros, ela teria que trabalhar por 1 mês inteiro para pagar o preço de um, sem contar que muitos homens e mulheres tem fetiche em transar com grávidas, a gravidez seria util, então ela decidiu manter o que chamou de "Parasita", um verme de pequeno corpo humano que estava se alimentando de suas vísceras mas a faria ganhar dinheiro, depois ela poderia jogar fora.
Assim foi feito. Ela usou e abusou da gravidez para conseguir dinheiro, depois teve o filho, ficou impressionada, mas não surpresa quando viu a aparência do menino, cabelos brancos como a neve, olhos roxos como ametista, lábios rosados morango e pele macia quase albina. Ela ficou muito conflitante, parecia um valeriano puro, tão lindo e perfeito, com os cabelos cheios de cachinhos como dela, em sua grande cabeça parecia até que ele era uma ovelha, aquele bebê era quieto, não dava trabalho, mas ela não o amava e tinha que cuidar da própria vida, até os três anos o menino foi sendo jogado pela casa, sendo completamente negligenciando, não comia, sua mãe não gostava de dar peito para ele, não dormia, afinal o lugar era pequeno e ele ficava ao lado da cama que a mãe trabalhava e estava sempre fedido, afinal, não tomava banho e só era trocado quando a boa vontade da mãe aparecia. Apenas chorava quando a fome começava a devora-lo de dentro para fora, mesmo assim, a mãe não o alimentava, tinha noites de trabalho que chegava a ser prazeroso, o choro doce e inocente de um bebê para muitos pode ser um ótimo estimulante, principalmente em uma época quando idade e consentimento não são pré requisitos para os prazeres.
Quando ele fez 2 anos, ela cansou, Harama não sabia falar ainda, se sabia nunca mostrou, era quieto, mudo, apenas fazia som quando chorava baixinho para ter alguma comida. Se não poderia ficar o dia inteiro sentado num canto, mudo. Ela o puxou pelo lugar frio, o levou até o mar gelado, mandou ele sentar no chão, ele obedeceu, logo ela foi embora.
Ele ficou lá, olhando o céu, que se movia de uma forma que ele achava curiosa, ele ficou sentado, apenas esperando a mãe voltar, então quando a noite veio, ele começou a chorar baixinho, pela fome e medo, então disse suas primeira palavras "Mama?..." Tão baixas e não ouvidas que talvez não tenham acontecido, ele repetiu três vezes, quando percebeu que ela não voltaria ficou chorando e deitou... Estava frio, a neve queimava a sua pele, estava com fome, sua barriga doía, ele podia sentir ela se fechando, seus olhos ardiam pelo choro e frio, ele foi um menino obediente e quietinho, por que ela fez isso com ele? Ele era feio? Ele era burro? O que ele fez de errado?
Ele ouviu um barulho alto nas sombras, se assustou e ficou quieto, então viu alguma luz, quando se aproximou curioso e ingênuo, ele viu uma grande árvore caída pegando fogo, era mais quentinho ali, então ficou quieto, ele dormiu e acordou com barulhos altos na próxima manhã, não viu nada, apenas achou um peixe queimado ao seu lado, mas ele estava com tanta fome que não poderia deixar de comer, por fora era um carvão e por dentro quade cru, ele não gostou, mas estava com fome e era uma criança quieta, então comeu. Passando algumas horas ele viu sua mãe voltando, choroso correu com suas pequenas perninhas até ela e a abraçou, ela suspirou, ela queria que ele tivesse morrido congelado, ou devorado por algum bicho, mas havia ficado com peso na consciência, então foi ver se ele já estava morto, suspirou e levou ele para casa, dizendo que parasitas eram difíceis de matar, a criança nem ouviu, estava feliz demais agarrado às roupas vermelhas da mãe.
O coração dela ficou mole ao longo que ele foi crescendo, ela ensinou a ele o que sabia de magia, mas ele era muito diferente dela, ela fazia labaredas de fogo furiosas, matava cavalos para forçar abortos em casais que não gostava, quebrava o pescoço de galinhas para evitar doenças, ele... Ele chorava se pisava em uma formiga, se escondia até da própria sombra e pedia desculpa quando alguém o machucava. Ele não conseguia usar a magia do mesmo jeito que ela, mas isso não quer dizer que ele não sabia, ele aprendia, ele sabia os métodos e como fazer as coisas, só tinha empatia demais para fazê-las e tinha seu próprio jeito de usar a magia, ele não fazia labaredas de fogo enormes e assustadoras, mas sabia ler o que o fogo dizia, conseguia pegar ele com as mãos para curar suas feridas, sabia se ia chover ou não, conseguia acender as lareiras e apagar as mesmas rapidamente, ele não esfaqueava cavalos para matar vizinhos, mas cortava as mãos para fazer flores crescerem, para ler o futuro com mais precisão, para ver e ouvir o que os mortos querem dizer, ele não quebrava pescoços de galinhas para ficar mais bonito e evitar doenças, mas sabia abrir as mesmas para ler o futuro e usar suas entranhas para costurar a carne, para curar ferimentos profundos, transformar o corpo morto de animais em um jardim de rosas que cobriam toda a casa.
Ele amava a mãe, mas sabia que sua mãe não o amava, por mais que ela tentasse ser uma boa mãe, era óbvio. As vezes ele fugia, ela não ligava, ele corria para a floresta e se escondia na mesma, observava a praia, o céu cinza e gostava do clima frio, sentava no mesmo lugar que foi abandonado, depois dos 5 anos ele percebeu que tinha um dragão ali, mas era muito raro e difícil ver, ele só via quando o gigante pulava na água para pegar enormes peixes, ele tinha medo de se aproximar da grande criatura e o imenso animal era tímido para se aproximar, mas a cada dia, mais se deixava ser visto pelo menor, até o momento que ficou completamente acostumado com a presença do pequeno humano.
Quando Harama tinha 6 anos, um ano inteiro olhando o grande dragão diariamente, o gigante se aproximou, ele fugiu na primeira vez e voltou para cidade chorando a assustado e se escondendo embaixo da cama da mãe, interrompendo os serviços da mesma, sua mãe ao ouvir a história, sorriu, parou de chamar ele de Parasita e começou a chamar ele de Príncipe, começou a contar histórias sobre dragões, a grande Valiria e como o sangue e o fogo formaram um laço íntimo entre as pessoas de lá e as grandes criaturas, ele voltou na próxima lua, bem cedinho de manhã, não porque queria, mas o clientes do dia não gostavam de ser observados por crianças, a maioria gostava então ele pode ficar em casa, brincando com as galinhas da mãe, mas aqueles em específico não, então ela pôs ele para fora, ele ficou andando na floresta, perto do mar, onde o grande dragão pegava sua comida.
Ele não viu o dragão aquele dia, mas viu um enorme peixe, maior que ele, completamente queimado caindo do céu ao seu lado, ele ficou muito confuso e assustado, se afastou por um tempo, mas quando percebeu que ninguém voltaria pelo peixe ele foi lá e começou a comer, apenas o meio da carne estava boa, a parte de fora estava tostada e a de dentro crua, mas o meio estava comivel.
Ele voltou a voltar diariamente, diariamente vendo o dragão, até que resolveu se aproximar 3 passinhos pequeninos de criança, de forma tímida, insegura e assustada, o dragão ficou parado olhando ele, no dia seguinte mais três passinhos, depois mais dois, mais um, nenhum, um... Demorou 1 mês até que a criança se aproximasse do dragão o suficiente para o enorme se deitar no chão e deixar o pequeno ser, com suas pequenas mãozinhas tocar nele.
Depois disso a criança perdeu a linha do ridículo, começou a abraçar o dragão sempre que podia, subia nele e usava de escorrega, corria em volta dele e começou a brincar dizendo ser "O Príncipe de Valiria" que iria explodir todas as pessoas más e fazer chover flores, era a primeira vez que Harama era quem era, uma criança, em casa ele era objeto, brinquedo para observar e deixar as coisas mais divertidas, boneco para a mãe brincar de casinha, ele raramente falava e nunca ria, pela primeira vez do que se lembra, ele estava rindo, rindo, feliz, sendo criança, brincando e dizendo coisas bobas.
O dragão tentou levar ele para voar, ele caiu assim que o mesmo se levantou, saiu rolando pelas costas do mesmo e caiu de bunda e costas, por sorte não bateu a cabeça, ficou uns minutos no chão meio sem fôlego da queda, recebeu um cheiro do mais velho. Nós próximos dias o dragão tentou voar com o menor novamente, até que finalmente o pequeno aprendeu a se agarrar nele sem medo e a se posicionar em seu pescoço, não voaram muito, nem muito rápido, nem muito longe, o dragão levou o menor para seu ninho e deixou ele explicar o castelo abandonado, como qualquer criança que gosta de brincar de ser príncipe entrando em um castelo, o menino enlouqueceu, correu até quase desmaiar sem fôlego, ele se divertiu. O pequeno percebeu facilmente que estar perto de um dragão deixava sua magia muito mais poderosa, ele quase conseguia fazer crescer flores sem precisar se cortar, os sonhos realistas que viravam realidade eram muito mais nítidos e frequentes.
Ele percebeu que o dragão gostava de água, só comia peixe e sempre mergulhava, por mais que estivesse frio, então ele tentou aprender a nadar, nos primeiros dias foi horrível, entrar em uma água gelada no meio da neve, ele saiu roxo tremendo e o dragão teve que por fogo em uma árvore para o garoto não morrer congelado, o menino tentou de novo, e de novo, e de novo, até conseguir entrar na água e começar a mergulhar, depois de um mês inteiro de tentativas, agora ele estava mergulhando e entrando em água gelada sem problemas, não sentia mais frio, começou até a gostar, a água fria em seu pequeno corpo quente fazia ele se concentrar muito, ajudava ele a focar, o acalmava das ansiedades e medo. Aprender a nadar eram outros quinhentos que ele ainda não estava disposto a tentar.
Ele decidiu que não queria mais ficar em casa, não gostava, então de dia ficava com o dragão, quando estava em casa praticava magia, fazia flores e ia para as ruas vender durante a noite, então voltava apenas para dormir, ele amava a mãe, mas doía amar alguém que não o amava, ele gostava dos contos, das histórias de dormir, dos beijos e carinhos, mas não valia a pena, só não valia a pena continuar vivendo daquele jeito. Mas infelizmente um dia a mulher o forçou a ir consigo para um novo lugar, ela tinha conseguido através de contatos e sussurros convencer alguém com quem trabalhava de falar com alguém das cozinhas para ela conseguir o trabalho de lavadeira, ela apenas queria um lugar mais quente para trabalhar e um tempo para garantir que não ia engravidar de novo, o custo do tanto que galinha que tinha que matar para se curar não compensava o esforço do trabalho e ela não queria tirar os olhos do garoto.
Ele odiou, não queria ir, queria correr pelas florestas, fazer ondas crescerem na praia congelada, voar com seu dragão e brincar de Príncipe em um castelo abandonado, correr com suas flores, pegar sapos, não queria ir para onde quer que fosse, bem, ele parou de reclamar na hora que viu que estava indo há um castelo de verdade, limpo, lindo e luminoso, a mãe dele disse que se ele tivesse sorte, poderia até mesmo ter a honra de limpar as roupas de um Targeryen, o menino foi a loucura e passou a próxima 1h inteira na carroça sussurrando animado baixinho para si "Vou lavar a roupa do rei, vou lavar a roupa do rei..." Eles entraram nas portas do fundo, ela mandou que o garoto ficasse por perto, mas as roupas, por mais que não fossem chiques, eram limpas e bem feitas, os cabelos mesmos cacheados eram brancos e puros, os olhos de um roxo ametista brilhantes, uma empregada se confundiu, pensou que ele fosse um Targeryen, então quando a mãe foi lavar as roupas ela pegou ele e o levou para os corredores centrais do castelo.
Ele ficou confuso, mas sua personalidade quieta e tímida não permitiu que ele fizesse algo até ser deixado sozinho, como estava perdido ficou tentando entender onde estava, numa dessas acabou esbarrando com Aemond, que era um menino maior e mais velho, Harama ficou em choque, com os olhos brilhantes como diamantes, ele estava completamente apaixonadinho, já havia ouvido histórias de príncipes e dragões, grandes cavaleiros e heróis, mas era a primeira vez que via um de perto, não deu outra, ele virou a sombra do maior, não deixou o outro sozinho nem por um minuto, mesmo que o mais velho tentasse afasta-lo ele se escondia próximo e continuava observando e se algo fosse pedido ele arranjava na hora, no meio disso acabou conhecendo Lucerys, não foi muito diferente, ele estava muito encantado com qualquer pessoa da realeza, mas ele não gostou quando ficaram implicando com Aemond, ele queria impedir, mas era tímido, covarde e pequeno, então preferia tentar amenizar as coisas e depois das brincadeiras de mal gosto, encher o cabelo do outro de flores e depois dar lhe abraços e carinhos.
Enquanto a família ficava no lugar os dois garotinhos podiam interagir, meio escondidos mas eles se separaram por um tempo depois do ocorrido da perda do olho, Harama precisou ir embora já que foi descoberto pela família e filhos de criados não deveriam interagir com pessoas da realeza, ele nunca apanhou tento na vida, primeiro dos meninos mais velhos, depois da mãe que foi demitida, ele tinha plena consciência de que se quisesse voltar a sentar em uma cadeira em menos de 3 dias ele teria que matar pelo menor 5 galinhas, suas pernas pálidas ficaram rochas e de tanto que suas bochechas ficaram inchadas ele teve sorte de não ter quebrado a mandíbula e conseguir comer um pouco, mais sorte ainda que os vizinhos impediram a sua mãe de dar na cabeça dele com uma pá que achou na rua.
As coisas ficaram muito difíceis depois disso, ele não aguentava mais, ele queria, mas não conseguia mais amar aquela mulher, então pegou suas coisas e foi embora com o dragão, para qualquer lugar, qualquer lugar que fosse longe, que tivesse peixes para seu dragão comer, água para ele nadar, chão para dormir, terra para plantar e flores para ver e cheirar. Somente longe, somente qualquer lugar.
Ele não tinha medo, ficava escondido, mas teve que aprender a lidar com muita coisa sozinho, a primeira coisa que ele teve que aprender foi a fome, lidar com o corpo sem comida era difícil, principalmente depois de ter se acostumado com as sobras de um castelo, mas isso ensinou ele a fritar um peixe, melhor que o seu dragão e ele finalmente entendeu porque o animal gostava tanto de peixe, ele teve que aprender sobre dinheiro, tentou trabalhar, mas só tinha 10 anos, não eram muitos lugares que estavam dispostos e magia não é gratuita, você precisa ter dinheiro para comprar animais para usar para fazer magia, dependendo do feitiço é muito caro.
Harama teve sorte, sorte de saber nadar para fugir quando era arrastado para dentro de barcos de escravos, sorte de ter um dragão cuspidor de fogo há espreita quando ele era arrastado pelos braços há quartos de prazer por pessoas mais velhas, sorte de conseguir fazer uma pequena chama para acender fogo e esquentar ratos, sorte de conseguir voar para longe quando as coisas estavam difíceis. Ele sobreviveu porque teve sorte, mais de uma vez.
Com seus 13 ele começou acender flores, cortava as mãos e fazia algumas para vender, era o suficiente para conseguir um pão por dia, mas ele percebeu rápido que não era o suficiente, mas também percebeu que havia apenas uma coisa que as pessoas dariam dinheiro que ele poderia oferecer em pouco tempo e sem grandes problemas: Futuro, ele sabia ler o fogo, as visões eram complicadas de entender, nunca completamente certeiras, mas sempre ocorriam, ele sabia que não deveria usar disso, mas não tinha roupas novas a tanto tempo, estava com fome e tanto tempo e não estava disposto a voltar para de onde vinha, então ele se assumiu derrotado. Enquanto vendia flores perguntava se gostariam de pegar um extra para uma visão no fogo, pouco a pouco, acerto por acerto, ele enriqueceu, foi para uma ilha nova, onde ficou, fez sua casa, onde também fazia leituras cada vez mais proféticas, se tornou temido e respeitado através do medo que as pessoas tem do desconhecido, do futuro, da magia, da ignorância de não entenderem como ela funciona e como na maioria das vezes ela não é algo tão extraordinário e quase metade do mostrado são truques e do poder imenso que um dragão ligado a ele dava a sua magia.
Certo dia ele conheceu Adam, eles acabaram tendo uma amizade, honesta, de piadas, brincadeiras e cuidado um com o outro, mas logo, entre comidas, bebidas, uma cama quente e uma lareira, antes que notassem os corpos estavam mais emaranhados do que os cachos dos cabelos de Harama, mais quentes do que as pedras da lareira, mais rápidos do que os galopes dos cavalos, mais úmidos do que a areia da praia depois de uma grande onda com um silêncio que mal era diminuído pelos grilos.
Par: Aemond, Adam.
Família: Mãe viva?...
Amigos: Adam, Fantasma Cinzento.
Inimigos: Pulgão Branco.
Gostos: Peixe, comida de frutos do mar, ler, sexo, histórias com dragões e príncipes, Adam, as memórias que tem com Aemond, magia, plantas, flores, pecego, coelhos, lã, dormir de conchinha, abraços, contato físico, beijos, voar de dragão, nadar, praia, elogios.
Desgostos: Gritos, xingamentos, violência, brigas, atitudes agressivas, pimenta, intensidade, sonhar com futuros ruins, contato físico surpresa.
Curiosidade: A maioria das coisas que ele não gosta são coisas que ele tem medo.
As roupas que ele usa para trabalhar como bruxo possuem toda a sua parte interna cheia de lâminas, o sangue faz com que ele consiga usar magia com mais facilidade, mas ele não consegue se mover muito com a mesma, um dia ele estava fazendo um trabalho com a mesma e o cliente ficou agressivo e agarrou nele, a pele dele e do cliente foram muito mutiladas e ele não conseguiu trabalhar por um tempo porque uma das laminas acertou seu pescoço fazendo ele perder muito sangue.
Ele tem muitos coelhos na casa dele, a casa dele tem uma grade na porta para os pequenos não fugirem, quando está triste ele pega os coelhos, põe na cana e dorme abraçado com eles.
Além das visões ele também vende venenos e remédios para todo o tipo de coisa, poções.
Ele ama ouvir as pessoas, suas histórias, suas emoções, qualquer coisa, ele adorava ouvir outra pessoa falando com ele.
Personalidade: Ansioso, tímido, inseguro, gentil, sensível, amoroso, carente, carinhoso.
Aparência:
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