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Uma noite especial!

Giovanna estava tirando todo meu autocontrole. Não só com aquele corpo cheio de curvas que eu tive o prazer de apreciar ontem. Mas também com seus sorrisos e respostas na ponta da língua. Ela é diferente de todas as mulheres que eu conheço e é capaz de brigar comigo por coisas que ninguém nem nunca reclamou. 

Fomos a vários pontos turísticos e ela olhava tudo maravilhada. Visitamos galerias e monumentos, conversamos sobre amenidades e não importava se o assunto era política, economia ou moda. Tudo fluía perfeitamente bem.

Quando passamos por uma pracinha e havia um homem tocando violino a Giovanna me puxou e nos aproximamos.
- Vem Henri! Olha que melodia bonita.

Ela conseguia achar bonito do mais luxuoso ao mais simples. 

Segui ela que se espreitava entre as pessoas para ver o homem e percebi que ela estava balançando as pernas em sintonia com a música então peguei sua mão e a rodopiei. Ela veio de encontro ao meu corpo e ficamos ali dançando juntos no meio de uma pracinha.
Se eu pudesse prolongar aquele momento eu com toda certeza prolongaria por horas e horas. Mas já estava ficando tarde e ela tinha que comprar o vestido para irmos ao concerto. Entramos em uma loja e quando disse meu nome os olhos da atendente brilharam, e a postura mudou instantaneamente, indo de séria para o flerte. Percebi que Giovanna ficou constrangida por isso me limitei a dizer:
- Hoje quero as atenções para minha acompanhante, quero tudo de melhor para ela. 
Giovanna tentou contestar.
- Henri. Não precisa...
- Precisa sim! Quero que escolha o que há de mais bonito e se alguém não lhe tratar devidamente me avise que nós resolvemos isso. - A atendente me olhou espantada, e começou a oferecer sorrisos e atenção para Giovanna. Era bom mesmo, porque se algo diferente acontecesse eu não mediria esforços para protegê-la.
Ficamos algum tempo na loja, eu sentado em um sofá e ela experimentando vestidos. Até que finalmente ela saiu do provador, vindo na minha direção.
- Tudo pronto. Já escolhi.
- Ótimo. Vou acertar o pagamento e já volto.
Ela concordou e assim que paguei, pegamos as sacolas e voltamos para o hotel.
Fiquei sentado no sofá com meu whisky, enquanto a Giovanna se arrumava e  aproveitei o momento para tentar entender do porque as mulheres demoram tanto para se arrumar. Mas acabei sendo interrompido dos meus devaneios quando ela abriu a porta do quarto.
- O que você achou?

O que eu achei? Eu não tinha palavras nem para explicar. Ela estava tão malditamente sexy, elegante e maravilhosa que fiquei estático na frente dela sem conseguir escutar nada do que ela dizia. Ela estava com um vestido longo, vermelho que abraçava todas as suas curvas e tinha uma fenda na sua perna que honestamente, eu ficaria muito feliz em poder rasgar.

Eu não sei o que estava acontecendo comigo, mas só de pensar em sair com ela daquele jeito já estava me preocupando. Imagina o tanto de marmanjo que ficaria de olho nela? Meu sangue ferveu somente com a ideia. Foi ai que me dei conta minha de que minha mão estava fechada em punho. Só relaxei quando ela chegou mais perto de mim, e o perfume doce me invadiu.
- Você está bem? Parece pálido.
Eu tentei que me recompor, ignorando os pensamentos intrusivos.
- Estou bem sim e você está incrível! - Respondi enfim.

Ela abriu um sorriso bonito e pensei que não havia mulher mais linda como el. Ao mesmo tempo em minha cabeça lá no fundo ecoava: Amigos! Amigos! 

Fomos para o concerto e assim que peguei a mão dela e ajudei a sair do carro, o olhar brilhou. Giovanna ficou encantada com a quantidade de pessoas elegantes que estavam adentrando o local. Ela se  segurou em meu braço e assim que entramos seus olhos passearam pelo salão, admirando o espaço e as pessoas. Dei tempo para que ela avaliasse tudo e a guiei até nossos lugares.

Assim que nos acomodamos as luzes apagaram e uma mulher começou a cantar. Eu não consegui pensar em nada e nem prestar atenção na história cantada que eles estavam encenando. Só conseguia olhar para a Giovanna, apreciando cada uma de suas emoções. Em um momento, ela ria e quando o casal apaixonado se separou, lágrimas molharam seu rosto fazendo com que ela apertasse minha mão. Era uma sensação tão boa sentir o calor das suas mãos que desejei ardentemente que o conserto durasse a noite toda. Mas assim que as luzes acenderam, ela tirou sua mãos das minhas rapidamente e senti um vazio.

O que será que estava acontecendo comigo? Essa mulher estava despertando sensações em mim que eu nunca tinha experimentado. Observei ela batendo palmas emocionada com a cena, quando de repente percebi um homem encarando Giovanna sem nenhum pudor. Aquilo me enfureceu, mas me contive.
Quando saímos, ela estava me contando da experiência, quando o mesmo homem parou na nossa frente.
- Com licença. Boa noite. Não pude deixar de vir cumprimentar a mais belas das moças desse local.
Minhas mãos fecharam na mesma hora e se não fosse a Giovanna respondendo, eu teria dado um soco nele. Será que ele não viu que ela estava acompanhada? Mas que droga! Saímos dali comigo contrariado e quando entramos no carro eu não me contive.
- Você não poderia ter escolhido um vestido que cobrisse mais seu corpo não?
Ela me olhou, a indignação espalhando rapidamente pelo rosto lindo dela.
- O que você disse?
- Isso mesmo que escutou. Não tinha um homem que não estivesse te comendo com o olho. E pior, na minha frente.
Ela riu alto.
- Você está com ciúmes de um vestido?
Nessa hora eu não aguentei segurar e não importava a vozinha me falado amigos eu não estava  nem aí.
- Estou! Estou sim!
Ela me encarou e eu não consegui fazer mais nada além de apertar o volante para tentar acalmar meus nervos. Assim que estacionamos ficamos os dois parados dentro do carro e encostei minha cabeça no volante para me controla. Até finalmente me virar para ela e  continuar meu desabafo.
- Você não tem noção do quanto eu desejei rasgar esse seu vestido que não cobre nada e beijar você.
A respiração dela acelerou e ela tentou impedir.
- Henri...Não!
Eu não consegui esperar ela terminar e quando percebi meus lábios estavam no dela. Giovanna se assustou e percebi o quanto ela estava lutando internamente para resistir àquele momento. Até que senti seu corpo relaxando, me dando espaço para conhecer o interior da sua boca. Nossas línguas brincavam juntas, e o que era pra ser um beijo lento foi se tornando feroz, como se aquilo fosse necessário para nós dois. 

Ela colocou sua mão entre o meu cabelo e aproveitei para trazê-la para mais perto de mim. Nossas respirações começaram a ficar mais rápidas e eu podia sentir meu coração reagir freneticamente querendo aquela garota de todas as formas. Ela acabou me surpreendendo quando desabotoou o cinto de segurança e sentou o meu colo ficando entre eu e o volante. Nossas carícias foram aumentando até meu corpo ter total necessidade do dela. Parei um pouco o beijo e encostei minha testa na dela.

- Não aqui. 

Ela pareceu concordar e saímos do carro e entramos no hotel. Assim que pegamos o elevador e ele se fechou nos deixando sozinhos eu a encostei na parede do elevador. Segurei ela no colo e como se o nossos corpos fossem feito um para o outro, ela enlaçou as suas pernas na minha cintura me fazendo gemer em sua boca ao sentir seu corpo perto do meu. Quando o elevador se abriu eu não rompi nenhuma das posições e assim que consegui abrir a porta da suíte, encostei na parede derrubando tudo que tinha pela frente. Giovanna riu de nós e do quanto precisávamos um do outro.

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