Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Um jantar

Onde eu estava com a cabeça quando entrei nessa aposta? Talvez fosse ela. Ela e o seu jeito de me convencer a fazer coisas irracionais! Não vou dizer que não estava animado pelo desafio, seria mentira. Por isso eu ia me empenhar para mostrar para ela que não era esse perfil que ela descreveu.

Apesar de eu saber, lá no fundo, que realmente ela não estava totalmente errada. O fato é que eu há muito tempo eu era assim, agia para que tudo me fizesse alcançar sucesso. Não passava por cima de ninguém por causa disso. Mas que mal havia querer ser reconhecido pelo trabalho duro que você faz?

Por um momento, viajo no tempo só para lembrar de que nem sempre foi assim. Lembro quando éramos uma família grande e feliz. Meus pais se amavam, e criaram com mesmo amor nós quatro, eu e meus irmãos: eu, Rodrigo, Miguel e Ariana. Estávamos sempre unidos em tudo, meu pai arrastava a família toda para meus jogos de futebol, ou para os campeonatos de natação da Ariana. Qualquer coisinha era motivo de grande celebração entre nós. Era fácil sentirmos segurança e acolhimento nesse nosso mundinho de paz.

Tudo mudou quando minha mãe faleceu. Meu pai revoltou-se e começou a beber demais. Em poucos meses, ele era outro homem, amargo e carregado de revolta. Eu acabei assumindo a responsabilidade de cuidar dos meus irmãos porque meu pai simplesmente não estava mais ali. Ele entrou em um transe, como se minha mãe fosse tudo que ele tinha. E ela não estava mais ali. E nem ele estaria mais. Foi um momento difícil para todos nós. A empresa estava à beira de falir e meus tios acabaram assumindo a responsabilidade de nos criar.

Quando fiz 18 anos, decidi cursar administração e assumir a empresa juntamente com meu tio. Ele me ensinou tudo sobre design, refinamento de jóias. Ele me fez apaixonar por isso. E até hoje se preocupa com nós. Foi um pai para a gente.

Eu quebrei a cara algumas vezes, mas depois de alguns anos, a empresa finalmente cresceu e se expandiu para vários países. As minhas criações se destacavam. Eu revezava entre o serviço administrativo e o de criação. Uma marca internacional realmente chama atenção, principalmente uma marca de jóias, isso remete a status. Meu feito foi reconhecido, e o fato de estarmos em tapetes vermelhos e passarelas fez meu rosto também estar estampado em revistas.

Meu pai faleceu pouco tempo depois de eu me formar, e meu tio aposentou em seguida, o que me obrigou a ficar com toda a parte administrativa. Não sofri com a ida de meu pai. Ele nos abandonou pela bebida, foi fraco. Prometi para mim mesmo que eu não seria jamais esse tipo de homem e alcançaria tudo que ele abriu mão de alcançar.

Quando estava perdido em pensamentos e lembranças, meu celular vibrou me trazendo de volta para a realidade. Era meu tio Ulisses. Assim que atendi ele começou:

- Viajou e nem ligou para nós! Esqueceu que tem família? Quer me matar de preocupação? - ele veio com seu sermão. Esse era seu jeito de mostrar seu carinho por nós. Eu sorri.

- Oi tio! Não consegui avisar porque estava, na verdade ainda estou, atolado de serviço.

- Sua tia disse que vai arrancar suas orelhas quando chegar! - eu dei uma risada em resposta. O que seria de mim e dos meus irmãos sem nossos tios?

- Fala com ela que não será preciso tio. Está tudo perfeitamente bem. Na verdade, muito melhor do que eu poderia imaginar. - respondi, me divertindo

- Como se você não conhecesse sua tia. - eu conhecia bem.

- Ah, mas eu sei. Ô se sei. Minha orelha arde, lembrando dos puxões. - brinquei.

- Filho... Eu liguei para saber de você sim. Mas tem outra coisa que preciso dizer; É seu irmão, ele está impossível... Não sei mais o que fazer, Henri. - a voz dele era preocupada e apreensiva.

Miguel! Ele era o mais novo de nós e o mais irresponsável. Com seus dezenove anos, sua vida se resumia a bebidas, carros e mulheres. Já não sei quantas vezes tive que tirá-lo de confusões. Ele era o que lidava pior com a ausência de nosso pai. A revolta o consumia e ele nunca se abria para ninguém.

- O que ele aprontou dessa vez? - perguntei com peso no coração. Como eu ajudaria meu irmão a sair dessa, quando ele sequer falava sobre o que passava em sua cabeça?

Meu tio suspirou. Levou um tempo para dizer, e eu sabia que vinha coisa muito ruim por aí. Miguel, o que você tinha feito dessa vez?

- Ele foi preso... - a voz do meu tio era quase um suspiro.

- O QUE? - não era possível! Ele tinha ido longe demais dessa vez! Em que Miguel estava pensando? Ele não tinha consideração nenhuma pela família mais.

- Pois é, meu filho. E eu juro que cogitei deixá-lo lá pra ver se ele aprende algo! Mas sua tia me mataria... - meu tio tentou justificar. Ele estava se culpando, eu sabia disso. Sentia culpa pelas atitudes do meu irmão mais novo, como se ele não tivesse nos educado direito. Mas eu sabia que não era culpa do meu tio. Não foi ele que abriu mão dos filhos.

-ONDE ESSE IRRESPONSÁVEL ESTÁ? - eu não conseguia manter a calma nessa hora. Miguel ia ter que aprender a ser gente, por bem ou por mal.

- Não precisa se preocupar, meu filho! Agora ele está no apartamento e sua tia está lá com ele. - meu tio tentava apaziguar, ele odiava que a gente brigasse ou discutisse.

- Tio! O Miguel precisa crescer, até quando ele vai ficar se metendo em confusões? - eu não ia mais acobertar meu irmão.

- Espero que por pouco tempo Henri! Não sei se o meu coração aguenta... - ah tio.

- Tio, por favor, não se culpe pelo que Miguel se tornou. Não assuma responsabilidade pelos atos do meu irmão. Ele é o grande responsável. Ou irresponsável. - eu tentei acalmar meu tio. - Assim que eu chegar vou ter uma conversa séria com ele! Não se preocupe e não fale essas coisas, tio Ulisses; você é o homem mais forte que eu conheço! Ainda vai viver por muitos anos.

- Não, meu filho! Sua tia sim. Ela que me mantém de pé junto com vocês... - ele ainda estava apreensivo. Ah, Miguel, olha o que você fez!

- Verdade tio. A tia Maria é realmente a melhor mulher do mundo. - eu mudei o foco, tentando distrair ele.

- Mas mudando de assunto Henrri, como estão as coisas aí? - ele voltou para o presente, e acho que também queria encerrar o assunto pesado. Entrei na onda.

-Muito trabalho como sempre. - respondi superficialmente. Ele não precisava saber dos meus rolos.

- Não saiu um dia para se divertir? - ele continuou o questionário.

-Bom... - será que eu deveria dizer algo?

-Cuidado Henri! - ele me alertou.

- Pode deixar, tio. Preciso desligar agora, tenho um compromisso. - eu disse para desviar do assunto. Realmente não precisava falar dessa mulher que estava me virando a cabeça com o meu tio. Ele nos protegia, mas nos conhecia bem. E não aprovava em nada esse meu lado.

-Ok, meu filho. Qualquer coisa me liga.

-Sim, senhor! - e desliguei.

Assim que terminei a ligação, entrei em uma ducha quente e fiquei um tempo aproveitando a água. Como se meus pensamentos e preocupações fosse sair pelo ralo. Se fosse fácil assim... Sai do banheiro um pouco mais relaxado, e procurei uma roupa confortável. Afinal, hoje eu não iria para um compromisso de trabalho. Vesti uma calça preta, uma blusa de frio e coloquei uma luva de couro porque estava bem frio lá fora. Olhei as horas e ainda estava um pouco cedo. Mesmo assim, resolvi ir para o restaurante encontrar a moça que estava me enlouquecendo. Eu tinha uma aposta para ganhar!

Cheguei no restaurante que era bem aconchegante. Me dirigi para uma das mesas e pedi um vinho para esperar Giovana. Será que ela ainda viria? Ou será que tinha perdido a coragem da noite anterior e a essa hora estaria a quilômetros daqui? Qual das duas opções eu preferia? Sei que para ela, a melhor opção seria a segunda. Mas para mim... Eu sentia que precisava fazer com que ela me conhecesse a fundo. Ela parecia enxergar tanta coisa, por que não iria perceber que eu não era superficial como ela pensava? Esperei dar o horário. Nove, nove e dez. Às nove e quinze eu já tinha assumido que ela tinha desistido, quando olhei para a porta fiquei desconcertado: ela estava simplesmente deslumbrante! Giovana sorriu para mim fazendo meu corpo ficar em alerta e como estava linda. Estava com um vestido longo de manga comprida, um salto e uma blusa de frio de couro. Me levantei e puxei a cadeira para ela se sentar. Ela riu.

- Que cavalheiro! - esse sarcasmo me matava. Decidi ignorar seu tom e respondi simplesmente:

- Ah, baby. Você ainda vai ver muito...

Assim que ela se sentou eu pude observá-la direito. Realmente ela era linda com aqueles traços e sorriso travesso.

- O que você vai querer comer? - eu interrompi meus pensamentos que logo iriam me trair. Melhor pisar em território neutro, por ora.

Ela começou a olhar o cardápio e sugeriu:

- Você escolhe a comida e eu a bebida pode ser? - e eu diria sim para qualquer proposta que ela fizesse agora. Se ela quisesse eu passaria meus bens todos para seu nome.

- Sim, pode ser. - respondi rapidamente. - Mas já vou dizendo, não conheço muita coisa por aqui.

Ela deu um sorriso em cumplicidade.

- O que você pedir está ótimo. - e seu tom era sincero.

- Podíamos pedir uma pizza, que tal? - todo mundo gosta de pizza certo? Acho que não teria como errar nessa escolha. E estamos falando de Itália.

Ela abriu um sorriso e disse:

- Já estou gostando de você. - e aquele sorriso me tirou do meu lugar por um momento. "Meu Deus, Henri, concentre-se!".

Sorri em resposta e fizemos o pedido. Ela escolheu um vinho que com toda certeza harmonizaria bem com a pizza que eu escolhi. Ela era boa no trabalho e levava a sério o negócio viticultor. Disso eu sabia, já tinha percebido. Ela ficou batendo as unhas na mesa, com certa impaciência, observando alguma coisa atrás de nós. Eu não queria me virar para olhar o que era, mas fui vencido pela curiosidade e me virei rapidamente para captar o olhar de uma mulher sentada atrás de nós. Curioso com a reação de Giovana, resolvi perguntar, despretensiosamente:

- Observando o que? - como se eu não soubesse a resposta. Queria testar sua reação.

- Está vendo aquela moça?

-Sim... - eu disse ainda mantendo o tom despreocupado.

- Duvido que você acerte a história dela. - era um teste? Ela queria me testar?

Resolvi tentar adivinhar, para saber mais a fundo o objetivo dela com esse jogo. Eu sinalizei que ela esperasse um pouco, enquanto fingi que ia ao banheiro. No caminho eu observei rapidamente a moça, tentado não ser tão descarado. Sentei novamente na mesa e soltei:

- Bom... Ela deve ter levado um fora do namorado... - disse.

Ela sorriu.

- Você é péssimo em inventar histórias. Pra mim, tá na cara que ela está esperando o marido que se atrasou no trabalho. - ela disse simplesmente.

Resolvi provocar.

- Já que você é tão melhor que eu na adivinhação da vida dos outros, então me diz: aquele homem ali, qual a história? - eu apontei para o garçom que estava escorado no bar do restaurante.

Ela olhou para ele e pensou por um tempo. Depois disse:

- Ele tá doido para ir embora daqui. Parece ter trabalhado até tarde ontem, e hoje veio cobrir o turno de algum companheiro de trabalho. Ele precisa urgentemente dormir. - ela completou, com um tom de compaixão pelo rapaz.

Não deixei passar essa sua preocupação com ele, mas não disse nada. Olhei para ela, congratulando.

-Você é boa mesmo. - admiti.

- Anos de treinamento. - ela disse em seguida.

Eu me inclinei um pouco para frente e captei seu olhar. Não permiti que ela desviasse, enquanto eu dizia:

- Que treinamento é esse que você tem que te dá tanta certeza de que conhece tão a fundo as pessoas?

Nessa hora o garçom chegou na mesa com o nosso pedido e eu não tive a minha resposta. Eu percebi que ela ficou aliviada com a interrupção e não falou mais nada. Estava prestes a pegar um pedaço da comida quando Giovana me interrompeu:

- Você não está pensando em comer pizza com garfo e faca, está? - seu olhar era inquisidor e eu senti que estava cometendo uma gafe muito grande. De repente estava inseguro:

- Bom... Estava... Por que? - e o que eu deveria fazer então?

- Dios mio! Pizza se come com a mão, se não perde a graça total!

Ela pegou uma fatia com a mão, como que para mostrar como se fazia, mordeu um pedaço, olhando para mim, para ver se eu estava prestando atenção. Como se fosse uma professora de primário ensinando seus alunos sílabas.

- Viu? - ela disse, quando colocou a fatia de volta no prato.

Resolvi seguir seus passos e peguei com a mão mesmo. Realmente, era muito mais divertido comer assim. Imaginei a Ariana me vendo desse jeito descontraído. Ela com certeza faria uma piadinha do tipo "Perdeu toda pose de CEO, irmão".

Mordisquei um pedaço e que pizza divina! A Itália realmente merecia todo reconhecimento por sua culinária.

- Está uma delícia! - eu disse, vendo que Giovana esperava uma resposta minha.

-Está mesmo. Será que a sua está tão boa quanto a minha? Por que não me dá um pedaço para eu provar? - ela disse com olhar inocente e pidão.

- Não! - respondi, provocando.

Ela fez bico.

- Por favor !!!!! - sua voz era aveludada e macia. Me perdi por um momento, mas me recompus logo.

-Não! - disse firmemente.

Comi um pedaço na frente, mordendo lentamente. Lambi os dedos, enquanto ela me observava, semicerrando os olhos.

- Você é mal! - ela fez biquinho.

- E você gulosa. Seu pedaço está aí no seu prato. - continuei comendo minha fatia, me deliciando a cada mordida.

Ela jogou o guardanapo em mim, mostrando língua e eu revidei. No final das contas, pareciamos dois adolescentes rindo à toa. Era bom estar na companhia dela, não precisava ser formal e eu sentia que cada sorriso dela era algo novo e incrível pra mim.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro