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Momentos estranhos

Estava meio assustada ao perceber como me sentia à vontade perto de Henri. Desde quando nos encontramos, mantive um pé atrás com ele. O tipo esnobe, playboy não me atraía de jeito nenhum. Mas com Henri era diferente. Eu me divertia com ele. A conversa fluía fácil, como se nos conhecêssemos há muito mais tempo.

Depois que saímos do restaurante, resolvemos passear um pouco. Apesar do frio que começava a soprar, a noite estava muito bonita e o clima entre nós dois estava bem agradável. Queria estender esse momento com ele e entender melhor o que se passava na cabeça de Henri. Fomos andando pela calçada de uma praça que tinha no centro da cidade, sem falar muito. Apenas apreciando. Coloquei os braço ao meu redor para me proteger do vento e ele se virou para mim, percebendo o movimento.

- Com frio?

- Um pouco. - confessei.

- Se quiser podemos voltar. - ele sugeriu.

- Tudo bem. - E realmente começava a fazer mais frio. As estações eram bem definidas aqui, o que significa que quando faz frio, é frio de verdade. Embora ainda estivesse começando a transição de estações, a temperatura a noite já começava a cair bem.

- Por que não vamos ao meu apartamento? - ele sugeriu, maliciosamente eu presumi. Não podia dar brecha mesmo, Henri já tomava proveito.

- Já querendo me levar pra cama Sr. Henri? - questionei.

Ele riu em resposta.

- Não, Sra. Giovanna. Só que lá estará mais aquecido e podemos continuar nossa conversa por lá. Não quero que você adoeça por minha causa. - ele lançou um olhar inocente para mim.

- Nada de segundas intenções, então? - eu me certifiquei.

- Nada de segundas intenções. - ele fez um sinal de juramento com os dedos. - Prometo. - E parecia sincero quando o disse. Eu sabia que precisaria ter cuidado, principalmente se quisesse ganhar essa aposta. Mas não havia mal nenhum em aceitar seu convite, não é?

- Ok! - Eu concordei.

Ele se aproximou de mim, pegou uma mecha de cabelo que estava solta e colocou atrás da minha orelha. O toque dele fez os pelos da minha nuca se arrepiarem. Ou era o frio? Ele seguiu, os dedos percorrendo meu lóbulo até a clavícula.

- Se você quiser segundas intenções também posso providenciar. - Ele disse com a voz aveludada e rouca.

Eu ri da tentativa dele de sedução, escapando do seu toque.

- Muito obrigado pela oferta, mas dispenso. - Eu respondi me afastando. Corria o risco de me deixar levar por aquele olhar intenso que ele me lançava. Por que tudo nele me atraía dessa forma? E por que ele tinha que ser tão gostoso? Que raiva!

Ele olhou pra mim e riu. Como eu não disse mais nada, ele indicou o caminho a frente, continuando a caminhada.

- Vamos?

-Sim. - E de repente eu não estava mais tão segura quanto ao convite. Sabia que seria necessário todo meu autocontrole estar perto dele. Mas eu estava decidida. Não havia cedido até aqui, não ia simplesmente me deixar levar pelo momento.

Fomos para o hotel que por sinal era bem mais luxuoso por dentro. Todos conheciam o nome daquele lugar na Itália mas eu nunca tinha entrado nele. Apenas passava pela frente. Até porque uma estadia nesse lugar com certeza não caberia no meu orçamento.

Observei tudo atentamente, enquanto ele resolvia algumas coisas com a recepcionista. Percebi como ela se inclinava para cima dele, e como ela mexeu nos cabelos de maneira instigante. Revirei meus olhos diante da cena, me perguntando se ele percebia que ela estava se insinuando para ele. Acho que percebia sim, e acho que fazia de propósito. Quase senti pena da recepcionista. Quase. Remexi no lugar onde eu estava, e ele olhou na minha direção. Encerrou a conversa com ela, pegando as chaves e veio em minha direção.

- Algum problema? - ele colocou a palma das mãos nas minhas costas, me conduzindo até o elevador.

- Você está querendo me deixar com ciúmes? - eu soltei, sem nem pensar. Droga, ele poderia ter a impressão errada depois disso.

- Han? - ele olhou em dúvida, tentando entender de onde vinha esse mini ataque.

- Vocês, homens! - bufei em resposta.

Entramos no elevador, e ele ainda continuava com o olhar indagador.

- Realmente não entendi. - ele continuou, querendo mais explicações.

- Vai dizer que você não viu aquela mulher literalmente te comendo com os olhos?

- Quem? - ele estava dando corda ou realmente era tão cego assim? Não era ele o especialista em mulheres? E afinal, por que eu me importava com isso? Eu não deveria ligar para todas as mulheres que se atiram para cima dele, isso parece acontecer com frequência.

Eu ri, tentando soar indiferente.

- Você está brincando, né? - respondi.

Ele cruzou os braços e levantou uma sobrancelha para mim. Tombou a cabeça para o lado, me analisando e medindo minha reação. Um sorrisinho ameaçou se formar no canto dos lábios dele.

- Então você está com ciúmes, Giovana? - ouvir meu nome saindo daqueles lábios tão bem desenhados quase me distraiu da conversa. Mas rapidamente me recompus.

- Não mesmo Sr. Henri. Não existe nada entre nós que desperte tal sentimento. - respondi prontamente. Eu não ia dar esse gostinho para ele, não mesmo. E afinal, nem eu mesma entendia essa minha postura.

Ele me olhou atentamente por um momento, acho que tentando medir se o que eu dizia era verdade. Mantive a expressão neutra e controlada, para que ele não percebesse nada que fosse alimentar a arrogância que ele já expressava abertamente Por fim, ele deu de ombros e resolveu não discutir. Fiquei aliviada, porque não queria ter que me explicar mais.

O elevador apitou, indicando que havíamos chegado no andar que ele estava. Óbvio que era na cobertura do hotel, provavelmente em um apartamento com a diária mais cara que tinha. Seguimos pelo corredor, minhas mãos suando de nervosismo. Quando ele abriu a porta, fiquei espantada com a grandiosidade do quarto que ele estava hospedado. Era quase uma casa.

- Esse lugar é enorme! - exclamei, surpresa.

- Você acha? - ele respondeu, indiferente. Provavelmente ele já estava acostumado com todos os luxos e mordomias do estilo de vida que sustentava. Playboys...

Eu virei para ele, ainda espantada.

- Tá brincando? Isso aqui é três vezes maior que meu quarto. - com certeza caberia umas quatro pessoas hospedadas aqui, tranquilamente.

Ele riu alto e disse:

- Eu não acho tão grande assim não.

Dei um tapa no seu braço.

- Convencido!

Ele passou a mão no local onde eu bati, dizendo:

-Mulher! Isso doeu...

Revirei os olhos em resposta e ele riu da minha reação.

Estava gostando desses momentos de descontração, mas estava me controlando. Sabia que se eu me deixasse levar iria acabar confundindo as coisas e não iria terminar nada bem.

Ele ligou o aquecedor e disse:

- Pode ficar à vontade, vou ligar e pedir um chocolate quente na recepção.

- Sério? Você vai pedir chocolate quente? - me perguntei se em algum momento da vida, Henri tinha chegado perto de uma cozinha, ou se sempre tinha tudo entregue a ele de mão beijada.

- Tem uma ideia melhor? - ele perguntou, soando um pouco inseguro.

- Que tal fazer o próprio chocolate quente? - sugeri.

Ele passou a mão pelos cabelos, um pouco desconfortável.

- Bom... Eu não sei fazer e não tenho os ingredientes... - admitiu por fim.

- Entendi! Homem de negócios. - eu disse, como se explicasse a situação.

- Me dê um minuto e eu já resolvo isso. - ele se afastou.

Ele pegou o telefone, e eu aproveitei para fazer um tour pelo lugar. Era tudo muito formal, e as paredes eram pintadas com cores neutras. Tinha uma janela que ia de cima a baixo, com uma vista incrível da cidade. Comecei a andar pelo apartamento, passando rapidamente pelo quarto. Pensei que deveria ser solitário, passar por quartos de hotéis assim, que não remetiam a lar, nem tinha nada de muito afetivo. Estava distraída tomando notas da decoração, observando o movimento da rua, e não percebi quando ele se aproximou.

- Pedi esse lugar só por causa dessa vista. - eu pulei com sua voz atrás de mim.

Virei para ele, que estava encostado na parede e respondi:

-É realmente lindo daqui de cima. - concordei com ele.

Ele me tirou dos meus devaneios chegou mais perto.

- O que você gostaria de fazer além de desfrutar minha excelente companhia? - ele se postou de pé diante de mim.

- Você se acha hein? - respondi ao seu comentário um tanto quanto narcísico. Alguém em algum momento precisava abaixar a bola desse homem.

Ele riu alto.

- Eu posso, simples assim. - e por um momento não senti nenhuma empatia por ele. Ele estava preso no próprio mundinho e talvez eu devesse proporcionar um choque de realidade qualquer dia desses.

Eu ri falsamente, sarcasmo me dominando. Resolvi mudar de assunto, antes que a arrogância tomasse conta.

- Que tal um filme? - perguntei me dirigindo para a sala de estar.

Não esperei ele responder, e já me sentei no sofá. Ele ficou em pé do meu lado, enquanto ligava a TV enorme.

- Não sei quanto tempo faz que não assisto um... - ele estava perdido em pensamentos, parecendo tentar resgatar uma memória de muito tempo atrás.

Olhei para ele pelo canto do olho, surpresa com sua resposta.

- Uau, parece que essa vida de CEO está te tirando das coisas boas da vida. - respondi, com um pouco de ironia, um pouco de verdade.

Peguei o controle da mão dele e percebi que a Netflix estava instalada na Smart TV do quarto. Ele se sentou ao meu lado, sentindo-se à vontade, com a postura relaxada.

- Nada daqueles romances bregas né? - ele fez careta para a ideia de romances. Típico.

- Que tal uma comédia? - sugeri.

- Que tal terror? - argh. Deveria ter previsto isso vindo. Era a cara dele.

- Vamos ficar com um de ação então. - rebati.

Ele concordou procurei algo no catálogo que pudesse agradar nós dois. Velozes e Furiosos. Acho que serviria para o momento. Enquanto eu colocava o filme, alguém bateu na porta.

- Nosso chocolate. - ele saiu animado.

Ele foi atender a porta para pegar o chocolate quente e aproveitei e corri para o quarto dele, a procura de alguma coberta. Ainda estava sentindo frio, e a temperatura só abaixava. Quando ele voltou, eu já estava enrolada em um edredom.

- Roubando minhas cobertas? - ele me entregou a minha bebida.

- Sim. Apesar do aquecedor ainda estou com frio. - estremeci em resposta.

- Então chega pra lá porque também quero um pouco dessa coberta... - e foi se enfiando debaixo do edredom, ao meu lado.

Ele se encolheu junto de mim, e começamos a assistir o filme. Eu estava finalmente aquecida e muito à vontade no sofá. Então não sei em qual momento eu adormeci. Só acordei por causa do barulho do despertador e quando vi eu estava deitada abraçada com ele no sofá. Levantamos assustados e eu disse:

- Dios Mio! O que aconteceu? - eu saí desesperada em busca dos meus sapatos.

Ele me olhou, achando graça da minha reação e respondeu despreocupado:

-Dormimos. - e deu de ombros.

- Essa parte eu entendi! - Comecei a me calçar. Droga, eu não deveria ter aceitado esse convite.

- Você está preocupada com seus pais? Se não... - ele começou a se levantar, percebendo minha aflição.

- Não! Eu avisei a minha família! O problema é: que barulho foi esse?

Ele começou a gargalhar, surpreso com a minha resposta. O que me deixou ainda mais irritada

- Esse é o problema? - por que ele estava tão calmo?

- Sim! Atrapalhou meu sono!

- Você falou o que com eles? Com seus pais, eu digo. - ele perguntou, me distraindo da irritação anterior.

Parei por um momento, me ajeitando.

- Preocupado? Falei que iria dormir na casa da minha tia. - respondi prontamente.

- Que feio, Giovana. Mentindo para os pais assim. - ele balançou a cabeça em desaprovação.

- Era pra eu ter dormido mesmo. - respondi me justificando. - Mas na madrugada eu liguei para minha prima, e ela conversou com minha tia. Elas sempre me ajudaram nesse aspecto.

- Então quer dizer que você já fez isso antes. - ele olhou com olhar inquisidor, genuinamente interessado.

- Dormir com alguém? Claro! Mas não saio contando isso para meus pais... - estremeci, só de imaginar a reação do meu pai.

Ele fechou a cara, e eu fiquei curiosa com sua reação. Não era o que eu esperava.

- O que foi? - perguntei.

-Nada. Só que estou atrasado para uma reunião. - ele respondeu abruptamente. Seu humor mudou repentinamente e eu me perguntei o que tinha dito para afetar ele dessa forma.

- Ah, sim. Você não quer tomar um café? Eu conheço uma cafeteria muito boa aqui perto. - sugeri.

Ele passou a mão pelo cabelo e percebi que fazia isso quando estava nervoso.

- Eu realmente tenho que ir. Mas se precisar eu te dou um dinheiro... - ele começou a arrumar qualquer coisa pelo apartamento.

- Como é? - perguntei baixinho, perplexa com a sua frieza e grosseria.

- É... - ele se mexeu, desconfortável.

- VOCÊ ESTÁ ACHANDO QUE EU SOU O QUÊ? - ele só podia estar brincando. Já era a segunda vez que ele agia assim comigo.

Como ele pôde insinuar que eu sou do tipo de mulher que ele passa a noite e paga um café no outro dia? Peguei o resto das minhas coisas que estavam no chão e me dirigi até a porta. Mas antes que eu alcançasse a maçaneta, ele me puxou pelo braço.

- Giovana, espera. Não foi isso que eu quis dizer...Eu... - ele começou a se explicar. Mas eu não estava afim de ficar escutando as desculpas esfarrapadas dele. Já tinha ouvido mais do que eu precisava.

Soltei meu braço e o encarei.

- Não sou do tipo que você está acostumado a se relacionar, Henri. Não sou mais uma curtição sua. Só não vou te dizer onde colocar esse dinheiro porque meus pais me deram educação!

Saí batendo a porta com força! Entrei rápido pelo elevador antes que ele pudesse considerar vir atrás de mim. Entrei no primeiro táxi que eu vi fora do hotel, e fui para a casa da minha tia sem olhar para trás.

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