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Contratempo

Acordo para mais um dia de trabalho e como tem sido nos últimos tempos, meu dia começou irritantemente estressante! O despertador tocou, embora eu ainda não tivesse descansado o suficiente da noite anterior. Na medida que vou despertando, lembro que tenho uma reunião com os assessores da joalheria. Meu trabalho de CEO exige muito de mim, e eu não posso dedicar menos do que cem por cento para manter o negócio da família de pé. Meus antecessores haviam trabalhado duro para que nossa marca tivesse alcançado o prestígio que tem hoje, e era meu dever manter nossa companhia nos eixos. E crescendo.

Me levantei somente para perceber que a minha companhia da noite anterior ainda estava aqui. Isso não ia ser nada agradável. Mas eu não tinha muito tempo a perder, já que estava quase me atrasando para a reunião. Não me lembrava do seu nome e menos ainda da noite anterior. Saí devagar para não acordá-la e fui direto para o banheiro. Fiz minha barba, escovei os dentes e tomei um banho rápido. Quando cheguei no quarto, a moça tinha acordado e me olhava com um beicinho.

- Você já tem que ir? - ela perguntou com voz de sono.

- Sim. E você também. - soou rude e frio, mas ela ia sobreviver.

Ela me olhou assustada e disse:

- Como assim? - o tom de irritação dela não era algo que eu queria lidar no momento. "Eu não sou do tipo que toma café da manhã juntos e dá flores, baby." Ela deveria ter percebido a essa altura.

- Hã...Eu preciso ir. Vou deixar um dinheiro para você pegar um táxi e, se quiser, tem comida na geladeira. - droga, eu já estava prestes a me atrasar.

- Como você pode me tratar assim depois de tudo? - tudo? A gente transou e foi isso. Eu não tinha tempo para lidar com ressentimentos. Mal nos conhecíamos. Tinha que lidar com uma diretoria afoita agora. Não com... com isso.

Terminei de colocar meu terno e o relógio e disse:

- Preciso realmente ir. - e me dirigi para a saída.

Saí do quarto e deixei ela me xingando de todos os nomes possíveis. Sim, eu era isso tudo. Mas não me importava. Liguei para o Jair:

- O carro já está pronto? - esperava que ele captasse a urgência na minha fala.

- Sim, senhor. - alívio.

- Ótimo! Já estou descendo.

Peguei o elevador e já cheguei entrando no carro e fomos para uma das sedes da joalheria em Londres, onde fica o escritório principal. Entrei no elevador e fui direto para o último andar, onde ficava a minha sala. Cumprimentei a Janice, minha secretária, que disse:

- O pessoal já está esperando-o, senhor Henri.

- Ótimo! Estou indo. Janice, pode levar um café preto, expresso, na minha sala, assim que a reunião terminar?

- Claro, Sr. Henri.

Peguei a papelada e fui direto para a sala de reuniões. Cumprimentei todos e ficamos horas debatendo sobre finanças, administração e a construção de uma nova joalheria na Itália. Os planos de expansão estavam agora direcionados ao mercado internacional, uma vez que o mercado nacional já estava dominado. Tradição e qualidade nos levaram ao topo do mercado de joias, e não tínhamos planos de parar.

Quando meu bisavô começou esse negócio, em um pequeno beco das ruas de Londres, fazendo joias únicas a mão, creio que jamais imaginaria quão longe a Williams's chegaria. Ser uma marca reconhecida mundialmente, parece que um sonho estava se realizando.

Estava divagando sobre isso quando, em certo momento, Diogo, diretor de projetos, disse:

- Como o senhor gosta de tratar desses assuntos pessoalmente, marcamos uma reunião, amanhã, às quatorze horas, na Itália. Seu jatinho já está preparado! - eficiente como sempre. Minha equipe não deixava escapar nenhum detalhe importante.

- Ótimo, Diogo! Só preciso arrumar minha mala e amanhã cedo estarei lá. - uma viagem à Itália... Eu não estava preparado, mas aqui estávamos acostumados a todo tipo de demanda de última hora. E eu estaria na terra dos bons vinhos e das lindas mulheres. Poderia aproveitar um pouco esse passeio a trabalho. Hmmm...

Todos concordaram com os ajustes finais do projeto que havíamos começado há meses e eu encerrei a reunião naquele dia. Detestava reuniões como essas, extensas e massivas. No final, eu sempre estava estressado, ou sob pressão por algo e o único lugar onde eu me acalmava era o setor de design de joias.

O resto do dia correu tranquilo, embora eu tivesse que deixar todas as pendências em dia, já que viajaria no dia seguinte. Nem vi as horas passarem quando a escuridão tomou conta do meu escritório. Percebi que estava sozinho, e desliguei meu notebook, encerrando o meu expediente.

No outro dia, dei uma passada no setor de design para ver como estavam as coisas por ali. Entrei na sala e a Ariana, e ela estava tão concentrada que nem percebeu minha presença ali. Limpei minha garganta para anunciar minha chegada a sala dela, e ela virou-se para me encarar com aquele ar sarcástico de sempre.

- Pensei que não viria hoje. - ela disse, arqueando a sobrancelha bem feita para mim.

- Bom dia pra você também. - disse em tom de divertimento.

Ela riu e me deu um beijo no rosto. Ariana é a minha irmã e, assim como eu, adorava desenhar joias. Porém, quando meu pai faleceu, eu tive que assumir a parte complicada e burocrática da empresa. Deixei a diversão toda para minha irmã. Devo admitir que ela era muito melhor do que eu no design. E minha visão foi confirmada assim que olhei o projeto atual em que ela estava trabalhando:

- Ficou maravilhoso, Ari! - eu estava realmente impressionado e maravilhado pelas novas peças.

- Que bom que gostou! Demorou, mas saiu a nova coleção. - a voz dela tinha um toque de admiração pelo próprio trabalho. Que orgulho eu tinha da minha irmãzinha.

Sorri para ela e fiquei contemplando o desenho. Com certeza as vendas iriam disparar com essas criações. E eram perfeitas para a abertura da filial. De repente tive uma ideia.

- Ari, e se eu levar uma dessas peças para mostrar aos investidores da Itália?

- Como assim?

- Acho que uma olhadinha nessa coleção poderia atiçar eles ainda mais. Eu acredito que o negócio já esteja fechado, mas um gostinho da nova coleção vai os deixar mais inclinado a aceitarem os nossos termos.

- Tem certeza? Ainda tenho que trabalhar na finalização das peças e elas nem foram polidas ainda.

- Eu sei disso. Mas como eu disse, uma olhada exclusiva pode ajudar e muito a amolecer aqueles corações italianos brutos. - eu disse com divertimento.

- Tudo bem, então leva esse anel aqui. Ele está quase totalmente finalizado, e eu tenho outra peça dele aqui. - eu peguei a peça de ouro branco.

Nesse instante, Janice entrou na sala, dizendo:

- Senhor, o jatinho já está à sua espera e suas malas estão prontas. - era minha deixa.

-Ok! Estou indo.

Abracei minha irmã, agradecendo:

- Obrigada, irmã. Estão magníficas. Se cuida!

Ela sorriu e disse:

- Você também!

Saí da sala e fui para a área externa, onde o motorista me esperava para levar até o aeroporto que o jatinho estava. De lá, seguimos direto para a Itália e durante o voo, aproveitei para rever o projeto e me preparar para a reunião. Como era uma viagem longa, acabei pegando no sono e só despertei quando aterrissamos na Itália.

Assim que desci, pude sentir uma brisa leve e respirei fundo. O clima estava ameno e eu tinha cerca de quatro horas para descansar. Peguei o carro e segui a rota do GPS no celular. Estava apreciando a vista, quando senti o carro começar a falhar. Xinguei mentalmente a empresa de aluguel e abri o capô do carro para tentar ver de onde vinha o problema.

Olhei o motor, verifiquei a água, mas não consegui detectar o problema. Peguei o celular para ligar para o Diogo, quando vi que não havia sinal. Droga! Eu estava no meio do nada e sem celular! Ia acabar me atrasando para a reunião, o que estava fora de opção. Era nossa mais importante reunião com os investidores daqui e eu precisava causar uma boa impressão.

Guardei-o no bolso e fui andando para ver se achava alguém para me ajudar. Encontrei uma lojinha no meio da estrada e resolvi entrar. Não tinha nada a perder. Um sino tocou na porta anunciando a minha entrada e percebi que era uma mercearia. O lugar era bem ajeitado, com uma decoração retrô. Na bancada tinha pãezinhos à venda, junto com outras comidas que pareciam típicas e caseiras. Qualquer turista faria a festa naquele lugar. Mas eu não estava ali para turismo e tinha que arrumar uma solução para a minha atual situação.

Cheguei no balcão e esperei alguém aparecer. Arranhei meu italiano com um "Ciao", mas não tive uma resposta. Estava começando a desconfiar de que talvez estivesse sozinho nesse lugar quando de repente, uma moça responde:

- Em que posso ajudá-lo?! - ela diz com a voz suave, mas ainda assim firme.

Eu me viro novamente para o balcão e fico surpreso com o que meus olhos encontram. Quando encarei ela, algo dentro de mim se atiçou! Ela era linda! Morena, com cabelos pretos lisos, presos em um coque bagunçado. O corpo escultural, com curvas perfeitas! Mas o que mais me atraiu foi o sorriso exibindo covinhas, que iam até os olhos castanhos. Fiquei encarando-a, sem conseguir dizer uma palavra sequer, até que ela me chamou de volta para a terra:

- Senhor? Está tudo bem? - os olhos me censurando porque estava encarando descaradamente.

Voltei dos meus devaneios, me repreendendo mentalmente pela falta de senso, e respondi:

-Sim! Não! Quer dizer, meu carro estragou na estrada e o meu telefone está sem sinal. Preciso de ajuda. - "Henri, para de agir como adolescente. É só uma mulher, pelo amor de Deus"."

Ela me olhou pensativa por um instante. Esperava não ter dado a impressão errada àquela moça, porque eu realmente esperava que ela fosse me ajudar. Depois de alguns instantes ponderando, ela finalmente disse:

- Não tem sinal por aqui mesmo não. Sinto muito. Se o senhor esperar um pouco, te levo até onde precisar e lá você chama o reboque.

Ela estava mesmo oferecendo ajuda a um estranho? Aquilo foi muito gentil. Ela tinha acabado de me conhecer. Embora eu pudesse em algum momento alertar a ela sobre oferecer caronas a estranhos, eu não ia me objetar a oferta. Agradeci a ela, e aceitei, enquanto ela fechava a loja. Ela entrou no estabelecimento e saiu com uma chave na mão. Pediu para acompanhá-la e a segui. Chegamos perto de um Siena antigo e ela se acomodou no banco do motorista. Assim que entrei, ela disse:

- Coloque o cinto. - e o tom de sua voz era imperativo. Aliás, toda a presença dela se fazia imperativa. Essa moça parecia do tipo que entrava nos ambientes mostrando quem manda. Quase intimidadora.

Obedeci sem contestar, e a essa altura eu faria qualquer coisa que ela me mandasse. Não por sua postura, mas pelo simples fascínio de seguir a ela.

- Para onde o senhor vai? - ela interrompeu meu ligeiro devaneio.

- Para o hotel Nostra Italia. - respondi prontamente.

- Ok!

Assim que o carro deu partida, nem eu nem ela dissemos nada e eu fiquei observando-a pelo canto do olho. Ela parecia tranquila. Mesmo sem me conhecer, estava a vontade. Me perguntei se ela estava acostumada a isso, dar carona a estranhos. Ou ajudar um desconhecido assim. Estava me perguntando mentalmente tudo que eu queria saber sobre essa mulher, e antes que meus pensamento pudessem caminhar por caminhos luxuriosos, decidi quebrar o silêncio:

- Aqui tem paisagens lindas! - comecei.

- Tem sim. - curta e direta.

Novamente o silêncio.

- Como você se chama? - eu decidi tentar de novo.

- Meu nome é Giovanna e o seu? - e percebi que ela só estava mantendo um esforço para ser educada. Ou simplesmente não queria papo. Não sabia dizer e não conseguia ler em nada essa mulher. Eu, que estava acostumado a saber exatamente o que elas queriam.

- Eu sou Henri, dono da joalheria que vão abrir aqui. - não que ela tivesse interesse em saber sobre a Williams's. Mas eu estava tentando manter ela falando. Quem sabe eu descobrisse mais sobre ela?

Minhas suspeitas se confirmaram, quando ela acenou, em um sinal de claro desinteresse. Como se eu tivesse acabado de dizer que mais um mercado ia abrir na esquina da casa dela. Aquela mulher era realmente intrigante e eu estava fascinado por isso!

Seguimos a estrada sem que ela falasse nada, até parar perto de um hotel que julguei ser o meu. Ela encostou o carro e disse com um sorriso:

- Chegamos! - e sua voz era neutra.

Peguei minha carteira e perguntei:

- Quanto te devo?

Ela me olhou no fundo dos olhos e pela primeira vez eu vi sinal de emoção vindo dela. Ela parecia profundamente ofendida com meu gesto, e disse em tom sério:

- Não quero seu dinheiro, moço. - sua firmeza me fez sentir desconfortável de ter oferecido para pagar a carona.

- Mas...

- Só fiz uma boa ação mesmo. - seu tom de raiva me assustou, e me perguntei o que aquilo significava para ela.

Ela pareceu chateada com minha postura e antes que eu saísse, disse:

- Vocês, estrangeiros, têm essa mania de achar que tudo envolve dinheiro. Bom, se o senhor não se importar, eu preciso ir. - e acho que era minha deixa para ir.

- Eu...é...obrigado! - como eu fui tão estúpido assim? Mas não parecia nada de mais para mim naquele momento querer retribuir a ajuda. Eu estava sem palavras, então só saí do carro sem dizer mais nenhuma palavra. Que péssima primeira impressão eu tinha causado.

Ela balançou a cabeça e me deixou na porta do hotel acompanhando o carro sumir. O que foi aquilo? Qual era o problema dela? Balancei a cabeça, tentando não pensar no que tinha acabado de acontecer e entrei no prédio. Peguei as chaves da suíte e subi para o quarto, sem conseguir tirar aquela garota da minha cabeça. Ela não aceitou o meu dinheiro e pareceu ofendida com a pequena menção do dinheiro que eu tinha oferecido! Tirei o terno e deitei na cama. Liguei para o Diogo e pedi que mandasse alguém rebocar o carro. Assim que desliguei, resolvi descansar um pouco antes da reunião. Mas no minuto que eu cai na inconsciência, aquela mulher voltou nos meus sonhos. E que sonho!

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