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capítulo único


One shot ácida para vocês, quando as coisas começarem a pegar fogo recomendo ouvir a música
Play with Fire de Sam Tinnesz
hehe

Boa leitura

;)


Existem certos momentos da vida em que possuímos absoluta certeza do que gostamos e do que detestamos, definitivamente. Na maioria das vezes isso começa logo nos primeiros anos de uma criança, quando a mãe tenta dar algum legume ou verdura, como brócolis, e a criança rejeita o sabor e a aparência estranha do alimento, dali em diante se torna um verdadeiro desafio fazer aquilo ser incluído em sua dieta novamente.

Algumas outras vezes, passamos a odiar com o tempo. Como vizinhos que chegaram na rua há pouco tempo, sendo simpáticos e normais, mas que quando se instalaram adequadamente se provaram arruaceiros. Festas até tarde com estranhos pisando em seu gramado, som alto e filhos que gritam a plenos pulmões na luz do dia são uma receita perfeita para gradativamente criar o famoso ranço.

Já o que se passava dentro dos portões de Junípero High dentro de uma certa mente era muito mais complicado de explicar e definir. Alguns podem dizer que aquilo era pirraça, outros brincadeira e até alguns outros um ato de violência. Mas a opinião que mais importava era do rapaz que estava despreocupadamente aguardando a vez na fila do almoço no refeitório, tentando decidir entre lasanha e bolo de carne, já não era como se houvesse muitas opções naquele precário colégio. Mas isso não importava para ele, só esperava que aquele dia fosse o mais pacífico e tranquilo possível. Iria pegar seu almoço e comer atrás da quadra acompanhado do seu amigo que não tem escolha a não ser segui-lo para essa refeição em local fora do comum, quase numa gestão de crise.

"Hey, Demi" chamou o amigo pelo apelido carinhoso, "O que está pegando, mano? Eu não quero ficar dando bandeira aqui"

Em seu estômago revirava mais a ansiedade de sair do lugar em que ele se sentia exposto do que a fome em si.

"Foi mal pela demora cara, eu estava falando com a galera do clube de luta greco romana, eles vieram atrás de mim outra vez pra tentar te convencer a voltar, por que não dá uma chance?"

"Você já ouviu a expressão 'prefiro ter paz do que ter razão?' Meu lema de vida agora é esse" concluiu o jovem, pegando seu pedaço de lasanha e um suco de caixa sabor uva que abriu no mesmo instante."

"E existe razão em sair de um clube de esporte que você gostava por causa de alguém implicante e mal amado? Por que você não reage? Isso nem parece você!"

Desabafou o garoto mais pálido optando por bolo de carne, ele não confiava no molho enlatado que costumavam usar na lasanha da cantina.

"Estamos no último ano, Demi. Só faltam alguns meses, e eu vou estar..."

Ele não teve tempo de terminar a frase, uma das coisas que ele mais temia aconteceu, se ao menos Demetri não tivesse demorado tanto, isso provavelmente não teria ocorrido e eles já estariam atrás da quadra prontos para comer.

O impacto foi forte, não tanto como seria se tivesse sido atingido por uma pedra ou um pedaço de madeira, mas a intensidade do objeto batendo em sua dorsal não o afetou tanto como o resultado disso. Ele se sentiu bastante molhado, o líquido viscoso escorria sobre suas costas enquanto um montante permanecia grudado no meio da parte de trás de sua camiseta.

"Merda! Foi um Milkshake de morango, Demi ", conclui o garoto ao verificar com os dedos o que o tinha melado.

"Olha pelo lado bom, não foi a sopa da cantina"

"Obrigado pelo consolo, agora vou ter que ir até o achados e perdidos ver se encontro outra roupa lá"

"Agora eu fiquei confuso, não é lá que você arruma todo o seu guarda roupa? Eu ouvi falar que uma garota largou um top da target, de repente pode servir em você, e tu devia andar mais atento, eu arremessei o Milkshake ruim no lixo e acertou em você, fica esperto."

Disse altivo o garoto que dissipava e destilava todo seu ódio sem filtro algum.

"E acho melhor você pegar uma pá e um pano de chão, o seu almoço está sujando o porcelanato, você não vai querer que alguém escorregue nessa merda, né?"

O rosto do garoto afetado não esboçava expressão, não havia sinal de sentimento, quem observava a cena de fora realmente se perguntava o que se passava na mente do garoto de cabelo cacheado. Ele tinha um coração de pedra? Era por isso que agia friamente?

É incomum nesse tipo de situação não ter reação.

"Hora de dar o fora, Miguel"

Demetri a essa altura já estava extremamente impaciente, ver o amigo passando por aquele sufoco o deixava bastante estressado então ele estava pronto para intervir, ignorando o fato de que estava entrando no meio do fogo cruzado. "Eu divido meu almoço contigo, Diaz"

"Não, não, você sujou, você limpa, sua mãe não te deu modos? Ou você prefere que a gente chame ela aqui pra limpar já que você não consegue" e apontou para o chão, onde residia o que era pra ser a sua refeição.

"Cara, você não tem que fazer isso" Demetri já estava aflito, queria salvar o amigo daquele embaraço mas não sabia como. Já Miguel, não teve outra atitude a não ser ir pedir um esfregão, desinfetante e um pano de chão a Carmen, que havia chegado só agora para seu posto na cantina.

"Miggy, você tem mesmo que fazer isso? Se quiser falar com o diretor, vai ter o meu apoio"

Ele em resposta balançou a cabeça, e respondeu: "só me empresta por favor pra eu acabar de uma vez com isso."

"Estou interrompendo alguma coisa?" O jovem Keene não estava brincando, ele estava determinado a realmente não deixar o mais alto sair de lá sem que ele limpasse cada centímetro do chão que ele sujou por conta daquela 'pegadinha' nada humorada. Pelo menos não sem que aquilo se transformasse de um inconveniente a um caos.

Somente desejando sair dali o mais rápido possível com o menor dano que pudesse, ele foi até a bagunça no chão, molhou o mop na água com desinfetante e o torceu usando o dispositivo do esfregão.

"Não" dessa vez foi mais alto, "Foi o Diaz que fez a bagunça, então então vai ser o Diaz que vai limpar, ninguém pediu sua ajuda, magrelo". Certamente Demetri não contava que Robert teria essa reação depois que ele pegou uns papéis toalhas de dentro do dispenser do refeitório, para catar os restos de lasanha.

"Você se acha dono do mundo só porque..."

"Demi só me deixa" interrompeu o amigo ". Demetri de branco folha de papel ofício estava indo para um tom de camarão, ele nem de longe era alguém esquentado mas ver aquilo ficando cada vez pior o estava transtornando.

"Alguém ainda vai dar uma lição em você um dia, e eu espero estar lá pra ver de camarote..." Disse, sem saber que infelizmente não estaria.

"Nunca entre em uma guerra que não possa vencer, peixe morre pela boca, Demetri" cuspiu as palavras com raiva disfarçada de deboche.

"Só sai daqui, cara, por favor. O problema dele não é com você é comigo, não piora as coisas"

Tentando não dificultar mais ainda a vida do amigo, o rapaz mais magro se afasta e Miguel começa a juntar os pedaços da massa que agora estão sujos de poeira com o auxílio do papel toalha que o amigo lhe entregou, então os joga no lixo e usa o mop de maneira habilidosa para limpar os vestígios.

Sua nuca está queimando, e quem dera fosse apenas por estar sendo assistido por Demetri e o próprio 'bully', mas na verdade ele sabia que todo aquele silêncio no refeitório, que costumava ser barulhento, era porque todos ali presentes estavam assistindo àquele show de horrores calados. Várias coisas se passavam na mente do mais alto, todos temiam ao menor que também o observava, ou simplesmente não se importavam o suficiente consigo para intervir, independente do que fosse, a tensão era tão densa que dava para cortar com uma faca. Um aluno obrigou o outro a fazer a limpeza no refeitório, não porque se incomodava com o bem-estar do colégio,o mesmo já foi visto jogando papel de bala no chão, assim como bolas de papel espalhadas pela sala de aula, e até feito uma pichação que todos sabiam que era culpa dele mas de que ninguém tinha coragem de acusá-lo.

Ao terminar de limpar, levou o material de limpeza de volta a Carmen e agradeceu, enquanto ela disse baixo um "sinto muito, querido", tentando o confortar por ter sido feito de capacho na frente de todas as turmas ali presentes no refeitório.

"Eu gosto assim" sorriu Robby.

"Tudo limpo?" Nem mesmo Miguel sabia porque devolveu aquela pergunta, mas ele queria tentar entender o outro. "Não, gosto de pôr você no seu lugar, vá trocar essa camisa, Diaz antes que ela comece a pingar esse Milkshake e alguém escorregue. Ele sorria, aquilo provavelmente era divertido para ele, mas para Miguel isso não tinha graça nenhuma.

...

"Qual a porra do problema dele?" Vociferou Demetri, ele mesmo nem se reconhecia, mas mesmo que não fosse o alvo principal do Keene, assistir àquilo tudo sem poder arrumar uma solução ou intervir de maneira saudável e efetiva o desestabilizava, nenhum jovem deveria passar por isso.

"Eu também queria saber, juro a você, Demi" respondeu o garoto fuçando nos achados e perdidos, não havia muitas opções para ele ali então assim que achou um blusão cinza com uma mancha na parte inferior da barriga que ele torceu pra que fosse de óleo ou algo assim, vestiu, ou era isso ou era ficar sem camisa o resto das aulas.

"Vou ao vestiário me limpar" disse o Diaz já se retirando do achados e perdidos, seguido pelo amigo.

"Eu queria saber quando tudo desandou" pensou alto o Demetri, enquanto Miguel estava de frente para o espelho, ele usava novamente papel toalha agora com um pouco de água para limpar as costas do amigo.

"Eu não tenho certeza, Demi, eu e ele nos conhecemos há mais tempo do que eu conheço você, acho que foi quando eu tinha dez a onze anos mais ou menos, minha mãe e eu havíamos chegado do Equador com a minha Yayá havia pouco tempo, as coisas não eram fáceis sendo estrangeiros em um país sem conhecidos e minha mãe conseguiu uma vaga de cozinheira ajudante na casa dos Keene, assim minha mãe me conta."

Demetri nesse momento já jogava mais papel toalha no lixo e pegava mais pra tentar tirar aquela gosma grudenta das costas do amigo.

"Minha mãe disse que a senhora Keene não se incomodava que ela me levasse para a sua enorme casa, então enquanto ela trabalhava, eu acabava brincando com ele"

"Ele devia ser um pentelho bem irritante né" e Miguel ponderou como se buscasse a memória nos arquivos dentro de sua cabeça. "Na verdade, pelo que me lembro era bem o contrário..."

"Não vai ter jeito Diaz, tira a roupa aí"

Miguel olha para o amigo através do espelho com olhar arregalado.

"Não vai pagar nem um jantar antes?"

Disse com um olhar divertido.

"Deixa de ser besta, isso tá virando uma lambança em suas costas, e tem um chuveiro logo ali, tu toma uma ducha veste a roupa e a gente volta a tempo pra terminar de cumprir nossa pena que é esse inferno de escola."

"Boa idéia" sem demora o mais alto tirou os tênis, e as meias desabotoou o cinto, desceu a calça jeans e entregou ao mais claro, e em seguida aproveitou a oportunidade e pegou o seu smartphone surrado e de tela trincada e tirou uma selfie (em que pegava o seu corpo definido pelo seu trabalho pesado e prática em esportes) e também capturava o seu amigo que estava segurando as peças, e postou nos stories com a legenda, 'ele ama ser meu lacaio fiel', depois colocou o celular na pilha que ele já segurava.

"Eu espero que você não tenha postado essa foto de cueca comigo aparecendo do seu lado, pervertido."

O garoto abaixou a cueca box preta e jogou na cara do amigo.

"Vai abusando da sorte, Diaz," Miguel gargalhou e foi para o box de chuveiro aberto que ficava de frente aos armários daquele vestiário pequeno.

"Eu devia dar um fim na sua cueca pra você ficar até a hora de sair com suas coisas balançando na calça jeans"

"Até parece..." Respondeu entrando debaixo do chuveiro frio enquanto Demetri sentava no banco logo à frente.

"Você disse que era o contrário, ele não era irritante?"

"De maneira alguma, ele era só um garoto pequeno"

"Mais?"

"Sim, ele era menor que hoje Demetri, se bem me lembro ele sempre foi gentil, minha mãe dizia que a gente não se desgrudava e que eu gostava muito de brincar com ele de pique-esconde, futebol, bonecos e carrinhos, essas coisas de criança."

"Não dava pra prever que ele ia crescer e ter esse ódio todo de você, houve alguma briga em algum ponto?" Tentava entender o garoto mais magro.

"Não sei, acho que até os 13 ou 14 anos de idade nos dávamos bem, a gente ainda jogava futebol na mesma quadra, e era ainda melhor porque foram chegando na vizinhança você e outros novatos de Chicago, então as partidas eram certas, lembra?"

"Lembro sim, quase três vezes na semana", o mais alto respondeu.

"Foi aí que eu comecei a sair de rolê com a galera quando dava, e o contato com ele foi esfriando" Miguel continuou. "Eu só não ia imaginar que no reencontro ele não ia me reconhecer e ainda ia me tratar como inimigo".

Comentou o moreno deixando que a água molhasse seus cabelos.

"Demi, tem toalha, e shampoo no meu armário, pega pra mim por favor?"

"Não acredito que você tem toalha e shampoo no armário mas não tem uma camisa extra, espera aí."

Em pouco menos de um minuto em que Demetri tinha ido pegar as coisas para Miguel, o garoto ouviu a porta do vestiário abrir bruscamente ao longe.

"...Esse povo fala demais, isso sim"

Miguel infelizmente conhecia o dono da voz.

"Não foi uma nem duas pessoas que me afirmaram o que viram, Robert! Você acha que a minha escola é um circo? Eu sou uma piada para você?"

"Aquele menino estava andando distraído no corredor e derrubou a comida por falta de atenção, eu só incentivei que ele mesmo fizesse isso para evitar acidentes."

"E onde entra a parte em que você, arremessou uma vitamina nas costas dele?"

"Em primeiro lugar, não era uma vitamina, não sou uma tia fora de forma tentando ter o corpo da Gisele Bundchen, era um Milkshake e eu arremessei no lixo não tenho culpa que ele atravessou o meu caminho"

Então Miguel ouviu um baque, como se algo tivesse batido em um armário, e era isso mesmo, era o corpo do Keene que estava pressionado nele.

"Você está vendo algum palhaço por aqui, moleque?"

As mãos do diretor seguravam a gola da camisa bem engomada do mais baixo.

"Quer que eu me arrependa de ter te colocado como presidente do Grêmio estudantil? Você não acha que foram só suas habilidades que te colocaram lá, no grupo de debate e o de luta, ou acha? Eu suporto os seus caprichos estúpidos de menino mimado, o seu temperamento forte, seu humor ácido, mas não vou admitir que você jogue o meu nome no lixo criando um vexame ridículo daqueles novamente, você me entendeu?"

E Miguel pôde ouvir outro baque surdo no metal, era mais uma vez o corpo de Keene sendo jogado contra o armário.

"VOCÊ ENTENDEU?" Os olhos do mais velho fumegavam: "Sim, pai, entendi."

Então, Johnny soltou a camisa do garoto e deixou o vestiário, enquanto Robby ainda vacilando pelos esporros que levou, foi com suas roupas em direção ao chuveiro, ele gostava de sair do colégio já de banho tomado antes de ir para o curso preparatório para a faculdade. E deu de cara com um Miguel extremamente desconfortável e dentro do chuveiro. O moreno pôde observar um semblante que ele não tinha visto ainda nos olhos do Keene, parecia de desamparo, ele queria dizer alguma coisa, algo que servisse de conforto, ou apenas dizer algo como -cara, paternidade é uma merda, né- qualquer quebra-gelo que fosse útil para a situação do menor e que até pudesse amenizar a tensão entre eles, mas antes que pudesse se decidir...

"Foi mal a demora, cara, eu vi o diretor e o filho pentelho dele entrando aqui na maior treta, preferi esperar eles saírem... Puta merda" o 'filho pentelho' estava bem ali, digamos que o poder de observação não é o maior forte do garoto mais claro.

O ódio já era visível no rosto de Robby, e ao ver ele abrir a boca Miguel o cortou antes que as coisas ficassem piores.

"Desculpa pelo Demetri, finge que a gente nunca esteve aqui" e tomou a toalha e as outras coisas arrastando o amigo da área do chuveiro indo para o outro lado vestindo sua roupa o mais rápido possível,

"Puta que pariu, Demetri, presta atenção, mano! Olha a enrascada que tu ia meter a gente."

"Quando vi o diretor saindo pensei que ele tivesse ido junto, brother. Ainda bem que eu não sou ele"

E mesmo que sussurrando Robby ainda ouvia aquilo...

...

Era em média cinco horas da tarde daquela quinta. Robert já havia terminado suas aulas extras e estava voltando para o colégio para pegar o notebook que havia deixado na sala do Grêmio, ele preferiu estacionar a sua BMW na parte de trás do estacionamento por ser mais rápido entrar pelos fundos e chegar até a sala sem precisar rodear os demais pavimentos.

Ao parar o carro e olhar pela janela, viu uma cena inusitada, Miguel estava saindo pelo portão com uma sacola pela metade de polpas de frutas e numa outra tinha alguns pacotes de biscoito. Havia uma pilha de garrafas empilhadas fora da caçamba de lixo, e o rapaz parecia suado e sujo.

Ele poderia ter sido razoável e ponderado, tentado entender o que estava se passando ali antes de tomar uma atitude, mas não, pegou seu iPhone 14 pro Max e mandou uma mensagem a quem ele sabia que ia tomar uma atitude à altura do que era merecido por ele.

- Você não vai acreditar, eu descobri quem estava mexendo no lixo do colégio, era aquele garoto filho da puta da competição, ele está aqui do lado de fora revirando tudo e ainda está roubando comida do refeitório!

- Ele está fodido, chego aí em dois minutos.

O homem ficou tão empolgado com a notícia que em pouco mais de um minuto chegou à parte dos fundos do colégio pegando em flagra o rapaz, com a mão na massa por assim dizer.

"Eu sabia que íamos ter problema com você, eu sempre soube."

"Senhor Silver, não é o que parece, eu posso explicar."

"Pode até tentar explicar, Diaz, mas roubo e vandalismo nesta instituição só produz um resultado, expulsão. Eu, no seu lugar, não gastaria saliva"

"A culpa na verdade foi minha, ele fez isso porque eu pedi só por isso, não puna a ele, puna a mim vice-diretor", disse Carmen já com os olhos cheios de lágrimas.

"Pois bem, então aguarde o segurança, ele vai te conduzir para que pegue seus pertences, e somente" Fez questão de frisar "seus pertences, e em seguida vá a minha sala assinar a sua demissão."

"Senhor Silver, por favor!"

"Não precisa se preocupar não darei justa causa, vou levar em conta que é a primeira vez que acontece, e que por serem imigrantes não devem entender os bons costumes que temos aqui na América, mas com essa lição a senhora irá aprender."

E virou para o jovem que ainda estava no carro e cuja presença ninguém além do mais velho havia notado até então.

"Obrigado por me chamar, senhor Keene. Está tudo resolvido."

Ele tinha um elástico ao redor do pulso e o havia esticado demais.

Robby sentia o seu estômago revirar, havia ido longe demais? E pareceu não notar o tempo passar talvez porque estava estasiado pelo ocorrido, só notou quando ouviu o barulho da caçamba de lixo batendo, Miguel havia devolvido todas as garrafas de volta ao interior junto com Carmen que estava chorando, e olhava para o menor agora com uma mistura de sentimentos e nenhum deles era bom.

Miguel foi caminhando em direção à BMW branca, e a única reação que Robby teve foi puxar o freio de mão e arrancar com o carro antes de ser confrontado, deixando o jovem ali parado no pátio enquanto o segurança vinha buscar a mais velha para retirar seus pertences das dependências do colégio.

...

Na manhã seguinte, Robby estava se sentindo um lixo, a consciência finalmente pesou, ainda mais quando ouvia os burburinhos pelos colégio em que muitos ficaram indignados de saber que a tão querida tia da cantina havia sido expulsa apenas porque estava mexendo no lixo, enquanto outros a condenavam por estar "roubando alimento" do colégio "Aquela puta mexicana..." Ouviu um cara escroto cuspindo essa barbaridade.

"Ouvi dizer que ele vai sair do colégio, satisfeito?" Tory o encarava, e ele desviava o olhar.

"Que porra foi essa, Robby? É assim que você me disse que ia tentar se resolver com ele?"

"Ele roubou e vandalizou com a merendeira, a punição dela foi mais do que cabível", ele tentava se convencer disso ou só não queria admitir em voz alta que tinha pisado feio na bola.

"Você tem alguma ideia do que está falando, Keene? Você viu a cena no estacionamento e chamou o filho da puta do Terry sem nem procurar saber antes o que estava acontecendo na verdade, ou pelo menos tentar imaginar o óbvio" a loira queria muito bater no amigo nesse momento.

"O que é tão óbvio naquilo que eu vi?"

"Como você pode ser presidente do Grêmio estudantil e ainda conseguir ser tão tapado hein?" E a garota foi explicando a ele o que sabia, vendo os olhos verdes perdendo ainda mais o brilho naquela manhã."

Ele tentou várias formas para desfazer aquilo tudo naquela tarde e também no sábado, mas estava difícil, nem Miguel nem Carmen atendiam aos telefonemas, e ele tentou até mesmo ir na casa do mais prejudicado na situação para tentar diminuir o dano, não estava ligando em se expor ou se rebaixar, faria do mesmo jeito. Mas chegando lá, não havia ninguém em casa.

Derrotado, trocando mensagens com a única pessoa que suportava ele de verdade naquela classe, descobriu naquela noite de sábado que a turma de luta e outros colegas iam fazer uma festa na casa de piscina do Kai e iam aproveitar para se despedir do amigo já que o rumor de que ele deixaria o colégio e se mudaria era forte. Era sua última oportunidade, mesmo tendo todas as chances para que desse errado ele tinha de tentar.

...

Robby errou o endereço, quatro vezes e quando chegou no lugar já era mais de meia noite, Tones and I tocava bem alto nas caixas de som, e o cheiro de vodka e bebidas era bem forte. Ele observou Mitch de cabeça pra baixo bebendo cerveja enquanto os outros colegas diziam, "vai Mitch, vai Mitch", tinha outros dançando desajeitadamente já deviam estar altos, e Bert e Anthony estavam lutando de uma maneira bem tosca tentando provar qual deles era melhor nos golpes, Kyler se pegava com uma ruiva e um loiro em um beijo triplo bem quente.

Robby queria sair daquele ambiente caótico o mais rápido possível.

E ao ver Miguel Diaz subindo as escadas tomou o copo do adolescente, e entornou o copo de coragem líquida de uma só vez.

"Seu pai sabe que você está aqui, Anthony?" Perguntou empurrando o copo vazio ao de cabelos pretos.

"E você o que está fazendo aqui? Todo mundo está te odiando agora, eu no seu lugar ralaria"

Aquilo foi mais difícil de engolir do que a vodka, preferiu subir rápido as escadas e acabar logo com aquilo.

Chegando no corredor se deparou com uma cena e tanto no quarto aberto, uma morena estava sentada no colo do Diaz, enquanto se pegavam com muito fogo no pé da cama. Miguel, ao vê-lo não pôde acreditar no que seus olhos estavam lhe mostrando.

"Você tem que ser muito filho da puta pra aparecer por aqui!"

"O que foi, gatinho?" Perguntou a menina já se virando e olhando também para quem estava na porta

"Posso falar com você?"

"É claro que não, seu desgraçado, volta para o buraco de onde saiu".

"Eu não vou sair daqui sem antes você me ouvir, será que você pode me dar licença, garota?"

"Eu quero transar com ele antes, você vai participar também ou o quê?" Soltou a morena.

"Ele estava mexendo no lixo agora há pouco, tem certeza que quer dar pra ele?"

A garota deu um salto do colo de Miguel, "você é o garoto que estava pulando no negócio de lixo junto com a merendeira porca, que nojo, eu não acredito que eu quase dei a você!"

Ela saiu correndo dali batendo contra o ombro do garoto na porta. E Robby juntou toda sua coragem pra chegar mais perto e dizer: "Sobre tudo aquilo que aconteceu, Miguel..."

Só viu o vulto, e sentiu o sabor ferroso de sangue tomar sua boca, Miguel havia dado um soco certeiro em seu maxilar.

"Seu filho da puta desgraçado de merda, você sabia que eu e minha mãe estávamos catando reciclados pra ajudar na despesa médica da minha avó que está doente? E os restos que você disse que a gente estava roubando eram pacotes vencidos! A gente estava tendo até que economizar em comida por causa dos remédios caros, não consigo entender como um garoto tão legal se tornou alguém tão repulsivo, fico feliz que depois de hoje não vou ter que olhar pra sua cara mesquinha nunca mais!"

Ele soltou tudo ainda envolto em rancor e ódio e já estava pronto para passar pela porta e ir embora da festa.

Numa medida desesperada, Robby agiu por um impulso praticamente irracional e beijou Miguel com avidez, que se assustou com a atitude e mordeu dolorosamente o lábio do outro o fazendo se afastar, depois deu um tapa na cara dele.

"Então isso é tudo um jogo doentio pra você, você só quer brincar comigo, quer me fazer mal?" ele estava irritado e muito.

Miguel ia em direção à porta o empurrando e Robby viu sua oportunidade escorrendo pelos dedos.

"Não vai embora por favor, me dá uma chance, eu faço o que quiser se me deixar explicar."

O Diaz pensou por alguns segundos, e grudou de imediato no pescoço do menor o trazendo para perto. "Uma chance é? E vai deixar eu fazer o que quiser?" e o de olhos claros assentiu, já começando a ficar vermelho e com a respiração vacilando pelo aperto forte da mão do mais velho.

O Equatoriano,observava o mais baixo, mesmo completamente a mercê dele, o de pele clara estava aguentando firme, e então decidiu apertar um pouco mais, o mais novo soltou um barulho lamentos baixo, ele estava chegando ao limite, então colocou gentilmente a mão no peito de Miguel, sentindo que o garoto estava quase perdendo a consciência e refém de si, então soltou o aperto, chutando sua canela com não muita força.

O garoto puxou ar e gemeu de dor em resposta. "De joelhos, agora" e ele o olhou tentando entender, "de joelhos, agora!" puxou os cabelos do menor o encarando nos olhos "ou então dá o fora já daqui e some da minha frente de uma vez por todas." Então Robby assentiu e se ajoelhou.

O moreno já estava sem camisa pelo amasso que estava dando com a garota anteriormente e ver o responsável por fazer da sua vida um inferno estar tão submisso assim, era tudo que ele podia sonhar mas que não esperava concretizar. Então, pegando no volume da sua calça, ele desceu o zíper e expôs o seu membro semi ereto. "Abra a boca agora, caralho!"

Não era assim que Robby esperava resolver as coisas com o mais velho mas ele mesmo assustado não recusou, pegou no pênis com cuidado e levou a glande à boca, chupando devagar e timidamente, e ousou acariciar seus testículos, de início o de pé, parecia satisfeito dando gemidos baixos, mas logo o quadro mudou, "nem pra mamar você serve" pegou ele pelos cabelos, e empurrou sua ereção duramente contra a garganta do mais baixo, e começou a fazer isso com rapidez o que era difícil para ele acompanhar, ele estava engasgando e ficando vermelho enquanto o moreno investia mais ainda contra sua garganta, e lágrimas escorriam dos cantos dos olhos do rapaz pela dificuldade em respirar.

"PORRA" para o latino estava uma delícia até então, mas ficou revoltado com um vacilo de Robby e o puxou pelos cabelos o fazendo olhar nos olhos dele novamente.

"Não raspa os dentes, caralho! Você gosta de causar dor, é? Vamos ver se gosta de sentir também."

Virou de vez o de cabelo castanho e deu chutes nos dois calcanhares para que ele abrisse as pernas, "Ainda dá tempo de sair daqui seu filho da puta, tem certeza que vale a pena se explicar?" Robby tinha medo do que aconteceria a seguir, ele já havia dado alguns amassos, porém nada que chegasse a ser exatamente sexo, mas tinha mais medo ainda de não conseguir esclarecer as coisas, pagaria o preço que fosse, então assentiu.

Então, o mesmo o empurrou o fazendo se apoiar na escrivaninha do quarto, e retirou a camisa dele sem cuidado algum a jogando no chão e abriu o zíper e a calça do menor, baixando-a em seguida junto com a cueca.

Doeu, e muito. Miguel não o preparou antes, apenas abriu as nádegas e forçou a glande contra a entrada apertada de Robby, o que o fez soltar um gemido sôfrego.

"Para de contrair, você tá machucando a gente, Robert. Relaxa, até parece que você nunca fez isso antes."

E então ele empurrou sem cuidado o restante do seu membro para o interior de Robby, o coitado estava cerrando os dentes, as lágrimas descendo e as pernas vacilando. Era doloroso demais e ele não queria pedir para parar, ele precisava ir até o fim. E então aguentou o que veio a seguir.

Ele investia forte o quadril contra as nádegas de Robby, e o outro sentia um ardor tão forte como nunca, se a dor do parto fosse semelhante àquela, todas as mães mereciam medalhas, a sensação era como se ele estivesse sendo rasgado por dentro, não havia amor, não tinha beijos em sua nuca, não havia delicadeza, só tinha raiva e dor, e era aquilo o que ele achava que merecia afinal, e não a versão mais florida de sua imaginação. Lamentou muito ter machucado o maior, não pela dor que estava sentindo, mas porque tinha chegado à conclusão que se ele estava tão repleto de raiva, era por sua causa.

Ele foi jogado na cama, e suas mãos foram colocadas a cabeceira, segurando-a, e ao ser penetrado novamente ouviu ele dizer.

"Era isso que você queria né, me foder, e depois ser fodido com raiva" os barulhos da cama eram eróticos e o suor que descia dos corpos também, o mais alto mordeu o seu pescoço com voracidade e seu ombro também, ele queria descontar tudo que havia passado e Robby só conseguia gemer e reagir baixinho ao que ele estava deixando acontecer com o corpo dele, então o mais alto o deitou de bruços no colchão se deitando por cima segurando possessivamente o corpo mais claro pelo abdômen definido e o estocou com força, às vezes alternando e indo mais devagar por mais uns dez minutos, e em seguida aumentou ainda mais o ritmo, a próstata de Robby foi surrada pelo mais velho, as estocadas ficaram fortes e sem interrupção, ao sentir que o mais baixo gozou ele se permitiu gozar também em seu interior. "Puta merda", aquilo foi intenso mesmo sendo com alguém terrível, ele achou prazeroso foder daquela maneira, então virou o rapaz de frente, ia perguntar se ele queria de novo antes de entrar nele outra vez, mas parou.

O que ele viu o desestabilizou, Robby estava coberto de lágrimas e tremia um pouco, no momento em que ele se afastou para sair da cama, Robby o segurou pelo braço.

"Por favor, não vai... Você disse que se eu te deixasse fazer o que queria comigo, eu ia poder me explicar, fizemos um acordo, eu dei minha virgindade a você!" ele falou ainda com a voz embargada.

"Robby, você..." Ele estava em choque com a informação que confirmava o porquê estava tão difícil penetrar nele.

"Você é louco, você tinha de ter me avisado", ele passou a mão nos cabelos, por que você me deixou fazer isso? Caralho, você deve estar sentindo muita dor."

Miguel estava assustado mas ficou na cama.

"Eu sinto muito", deixou mais lágrimas caírem, eu sinto muito pelo que te fiz passar, sei que fui um escroto."

"Nós éramos amigos Robby, a gente brincava juntos na infância, por que você começou a me detestar tanto?"

Miguel pisava em ovos, o terreno alí era sensível e delicado para os dois.

"Não te detestava, era só ciúme eu acho, você começou a andar com o Demetri e com os outros novos da área que eram bem mais radicais que eu, e ainda começou a namorar aquela Sam, eu me senti trocado, aquilo foi crescendo em mim porque eu sentia sua falta e eu não consegui administrar isso, quando percebi eu já tinha virado alguém bem ácido, e descontado em você o distanciamento. Lamento que eu tenha me dado conta só depois de ter feito tanto mal."

"Você devia ter falado pra mim como se sentia naquela época, não me atacar e me humilhar e até expor minha mãe. Porra, Robby, olha o que eu fiz com você..."

Robby levantou com dificuldade e Miguel também.

"Eu sei, eu não posso mudar isso, mas vou tentar diminuir os estragos. Eu falei com meu pai, sua mãe vai voltar a ter o emprego dela, e eu vou pagar as despesas médicas da sua avó como indenização, você fica no colégio e eu saio, vocês não precisam ter que conviver comigo."

Miguel deu a volta na cama e parou de frente com Robby, bem próximo e olhando firme para ele. O mais baixo se encolheu, temendo levar outro soco.

"Miggy, por favor não, eu não consigo agora, tô sentindo muita dor, se você quiser mais tarde... " Então Diaz cortou a fala "Não é ódio o que você sente não é?" Viu o mais claro negar com a cabeça.

E o envolveu com os braços, Robby esperava um murro ou algo assim, então ficou surpreso. Mas relaxou ao ver Miguel ser cuidadoso com ele como era tempos atrás.

"Eu senti sua falta, Miggy."

"Eu também senti a sua, vamos tentar resolver as coisas."

Minha primeira One shot e ao mesmo tempo primeira pwp e primeira lemon,(agradeço a __LFG__ por ter revisado com amor e paciência), me digam o que acharam e nos vemos na próxima.

Mas antes:

"Que porra é essa?" Disse Demetri ao ver os dois nus e abraçados dentro do quarto.

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