Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

6 • Desespero

Estava de tarde e ambos estavam sentados em frente a fogueira comendo a carne do javali que Bakugou tinha caçado há alguma horas atrás.
Lembrava bastante o dia que haviam se conhecido.

- Você não dormiu todos esses dias, né? - foi o loiro quem quebrou o silêncio, questionando algo que o atormentava a algum tempo.

- Sim... - Kirishima respondeu receoso.

- Foi por minha causa?

- O que? Não! - negou, mesmo que isso, de certa forma, fosse a verdade.

- Tudo bem, eu não vou ficar puto se você admitir. - fitou o ruivo.

- Sinto muito... - seus olhos se desviaram para a fogueira - Eu não queria que descobrisse e tive medo de me transformar enquanto dormia.
Eu me senti preso, então comecei a sair de vez em quando para voar um pouco.

- Entendi. - suspirou - Vou embora amanhã de manhã.

- Hã? - indagou temeroso - Por quê?

- Não é obvio, idiota? - rosnou - Você não me quer aqui.

- Eu nunca disse isso!

- Não disse, mas tá óbvio.

- Eu não quero que vá, Bakugou! - tentou implorar. Não queria que o loiro fosse embora.
Por algum motivo, não queria se distanciar dele, como se fosse perdê-lo para sempre.
Sentia algo por ele inexplicável.
Bom, nem tanto. Ele sabia o que era, mas não queria admitir, julgava ser um sentimento sujo, porém não era capaz de se desvencilhar dele.

- Vai dormir, cabelo de merda - Disse na tentativa de acabar com o assunto.

- Não... - tentou insistir, segurando-se para não abraçar o loiro ali mesmo e impedi-lo de ir embora. Seu corpo doia um pouco e julgou ser errado encostar nele daquela forma.

- Vai logo, idiota - rosnou - Ou tem alguma merda pra falar?

Eijirou ficou em silêncio.
Tinha sim algo para dizer, mas não podia.

Então, a contragosto, esgueirou-se para um canto quente da caverna e dormiu.

Ou pelo menos tentou.

*

Passadas algumas horas, que resultaram em um novo dia, o ruivo ouviu o som de passos se aproximando.
Continuou de olhos fechados, pois sabia que se tratava do loiro.

- Olha, eu não queria ir - ele admitiu - Mas você não merece alguém como eu por perto. Olhe o que eu fiz, você não dorme há dias por minha causa.

Kirishima continuou fingindo dormir.
Estava se segurando.
A angústia pela ideia de distanciar-se de Katsuki estava o corroendo por dentro. Não queria aquilo.

- Você vai ficar melhor sem mim - abaixou-se, afagando os cabelos de Kirishima - Eu... gosto muito de você. - declarou - Adeus, cabelo de merda.

Um bolo se formava na garganta de Eijirou. Queria gritar para Katsuki não ir embora. Mas ele não deveria fazer isto, certo?
Então por que doía tanto?

Sentia que estava perdendo um pedaço de si.
Igual naquele dia, quando perdeu seu parceiro.
A primeira pessoa com quem tinha ficado daquela forma "pecaminosa".

Começou a lembrar-se do cheiro horrível de carne queimada naquele dia.
As vozes irritadas das pessoas o condenando.
A voz de Tetsutetsu ecoando na mais pura angústia e agonia enquanto era consumido pelas chamas da grande fogueira feita pelas pessoas que lhe condenavam.

Por que tinha de ser assim? Por que alguém tão másculo, corajoso e gentil como Tetsutetsu tinha de queimar naquelas chamas ardentes?
Eijirou assistia tudo horrorizado.
As lágrimas atrapalhavan sua visão, enquanto desejava que aquilo parasse.
E ele sabia que seria o próximo.

Queria salvá-lo, queria tê-lo de volta ao seu lado beijando-o carinhosamente enquanto fazia promessas inocentes a si.

Mas havia o perdido.
E estava perdendo Katsuki agora.

Não queria perdê-lo, mas... ah, que seja essa merda de 'mas'.

Abriu os olhos rapidamente e correu na direção que ouvira os passos de Bakugou pela última vez.
Seguiu seu cheiro que estava mais fraco na caverna e foi até a entrada, sendo banhando pela luz do sol, olhando para todos os cantos buscando pelo loiro.

Sem sinal dele.

Começou a se desesperar, havia perdido o Bakugou.
E era sua culpa novamente.

Sua face já estava toda molhada por suas lágrimas, sentia-se um fracassado.

- BAKUGOU! - Gritou desesperado na esperança que Katsuki pudesse o ouvir.

Continuou por alguns segundos, porém, sem sucesso.

Com o descontrole emocional, inconscientemente começou a assumir sua forma dracônica.
Em seguida, começou a soltar rugidos altíssimos e audíveis de longe.
"BAKUGOU! POR FAVOR, VOLTE!" clamava pela presença do loiro enquanto não se importava se chamaria atenção de qualquer outro animal.

Continuou por minutos incessantes, já sentindo sua garganta doer.
Mas não importava, queria Bakugou de volta, queria protegê-lo, tê-lo em seus braços, beijá-lo.
Queria dizer o que sentia.
E que se dane se era errado ou não.

"Por favor, apareça!" não aguentava mais gritar. Já estava perdendo as esperanças. Havia cometido um erro irreparável.
Havia perdido Katsuki para sempre.

- PARE DE GRITAR, IDIOTA! - Ouviu a voz que tanto almejou ouvir. Aquela voz rouca de um certo loiro irritadiço.

Não tardou a buscar a direção de onde vinha a voz, dando de cara com um Bakugou extremamente irritado.
Parecia cansado, como se tivesse corrido sem parar.

- Bakugou! - chamou-o novamente, começando a voltar a forma humana enquanto corria na direção do outro.

Katsuki a princípio estava irritado, pois o ruivo havia feito algo extremamente arriscado, chamando atenção assim logo tão cedo do dia.
Mas quando viu o ruivo pulando em cima de si enquanto lágrimas incessantes caiam de seus olhos, não pôde evitar de se arrepender por tê-lo deixado de forma tão abrupta.

Aquilo, de certa forma, tocou-o.
Tinha ido embora, já começando a tentar se acostumar com a ideia de deixar aquele dragão que havia lhe conquistado em tão pouco tempo.

Mas quando ouviu os rugidos sofregos que o dragão emitia, começou a correr de volta, com receio de que estivesse sendo atacado pelos malditos caçadores de dragões.

Agradeceu aos deuses por este não ser o caso.

Estavam caídos no gramado. Eijirou eatava por cima de si, chorando sem parar.

- Bakugou, eu... - era engolido pelas lágrimas enquanto falava - desculpa, eu...

- Idiota, pensei que estivesse sendo atacado. - disse, sentindo a um bolo formar-se na garganta.

- Me desculpa, Bakugou - ignorou o comentário do loiro - Eu não quero te perder. E-eu também... eu também te amo! - Ao ouvir isso o coração de Katsuki parou.

Toda a irritação anterior se esvaia, dando lugar a uma felicidade imensa.
Aquele idiota estava realmente falando aquilo?

- Porra, cabelo de merda - resmungou com as bochechas levemente ruborizadas pela declaração repentina - tá falando sério?

- SIM! - Afirmou eufórico.

- Me ama de que jeito? - questionou, temendo que pudesse estar criando falsas esperança.

- Daquele... sabe? - ficou envergonhado com a pergunta.

- Qual? - Um sorriso formou-se em seus lábios - Do jeito errado?

Kirishima ficou sem palavras. Não sabia o que responder ao loiro.

Mas depois de ponderar por pequenos segundos, decidiu tomar coragem, aproximando sua face da do loiro, encostando seus lábios nos dele em um selar curto.

Se afastou com a face ainda ruborizada, fitando o loiro na mesma situação abaixo de si.

- Eu não ligo se é errado. - Afirmou - só quero estar com você, Bakugou.

E deitou, aconchegando-se no peitoral no loiro, recebendo um leve afago em sua cabeleira.

- Também quero estar com você. - respondeu em um sussurro.

- POR AQUI, HOMENS! ESTAMOS CHEGANDO ONDE A FERA ESTÁ!

E o momento foi interrompido.
Ouviram uma voz grossa vir de longe, entre as floresta densa antes do riacho.
Quem diabos era?

[...]

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro