Capítulo 5 - STRANGER
Nós já nos encontramos?
Você é algum tipo de estranho bonito
Você poderia ser bom para mim
Eu gosto do perigo
Tradução: Desconhecido
Christopher
Eu fiquei parado com aquela mulher na minha frente me ameaçando com uma faca. A primeira coisa que pensei é que ela é uma maluca e que eu deveria me defender. Mas depois, eu olhei fundo nos olhos dela, reparei em seus olhos, em sua boca, em seu rosto e então eu não vi maldade, ela apenas está...nervosa?
Foi então que ouvi a voz de um outro homem ali, se aproximando e segura-la pelos ombros, afastando-a para longe de mim.
Eu...eu não sei o que fiz - disse sincero - eu tentei não chamar a atenção. E achei que esse lugar estava deserto
E estava - o coreano respondeu - viemos atrás de suprimentos. A propósito eu sou o Gleen e esses são meus amigos Alfonso e Dulce Maria
Meu nome é Christopher mas podem chamar só de Chris - respondi me recompondo
Olha cara foi mal pela minha irmã - o moreno se aproximou de mim - mas agora acho melhor descermos e ver como está a situação lá em baixo
Eu apenas concordei com o pedido dele, mas nem sabia exatamente do que ele estava falando. A tal mulher que me atacou e que agora eu sei que se chama Dulce Maria, saiu andando na frente, nem se quer olhou mais pra mim. Descemos vários lances de escadas até chegar ao térreo, onde descobri que havia mais duas pessoas a qual fui apresentado, chamavam Andrea e Josh. A situação da qual Alfonso falava era o grande grupo de zumbis que estavam a ponto de quebrar os vidros e entrar. Estavam todos preocupados sem saber o que fazer até que eu vi um dos vidros rachar. Não tínhamos tempo, precisávamos sair antes que fosse tarde demais. Eu apontei para o vidro se quebrando e disse que era melhor todos saírem. Eu saí na direção da porta que viemos e todos vieram atrás de mim. Eu vi Alfonso pegar uma cadeira e a prender contra a maçaneta, para tentar impedir que o walkers passasse por ali. Mas ao invés de irmos direto ao telhado, Gleen indicou outro andar. Assim que passamos pela porta, eu vi cada um se encostar na parede, em algum lugar.
Droga o que vamos fazer? - foi Dulce que se pronunciou histérica
Precisamos sair daqui - Andrea completou
Calma, vamos dar um jeito - Gleen tentava ficar calmo
Precisamos de um plano - Alfonso disse respirando fundo - um que nos faça sair todos vivos daqui
{...}
Dulce Maria
Eu estava irritada e perdi a cabeça, foi só isso, é claro que não mataria o homem, assim de graça, não quando Gleen teve tanto trabalho para ajudá-lo. É claro que meu irmão se meteu e me tirou de perto dele, e se desculpou. Então decidi não dizer nada e ficar quieta na minha, sabe-se lá de onde esse cara veio. Descemos para onde Andrea e Josh estavam, mas descobrimos que ali não era seguro e então o tal Christopher nós guiou para longe dali. Eu comecei a sentir medo e então é claro que eu surtei, eu não quero morrer, não hoje. Eu quero voltar ao acampamento, eu ainda quero viver muito, por fim, meu irmão disse que achariam um plano.
Eu me joguei no chão e fiquei ali sentada, pensando em nada enquanto olhava para minha faca, Andrea estava ao meu lado, mas falava apenas que tinha que viver, que ela era a única família de Amy, sua irmã. Os homens estavam juntos, afastados, tentando achar um jeito de sair e foi então pela primeira vez que observei o tal Christopher. Não digo que reparei na beleza, apesar de que sim, ela é bonito mas estava observando o jeito dele falar, como ele parecia inteligente e ao mesmo tempo forte. Imaginei qual seria sua história e o que havia trazido até aqui, "na boca do lobo", já que o centro da cidade já estava infestado de mortos vivos. Foi então que eles pararam de falar e vieram na nossa direção, abaixei o olhar para ela não ver que eu estava olhando-o.
A ideia foi, Alfonso e Gleen sairiam pela escada de incêndio e achariam um carro, ligariam o alarme e isso iria distrair os mortos, provavelmente sairiam dali para ir na direção do barulho. O barulho do alarme seria o sinal de que era nossa vez de sair e encontrá-los no ponto de encontro que era onde deixamos o carro.
- Poncho não - aproximei do meu irmão - e se acontecer algo com você - disse preocupada
- Dul eu vou me cuidar prometo - ele sorriu pra mim - não tem outro jeito. Precisamos sair daqui
- Ei baixinha - Gleen chamou minha atenção - sabe que eu vou cuidar do seu irmão né?
- Acho bom coreano. Ou eu acabo com você - mostrei minha faca e então ri
Digamos que eu e Gleen temos uma boa amizade, ele me apelidou de baixinha e eu o apelidei de coreano. Confesso que a única coisa boa que esse fim do mundo conseguiu me trazer foi ter boas amizades. Eu me importo com as pessoas do acampamento como se fossem minha própria família, afinal tudo o que temos, são uns aos outros.
Quando finalmente os dois saíram dali, eu fiquei agoniada, à espera do sinal. Eu estou com tanto medo que senti uma lágrimas escorrer por meus olhos.
- Calma! Vai ficar tudo bem. Eles vão conseguir - levantei o olhar ao ouvir aquela voz
- Eu sei que vai - eu disse um pouco grossa demais e então o vi se afastar - ei espera… - me aproximei - desculpa, as vezes sou meio estúpida - confessei
- Tudo bem. No mundo de hoje, todos somos - ele deu de ombros
- E foi mal pelo que fiz antes, eu não ia te machucar de verdade só fiquei...nervosa - olhei pra ele
- Sem rancores Dulce Maria - ele respondeu dizendo meu nome completo.
Foi estranho ver aquele desconhecido falar meu nome com tanta intensidade. Ele se afastou e então eu fiquei ali, ainda parada tentando digerir a montanha russa de sentimentos que eu estava rolando ali, mas então a principal delas tomou conta de mim: a incerteza. Será que meu irmão e Gleen conseguiriam? Será que sairíamos dali?
E vamos de Dulce Maria já colocando os olhos em cima do "Desconhecido".
Leitores fantasmas por favor comentem, não custa nada, eu quero saber se estão gostando.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro