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Capítulo 32 - COURAGE

Eu coloco minha armadura, te mostro o quão forte sou
Eu coloco minha armadura, vou te mostrar que eu sou
Eu sou imparável
(Ustoppable)

Tradução: Coragem

Dulce

Quando despertei, procurei pelo corpo de Christopher e não o encontrei. Preferia que ele tivesse me acordado antes de sair, então vesti minha roupa, e sai da barranca, me espreguiçando. Reparei que a maioria não estava ali, achei estranho. Estava faminta e decidi ir em direção a casa, sabia que Hershel não me queria ali mas preciso comer. Na cozinha encontrei apenas Beth, pedi licença, e ela me convidou para tomar café com ela na mesa. A garota de aparência de no máximo dezoito anos, sorria para mim enquanto me perguntava o que eu havia sido antes disso tudo. A princípio a conversa estava boa e o pão com ovos também, mas então o barulho de um tiro nos assustou. Eu já levantei em alerta, pedi que ela ficasse ali enquanto eu iria ver o que estava acontecendo mas é claro que ela não me obedeceu. Foi então que vi Poncho segurando um tipo de guia, com um zumbi preso e Hurshel com outro, mas o mesmo estava morto na guia, pelo jeito esse havia sido o motivo do tiro e a atiradora era Andrea. Eu estava confusa, sem entender o que estava acontecendo, estávamos próximos do celeiro. Foi então que o barulho do tiro, parecia ter dispersado os mortos ali dentro, porque o portão começou a se mexer. Eu olhei para Christopher buscando respostas mas então elas não veio, já que Andrea voltou a atirar mas dessa vez no cadeado que fechava o portão.
- TA NA HORA DESSAS COISAS MORREREM - ela gritou

Assim que o primeiro saiu de dentro do celeiro, ela acertou um tiro bem em sua testa. E então mais mortos saíram dali, Christopher, Daryl e Glenn se juntaram a Andréa para matar as coisas, antes que atacassem alguém. Eu não tive tempo de pensar em nada, já que vi Beth gritar e querer correr em direção a uma das pessoas mortas mas eu a segurei pela cintura, enquanto Hurshel que havia caído de joelhos, desacreditado da cena, era amparado por Maggie.

{...}

Andrea

Eu não consegui dormir, fiquei pensando o tempo todo em Amy em como não pude fazer nada para ajudá-la, mas que eu podia fazer isso por todos nós. Essas pessoas são as únicas que tenho, são como minha família, é meu dever protegê-los e isso indica que preciso matar os mortos do celeiro. Não me importa que Hurshel é o dono dessas terras, não vou permitir que mais ninguém seja morto por essas coisas. Fui falar meu plano para Glenn e Dale, mas é claro que eles decidiram me impedir e isso me deixou muito brava. Logo Christopher apareceu e nem percebemos que ele estava saindo de dentro da barraca de Dulce. Ele se aproximou e tentou entender o que estava acontecendo, mas diferente dos outros dois, ele não me julgou e nem tentou me impedir, ele apenas me chamou para conversar e entender realmente o que eu queria fazer.
Mas então eu vi Alfonso ajudando Hurshel a trazer duas dessas coisas presas em guias e isso me deixou com raiva. Como assim ele estava ajudando nisso, não era assim que fazemos. Essas coisas já não são mais humanos, e tudo o que querem é comer nossos cérebros. Eu me aproximei deles e gritei.
-VOCÊS SÓ PODEM ESTAR MALUCOS - e então atirei no zumbi que Hurshel carregava
-Andrea não - Alfonso disse sério

E é claro que logo em seguida, todos já estavam aqui. Tentaram até me parar mas eu atirei no cadeado do celeiro e o abri. Estava na hora de alguém acabar logo com isso. No fim de juntaram a mim parar acabar com essas coisas, mas no final, quando todos já estavam no chão, eu vi Beth correr até um dos corpos e chorar. Aquele zumbi havia sido a mãe dela e eu entendi o que ela estava sentindo. Olhei para trás e vi todo o tipo de expressão, mas a pior era de Hurshel, ele parecia não acreditar no que estava acontecendo. Dale se aproximou de mim, tirou a arma da minha mãe e me puxou pelo braço para longe dali.
- Qual o seu problema? Você ferrou com tudo - ele me passou o sermão - caramba Andrea
- Eu não acredito que está aqui brigando comigo, quando eu fui a única a ter a coragem de algo que todos já queria ter feito - eu disse irritada - você queria o quê, esperar até ele mesmo saírem dali e comerem a gente?

Ele não respondeu, então eu tomei minha arma da mão dele e sai dali batendo o pé. Eu sentei atrás de uma árvore e deixei minhas emoções saírem. Comecei a chorar, eu queria que Amy estivesse aqui, eu queria ter feito mais por ela. Foi então que eu senti alguém se aproximar, levantei de pressa já com a arma na mão.
- Calma, sou eu - Dulce levantou as mãos - eu vim ver como você está
- Se veio dar sermão pode ir embora
- É claro que não - ela se aproximou - sou eu Déia, a Dulce. Eu sempre fico do seu lado esqueceu? - ela riu - assim como você ficou do meu lado, quando o idiota do marido da Carol apontou a arma pra mim
- É eu lembro disso - acabei rindo - você foi bem corajosa e estúpida aquele dia
- Igual você hoje - ela deu de ombros - acho que nos parecemos - eu sentei de volta e ela fez o mesmo, ficando ao meu lado
- Pode ser - suspirei
- Eu sei que você cometeu um erro, mas sua intenção era nós proteger, não se preocupem, eu estou com você nessa - ela segurou minha mão

E mais uma vez estava ela, ao meu lado. E foi isso que me fez ter certeza que não havia tomado a decisão errada, eu estava apenas protegendo-os.

Meus amores estou tão feliz que a fic finalmente chegou a 1k (na verdade já passou) e como prometido, sábado terá maratona. Entre 10h e 15h postarei 4 capítulos seguidos.

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