Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

5 ...sem palavras...

3554 Words

― E ai dálmata. Como tu ta hoje? Como sua mãe esta?

Ela vem toda sorrisos.

A morena mais linda que tu vai ver na vida.

Sim essa era a minha "namorada".

A verdade é que os meus pais jamais aceitariam que eu namorasse alguém que não fosse de cor, por motivos que respeito e explico depois. E essa amiga caiu como uma luva, já que um belo dia veio e falou: ― Cara. Tu já pensou o que vai fazer com seus pais? Um dia vão desconfiar que um gato destes não pega ninguém. Cê quer fingir ser meu namorado? Meus pais tão muito que achando que já somos e assim param de me encher o saco.

― Pô fechou!

Como disse eu não sou bom em narrar sotaques e ela tinha um pouco por conta de ter nascido fora, e nem adiantava reclamar e pontuar, pois ela já mandava um: ― "Tu" é o correto a se dizer. Não é "minino" é "menino" que se escreve então se fala assim.

Não dava nem pra negar. E acabei pegando essas manias de tanto conversar com ela.

Se eu fosse hetero realmente iria estar apaixonado por essa mina porque já amo ela; mas quando ela começou a usar nosso namoro para esconder o namoro real eu não curti nada. Acabei brigando e ela virou a cara pra mim.

Não me leva a mal, não é que eu não queira que ela saia com ninguém; mas seu sei muito bem que um branquelo nunca assume uma mina negra; e esse puto tava aproveitando a situação.

Kataryne era a mina mais perfeita do mundo, inteligente, linda e forte; uma verdadeira diva e esse cara não merecia tocar em um misero cacho da cabeça dela.

― Você alisou o cabelo? ― Já cheguei no esporro.

Fazia dias que não a via por conta da ultima briga, ai vi ela na praça com a galera toda feliz e pensei em ir fazer as pazes mas...

Ver aquele cabelo lindo dela alisado foi pior que tomar um tiro e olha que já tomei um.

― Que caralho você fez? Ta uma bosta! Teu cabelo era a coisa mais linda do mundo e agora ta um lixo.

― O cabelo é de quem?

― Teu. Mas se tu fez isso por causa de vaga de emprego... Mano... tenho nem o que falar.

Meus pais sempre me ensinaram uma coisa, ter orgulho da minha pele, de quem sou e não me envergonhar e tentar mudar isso em mim para me encaixar a padrões. Isso foi por contado Vitiligo? Sim. Mas tinha muito mais nas palavras deles que eu só descobri depois que cresci.

― Dylan... ― Ela pontua seria me pega pela jaqueta e me tira de canto para conversar. ― Cara. Eu pensei muito e... ― Ela da uma pausa dramática. Já suei frio jurava que queria terminar nossa relação falsa. ― Acho que já ta na hora de você e ele se conhecerem.

― Que?

― O cara é maneiro eu juro. E me respeita. E assim como você, ele ta puto. Por que acha que eu... bem... ele não entende que você é gay e precisa deste suporte. ― Ela fala passando a mão no cabelo como era de costume e ate ela o estranha. ― Eu fiquei puta com tigo. Mas entendo... Você me ama e quer me proteger de babacas. E eu juro que vou aceitar que você diga um " grande e gordo eu te avisei" mas... eu não quero ser racista. E acredito que ele não seja. Me deixa tentar ok?

― Po. Assim tu me quebra. Ok. Vou conhecer esse cara.

― Valeu! Tu é o melhor!

E assim marcamos.

Ah. Desculpa minha noção de tempo ter se perdido. Mas é que nosso papo foi antes da mudança e esta reconciliação depois; também esqueci de dizer, mas ela sempre me chamou de Dálmata por conta do Vitiligo, e acredite eu nem acho ruim pois ela fala com carinho e tem um fundo bonito, afinal Dálmatas são caros, famosos e bem bonitos.

Em fim...

Marcamos o tal encontro e eu já tava pronto para qualquer coisa, menos ele ser mesmo uma pessoa legal.

E pra ninguém ouvir nosso papo particular marcamos esse role em um parque na cidade ao lado. Era um lugar bem bonito que gostávamos de ir sempre pois o metro era logo de frente a uma das entradas desse parque e facilitava muito a nossa vida o passe escolar funcionar ali.

Marcamos em frente ao portão quatro por piadas internas, e quando cheguei o casal já estava a conversar tranquilo.

O cara era gato.

Tipo...

Bem gostoso mesmo, mas não era meu tipo.

Mais alto que eu, loiro de olhos verdes e magro.

― Dálmata! Você veio mesmo! ― Ela já veio me abraçando toda feliz. Difícil manter a cara amarrada.

― Vim, mas não por que to aprovando "isso". ― Não pude deter meu tom e olhar para ele na ultima palavra. Me senti minha avó falando.

Mas ele não me respondeu. Pelo menos não em palavras.

Olhou serio para mim como se me medisse de cima a baixo e escasseasse como uma maquina. Aqueles olhos claros pareciam um farol.

― "Esse" é o seu amigo gay? ― Ele diz na cara lavada me ignorando como se eu não estivesse ali.

― Eu ganhei o poder da invisibilidade? Opa esqueci. Acho que nasci com ele e ativa as vezes para só os branquelos.

― Como é...? ― Agora ele olhou pra mim de verdade.

― Calma vocês dois. ― Ela fica entre nós. ― Dylan ele só ta com ciúmes por que como já falei mais de mil vezes você é bonito pra caralho. E Kenny ele só ta preocupado tipo um irmão. Parem de ser crianças os dois por favor.

Respirei fundo e me afastei.

― Ok. Vamos ter esse papo andando que chama menos atenção e gasta energia.

― Fecho. ― Ela corresponde, mas ele não entende e faz cada de "Por que", mas nos segue sem falar nada.

Lógico que ele não entende. Ele não passa pela merda de só por estar a um tempo parado em um lugar, alguém chamar a policia ou um guarda vir te verificar. Serio. Meu tio já passou pela merda de chamarem a policia só por que ele estava parado há um tempo dentro do "próprio" carro dele estacionado na frente da "própria" casa. Eu não sei o que se passa na mente dessas pessoas. Queria realmente saber.

Ele morava lá a um bom tempo, e esse novo vozinho... Aff nem vou comentar mais sobre isso.

― Deixa eu tentar quebrar esse clima ruim. ― Ela diz pensativa.

― Você fica linda de amarelo. E a trança ficou legal. ― Comento e o cara já me encara. ― Que foi?

― Vocês podem parar de rosnar um para o outro? Vou ter que por uma enforcadeira e funcinheira? ― Ela diz ao apontar para alguns cães do parque e me sobe um misto de vergonha com vontade de rir.

― Ta certo.

― Bem. Eu vou direto ao assunto. Você não parece nada gay, e o seu problema comigo é só racismo mesmo porque você nem me conhece.

Que folgado!

Queria responder a segunda coisa, mas tudo que veio na minha mente ia soar realmente racista e só ia dar razão a ele então foquei na primeira coisa.

― Desculpa... mas pra "poder" ser gay eu tinha que vir de vestido? Eu tinha de ta de maquiagem e salto?

― Não. Mas você é muito hetero.

― Muito hetero... ― Só podia rir. Sabe? Aquele riso que só sai um ar pelo nariz. ― Fala serio. ― Caminhei um pouco mais para frente. ― Eu escuto o tempo todo a opinião de todos sobre isso: "Eu prefiro" quando os gays não dão pinta e tentam chamar a atenção forçando um jeito feminino exagerado, isso é feio. "Eu prefiro" quando um gay age "normal", ele não "precisa" fazer tudo aquilo. Mas agora você quer que eu seja um travesti pra se sentir bem? Fala serio... Você acha que por ser hetero tem o direito de ditar como uma pessoa tem que se comportar? Que ela tem que agir como agrada os heteros? Não pode ser muito gay por que incomoda, mas não pode ser muito normal por que tem que deixar claro como se fosse um aviso para vocês poderem tomas cuidado? Desculpa, mas eu não sou um personagem.

Discursei e ele calou a boca.

Ficou me olhando e olhando para os lados.

― Tah. ― Respondeu meio sem graça apertou os lábios e levantou as sobrancelhas. ― Ok.

― O que foi agora?

― Isso foi bem gay. Homem não faz essa palestrinha toda ai. Mas beleza. Entendi, ou quase. Você não quer se expor ok... cada um com sua vida. Mas entre mim e você, o que quer pra ficar de boas?

― Você assumiria ela pra tua família? ― Mandei essa direto e reto e como se pudesse ele fica mais branco ainda, quase azul.

― Que? ― Trava a fala e não parece que iria conseguir me responder, mas logo olha para ela e seu rosto sempre tão expressivo. ― Cara isso não estraga teu esquema?

― Mas se o lance de vocês for serio é bom assumir não? Assumiria ou não? Seja direto. ― Imponho e ela fica o olhando esperando a resposta.

Mas ele prende os olhos em mim, depois leva a mão a boca e fica a pensar com seus olhos passeando pelo cenário, mas sem olhar realmente para nada.

― Bem... Se isso não for ferrar o seu esquema ok. Acho que no maximo minha tia iria falar algo, mas o resto não iria se atrever. ― Diz pensativo. ― Meus amigos iam ficar de boas sim. Não sei por que isso seria um problema, fora expor o seu segredo.

Essa resposta me surpreendeu.

Ele real pensou na reação de cada um?

― Não falei que ele era legal Dálmata.

― Foi mal. Porque Dálmata? ― Ele diz tentando não rir, mas sinto que a mente dele vai longe.

― Ele sempre foi meu cão de guarda desde que o conheci. Tem pintinhas fofas que o destaca dos demais e esse porte de pedigree. ― Ri debochada e eu faço cosquinhas nela e ele apensa ri; parecendo realmente estar mais de boa com a nossa amizade.

O resto do passeio foi de boas e fomos nos conhecendo melhor.

Toda hora ele soltava um: Mas você é gay mesmo? Quando falava que era esportista ou os prêmios, das coisas que gosto etc.

― Cara você ta com um Estereótipo muito grande na cabeça. Gay só gosta do mesmo gênero e fim de resto nada é padrão.

― Verdade. Mas... ok eu to aprendendo.

Ele real parece uma pessoa realmente legal.

Kateryne era uma garota inteligente, não iria escolher um cara zuado; devia confiar mais nela. Me peguei sendo racista e isso doeu.

Quando o role acabou contei de leve o caso ao meu pai. Cheguei em casa e contei a ele que uma amiga estava saindo com um branco ele ate engasgou, disse que conheci o cara e ele parecia legal e que iria a assumir.

― Difícil. Olha ele... pode ser legal, mas isso não será fácil.

Eu sabia bem o que ele queria dizer.

Um casal assim não pertence a nenhum grupo e comunidade e acaba sendo atacado pelos dois lados. É complicado.

A verdade é que depois daquela briga idiota, eu resolvi facilitar a vida de todos e passar a primeira semana com o meu pai para os dois se acostumarem entre eles e pensei em só na próxima eu ir para lá; e como tinha duas casas não me importei em pegar a cama de baixo e deixar quem iria morar lá sempre ficar com as melhores.

Mas...

Eu só ouvi a mãe dele dizer que o "namorado" do filho tinha sido morto por policiais.

Demorei um pouco a entender o que estava havendo ali.

Estávamos naquele café que adorávamos e o telefone da minha mãe tocou e a pessoa do outro lado falou tão alto que não pude deixar de ouvir. Ela gelou com o aparelho nas mãos sem saber o que fazer e como reagir, e eu fui pagar a conta para irmos pelo menos os encontrar.

Não a nada o que se fazer nessa hora. A não ser se reunir. É o nosso maior instinto. Nos "rebanhar" para nos dar um pouco de segurança e apoio.

― Como ele esta? ― Minha mãe chegou voando. Ligou para o trabalho no caminho e avisou sobre o ocorrido e tirou o dia para poder apoiar à amiga e seu filho. ― Ele viu tudo?

― Sim... Ai Kayte! ― A Japa a abraçou forte. ― O meu ex está tentando falar com a família do garoto. Ver o que pode fazer. Eles estavam juntos... podia ter sido o meu filho!

O desespero dela era palpável, mas não havia o que fazer ali.

Nestas horas ninguém sabe o que fazer. Da coceira na cabeça, você roda no lugar, bufa e se contorce dentro de si mesmo.

― Ele ta no quarto? ― Disse seguindo pelo corredor e as deixando conversar. ― Posso entrar?

― Claro o quarto é seu também. ― O nerdezinho responde. Ton...

Ele estava sentado na cama dele no escuro mexendo no celular e aponta para a cama de cima e faz sinal de silencio.

Eu entro e faço um sinal pedindo que ele saísse ele faz que sim e penas sai.

― Desculpa eu nem sei seu nome. ― Digo ao me sentar na cama do meio, podia ouvir ele segurar o pranto na cama de cima. ― Nessas horas ninguém sabe o que fazer ou dizer... Pelo que ouvi seu pai ta ajudando a família dele com o caso. Mas... isso não trás ele de volta. Unf. Eu... ― Aquele silencio era mortal; mas não existe palavra mágica de conforto. ― Posso subir ai?

― Pra que cara? ― A voz dele soa abafada, mas não posso ver o porque afinal a cama de cima era bem alta.

― Você vai ver. Posso? ― Depende da resposta dele já saberia o que fazer.

― Pode vai. Fiquei curioso. ― A voz já soa sem estar abafada e posso sentir mais facilmente o tom de choro.

Então vou para o lado e subo as escadas.

Posso ver que ele tinha colado na parede fotos dele com o namorado e junto de imagens de alguns lugares do mundo formando um mural realmente bonito. E isso não pareci ter sido feito apos o ocorrido.

Acabo parando um pouco para olhar o falecido.

Me surpreendo ao perceber que parecia ser de origem latina, mas não sei por que me surpreendi com isso; eu nem sei como eu imaginava que ele era. Ele tinha longos cabelos ondulados muito bonitos e em cada foto estava com eles presos de uma forma diferente e em apenas uma o vi com eles soltos ao vento, onde parecia estar em uma pedra na praia.

― Ele era gostoso pode falar. ― Ele me interrompe e o olho. Acho que fiquei tempo de mais olhando as fotos.

― Desculpa fiquei curioso de mais. ― Não ia entrar nesses detalhes e desconversei. ― Sabe. Isso é uma merda. Mas uma vez... Meu pai tentou me explicar o inexplicável. ― Disse ao terminar de subir e me sentar no canto. ― Eu já.. tomei um tiro. Foi bem aqui. ― Disse ao levantar a camisa e mostrar as costas onde havia uma cicatriz em meio as minhas manchas. E ele arregalou os olhos surpreso.

― Por que?

― Não tem porque. Esse é o problema... ― Disse ao me recordar do evento............



Eu nem tinha acabado de me mudar, já era velho no bairro e na escola. Foi a pouco menos de um ano.

Todos os caras tinham essa mania.

Quando nos víamos na rua vínhamos de fininho e dávamos um susto no outro.

Era bobeira e divertido.

Neste dia eu estava voltando de não lembro onde, e carregava uma sacola barulhenta; e quando vi esse amigo todo distraído com uma mina não pensei duas vezes. Escondi a droga da sacola barulhenta na jaqueta pra ele não ouvir.

Estava nevando e por conta disso eu usava com um destes lenços no rosto pra me proteger, então quando fiz BU ele deu o maior pulo e não só derrubou o café dele mas como levou o dela junto; foi hilário de mais ver ele pulando do susto e do queimado, foi um salto duplo parecia um coelho; eu ia rir e gargalhar com a cena, mas comecei a sentir uma dor enorme.

E quando ele se virou para me xingar vi seus olhos se preencherem de medo.

Tirei os fones pra ouvir o que ele dizia, pois já estava ficando desnorteado.

― Cara! Cara! Tu ta sangrando muito! Não ouviu o disparo? Acho que pegou em você! ― Ele gritava e a moça olhava em volta em desespero pegando o celular para pedir ajuda.

Pus a mão no casaco, mas estava inteiro e não vi sangue algum, ai comecei a sentir o frio nas minhas costas.

Por sorte pegou de lado, entre a cintura e o pulmão.

No hospital meu pai chegou desesperado pedindo para ter um momento sozinho comigo e me disse algo que jamais vou esquecer.

― Você não pode em momento algum esquecer quem é. Você é negro filho. Não pode fazer tudo que seus amigos brancos podem. Eu sinto muito, mas é verdade. Não esqueça quem é, porque eles nunca vão esquecer.

Aquilo me doeu mais do que o tiro.

Porque sei o quanto aquilo doía no meu pai.

Depois disso comecei a notar como ele lidava com as pessoas no trabalho e em outros ambientes; como ele sorria azedo e serrava os punhos. Como agüentava calado alguns abusos.

Eu queria tanto ajudar.

Mas ainda não sei como.

O pior é que ainda justificaram o ato do policial.

De acordo com o que li; foi dito que o policial deu ordem de prisão varias vezes e eu não respondi ou obedeci; e como estava todo coberto ele não pode ver direito minhas intenções e temeu estar armado por conta de estar com as mãos "dentro do casaco de forma suspeita, segurando algo". Disseram que era um novato que veio de outro distrito, e o maximo que ouve foi ele ficar afastado por um tempo, já que não ouve vitima fatal.

Mas desde então tenho medo.



― Tenho medo, mas não só por mim. Mas por tudo. Tenho medo e raiva do mundo, ainda não entendo por que isso. Por que as pessoa são tratadas de formas tão diferente.

― Eu te explico. ― Ele me responde saudoso ao se sentar. Parecia ate que o meu relato realmente havia o ajudado de alguma forma. ― Cada etnia vem de cantos diferentes do mundo e muitos nem falam o mesmo idioma. Essa diferença assusta, biologicamente somos programados para temer o diferente. Então socialmente descriminamos. ― Diz ao se ajeitar na cama abraçando as pernas. ― Isso sem falar tudo que já rolou historicamente. Por exemplo a escravidão. Ok... falam dos negros, mas minha bisavó materna foi filha de escravo; isso ninguém diz. Não quero menosprezar o que os negros passaram, só quero que lembrem que mais gente também sofreu. ― Suspira olhando para mim. ― Eu sei o que é viver com medo. Eu... escolhi me por na frente disso, eu podia me esconder onde a sociedade aceita que eu fique, mas não quis. E foi ele quem pagou por isso.

Essas palavras foram igualmente pesadas.

― Você não pode se culpar pela morte dele. Isso não é justo com você. ― Tentei argumentar mas ele me olhou com desprezo.

― Não seja retardado. Estava começando a ir com a sua cara. ― Responde enfezado se encostando na parede e olhando as imagens. ― Eu quem escolhi ser "assim". Sair do armário e gritar ao mundo "sou gay" e esfregar minha sexualidade para as pessoas, as obrigando a aceitar. Mas... Elas não aceitam. Elas olham feio e tentam expulsar e me por no "meu lugar" ou simplesmente me "educar". ― O modo que ele falava era quase inspirador para mim; e eu finalmente entendi. ― Eu não queria ser obrigado a seguir um padrão. Não queria... Queria lutar pelo meu direito de ser homossexual e poder ficar em uma praça com o meu namorado, já que é um lugar freqüentado por casais. Mas... não. O mundo quer deixar claro que não podemos.

― Não. ― Falei um pouco mais forte do que gostaria. ― V-você não pode abaixar a cabeça agora se não a morte dele será em vão. Use isso... Eu... Me desculpa. To falando merda. ― Quis descer de vergonha, mas ele me segurou, e quando me virei ele estava com um sorriso fofo, limpando as lagrimas mudando a feição de volta para aquela severa.

― Não. Você esta certo. Não posso desistir; ele teria morrido em vão, ele me apoiava e ficaria bravo comigo se eu voltasse atrás por medo.

Esse cara...

Era bem corajoso.

Dava a cara a tapa, mas não agüentava quieto ele batia de volta.

Podia aprender algo com ele e ensinar algumas coisas.

Foi bem complicado fazer a historia dele.

A fala do pai eu me inspirei na obra PELE da Turma da Monica, e a cena do tiro eu misturei vários casos que já vi para citar todos e não fazer ode a nenhum, e vou contar da morte do Alejandro no próximo cap. E esse caso do tio dele também peguei de um ocorrido real.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro