20 A idade interfere. Mas quanto?
2905 words
Sexo.
Isso é a coisa mais polemica do mundo.
Sim.
Veja bem: Em um game já virou normal problematizar a violência, vai ter gente que reclama sim, mas ainda sim existem fãs e a coisa vende normalmente. Você pode encontrar jogos de luta, mas também jogos onde o protagonista é um assassino serial, e ate onde a "graça" é o quanto as mortes são terríveis e grotescas. Eu não to aqui pra criticar isso, e sim o fato de que sexo é mais censurado que morte.
Por que no mesmo jogo que você vê um cara arrancando a espinha do outro, jorrando seguem gritos etc, não pode fazer ele trepar.
Teve um cara que tentou fazer o jogo de um estuprador e o mundo explodiu de ódio, mas se você faz um jogo de uma criança genocida que mata todos em uma casa ou onde for, o jogo é aplaudido.
Entende meu ponto?
Agora vou problematizar uma outra coisa, mas relacionada. Tudo bem?
Por que em series os jovens colegiais que são claramente de menor podem transar e na vida real não?
É super normal o povo beber dirigir e transar em series. Isso tudo é só por que são estrangeiras? É uma parada cultural?
Eu sei lá.
A verdade é que desde que conheci o Harye estou questionando tudo na minha vida e depois de ele falar "como eu vivo a minha vida sexual" comecei a questionar isso também.
Eu nunca me achei errado. Trato sexo da mesma forma que os meus amigos heteros tratam, e isso nunca foi um problema. Eu não tenho de ser romântico. Tenho? Isso vem de cada um. Nem todas as pessoas sonham em se casar.
E por causa disso deitei na cama e fiquei a me lembrar dos meus relacionamentos. Se é que posso chamar disso.
Vou tentar resumir:
Quando era mais novo ate tentei sair com garotas, mas não rolava. Eu beijava, mas o colega não reagia como devia, e já que eu tinha muito medo de ser taxado de broxa, passava a mão nelas para elas acharem ruim. Em resumo preferi ficar com fama de tarado na escola.
Ate ai foi fácil lidar, por que a má fama fez com que as garotas ficassem longe de mim e eu podia agir apenas educadamente com elas sem essa exigência de ter de querer algo a mais. E com isso parecia que eu queria me retratar da fama, então não tinha mais de lidar com mulher.
Tudo estava perfeito na minha vida, mas a coisa saiu completamente do meu controle quando o meu pai indicou um ex funcionário para ser assistente pessoal da minha mãe.
Ele era pouca coisa mais velho que eu, na verdade ainda estava cursando faculdade; e meu pai "fez essa" para o garoto conseguir ir para sua área de atuação. Foi bem legal da parte dele. Mas o fóda foi... Como o cara estava envolvido com os meus dois pais eu acabei o conhecendo um pouco, e todas as vezes que o via ele sempre ficava olhando para mim de um jeito estranho.
Mas eu só fui realmente o conhecer em uma destas "reuniões ou comemorações de fim de ano" que rolam no fim do ano. E isso era ótimo; por que a da empresa do meu pai era em um dia e a da minha mãe no outro; e assim eu conseguia ir em ambos e um ia no do outro; mas na época eu só pensava em comer muito. Ate este dia...
Mas eu vou explicar um pouco melhor.
A do meu pai era sempre na empresa em uma festa mais retraída e com todos se comportando, uma "Festa da firma" com ótima comida. Já a da minha mãe era descontraída uma festa de fim de ano mesmo com o povo ficando muito bêbado uma chamada "confraternização da empresa".
Neste ano ele foi na festa da firma do meu pai se despedir de todos, e ficava me olhando com rabo de olho como diz o Ton; eu já estava bem acostumado as pessoas me olharem assim. Mas tinha algo estranho com o olhar deste cara.
Ele não era lindo; mas era um ruivo alto e magro com sardinhas laranjas pelo corpo e óculos enormes que o deixavam muito charmoso, sempre tive tara por essa carinha de intelectual. Então na outra festa quando ele ficou muito loco bebendo eu achei interessante. Fiquei o olhando se apresentar e agradecer pela contratação, todo descontraído e brincalhão. A carinha dele bêbado era fofa.
Então nem achei ruim quando ele me seguiu ate o banheiro.
Ele estava muito bêbado... mas como eu não achei ruim não seria algo criminal ou errado seria?
Assim que sai do box/ cabine, vi ele sentando na pia me olhando como se me esperasse. Lavei as mãos e ele caminhou ate mim me pondo contra a parede e passando a mão no meu rosto.
― Já te falaram que você é muito bonito? ― Ele pergunta totalmente embriagado.
Mas não. Ninguém nunca tinha me dito isso antes. Sempre achei que os olhares dele era pelo mesmo motivo de todos, achar minha condição de pele estranha ou curiosa.
― Essas suas manchinhas são um charme. Serio. ― Disse ao me dar um beijinho na bochecha.
Eu fiquei muito arrepiado. Não pelo beijo ou as caricias, mas pelo que ele disse da minha pele.
― Você é todo manchadinho? Queria tanto ver... Deve ser a coisa mais linda do mundo. Você é lindo de mais. Serio. Pegou o melhor de cada pai. Seus pais são lindos não tinha como você não ser né. ― Ele diz com a mesma voz afetada pelo álcool olhando nos meus olhos, e acariciando o meu rosto com um certo carinho. ― Quando eles falaram que você existia eu já imaginei que seria lindo. Mas nunca tanto. Esses seus lábios são um pecado sabia? Puxou seu pai não. E esse nariz... todinho da sua mãe. Nossa. Quando te fizeram capricharam garoto. Foi feito com muito carinho.
E assim ele se afasta de mim.
Eu ate estava respirando pesado, achei que ele fosse fazer algo a mais. Mas não fez.
Lavou o rosto e foi embora.
E a festa simplesmente continuou e eu não tirava as palavras dele da minha mente. Afinal a única coisa que todos sempre disseram sobre a minha aparência era sobre a minha cor, minha pele manchada como se tivesse caído alvejante em mim.
Eu ate evitava me olhar no espelho.
Essa mancha no meio da minha testa que subia para o cabelo... Quando era bem pequeno ela foi a primeira a surgir. Minha mãe para me fazer me sentir melhor me fez assistir Spirit e disse que eu tinha a mesma marca que ele. Eu amei isso. Me senti tão bem... mas quando usei isso para me defender na escola riram de mim e nunca mais consegui gostar de cavalos. E olha que eu amava.
Então eu cresci. Acostumado a isso, a ser só o vitiligo já que ninguém via nada alem disso. Ate que conheci outro cara estranho como eu. Um sem pigmentação alguma e tínhamos muito o que conversar.
Mas voltando a festa.
Logo os ânimos aumentaram. O povo todo foi para a pista e eu morri de vergonha de ver meu pai dançando apesar de a minha mãe morrer de ciúmes e dizer que ele dançava bem eu estava na fazer de achar que tudo era mico.
E enquanto todos estavam distraídos na pista, e outros comendo e bebendo ele veio ate mim de novo. Disse o quanto os meus pais eram incríveis e como não tinha como agradecer o suficiente. Estava travado de bêbado. Achei engraçado. Era nítido o quanto ele amava os meus pais.
E foi assim que tive o meu primeiro beijo. Um que eu realmente gostei. O que eu conto como primeiro.
Foi um beijo que eu não esqueço mais. Sua boca tinha gosto de vinho misturado ao licor de maracujá que estava na sua mão.
Foi gostoso e prazeroso e eu adorei. Mas logo ele se afastou, me olhou em pânico como se a birita tivesse deixado seu corpo ou o álcool evaporado com o calor da excitação.
― O que eu to fazendo? Meu deus! Me desculpa eu... deus! ― Ele ficou em pânico. Saiu para longe se despediu de todos e pediu um taxi.
Ate achei que ele fosse contar algo aos meus pais e entrei em pânico. Mas não. Antes de fazer qualquer coisa ele sondou bem. E meses depois descobri que ele iria se casar com uma moça da empresa rival.
Minha mãe ria alto contando ao meu pai as historia e eu fiquei calado na mesa me sentindo traído.
Não tinha por que, mas fiquei.
Mas no fim o casamento não deu certo, e tudo foi cancelado.
Senti uma alegria enorme sem rasão.
― Muito obrigada por quebrar esse galho. ― Estava na sala quando escutei minha mãe entrar. ― Eu juro que te pago por essas horas.
― Que isso. Você é a melhor chefe que alguém pode querer! Claro que eu posso te ajudar com coisas particulares se você me ajuda nas minhas. ― Era a voz dele e eu gelei.
Olhei pela porta para ter certeza, mas não tive coragem de o cumprimentar, ate minha mãe me obrigar.
― Que isso Dylan ele não morde. Vem aqui. ― Me chama seria com um tom de riso sem perceber que ele esquiva o olhar não conseguindo me olhar. ― Ele vai ficar aqui para te ajudar. Ok? Tenho de ver com seu pai uns assuntos urgentes da nova casa que apareceram do nada. Logo os homens da mudança chegam e ele vai te ajudar pra você não ter de fazer tudo sozinho ok? ― Como sempre minha mãe dava conta de tudo.
E com isso ela se vira e sai da casa.
Eu fico ali parado nervoso e pra ajudar ele ainda evita me olhar.
― Ok. Er... Lógico que você não esqueceu aquilo. ― Diz sem graça indo ate a cozinha e vendo o que já estava nas caixas. ― Eu abusei de você. Sinto muito... Juro eu estava, fora de mim. Mas isso não é desculpa.
― Não. ― Disse fraco e ele se curvou de vergonha. ― Você não abusou de mim ok. ― Disse e ele me olhou surpreso e eu senti que fiquei vermelho de vergonha.
Eu queria ele.
Mesmo que fosse só para saciar essa vontade, eu queria.
Mas estava com muito medo de assumir isso, então corri e fui arrumar todas as coisas. O nosso nervoso era tanto que terminamos tudo muito rápido e sobrou um tempo que não devia ter sobrado.
E o que acha que rolou?
É... isso mesmo.
Foi a minha primeira vez.
Tudo ocorreu na sala mesmo porque o sofá era a única coisa não embalada; por que ate os colchões já estavam separados para levar.
E pra mim foi perfeito.
Tomamos um banho depois, ele ficou branco de culpa por ter me tocado; e quando meus pais chegaram ele não soube onde enfiar a cara. Ele queria contar o que fez, mas o impedi e assim ele se foi e eu segui com meus pais para a nova casa.
Não pude me despedir do meu amigo por que estava bravo comigo então fiquei me concentrando na sensação pós coito ai atrás.
Vou chamar de miolinho ok?
Ele não estava doendo. Estava uma sensação de pecado cometido. E isso me deixava constrangido e com vontade de sentir mais disso.
Esse perigo do proibido e errado me deixava louco.
E deve ser por isso que eu me envolvi nessa relação atual. Se é que posso chamar assim.
Acordei de pal duraço por conta de um sonho erótico que tive com o Harye e o Ton juntos. Um dia eu conto, mas não agora ok? Só deixa concluir o raciocínio. Não esta na hora de contar esse sonho ai.
Levantei, bati uma pensando no sonho no banheiro mesmo e já tomei um banho; mas como só bater uma não me saciava já me "limpei bem" e sai para a escola antes da hora.
Eu tinha que tirar esses pecados da mente. Não podia ficar sonhando assim com os dois... com nos três juntos. E era a semana que eu passaria com eles... fodeu. Não podia sumir justo agora que estávamos tentando ajudar o Marcos.
Fui direto onde sabia que conseguiria fogo.
O professor de esgrima era... alguns anos mais velho que eu, e não tinha sensação mais incrível do que fazer isso com ele. Só de lembrar e pensar já ficava no ponto de bala.
Ele era como um vinho bem maturado, já tinha uns cabelos grisalhos e umas leves rugas nos olhos, mas eu não ligava mesmo, na real isso só o deixava mais atraente. O cara era muito gostoso.
Eu não sabia e nem queria saber da vida dele. Só o que me importava era o corpo dele e o fato de ele ser um professor e como isso podia dar merda se alguém descobrisse.
O perigo era a pimenta que deixava tudo mais saboroso.
Parei na porta do doujo que se encontrava do lado das quadras e fiquei admirando ele arrumar o tatame. Ele sempre chegava muito cedo mesmo que suas aulas fossem apenas no período da tarde, ele era pontual e muito regrado. E na moral. Eu respeito muito isso nele. Admiro de verdade.
Apesar de meu pai pregar isso em mim, ele foi o meu primeiro exemplo de alguém que consegue ser assim. Depois dele só o Ton mesmo.
Mas deixa eu explicar um pouco como ele é, pra você não imaginar um tio zuado.
Tinha longos e negros cabelos presos em um rabo de cavalo alto sempre preso com aquela fita branca, o corpo de um cavado de bom porte forte e musculoso, o queixo másculo e os pelos do peito ralos em direção a sua virilha como se fosse uma seta apontando para onde eu devia dar atenção.
Sua barba era grossa e majestosa, bem desenhada e aparada.
Gostava de ver o contraste que tinha sua pele branca com sua pelagem escura, e esses olhos amendoados e severos de quem teve uma vida muito complicada.
Não demora muito e ele sente a minha presença como se tivesse um sexto sentido, olhando para mim por sobre os ombros ainda de costas e sorri esse sorriso de canto de boca que me deixa louco pra... Sei bem o que quer dizer esse sorriso. Que ele já sabe bem o que eu quero ali e topou.
Fazia alguns meses que estávamos fazendo isso.
Um...
Começamos pouco antes do divorcio dos meus pais. Será que "isso" foi a minha crise? Como estou descarregando minhas emoções?
Não sei. Não quero pensar nisso. Por agora eu só quero extravasas essa vontade que me preenche.
Me aproximo já tirando a camiseta e tacando em um canto qualquer, e ele se vira pegando uma espada, já me puxando e colando nossos corpos. Sinto seu tórax nas minhas costas, sua mão firme segurando a minha sobre a espada de madeira.
Se alguém surgisse ali era fácil fingir estarmos treinando e ele apenas estar me ensinando. Mas não era nada disso.
Essa era nossa preliminar do pecado. Do perigo maximo. Pois nessa posição e como ele estava com o traje de dar aulas (que eu não sei o nome desculpa, pergunta para o Ton que ele deve saber) eu podia sentir perfeitamente como ele me desejava.
É...
Eu transei muito.
Esse perigo de errado era uma delicia. Mas eu sabia que era errado. Eu tinha de parar com isso. De me envolver com homens mais velhos e não ter compromisso com nada.
Mas por que?
Os únicos da minha idade que chamavam a minha atenção eram Harye e Ton e eu não conseguia me decidir entre eles.
― Por que ta sentando assim cara? ― O Bumbum se aproxima me vendo sentado com pose de quebrada e já estranha, e pra não responder mal zombo com um ponto de verdade.
― Meu toba ta doendo. Deu uma cagada foda agora a pouco. Tem uma pomada ai véi? ― Respondo ele gargalha alto.
― Porra mano! Sabe que eu amo essas suas resposta. Cassete! Sempre me pega do nada. ― Diz ao se sentar do meu lado. ― Pior que eu tenho. ― Ri culpado. ― Dei uma destas que ta ardendo no fundo da alma. ― Ri envergonhado e eu só morro rindo junto.
Esse cara era o maior barato.
― Mano. Posso te mandar a real? ― Digo pensativo. Talvez... só talvez ele não ligue. E continue meu amigo. ― Por que tu não chega nela logo. ― Digo apontando com o olhar para Val a minha que ele não tirava os olhos. Amarelei em contar. De novo.
Ele vira o rosto e olha pra mim. Voltando a olhar para ela e suspira pesado.
― Essa minha ai nunca que vai me dar bola cara. ― Diz com um tom triste. ― Deixa eu te mandar a nova que eu vim aqui dizer. ― Já muda de assunto. ― Ta ligado o Adrien da escola rival? Ele é o melhor jogador do time rival. ― Diz ao ver minha cara de quem não entendeu. E assim me lembro que ele estava falando da escola do Ton. ― O povo ta falando que ele é gay. Pegaram ele traindo a namorada gostosa dele com um nerdezinho de óculos.
Que?
Com o Ton?
Ate falhou uma batida.
Pus um pouco do Happy Awer japonês onde o povo enche a cara mesmo e nada que fazem ali ta valendo.
E tbm a critica das diferenças de festas de fim de ano. Se qser saber um pouco mais das piadas ta ai o vídeo que me inspirei.
Vejo muito Standap^_^
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