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17 Necessidades humanas.

2133 words

Tudo estava indo muito bem pra mim, mas como sempre a vida vem e diz não.

Estava amando ajudar o Harye com seus vídeos e ter a ajuda dos dois com a minha obra boba era um paraíso.

Nunca senti que pudesse debater desses assuntos com ninguém, muito menos mostrar o que eu escrevia e ainda mais ter ajuda. Me sentia verdadeiramente seguro. E que nos tornávamos mais que amigos aos poucos.

Me sentia à-vontade perto deles, apesar de... o que rolou com Dylan não sair da minha mente e sempre que ele se aproximava de mim e eu sentia esse cheiro delicioso que ele tinha; eu quase enfartar. Não dava pra ele ser menos cheiroso não?

Eu tentava deixar tudo na linha da amizade pura e linda e creio que eles também. Ate o Harye evitava se trocar na nossa frente como no acidente do primeiro dia.

Mas o que minha mãe me disse me derrubou de volta a realidade áspera e rígida. Eu era gay e isso nunca seria aceito por ela muito menos pelo meu pai e sempre me perseguiria.

Enquanto minha mãe falava sem parar sobre a discussão que teve com meu pai eu divagava sobre as necessidades humanas. Era sempre assim. Sempre que ela falava algo serio que eu precisava muito prestar atenção eu não conseguia e fugia para alguma nerdice.

Em cada livro de psicologia estava diferente o que eram as necessidades, mas o que entendi é elas são as coisas básicas que deveríamos ter na infância e é inevitável que algo falte e por isso que toda pessoa tem que fazer terapia.

No meu caso o que me faltou foi segurança.

Não segurança física.

Isso eu sempre tive, mas a de sentir que poderia me expressar e ser plenamente ouvido. Meus pais são os tradicionais que dizem que o filho deve obediência e fim só porque é filho nunca deve responder mesmo que o pai esteja errado e seja irracional.

E sabendo disso eu entendi por que não conseguia prestar atenção nela.

Por que mesmo que prestasse não adiantava de nada. Ela só queria me contar, eu não tinha o direito de responder ou opinar mesmo que isso influenciasse profundamente a minha vida.

― Esta me ouvindo?

― Sim mãe.

― Certo. Então vamos que seu pai já deve estar lá esperando.

― Sim mãe.

Viu? Não mudou nada eu ter ouvido ou não.

Entrei no carro e fiquei a pensar em tudo que passei e o quanto viver este tempo com aqueles os dois tem me ajudado.

Eu não quero viver no armário para sempre, mas ainda não tenho coragem de viver um amor; mas se fosse pra continuar a morar com eles eu conseguia encontrar dentro de mim forças para brigar. A única vez que senti isso antes foi para proteger o Marcos, mas... o que sentia por ele e por eles é diferente. Eu só não sei o que é.

Minha mãe dirigia enquanto falava no viva voz com as amigas.

Lógico que ela tinha mais amigas que apenas as duas, só essas se uniram por que eram elas que estavam passando por dificuldade e tem esse abalo em suas relações. Não posso negar que a amizade delas é muito fofa e verdadeira. Mas elas demonstram constantemente se incomodar caso nós três resolvemos magicamente nos pegar...

Unf.

Isso me incomodava muito.

Eu concordava com os rompantes de raiva de Harye quando ele pegava esses papos. Não é só por que ele é gay que sai pegando todo homem que vê.

Mas isso não negava que eu queria sim pegar os dois... Unf. Então temia que isso afetasse essa bela amizade da minha mãe. Elas precisavam uma da outra neste momento e seria muita crueldade fazer algo que estragasse tudo; mas essa não era a única razão para eu não fazer nada. A verdade é que não queria ser um tarado.

Entenda. Eu não estava gostando deles só por serem lindos, mas por os conhecer melhor. Eu não queria ficar com qualquer cara, não era nada disso. Não era só me por no quarto com mais caras que eu ficaria todo assanhado.

Ficar com eles me incomodava muito no começo.

Mas com o tempo os conheci melhor, eles me fazem sentir tão bem; e comecei a gostar mais dos seus defeitos do que da beleza nítida.

Harye era violento e raivoso. Mas isso era só por que ele tinha... muito mas muito medo. Ele se sentia sozinho e sendo atacado o tempo todo. Essa raiva era sua forma de se defender; e eu também tinha esse mesmo medo dentro de mim.

E como Harye havia apelidado, Dylan era mesmo um príncipe. Eu ate agora não achei o defeito desse homem! Não pode ser que exista alguém que é simplesmente perfeito.

― Chegamos. ― Minha mãe impõe e saio do carro e dos meus pensamentos, vendo que estávamos em um restaurante.

O mesmo restaurante que sempre vamos quando o assunto é serio.

Por que?

A comida aqui é maravilhosa.

É um restaurante italiano com muita maça boa, e nada melhor para os momentos tensos de silenciosa que o som de talheres sobre pratos. Fora isso, estar em um ambiente público os obrigava a não gritar e se comportar e assim ouvir o outro.

Acho que isso de não ouvir o outro era o maior problema da minha família.

― Demoraram. Já pedi a entrada de sempre e o favorito de vocês. ― Meu pai sabia de cor o que cada um pedia dependendo do assunto e sentimento. ― Indo direto ao ponto... ― Diz ao me olhar serio. ― Eu sai com esse garoto "um dia" e vi que ele ta cheio de pensamentos estranho. Um dia! E eu já vi como ele esta sendo mal influenciado morando com você.

― Não começa.

― Eu vou é terminar. ― Pontua firme. ― Você quis morar com suas amigas, e esta querendo fazer drama. Todos sabem que logo você volta pra casa e para de frescuras. Mas deixar o garoto no meio dos seus dramas só ta fazendo mal para ele. Uma criança precisa de estabilidade.

― Eu concordo. Ele precisa de estabilidade, e fico bem desconfortável de ele dormir no mesmo quarto "daquele" garoto. ― Minha mãe diz seria. ― Mas isso não é uma frescura Thiago. Você é incapaz de entender... e eu cansei de tentar te explicar. ― Diz vendo os pratos chegarem.

O meu era um lindo rondele quatro queijos com molho branco. Como eu amo essa coisa! Não posso negar que ele acertou em cheio. Que ódio. Nem pra ele errar... Isso me fazia pensar que ele estava sempre certo, mas estava na hora de quebrar essa poderosa ilusão que ele trazia com sigo.

― Eu não vou voltar para casa. E você tem que assinar logo os papeis do divorcio. ― Minha mãe era uma mulher bem magra para quem esta sempre na cozinha e envolvida com comida. As pessoas acham que cozinheiro tem de estar acima do peso... Não entendo isso.

Ela tem curtos cabelos castanhos com um desenho na nuca meio ondulados. Esta sempre com brincos enormes a não ser que esteja cozinhando.

― Bobagem. ― Diz olhando para o prato de macarrão com almôndegas extras, ignorando completamente a minha mãe. ― Isso é um prato de macho. Com carne! ― Me da essa alfinetada de graça.

Tudo que eu gostava ele fazia isso.

Comparava. Dizia não ser homem o suficiente.

― Você fica fazendo esse drama como sempre. O drama só aumenta mais e mais. Eu cansei de te dar atenção. Ta na hora de parar com isso. ― Diz ao enrolar o garfo e comer. Minha mãe bufa de raiva. Não conseguia nem comer. Pega o copo de suco detox e vira como se fosse algo alcoólico.

― Eu não quero que ele cresça com você. Não quero você pondo essas idéias sobre a mãe dele e sobre as mulheres na mente dele. ― Ela diz ao por o copo na mesa e fazer sinal para pedir outro. Desta vez um chá. Sinal que estava muito furiosa e com isso meu pai a olha. ― É por isso que ele não tem namorada. E não se envolve com mulheres. Olha como você pinta elas para o garoto?

― Eu só digo a verdade. Olha no espelho e diz se eu não to mentindo.

― Você...! ― Ela segura o grito. ― Eu não sei mesmo por que... demorei tanto pra pedir o divorcio de você. Isso... essa descoberta não é o motivo. É você. Você é tóxico. ― Diz ao cortar sua lasanha de brócolis em pedacinhos quadradinhos como quem divide um bolo retangular para varias pessoas. ― Ele vai morar onde pode ter uma boa criação e estabilidade. Com os meus pais.

― Tudo bem. ― Diz serio voltando a comer. ― Eu só não quero ele morando com uma bixa. Vai influenciar ele. Já pensou se o cara agarra ele? Como pode deixar o garoto no mesmo quarto que uma bixa? Você tem problemas.

― Foi à única forma que deu! ― Ela se exalta e logo para de falar e tenta se acalmar. ― Acha que eu queria isso? Claro que não. Mas elas são minhas amigas. E ela não tem culpa do filho ser gay. Ela é uma boa mãe e esta tentando ajudar o garoto a voltar para o bom caminho.

― E você acha que essa porra tem cura mulher? Você é mais burra do que a sua irmã era.

Quando ele fala da tia vejo uma lagrima correr no rosto da minha mãe. Ela se levanta e sai para o banheiro.

― Mulheres. Sempre emotivas. ― Ele murmura.

Vou resumir.

Minha mãe é gêmea, era... Minha tia morreu por que... bem. Por que era uma pessoa incrível e maravilhosa e morreu para salvar a minha vida.

Sabe quando nos desenhos um personagem vai cair, e o outro abraça ele e usa seu corpo para amortecer a queda? Bem... foi isso.

Minha tia era do corpo de bombeiros e estava acostumada a se por em risco por outras pessoas, mas quando eu escorreguei e cai durante uma visita ela agiu sem pensar. Sabe por que tiram policiais de casos pessoais de mais? Por causa dessas coisas.

Ela me segurou firme e eu sai sem um único arranhão. Mas... ela bateu a cabeça com muita força. Não calculou bem o ângulo da queda e... por isso meu pai a taxa de burra, mesmo tendo salvo a minha vida.

― A tia é uma "heroína". Ela "salvou a minha vida". ― Falei firme olhando para ele. ― "Não" chame ela de burra. ― Completei serio. E pela primeira vez senti um pouco de medo vindo do meu pai.

Ele tem cabelos castanho bem escuro, e olhos caramelo que ficaram bem arregalados me olhando; esta acima do peso apesar de não ser tachado de gordo minha mãe sempre reclama de ele não se cuidar, e este antes dava desculpas de não ter tempo; mas com os anos ele foi dando respostas piores.

Mas o ponto é:

Eu o intimidei?

Eu... aprendi isso com o Harye? Isso... era bom?

Eu não sei.

Mas de toda forma quando ela votou fiquei calado ouvindo a conversa deles. Como sempre tinham decidido a minha vida e eu não tinha o direito de opinar, em nada.

Tive de dormir na minha antiga casa.

Eles não queriam que eu ficasse mais um segundo com o Harye como se ele fosse contagioso ou como se fosse um estuprador.

E em falar de estuprador...

Eu tinha meus próprios planos. Sentia uma energia incandescida percorrer o meu corpo quando lembrada do Marcos e como ele estava destruído chorando escondido e tendo de fingir estar bem.

E foi esse poder que senti com o medo do meu pai.

O olhar que ele me deu não saia da minha mente. Eu queria esse medo? Do meu pai eu não sei, mas desse desgraçado que tocou no Marcos eu queria sim!

https://youtu.be/ZwN-C3pNl2c

Bem tenho de agradecer a inspiração dada para este cap por @Guixluv com a musica 


Tive umas epifanias e analises aqui e acho legal trazer pra vc tbm fazer a sua ok.

Eu não vou ditar o que são as "necessidades humanas básicas" por que real varia de obra para obra que li, mas conhecer a existência disso para se auto conhecer é uma experiência muito legal que eu recomendo de mais!

O meu eu notei coisas diferentes do Thomas, lógico que não fiz a mesma coisa que eu senti. Mas se quiser conto pra vc o q me analisei e podemos debater o que voce viu de voce também. É bem legal essas auto analises. Pelo menos eu amo.

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