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19

Minjeong estava na biblioteca da faculdade, finalizando a leitura do livro que havia começado da última vez quando seu celular vibrou. Ela pegou o aparelho sobre a mesa e sorriu ao ver a mensagem de Jimin.

"O que minha Minjeong está fazendo?"

Respondeu a mensagem na hora.

"Estudando na biblioteca."

"Quer almoçar comigo?"

Ela agarrou o celular junto ao peito e respirou fundo antes de mandar a resposta.

"Quero."

Minjeong havia pensado em pedir comida, mas ela abandonou a ideia assim que recebeu aquele convite.

Podia muito bem fazer isso no dia seguinte.

A resposta dela fez seu sorriso se abrir ainda mais.

"Passa na academia quando terminar aí."

Minjeong juntou seu material de estudo em uma pilha e se preparou para sair. Era sexta, e a maioria dos alunos tinham saído para comer num dos muitos restaurantes do centro da cidade. Ela saiu da biblioteca e atravessou os corredores, esperando sair despercebida.

Sunghoon apareceu pouco antes que ela saísse do prédio.

— Vai almoçar fora hoje? Posso ir junto? — Ele perguntou.

— Vou encontrar alguém.

— Ainda está saindo com a Jimin?

Ela assentiu com a cabeça.

— Ela tem sorte.

Minjeong seguiu para o campus, desejando se livrar dele o mais breve possível. Sunghoon a seguiu até os portões da faculdade.

— Você vai ao evento beneficente no próximo fim de semana, né? — Ele perguntou.

— Como é que você sabe disso?

— Minha mãe também está no comitê organizador. Mundinho pequeno, né? Enfim, queria saber se você já tem companhia. Se eu disser que vou sozinho, minha mãe vai querer escolher alguém para me acompanhar. — Ele sorriu e curvou os ombros de um jeito que o fez parecer uma pessoa muito menos arrogante.

A situação dos dois era bem parecida. Era impossível para Minjeong não se identificar.

— A minha faria a mesma coisa.

— Sei que você já está saindo com alguém, mas... Antes falou que esperava
que fosse sério, como se não tivesse certeza. Jimin é sua namorada?

Ela olhou para o chão do estacionamento.

— É complicado.

— Como assim?

— Preciso ir. Não quero me atrasar. — Ela levou a mão aos cabelos, ajeitando alguns fios.

Sunghoon fez menção de colocar sua própria mão sobre a dela, mas deteve o gesto a tempo. Saberia que ela gostava de distância? Talvez ele a entendesse de verdade.

— Isso significa que vocês só estão saindo? Porque você merece mais. Espero que saiba disso. Todas aquelas coisas que eu falei sobre praticar... Era bobagem. Você me intimida, e tentei dar uma de gostosão. Uma idiotice. A única coisa que importa é encontrar a pessoa certa. E acho que você pode ser essa pessoa para mim, Minjeong. Faz um tempão que gosto de você.

— Por que está me dizendo isso só agora? Estamos no mesmo departamento há anos. — Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Sunghoon sempre tinha gostado dela? Dela?

— Porque tenho um monte de questões mal resolvidas, e minha língua trava quando estou perto de você, ou então digo um monte de babaquices. Sou inseguro, então fiquei esperando que me chamasse para sair, mas estou tomando a iniciativa agora. A ideia de você saindo com alguém que não te valoriza me deixa maluco. Pra mim você é perfeita, Minjeong.

Ele a considerava perfeita? Alguém a considerava perfeita. Minjeong sentiu um aperto no peito, e seus olhos começaram a arder.

— Não sou perfeita. Tenho... questões mal resolvidas também.

— Eu sei. Sua mãe contou pra minha. E ela me contou. Tenho um monte de problemas também, que mudam de nome sempre que troco de terapeuta. Somos feitos um para o outro. Você é perfeita para mim.

Mas Sunghoon não era perfeito para ela. Houve um tempo em que Minjeong gostaria de descobrir se existia um cara legal por trás daquela fachada. Ela não podia condená-lo por ser considerado arrogante, já que ela própria era vista da mesma maneira. Além disso, sempre desejara que no fundo ele fosse uma boa pessoa. Significaria que havia esperança para ela também.

— Lamento muito, Sunghoon, mas já combinei de ir ao evento com a Jimin. Não tenho como desfazer o convite. Nem quero, aliás. Estou obcecada por ela.

Uma expressão teimosa surgiu no rosto de Sunghoon.

— Obsessões passam.

— Não as minhas.

— Garanto que é só uma fase. Você não está apaixonada — ele falou, cheio de certeza.

Os lábios dela se abriram. Apaixonada? Então era aquilo que estava acontecendo?

Ela estava apaixonada por Jimin?

— Como pode saber? — Perguntou Minjeong.

— Sei porque é por mim que você vai se apaixonar. Por mim — ele insistiu.

— Sunghoon, o que quer que você esteja fazendo, é melhor parar.

— Você precisa dar uma chance pra gente.

Ele deu um passo à frente e se inclinou em sua direção.

Ela tentou recuar, mas já estava encostada no muro, então virou o rosto. Sunghoon não estava usando perfume demais, mas havia algo de errado com seu cheiro. Minjeong pôs as mãos espalmadas no peito dele para afastá-lo. A sensação também tinha algo de errado. Ele não era Jimin.

Os lábios dele tocaram os dela. Pele seca contra pele seca. Uma língua molhada escorregou para a boca de Minjeong, e seu coração congelou. Seu corpo todo travou. Era como se revivesse as três experiências anteriores.

Tudo errado, tudo errado, tudo errado.

Ela se contorceu e limpou a boca com a manga. Uma sensação sinistra e imunda se espalhou, por dentro e por fora dela.

Sunghoon fez uma careta, levantou o queixo e cerrou os punhos.

— Você só precisa se acostumar comigo, Minjeong. Assim como fez com aquela babaca.

Ela deu um empurrão no peito dele, afastando-o.

— Nunca mais faça isso.

Com o coração disparado e as mãos trêmulas, Minjeong saiu da faculdade. Quando chegou à academia, já havia se acalmado, mas a sensação de sujeira persistia. Precisava escovar os dentes.
Dentro do estabelecimento, viu Jimin parada ao lado de um aluno, revisando algumas coisa da aula. Ela vestia o mesmo quimono preto que vira da última vez. A ruiva adorava vê-la trabalhar.

Como se pressentisse sua presença, a morena ergueu os olhos e sorriu ao vê-la.

Minjeong fez menção de retribuir, mas o gosto ruim na boca a recordou do incidente no estacionamento. E se Jimin a beijasse depois de Sunghoon ter feito aquilo? Seria nojento.

— Banheiro. Preciso ir ao banheiro.

Jimin dispensou o aluno, com uma expressão incomodada no rosto.

— Lá nos fundos.

Ela correu, localizou a porta e abriu a torneira. Ensaboou as mãos e depois lavou os lábios e a língua. Em seguida encheu a boca de água, fez bochecho e cuspiu, repetindo o processo diversas vezes.

Jimin abriu a porta do banheiro e viu Minjeong lavando a boca como se tivesse comido alguma coisa estragada. Estaria doente? Suas entranhas se reviraram e sua mente automaticamente se voltou para os cenários mais catastróficos, com os quais estava bem mais acostumada do que deveria.

A porta se fechou atrás dela, que se aproximou e acariciou as costas tensas de Minjeong.

— Ei, o que foi?

Por favor, que esteja tudo bem.

Por um longo momento, o silêncio permaneceu, a não ser pelo barulho da água correndo. Com a testa franzida, a ruiva observava a água escoar pelo ralo. Então a olhou através do espelho, fechou a torneira e falou:

— Um colega da faculdade me beijou.

Jimin sentiu suas entranhas congelarem e uma raiva fria se espalhar pelo corpo. Com o treinamento que tinha, não era do tipo que saía arrumando briga. Mas quando entrava em uma era para valer. E entraria naquela em particular com o maior prazer. Suas juntas estalaram quando ela cerrou os punhos.

— Foi o Sunghoon, não é? Onde ele está? — As perguntas saíram num tom duro e implacável. O desgraçado acabaria no hospital.

Minjeong se virou para encará-la, arregalando os olhos.

— Por quê?

— Ninguém pode beijar você contra sua vontade, Minjeong.

— Está pensando em fazer alguma coisa contra ele? Não quero que se meta em encrenca.

— Você passou um minuto lavando a boca. Agora vou lavar a dele. — Com sangue.

Ela remexeu os dedos enquanto pensava em alguma coisa para dizer.

— Já estou bem. Viu?

— Se não estivesse, ele seria um cara morto — Jimin grunhiu.

— Quer parar com isso, por favor?

Jimin balançou a cabeça, incrédula. Alguém a havia tocado, beijado, enfiado sua língua imunda na boca dela.

— Como é que você consegue ficar tão calma? Por acaso queria ser beijada?

— Não, mas... — Minjeong desviou os olhos. — Eu não quero que você entre em problemas na faculdade por minha causa. Além disso não quero saber dele, mesmo que... — Ela se deteve, com uma careta.

— Mesmo que o quê?

— Hoje ele me disse que gosta de mim faz um tempão. E que acha que sou perfeita para ele. — Com um olhar cauteloso, ela complementou: — E que não liga se sou diferente.

Para Jimin, foi impossível segurar a vontade de abraçá-la. Ela mesma não havia dito aquelas coisas, mas não queria dizer que não as sentia.

— Isso porque você é perfeita para qualquer um. Tudo o que te torna diferente faz parte dessa perfeição.

— Não sou perfeita, Jimin. Não mesmo — ela falou com um tom de voz dolorido.

— Você retribuiu o beijo? — Àquela altura, era a única coisa que poderia torná-la imperfeita aos olhos dela. Mas talvez nem aquilo.

Minjeong balançou a cabeça.

— Não.

— Você gostou? Quando ele te beijou? — Jimin precisava saber.

— Nem um pouco — ela murmurou.

— Por quê? O que ele fez de errado? Beijava mal?

— Eu senti que era errado.

— Por quê?

— Porque não era você. — O olhar suave no rosto dela a desarmou. Jimin faria qualquer coisa para ver essa expressão. Qualquer coisa.

Ela pôs a mão no queixo de Minjeong e puxou a cabeça dela para cima, tentando ser gentil, apesar do impulso violento que corria em suas veias.

— Vou te beijar agora. — Ela precisava. Se não o fizesse, enlouqueceria.

— Não. Ele ainda está na minha boca. Posso sentir seu gosto. Não consigo me livrar.

Jimin soltou um grunhido furioso.

— Preciso disso, MJ.

A ruiva fez um leve aceno, e ela colou a boca à sua em um beijo profundo. Precisava ajudá-la a apagar todo e qualquer vestígio daquele merda. Minjeong amoleceu toda e se agarrou a ela. Jimin a segurou nos braços, acariciando-a de forma ríspida.

— Ainda está sentindo o gosto dele? — murmurou com os lábios colados ao dela.

— Não — Minjeong respondeu, ofegante.

Jimin sorriu e sua expressão suavizou. Ela se afastou e tirou alguns fios de cabelo do rosto de Minjeong, desfrutando do olhar de admiração dela. A ruiva não olhava para mais ninguém daquele jeito. Só para ela.

Depois de passar mais de um mês próxima a ela, tinha certeza daquilo. Havia partes de si — muitas partes, as melhores — que ela só compartilhava com Jimin, o que a ajudava a esquecer que o relacionamento das duas não era de verdade.

Mas era preciso lembrar. Minjeong não queria ser beijada pelo colega de curso, mas, se quisesse, não havia nada que a impedisse. Não estavam numa relação monogâmica. Jimin não era namorada, noiva ou esposa dela. Minjeong era uma amiga, e ela era apenas... alguém que a estava ajudando. Aquilo soava muito mal, mas era verdade. Jimin não tinha o direito de defendê-la ou de ser possessiva. Ela devia manter uma postura distanciada. No entanto, se apaixonara. Quando as duas por fim se separassem, aquilo acabaria com ela.

Mas para Minjeong seria melhor. A ruiva saberia ficar à vontade ao lado de outra pessoa, saberia o que esperar de um relacionamento, saberia
como era se sentir amada. Jamais ia se contentar com menos.

Apelando para os anos de experiência com relacionamentos casuais, Jimin conseguiu abrir um sorriso e dizer:

— Se não me engano convidei você para almoçar comigo hoje.

Minjeong sorriu e pôs a mão na cintura.

— Tudo bem. Podemos fazer isso agora.

— Eu só preciso tomar um banho antes. Mas, enquanto estava aqui com você, acabei tendo uma ideia diferente.

Ela inclinou a cabeça para o lado.

— Do que você está falando?

Jimin deu de ombros.

— Bom, podíamos ir almoçar na minha casa. O que você acha?

Quando ela disse aquilo, Minjeong respirou fundo, surpresa. Um olhar de descoberta iluminou seu rosto antes que ela se voltasse para o vazio, se concentrando nos próprios pensamentos.

— Cadê você? — Jimin acenou até que a ruiva voltasse a ela. Era típico de Minjeong, e ela sorriu, apesar do vazio que sentia no peito. Adorava como Minjeong era brilhante. E tudo o que fazia por ela. Cada coisinha. — Está perdida nos seus pensamentos, né?

Ela franziu o nariz e ajeitou alguns fios de cabelo.

— D-desculpa. Às vezes não dá para evitar. Tento não ficar divagando, mas...

— Só estou provocando você. Adoro esse seu cérebro — Jimin confessou. Como não conseguia se segurar mesmo estando triste, beijou a boca dela, uma vez, duas vezes, e uma terceira. — Vamos lá, faço questão de preparar algo especial para você. E depois podemos assistir algum dos filmes que você gosta.

— Isso significa que você quer mesmo que eu conheça a sua casa? — Será que Yeoreum tinha comentado alguma coisa com ela?

— Se você quiser. Não é nada de mais.

— Eu iria adorar.

Jimin passou os dedos em seu rosto e seus cabelos.

— Só me dê alguns minutos, ok? Você pode me esperar na recepção.

Minjeong assentiu, sentindo-se ansiosa. Finalmente teria a chance de conhecer mais sobre a vida particular de Jimin.

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