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09

Na manhã de terça-feira, Jimin estava pensativa enquanto saia do seu apartamento.

Seu plano de ajudar Minjeong para aliviar sua ansiedade estava funcionando. O problema era que aquilo estava funcionando no sentido inverso também. Quanto mais tempo passava com ela, mais a atração de Jimin por ela crescia — e não só em termos físicos. E agora a ruiva queria que ela agisse como sua namorada pelas próximas semanas, o que não era uma boa ideia. Se aceitasse, Jimin correria o risco de cair na besteira de se apaixonar por ela.

Jamais passaria por sua cabeça que as circunstâncias em que estavam poderiam ser revertidas em um cenário de conto de fadas. Além de estarem em mundos diferentes, Minjeong era uma garota incrível. Se ficasse sabendo do quão instável era sua vida pessoal, jamais se sentiria confortável com Jimin. Ela se rebelava contra aquilo e detestava o pai pelo que tinha feito, mas carregava dentro de si os mesmos genes. Era uma bomba-relógio ambulante, não queria que Minjeong estivesse por perto quando seu tempo acabasse e ela explodisse, destruindo tudo e todos ao seu redor.

Desistir daquilo era sua saída daquela situação. Manter uma relação casual com Minjeong, finalizar o trabalho da faculdade e seguir em frente. Só que, agora que a conhecia melhor, queria ser mais que a professora que ia ensiná-la a ser uma boa namorada. Queria proporcionar os melhores momentos da vida dela.

E aquela definitivamente não era uma escolha sabia.

Olhou uma última vez para o seu prédio antes de virar-se e ir embora.

A Kawasaki lhe aguardava no estacionamento do outro lado da rua. Certos dias, a motocicleta era 600 cilindradas de puro poder que a transportavam de um lugar ao outro.

Jimin pôs o capacete e arrancou, afastando-se do meio-fio. Hoje, precisava fugir.

Ela atravessou Seocho-gu e avançou pelas avenidas movimentadas, que durante a semana vicejavam com consumidores que iam das lojas ao mercado, depois ao café para colocarem o papo em dia. As marcas famosas estavam concentradas em Apgujeong-dong, mas uma vivida animação recaia sobre vários pontos da cidade.

Mas, agora, Jimin não queria passear por elas. Queria andar de moto, com tudo.

Saiu na direção de Yongsan-gu e da ponte Bampo que se estendia sob o Han. Não tinha interesse algum nas lojas e nos cafés às margens do rio. Só o que ela queria era pilotar.

À placa preta e branca, acelerou. A aguardada descarga de adrenalina rasgou por suas veias enquanto o motor ganhava vida sob ela. Uma vez libertada, a força da moto desafiava todos os músculos de seu corpo. Conseguia sentir a impaciência e agitação dela querendo explodir. E, às vezes, ficava tentada a deixar isso acontecer.

Anda, me peguem, pensou ela quando o joelho direito beijou o chão em uma repentina curva fechada.

De vez em quando, ela gostava de provocar os demônios. Gostava de incitar o destino que lhe havia sido presenteado quando nasceu.

E ele a pegaria algum dia. Era apenas uma questão tempo.

Quando chegou na faculdade, vários minutos depois, Jimin ainda sentia aquela onda de adrenalina correr por seu corpo. Ela deixou a motocicleta no estacionamento e seguiu para dentro do prédio enquanto confirmava com Minjeong se ela já havia chegado. As duas iriam se encontrar com Seulgi para discutirem sobre o projeto delas naquela manhã.

Jimin estava prestes a entrar no seu departamento quando uma voz familiar começou a gritar com ela.

— O que você está tentando fazer, hein? — Perguntou Ningning, parando na frente dela.

Jimin olhou para a chinesa com a sobrancelha erguida diante daquela agressividade repentina. Ningning cruzou os braços e olhou para ela com uma expressão séria.

— Como é que é?

— Eu perguntei o que você está tentando fazer. Isso é algum tipo de pegadinha? Daquelas em que uma garota bonita finge gostar da garota tranquila e então as populares acabam com ela?

— Do que você está falando?

— Estou falando da minha melhor amiga, Minjeong.

Ah...

— Não sabia que ela tinha uma defensora.

— Pois é, agora você sabe. Eu sou a Ningning, e você é a garota que está usando a minha amiga — declarou ela.

— O quê? Não é nada disso. Minjeong é minha...

— Não diga que ela é sua amiga, você mal a conhece. Pessoas como você não são amigas de garotas como Minjeong.

— Pessoas como eu? O que você quer dizer com isso?

Ela revirou os olhos, como se aquela pergunta fosse completamente idiota.

— Você é popular e pode ter a garota que quiser num estelar de dedos.

Jimin respirou fundo e fechou as mãos em punhos. Era isso o que acontecia com quem guardava segredos. As pessoas tiravam suas próprias conclusões. Não tinham nenhuma dúvida de que ela era mais uma popular que se aproveitava dos sentimentos de todo mundo. Ninguém sabia sobre suas questões pessoas, nem porque ela não queria se envolver com ninguém.

— Você não me conhece, e o fato de estar me julgando com base no que escuta por aí só mostra que não sabe nada.

Ningning suspirou, mordeu o lábio inferior e semicerrou os olhos.

— Venha aqui.

— Onde?

— Meu Deus, apenas venha comigo. — Ela caminhou até os jardins. Saíram para o ar frio de inverno, e Ningning indicou para que ela se sentasse em um banco. — Olha, vamos ter uma conversa franca aqui. Eu sei que você e Minjeong estão trabalhando em um projeto juntas, mas porque você anda saindo com ela?

Jimin abriu a boca para falar e parou, pensando na melhor maneira de responder. Como poderia explicar a ela algo que nem ela mesma entendia? Como poderia fazê-la compreender o sentimento que havia dentro dela? Como as palavras poderiam resumir o que Minjeong estava despertando em seu coração e em sua mente?

— E aí? — Insistiu ela, batendo o pé no chão.

— Porque acabamos nos aproximando e... quanto mais ela me mostra do seu mundo... não sei... — A morena engoliu em seco. — Tipo, é como se, pela primeira vez em muito tempo, eu não estivesse mais sozinha.

O olhar de Ningning ficou mais brando.

— Minjeong estava certa. Você é mais do que uma garota popular.

— Espere aí. Minjeong falou de mim para você?

— A questão não é essa. A questão é que... — A voz dela ficou mais baixa até que finalmente sumiu. Tudo na chinesa ficou mais suave. Ela se transformou no extremo oposto do que aparentou ser quando foi falar com Jimin. — Não foi minha intenção julgar você, mas já vi minha amiga lutar mais batalhas do que qualquer ser humano possa merecer. Só estou tentando protegê-la.

— Eu entendo. Odeio saber que ela tem tantas batalhas assim para lutar.

— Não são só batalhas dela.

— Você a ama.

— Ela é a melhor amiga do mundo.

— Minjeong não é como a maioria das pessoas. Ela é... diferente.

— Eu sei. É por isso que você deve olhar com mais atenção para ela. Existem situações nas quais minha amiga não deve ser colocada.

Jimin se voltou para Ningning, tomada por uma desconfiança súbita.

— Você está me falando isso por conta da festa na última sexta-feira?

Ningning passou a mãos nos cabelos avermelhados.

Os olhos castanhos dela encararam Jimin fixamente.

— Talvez.

— Ela te contou alguma coisa que eu deveria saber? — Jimin se lembrou de quando sentiu que estava interrompendo alguma coisa quando encontrou as duas sozinhas do lado de fora da casa de Jackson.

— Depois que parou de hiperventilar por causa da superestimulação?
Sim, ela contou — disse Ningning.

— Ela estava hiperventilando? — Jimin se ouviu perguntar. Seu estômago se revirou e um calafrio percorreu seu corpo. Que tipo de babaca era para não ter percebido e ajudado? Ningning tinha precisado assumir seu papel.

— Tinha gente demais, Jimin. Muito barulho, luzes piscando. Você não deveria ter ido lá com a Minjeong.

Foi quando todas as peças se encaixaram.

— Ela é autista.

— Ficou decepcionada? — Perguntou Ningning, inclinando a cabeça.

— Não. — A resposta saiu bem áspera. Ela limpou a garganta antes de continuar. — Mas seria melhor se ela tivesse me contado. — Por que não tinha feito aquilo? Por que permitiu que ela levasse adiante o plano de ir à festa na casa de Jackson? Minjeong devia saber o efeito que teria sobre ela.

Porra, devia ter sido um pesadelo. A música no último volume, as luzes, as pessoas gritando, toda a novidade...

— Minjeong só quer que você goste dela.

As palavras atingiram Jimin como um soco no estômago. Ela gostava dela, e o que descobrira não mudava nada. Minjeong ainda era a mesma pessoa. Só que agora ela a entendia melhor.

Em seu subconsciente, era como se soubesse desde o início. Tendo uma mãe psicóloga, Jimin sabia como interagir com pessoas como ela. Não precisava nem pensar. Devia ser o motivo pelo qual ela conseguia relaxar na sua companhia, e não com outras pessoas...

Uma estranha onda de eletricidade o percorreu, enrijecendo seus músculos e fazendo seus pelos se arrepiarem. Talvez não fosse necessário encerrar o acordo.

Talvez aceitar a proposta não significasse se aproveitar dela. Como Minjeong era autista, podia se beneficiar de uma simulação de relacionamento antes de se envolver em um. Talvez ela fosse a garota certa para aquilo. Talvez pudesse de fato ajudá-la.

— Jimin... — Ningning chamou sua atenção. — Você pode, pelo menos, me fazer um favor?

— Claro.

— Continue sendo a mesma com ela.

— Sim. — A chinesa se virou para ir embora, mas Jimin a chamei. — Obrigada por lutar por ela.

— Nós somos como uma família — sussurrou ela. — Nós cuidamos uma da outra.

Família. Nós cuidamos uma da outra.

Ela havia adorado aquilo.

\[...]

Alguns minutos depois, quando entrou no andar do departamento de artes, Jimin encontrou Minjeong parada no corredor vazio ao lado da sala de Seulgi. No instante em que a viu, seu coração disparou. Ela não conseguia tirar a conversa com Ningning da sua cabeça.

— Minjeong! — Chamou, aproximando-se dela.

— Oi — respondeu ela, com timidez.

Jimin não queria nada além de envolvê-la em seus braços num abraço bem apertado. Só queria puxá-la contra o seu corpo e dizer que todos os idiotas que implicavam com ela não passavam de escória. Gostaria de abraçá-la e pedir desculpas por um mundo que não a tratava bem por motivos idiotas.

Mas não podia invadir o espaço pessoal dela dessa maneira.

— Tenho uma pergunta — ela disse em tom suave, sentindo um frio na barriga.

— E eu sei a resposta? — respondeu Minjeong com outra pergunta, porque ela era assim.

— Posso te dar um abraço?

Ela se empertigou e pigarreou, o suor brotando em sua testa.

— O quê?

— Perguntei se posso te dar um abraço.

Ela fez uma careta e deu um passo para trás.

— Ningning te falou alguma coisa depois daquela noite? — Perguntou ela com evidente preocupação.

— Não, MJ. Não é nada disso. Eu só...

— Só o quê?

Jimin ficou em silêncio, tentando encontrar as palavras certas para me expressar. Por fim disse:

— Não acha normal que sua namorada falsa queira te dar um abraço? Estava com saudades.

A ruiva respirou fundo, surpresa.

— Você vai aceitar minha proposta?

— Ainda está de pé?

— Claro. — Ela não conseguia pensar em uma única razão para mudar de ideia.

— Você quer vivenciar todas as experiências que existem em um relacionamento?

Ela respirou fundo e assentiu.

— Isso mesmo.

Jimin se inclinou para a frente e perguntou baixinho:

— Porque você quer ter certeza de que a próxima garota que te beijar e tocar vai fazer isso só porque está a fim?

— I-isso. — Minjeong se inclinou na direção dela à espera da resposta, quase com medo de soltar o ar dos pulmões.

— Eu aceito.

Ela sorriu, atordoada e aliviada.

— Obriga...

Jimin levantou o queixo dela e a beijou. Uma sensação de eletricidade pura pulsou dentro de Minjeong. Se não estivesse se apoiando na parede, teria perdido o equilíbrio. Inclinando a cabeça, Jimin intensificou o beijo. Uma vez. Duas vezes. De novo. E mais uma. Até que Minjeong suspirasse e se jogasse sobre ela, enfiando os dedos entre seus cabelos.

Ela dominou sua boca de uma forma que lhe era ao mesmo tempo nova e familiar. Minjeong retribuiu com tudo o que tinha, tentando comunicar o que não conseguia articular verbalmente.

— Nossa — sussurrou Jimin com os lábios junto aos seus, os olhos atordoados e semicerrados. — Você aprendeu rápido.

Antes que Minjeong pudesse responder, ela tomou sua boca de novo. A ruiva esqueceu o horário, o trabalho da faculdade e até o ataque de ansiedade. O corpo perfeito dela estava junto ao seu, e ela apreciou a proximidade.

A porta atrás delas se abriu.

Elas se separaram às pressas, como duas adolescentes pegas em flagrante. Jimin limpou a garganta e tratou de se ocupar da alça da mochila. Minjeong comprimiu os lábios, sentindo o gosto dela em sua pele e limpando a umidade com o dorso da mão.

Pela expressão no olhar de Seulgi, ela havia visto tudo... e estava curiosa.

Quando Jimin olhou para ela com uma expressão pensativa no rosto, Seulgi abriu um sorriso distraído para Minjeong e deu um tapinha no braço dela.

— Parece que eu perdi alguma coisa aqui, não é?

Minjeong forçou um sorriso. Sua professora havia pegado ela e Jimin se beijando e aparentemente não estava incomodada. Ela tentou encontrar uma justificativa para isso, mas nada se destacou a princípio.

— Sua namorada já conheceu Joohyun? — Seulgi perguntou a Jimin.

Ela ergueu os olhos com uma expressão preocupada.

— Não, Minjeong ainda não conheceu ela, e não é a minha... — Então se deteve, olhando para Seulgi e depois para Minjeong.

O dilema estava bem claro. Como deveriam se apresentar em público?

— Ela não é o quê? — Perguntou Seulgi, confusa.

Jimin pigarreou e passou a mão nos cabelos.

— Minjeong ainda não conheceu ela.

Uma onda de calor inesperada se espalhou pelo corpo de Minjeong. Ela não corrigiu Seulgi. Aquilo significava que iam agir como namoradas em público?

Um desejo desesperado tomou conta dela, numa intensidade que a surpreendeu.

— Quem é Joohyun? — Ela encontrou forças para perguntar. Nunca tinha ouvido aquele nome antes.

— A mãe dela. — Seulgi pareceu pensativa por um tempo. Em seguida seus olhos brilharam e ela falou: — Você deveria ir jantar lá em casa no fim de semana. Pode conversar com a mãe dela. A irmã dela também vai querer conhecer você. Ninguém sabia que Jimin estava namorando.

As palavras de Seulgi soterraram qualquer outra emoção que Minjeong pudesse sentir. De novo, ela dissera que era namorada de Jimin. Casa. Jantar. Irmã. As palavras dançavam em sua cabeça, se recusando a fazer sentido.

— É só aparecer. Mesmo se tiverem planejado alguma coisa, vão precisar comer antes. Jimin pode fazer o jantar. Ela manda muito bem nisso... Me esqueci de dizer: sou a namorada da mãe dela, por isso sei todas essas coisas.

Atordoada, a ruiva respondeu:

— Por isso Jimin tratava você pelo primeiro nome?

Seulgi sorriu e assentiu.

— Não coma nada antes de ir. Sempre tem um monte de comida em casa. — Ela juntou as mãos como se estivesse tudo combinado, então pareceu pensativa. — Sei que são muitas informações para assimilar agora, Minjeong. Então que tal deixarmos para discutir o trabalho de vocês na quinta?

Em estado de pânico, Minjeong assentiu, murmurou um agradecimento e saiu em direção ao corredor, passando por um grupo de alunos — ou pelo menos era o que achava que eles eram. Quando estava do lado fora, as palavras de Seulgi ecoaram em sua cabeça.

Casa. Jantar. Mãe. Irmã.

A porta da entrada se abriu, e Jimin correu até ela.

— Não precisa ir se não quiser. — A morena franziu a testa, hesitante. — Mas talvez...

— Talvez o quê? — Ela se pegou dizendo.

— Talvez seja útil pra você.

— Vamos usar sua família para treinar?

O fato de Jimin confiar nela o bastante para deixar que se envolvesse com as pessoas mais importantes da vida dela a deixou comovida de uma forma até difícil de entender. Aquele desejo de antes voltou.

— Você vai tratar todo mundo bem? — Perguntou Jimin com uma expressão bem séria.

— Sim, claro. — Ela sempre se esforçava para aquilo.

— E vai manter a questão do nosso acordo entre nós? Ninguém lá sabe sobre... isso.

Minjeong assentiu. Ela nem precisava ter dito aquilo.

— Então por mim tudo bem. Se você quiser.

— Eu quero. — Mas não porque precisava praticar.

— Então vamos em frente. — Os olhos dela se voltaram para seus lábios. — Chega mais perto.

Minjeong se inclinou na direção dela, mas olhando para a frente do prédio da faculdade.

— Ela pode aparecer e...

Jimin a envolveu em seus braços e a beijou de leve na boca. Só um beijo. E logo se afastou.

— Sabe de uma coisa? — sussurrou Minjeong, apoiando as mãos em seus ombros.

— O quê?

— Você não precisa pedir permissão para me abraçar, está bem?

Jimin sorriu e a aconchegou ainda mais em seu abraço.

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