05
Na manhã de sábado, Minjeong acabava de fazer o café da manhã quando Ningning entrou na cozinha, trazendo uma mochila no ombro.
— Bom dia — Disse ela, sorrindo.
Minjeong franziu a testa.
— Você levantou cedo para quem chegou tão tarde ontem.
— Preciso ir para a faculdade. — Ningning olhou atentamente para ela. — Você por outro lado veio embora bem cedo. Eu nem sequer vi quando saiu da festa.
— Eu não quis atrapalhar sua noite. De qualquer forma eu voltei em segurança para casa. Você vai tomar café da manhã antes de sair? — Ela gesticulou para o balcão e quatro banquetas em sua cozinha moderna e eficiente.
Ningning sentou-se e ela serviu-lhe uma xícara de café.
— Acho que essa é uma das melhores coisas de se morar junto com você — Ela disse, olhando para os pães, queijos e frutas dispostos sobre o balcão. — Não preciso me preocupar com nada relaciona a alimentação.
— Eu gosto de cozinhar. — Ela ofereceu-lhe o prato de panquecas enquanto se sentava ao lado dela.
— Eu gosto disso. — Ningning sorriu e devorou um pedaço.
— Eu as fiz esta manhã. — Minjeong envolveu as mãos em torno de sua xícara de café.
— Então, o que aconteceu ontem à noite depois que nos separamos?
Ela bebeu seu café, não querendo encoraja-la a levar a conversa por esse caminho.
— Ninguém foi desagradável com você, né? — Ningning olhou para ela.
— Não.
— E aconteceu alguma coisa interessante?
Minjeong assentiu rigidamente.
O olhar de Ningning vagou por sua postura. Ela parecia intrigada.
— O que você está omitindo, Kim Minjeong?
— Não é bem uma omissão — sussurrou ela.
— Então pode ir falando. — Sua voz era gentil, mas interessada. — Se você conheceu alguém legal, sua melhor amiga aqui tem o direito de saber quem foi a felizarda.
— Mas você já conhece a Jimin.
A chinesa a encarou, surpresa.
— Se você tivesse conhecido outra pessoa, eu ficaria mais tranquila. Mas em se tratando de Yu Jimin e a fama de desapegada que aparentemente ela tem, você deveria repensar sua escolha, MJ.
Ao ouvir isso sua postura se endireitou.
— Eu posso cuidar de mim mesma.
— Eu sei disso. — Disse ela, ancarando-a. — Acho que você nunca precisou de ninguém para protegê-la. Mas por que você deveria se envolver logo com a Jimin? Vocês mal se conhecem, e eu nem sabia que você estava interessada nela dessa forma.
— Não é bem essa a questão... — murmurou Minjeong para si mesma.
— Eu só me preocupo que você possa acabar se machucando nessa história.
— Eu sei. Mas confie em mim quando digo que vai ficar tudo bem.
Ningning respirou fundo.
— Antes você vai precisar me contar essa história direito, MJ. Tem muitas coisas que eu não estou conseguindo entender.
Ela assentiu, mas antes que pudesse responder, alguém bateu na porta. As duas olharam em expectativa. Aparentemente, não estavam esperando visita.
— Pode deixar — murmurou Minjeong.
Ela subiu na ponta dos pés para ver pelo olho mágico. Seu coração palpitou e ela voltou os calcanhares ao chão. Subiu neles de novo e olhou outra vez, só para garantir.
Sim, ainda era ela.
— Quem é? — Perguntou Ningning.
Minjeong a ignorou e abriu a porta devagar, dando aos seus olhos tempo de observar Yu Jimin. Ela parecia cem por cento a vontade em sua calça jogger cinza e em sua camisa preta, as mangas longas puxadas até os antebraços.
Para Minjeong, era impossível não olhar.
O corpo dela era todo músculos magros e membros bem coordenados.
Jimin era a garota mais impressionante que ela já havia visto.
— E aí, amiga? — Disse a morena, com um sorriso fácil. — Posso entrar?
Minjeong permaneceu parada.
— MJ? — Perguntou Ningning.
Ela deu passagem sem dizer nada, deixando que Jimin entrasse na sua casa.
— Eu definitivamente perdi muita coisa nessa história — a ruiva escutou Ningning sussurrar.
— Jimin, bem-vinda à minha...
— Casa — a chinesa completou com um sorriso simpático enquanto ficava frente a frente com ela. — Sou a melhor amiga da Minjeong. E você é...?
— Yu Jimin.
Elas trocaram um aperto de mãos. Minjeong queria dar um golpe de caratê para separá-las e impedir que conversassem. Seus dois mundos estavam colidindo e era tão... estranho.
Ela percebeu que Jimin não identificava claramente qual o papel que tinha na sua vida.
Ningning também percebeu isso, pela maneira como estreitou os olhos.
— Como me encontrou? — Perguntou Minjeong, quebrando aquele silêncio desconfortável.
— Quando estávamos conversando no café no outro dia, você me falou o seu endereço.
— E você decorou?
Ela deu uma batidinha na têmpora.
— Nada me escapa, Kim.
— Por outro lado, você parece muito seletiva quanto ao que entra
aí — murmurou Minjeong, pensando nas horas inúteis que passara debatendo com ela no café só para descobrir que não tinham chegado a lugar nenhum.
Ningning ainda as encarava com cuidado.
— Posso saber o que você veio fazer aqui?
— Ah, temos alguns assuntos para discutir — Respondeu Jimin, com um sorriso no rosto.
Minjeong respirou fundo antes de se colocar entre as duas.
— Ningning, você vai acabar se atrasando para a faculdade. Jimin, por que não sentamos para discutir o trabalho?
Tradução: ela queria sentar para que Jimin pudesse lhe explicar por que estava invadindo seu espaço pessoal.
Relutante, Ningning pegou sua mochila e saiu de casa. Jimin tirou seus tênis no hall de entrada e a acompanhou até a cozinha. Havia quatro banquetas ao balcão, mas ela pegou a mais próxima de Minjeong, em vez de deixar um espaço entre elas, o que faria muito mais sentido para ela.
— O que está acontecendo? — Perguntou.
— Bom, tive uma ideia para nosso projeto — respondeu Jimin. — Peguei a lista de obras inspiradas nos trabalhos de Monet que você me passou da última vez e vi todos...
— Sério? — Minjeong a interrompeu. Achava que ela só fosse procurar na internet pelas obras mais conhecidas.
— Sério.
— Em quantas delas você conseguiu captar a essência do impressionismo?
Ela levou à mão ao queixo, pensando a respeito.
— Algumas eram bem ruins.
Minjeong não negava. Algumas eram mesmo.
— Ao menos sabemos por qual caminho não seguir... — continuou Jimin, sorrindo. — Bom, tem obras de todos os tipos, desde trabalhos retratando cidades importantes até releituras das obras originais de Monet. Foi isso que me faz pensar em algo.
Minjeong a encarou com interesse.
— O que?
— Que não deveríamos se ater a um ambiente fechado. Existem tantos pontos interessantes em Seul, acho que se pensarmos bem vamos ser capazes de encontrar um para retratar na nossa pintura. Algo com significado, sabe?
Jimin continuou falando sobre sua ideia, e Minjeong se pegou envolvida pelo momento. Era algo completamente novo para ela discutir sobre arte com outra pessoa que não fosse sua amiga e ao contrário do que havia pensado inicialmente, Jimin mostrava entender muito bem do assunto.
Ela percebeu que estava encarando os lábios dela enquanto falava e afastou o olhar. O que estava fazendo?
— E então o que você me diz? — Perguntou Jimin chamando sua atenção.
Minjeong respirou fundo.
— Tudo bem, eu tenho que admitir que gostei da sua ideia.
— Mesmo?
— Claro. Podemos começar a trabalhar a partir desse ponto.
— Então isso é ótimo — Disse Jimin, esticando o braço para brincar com uma mecha de cabelo dela.
Minjeong se afastou diante do toque inesperado.
— O que você está fazendo?
— Bom, eu também não esqueci do que combinamos na noite passada — sussurrou Jimin. Os dedos dela desceram para sua clavícula, e ela ficou arrepiada.
Apavorada, Minjeong respirou fundo e foi até o outro lado da cozinha, onde apoiou as mãos no granito frio da pia e observou seu reflexo no alumínio polido. Seus olhos estavam um pouco arregalados e seu rosto parecia pálido. Agora que Jimin estava ali, a ruiva se perguntava se seria capaz de prosseguir com aquilo. Na verdade, não devia ter feito aquela proposta a ela. Onde estava com a cabeça?
Seus lábios se curvaram num sorriso. Sua cabeça não estivera nem um pouco no lugar. Bastara uma única olhada em Jimin para saber que seria ela. Tudo por causa dos olhos. Azuis-acizentados, sob sobrancelhas bem desenhadas, e tão intensos... mas, ainda assim, gentis. A semelhança com uma das idols mais bonitas do mundo também ajudava. Bom, não naquele momento. Havia uma boa chance de Minjeong acabar vomitando o café da manhã na pia da cozinha.
Pelo canto do olho, Minjeong a viu se aproximar e se encostar na pia, num movimento tão sensual que ela sentiu o coração pular, voltando a bater com muita dificuldade. Jimin ficou em silêncio, com os olhos cravados nos seus. Agora que estavam próximas, Minjeong voltou a perceber o quanto ela era mais alta. A ruiva não sabia se gostava de se sentir tão pequena.
— Você está bem? — Perguntou Jimin.
Ela assentiu com a cabeça. Em questão de segundos, a mão dela estava de novo em seus cabelos, os dedos retirando alguns fios da frente do seu rosto. Minjeong sentiu seu corpo vibrar enquanto esperava que o contato íntimo fosse iniciado, provocando um colapso nervoso nela. Quando acontecesse, Jimin perceberia com quem estava lidando.
Uma pulseira de prata no pulso dela chamou a sua atenção, e ela se virou para examinar mais de perto. Ergueu a mão para tocá-la, mas interrompeu o gesto. Ela nunca encostava em ninguém sem permissão.
— O que é isso?
Os lábios de Jimin se curvaram num sorriso lento, revelando dentes brancos e perfeitos.
— Uma pulseira. Comprei durante uma viagem que fiz para o exterior.
Minjeong se coçava para examinar o acessório de perto, mas ficou hesitante por um momento, até Jimin segurar sua mão e pressioná-la contra o próprio pulso. Um choque elétrico percorreu o caminho da ponta dos seus dedos ao coração. Sua pele era firme e quente, e ela acabou por se lembrar de quando esteve nos braços dela na noite passada.
— Pode tocar — falou a morena.
Apesar de ser um convite tentador, Minjeong se manteve imóvel. Um toque era algo muito pessoal. Ela não conseguia entender como Jimin era capaz de fazer aquilo com tanta naturalidade com gente que nem conhecia.
— Tem certeza de que para você tudo bem? — Perguntou ela.
O sorriso dela voltou com toda a força.
— Gosto de ser tocada.
Ela continuou hesitante, então Jimin ergueu o braço e mostrou o pingente em cruz que tinha na pulseira. Devia ser uma peça bem cara, porque o acabamento em prata lembrava uma relíquia da era renascentista.
A pele perfeita que ela viu a distraíram da tarefa de investigar mais. Minjeong nunca havia tocado alguém tão firme antes. Queria passar a mão nela inteira. E de novo aquele cheiro... Como ela demorara tanto para reparar?
— Está usando perfume? — Perguntou Minjeong.
Ela ficou tensa.
— Por quê?
A ruiva se aproximou o máximo possível sem afundar o rosto no pescoço dela, à procura daquele aroma inebriante.
— Seu cheiro é muito bom. O que é?
Um olhar de divertimento surgiu no rosto dela.
— Sou só eu, Minjeong.
— Você tem esse cheiro bom?
— Parece que sim. Você foi a primeira a comentar.
Quando ela disse isso, Minjeong temeu ter dito algo errado. Era uma afirmação pessoal demais, um tanto esquisita. Revelaria o quanto era estranha?
Jimin se abaixou para levar a boca bem pertinho de seu ouvido e perguntar:
— Tem certeza de que você é ruim com garotas?
— O que está querendo dizer com isso?
— Que até agora está se saindo muito bem.
Seus dedos se flexionaram sobre o braço dela, e Minjeong teve que se conter para não se agarrar a Jimin como acontecera na noite passada. Geralmente, ela não gostava de ser tocada, mas se sentiu tão tentada a ter contato físico com Jimin que isso até a surpreendeu.
— Não entendo como isso possa ser possível.
— Tudo bem. Agora... — Sem tocar sua pele, Jimin passou os dedos por seus cabelos. Com gestos lentos e comedidos, passeava pelos fios no alto da cabeça, no pescoço e nas costas. — Acho que você deveria me beijar.
O coração de Minjeong se comprimiu, e sua pele se arrepiou de pânico. Ela beijava muito mal. Suas tentativas desajeitadas com certeza deixariam as duas envergonhadas.
— Na boca?
Jimin ergueu o canto dos lábios.
— Onde quiser. A boca costuma ser um bom lugar para começar.
— Talvez seja melhor eu escovar os dentes antes...
Ela pressionou o polegar contra seus lábios, silenciando-a, mas com um olhar gentil. Aquele toque acabou antes que seu cérebro se desse conta.
— Vamos tentar de outro jeito. Vai ser mais fácil me beijar se estiver mais perto — sugeriu ela.
Minjeong se aproximou só um pouquinho.
— Mais.
Ela se moveu alguns poucos centímetros, mas se deteve antes que seus corpos se encostassem.
— Minjeong, mais perto.
Ela enfim compreendeu e se aninhou contra Jimin até se encaixar... perfeitamente. Seu coração disparou num ritmo acelerado contra o peito, mas ela ainda estava no controle de si mesma — porque, sabiamente, a morena havia lhe concedido aquilo.
Quando Jimin a envolveu cuidadosamente nos braços, o calor de seu corpo atravessou a camisa dela e aqueceu sua pele. A pressão do abraço suave reverberou dentro de Minjeong, acalmando-a e aliviando nós de tensão que nem sabia que existiam. Talvez estivesse um pouco melhor que apenas bem.
Aquela sensação era nova para ela. A intimidade quase sempre era uma via de mão única para Minjeong. Os caras gostavam daquilo — ou pelo menos pareciam gostar. Ela não.
Mas daquilo Minjeong estava gostando. Ela se sentia corajosa e destemida.
Seus olhos se voltaram para os lábios dela, e seu sangue pareceu correr acelerado em virtude da ansiedade.
— Você vai me ensinar a beijar bem?
— Desconfio que você já saiba.
— Não sei, não.
Mesmo com a boca dela a poucos centímetros de distância, Minjeong não conseguiu tomar a iniciativa do beijo — apesar de querer. Nunca havia beijado uma garota. E os garotos simplesmente... avançavam.
— Posso dizer onde quero que me beije? — murmurou ela. Um sorriso lento surgiu no rosto de Jimin.
— Pode.
— A-aqui.
Os lábios dela se aproximou do ponto indicado por ela, provocando arrepios em seu pescoço. Jimin beijou sua têmpora esquerda.
— E agora? — As palavras foram ditas com tanta suavidade contra sua pele que pareceram uma carícia.
— No rosto.
A ponta do nariz dela roçou sua pele quando Jimin desceu mais um pouco.
Ela a beijou na bochecha.
— E agora? — Perguntou, sem afastar a boca. Jimin estava bem perto. Ela mal conseguia respirar.
— No canto da b-boca.
— Tem certeza? Seria quase um beijo de verdade.
Uma impaciência repentina a invadiu, e Minjeong levou os dedos aos cabelos dela, segurou-o e comprimiu os lábios fechados contra os seus. Ondas de sensações se espalharam pelo seu peito. Depois de hesitar um pouco, ela repetiu o gesto, e Jimin tomou a iniciativa, mostrando sem pressa como intensificar os beijos.
Quando Jimin inclinou sua cabeça, ela cerrou os punhos junto ao peito dela para se preparar para o contato. Mas ao invés de enfiar a língua entre seus lábios, a morena a beijou como havia feito antes, de boca fechada, por mais tempo. Aquilo ela podia fazer. Uma parte de seu estresse se dissipou, e seus dedos relaxaram.
Um calor úmido percorreu seu lábio inferior. A língua dela. Ela sabia que era, mas os beijos de boca fechada a fizeram esquecer. Mais uma carícia, e a sensação voltou. Mais beijos. Entre um toque e outro dos lábios, Jimin a acariciava com a língua, fazendo sua pele se arrepiar.
Não demorou para que Jimin seduzisse sua boca, acariciando o lábio inferior, o lábio superior e o ponto onde se uniam. Talvez ela pudesse afastar os lábios. Talvez quisesse que fosse em frente. Mas Jimin não fez isso. Os beijos de boca fechada de que ela tanto gostara no começo não eram mais suficientes. Minjeong tentou capturar a língua dela, atraí-la para dentro de sua boca, mas Jimin se esquivou. Apenas roçava seus lábios com carícias provicativas, avançava por pouquíssimos segundos e se retirava. Ela comprimia os ombros dela, frustrada.
A cada vez, a morena oferecia um breve gostinho, então se recolhia. Sem que fosse uma escolha consciente, Minjeong colou suas bocas e levou sua língua à dela. O gosto de Jimin invadiu seus sentidos. Seu estômago congelou e o sangue acelerou em suas veias. Suas pernas ficaram bambas, mas os braços dela a mantiveram firme, impedindo que caísse.
Jimin sugou e lambeu seu lábio inferior antes de tomar sua boca inteira de novo. A cozinha começou a perder o foco, e Minjeong percebeu que tinha se esquecido de respirar.
Parando para recuperar o fôlego, ela comentou:
— Ai, meu Deus, que gosto bom você tem.
Por um instante, Jimin ficou olhando para sua boca como se a ruiva tivesse tomado algo que ela quisesse de volta. Ela piscou algumas vezes e a expressão se desfez, então uma risadinha grave escapou dos lábios avermelhados que Minjeong tanto queria tocar com a ponta dos dedos.
— Você sempre diz exatamente o que está pensando?
— Ou então não falo nada. — Por mais que ela tentasse, era inevitável. Seu cérebro simplesmente não tinha sido programado para interações sociais complexas.
— Gosto de saber o que você está pensando. Principalmente quando te beijo. — De forma inesperada, ela se afastou e a pegou pela mão. — Vem. Não quero que machuque as costas na pia. E ainda temos algumas sobre as quais discutir.
Foi só então que ela sentiu a rigidez do granito contra seu corpo. Enquanto ela a conduzia para fora da cozinha, Minjeong respirou fundo. Não estava conseguindo se reconhecer. Não conseguia acreditar que tinha beijado uma garota e gostado. Seria capaz de levar aquilo adiante então?
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