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Behind the Curtain of Darkness

Dante se adaptou bem a escuridão que os recebeu — sua visão aprimorada distinguiu bem o lance de escadas que os convidava a descer. O golpe em suas costas, um impacto que invadiu seu espaço pessoal e mal chegou a lhe perturbar, alertou da proximidade dispersa e amedrontada de Diva que vinha em seu rastro tão encolhida quanto um animalzinho acuado. Escutou-a arfar desconcertada e um pedido de desculpas sussurrado, que se não fosse por sua audição inumana sequer teria captado.

Conforme desciam, identificou entalhos em alto relevo nas paredes, nada rudimentar como já vira tantas vezes antes e que nunca se prestou a tomar um tempo para contemplá-las, eram tão perfeitamente trabalhadas e esculpidas com minúcia, ricas em detalhes — e contavam uma história. Pela ordem que elas foram gravadas, na parede direita retratava uma espécie de gênesis, isso pôde definir bem, do lado oposto se tratava de algum ponto discordante, talvez um desfecho. No entanto, enquanto uma seguia o início percorrendo as escadas na direção do andar inferior, a outra subia e terminava no alçapão.

Um feixe sutil emergiu em um movimento dirigente das mãos de Diva, iluminando o percurso mergulhado em trevas e ampliando ainda mais suas percepções de dimensão da localidade. A esfera reluzente se deslocou no ritmo dos três, designando-os direto ao destino final que se apresentava como uma biblioteca com uma grande estátua no centro como símbolo principal. Construída com um material resistente o suficiente para não sofrer danos dos ataques que devastaram a mansão, a silhueta feminina estendia um dos braços aos céus portando algo na mão e, em contraponto, a outra ostentava uma espada. Ela usava uma armadura grande por cima do vestido rasgada, lhe conferindo um aspecto selvagem de uma guerreira ancestral. Diva se encarregou de fornecer uma fonte de luz capaz de alcançar toda a área recém descoberta, entretanto, sua atenção se monopolizava na escultura. Quase que de imediato, perdendo a compostura, a garota se prostrou de joelhos, trêmula e rezou alí mesmo, ante seus guardiões tão assídua quanto se imaginava de alguém fervorosamente inclinada a uma fé.

Uma faísca, subitamente, acendeu o mecanismo responsável pela manutenção das luminárias em conjunto de perfeita sincronia que lhes conferia uma vista mais ampla do local secreto, se não fosse os cuidados anteriores seria um cenário abandonado.

Dante e Trish se entreolharam intrigados com tal reação, porém cientes que esse seria um terreno que não caberia a eles intervir. Eles nunca condenaria tampouco atacaria um tópico no qual nenhum dos dois teria embasamento opinativo.

Trish decidiu explorar por conta própria, andando pelas estantes imbuídas com uma película mágica que protegiam os livros dos insetos e efeitos colaterais do tempo, isso permitiu um longo período de preservação deles. Pegou um com cautela e o folheou, embora pudesse ler sem grandes inconvenientes,  trechos estavam escritos em um idioma que não conhecia, as letras sugeriram ser alguma linguagem antiga e que certamente não existia mais. No seguinte, era a mesma coisa, contudo, ficava mais nítido que era uma estratégia para afastar curiosos e os impedisse de adquirir o conhecimento ocultos nas centenas de páginas.

Diva olhou para Dante um pouco surpresa por ele ter esperado paciente por seu desabafo.

— Essa é a deusa que seguimos. — informou com um sorriso melancólico. — Ela que criou meu povo.

— Seu povo? — Dante repetiu, estranhamente envolvido no assunto. Não era muito do seu feitio se aventurar em questões religiosas, mas, por alguma razão, quis saber mais.

— Somos descendentes diretos dela. Há muito tempo, em uma época mais antiga que as histórias dos livros, uma deusa desceu dos céus carregando duas crianças. Ela tinha decidido que iria entregar os bebês aos humanos de uma ilha isolada. E elas deram origem a novos seres junto daqueles humanos. — expôs com serenidade. — É uma um conto bem antigo e é passado de geração em geração, eu terei que passar para meus futuros filhos.

— Guardiões? — Trish comentou, se incluindo na interação portando um livro em mãos. — Vocês não são humanos, pelo menos, não totalmente.

Diva negou resignada.

— Nossos ancestrais eram chamados de Sophians.

— Que significa povo de Soph. — Trish completou prudente.

— Exatamente. — fitou a estátua com a fisionomia devota. — Na Era Moderna, somos chamados de Unchants ou Peregrinos. Nascemos com a benção da deusa que nos permite viajar por qualquer dimensão, porém são poucos que recebem tal dádiva a ponto de desenvolvê-la com um grau de sucesso, exceto membros da família nobre.

— Você seria uma delas, suponho. — Trish deduziu com sagacidade, fazendo Diva acenar positivamente. — Isso explica muito o quanto os demônios estavam tão interessados.

Dante observou o desenlace da pequena narração de Diva, percebendo como as peças  fragmentadas de informações se encaixavam, formando um uma base mais sólida na qual poderiam se apoiar para o serviço.

— Alguns livros que vi até o momento falam sobre isso, mas como muitas páginas estão em uma língua que desconheço, não consigo decifrar tudo, somente o básico. — mostrou o conteúdo de um capítulo em questão.

Diva franziu o cenho.

— Estranho. Não conheço esse idioma... E, ainda assim, consigo entender ele. — estreitou os olhos e se concentrou nas descrições que lia. — Aqui é uma lenda antiga, da primeira encarnação mortal da deusa Soph, a Arya.

— Vocês tem uma variedade grande de histórias. Isso é bom, de certa forma. — a loira concluiu. — Melhor aproveitarmos para começar a investigar, ler alguns livros e quem sabe acharmos mais coisas que sirvam para o propósito do trabalho.

— Leitura não é um hobby pra mim. — Dante projetou um sorriso divertido e pouco afetado com a mirada fria de Trish.

Diva esfregou os olhos, letárgica.

Recostada na estátua da deusa ancestral, sendo gradativamente abraçada pelos primeiros sinais da privação de sono, a jovem observou como os dois Devil Hunters transitavam pelos corredores e entre as prateleiras, vez ou outra com livros — Dante carregava uma pilha deles conforme o gosto de Trish em uma breve revisada.

Não sabia muito o que fazer para auxiliá-los, apenas se recolheu silenciosa para não atrapalhá-los em meio as buscas. Pressionou os joelhos contra o peito, resistindo ao embalo sereno da sonolência, querendo permanecer ativa e em estado de vigilância, mas seu corpo demandava repouso depois de delirantes dias parcialmente acordada e em fuga. Fechou os olhos e um lapso abrupto lhe arrebatou do sossego, o susto não alterou seu status quo tampouco a motivou a sair de sua zona de conforto. Beirando entre a lucidez e o limbo, se ancorou nos esforços dos dois caçadores para não ceder a exaustão, porém, não suportava mais a persistência em ficar alerta a todo instante.

Os ruídos do salto de Trish ecoando proporcionou uma ilusão de segurança que permitiu que regressasse ao mundo onírico, vagando em direção aos sonhos. Não tinha certeza de quanto tempo esteve inconsciente, tudo que raciocinou em sua mente mais lenta foi estar coberta — e um perfume almiscarado, forte e atrativo. Piscou inúmeras vezes e se sacolejou para a realidade, o sobretudo vermelho se encontrava disposto sobre si feito um cobertor, destacando ainda mais a diferença de altura entre ela e o Lendário Devil Hunter.

O cheiro impregnado no tecido de couro a acolheu e se sentiu genuinamente segura.

— Dormiu bem? — o sorriso cheio de vigor do meio-demônio a tornou mais auto consciente de sua debilidade e aspecto.

Respirou fundo, repentinamente corada.

— Sim, faz tempo que não dormia assim. — murmurou grogue. — Agradeço pelo casaco.

— Não precisa. Descanse mais, estamos aqui pra cobrir sua retaguarda. — Dante cruzou os braços. — Trish pegou alguns livros para estudar.

— Encontraram algo?

— Apenas lendas da sua ancestral por enquanto.

Diva assentiu compreensiva.

— Podemos sair um pouco? — mal escutou sua própria voz, contudo, tinha certeza que Dante entendeu.

— Quer dar uma volta pelos arredores?

Diva ponderou um pouco antes de dar uma resposta concreta.

— Quero ver mais o que sobrou da casa. 

Se levantando sem afetação e uma aura descontraída, Dante desamarrotou as roupas, extraindo a fina camada de poeira impregnada no couro de suas calças e estendeu a mão para alçar Diva, ela se viu hipnotizada com o ato e o agarrou timidamente.

— Trish, você consegue se encarregar das coisas sozinha?

— Claro, você não estava ajudando muito mesmo, querido. — a acidez escorria dos lábios escarlate da loira que ignorou Dante após um breve meneio de cabeça.

O caçador deu de ombros com um sorriso mordaz.

Os dois retornaram ao térreo e Diva marchou lentamente para o que, em outro período, servia como seu quarto. Talvez ainda teria mais algum memento escondido entre os escombros, alguma roupa conservada que pudesse resgatar para não ter que utilizar as de Trish ou mesmo mais fotos de sua família. 

Congelou mortificada com o rastro seco espargido pelo assoalho avariado, fomentando seus medos e a dúvida que abrigava em seu amago sobre o destino final de sua família. Caiu de joelhos e escavou a pilha de escombros para conseguir alguma pista de alguém e se ali teria algo escondido de sua visão, não sequer se importou com os ferimentos oriundos do exercício exaustivo, sua esperança se concentrava em não ter perdido algum familiar.

Sentiu-se colapsar, as pernas adquiriram consistência de gelatina, sua respiração era uma superficial captura de oxigênio que mal fluía adequadamente e seus sentidos a abandonaram por um instante e por pouco não desfaleceu. Se levantou vacilante e o caçador a estabilizou para que não caísse com o choque. Diva chorou silenciosamente, pensou que seria capaz de confrontar a verdade quando esta se avizinhava — que resistiria com o fato de sua família ter morrido em um contexto tão cruel que os impediu de se defender. No entanto, agora, tudo parecia demais para conceber, as informações a nocautearam de tal maneira que mal administrava que se supõe que deveria sentir, tinha quase certeza que no centro do seu peito existia um buraco negro que sugava tudo. E, ainda assim, ao menos, fora apta para se lamentar através de suas lágrimas.

Por que suportar isso por mais tempo?

— Dante, você acha que alguém fraco como eu poderia ter feito a diferença? Que poderia ter salvado minha família? — quis soar mais coerente, mas seu tom soava miserável. — Talvez se eu tivesse ficado... Se tivesse lutado... Estou com tanto medo...

Dante vislumbrou a si mesmo em Diva, seu eu de oito anos só, confuso e desolado — deslocado do resto da humanidade que era alheia ao seu sofrimento. Ela tinha mais facilidade para compreender a gravidade das coisas, de perceber que o mundo seguro no qual fora criada já se desfez restando apenas cinzas. A jovem ainda lutou para enxugar o fluxo contínuo e desesperador de lágrimas, não resultando tão bem, o ímpeto selvagem do ato somente a incentivou a chorar mais.

— Não se culpe tanto. O que aconteceu não tem nada a ver com você ser fraca ou não, foi uma fatalidade. Estamos lidando com demônios e esse tipo de coisa é até norma. — pegou Diva o fitando com uma expressão mais contida, as bochechas rosadas e molhadas. — E se seu mentor te salvou foi porque se importava.

— Obrigada. — desviou o olhar. — Deve ser estranho conhecer alguém por menos de dois dias e ter que lidar com drama alheio.

— Garanto que esse não foi meu trabalho mais difícil.

Dante tocou o ombro dela.

— E não te julgo por isso.

Diva voltou a mirá-lo com fascínio, com profunda paz de espírito que desejaria que durasse para sempre — ao menos o suficiente para que desfrutasse de um pouco de pacificidade para substituir a ansiedade reunida de meses de fugas. Alexander tinha contado muito a respeito dos feitos do filho de Sparda e sobre ele ser um homem de valor e honra e, convivendo de perto, sua fama não fazia total jus a essência dele. Se ela definisse caráter com uma dinâmica breve, Dante possuía bem mais do que a descrição que recebeu.

— Vamos voltar antes que Trish venha atrás de nós. — Dante se virou e Diva se preparou para segui-lo, contudo, algo atacou o caçador.

Retrocedendo abismada, a jovem tombou sobre os joelhos aguardando a sentença final.

— Dante...? — ganiu horrorizada.

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