Chapter 23
Allison Elizabeth Forbes
Klaus tinha desaparecido da casa na mesma velocidade em que entrou. Caroline estava com o sangue que eu precisaria tomar para poder completar a transição e me tornar híbrida.
— Aqui, Allison. - Caroline me entregou o frasco — Só espero que sangue não tenha data de validade.
Assim que tenho o sangue em mãos, não demorei em derramá-lo em minha boca, sentindo o líquido descendo pela minha garganta, me causando uma sensação de queimação por dentro. Eu podia sentir o meu lado lobo se fundindo com o novo lado vampiro.
— Deu certo? - Caroline perguntou, olhando para Rebekah — Por favor, me fale que deu certo.
De repente, começo a sentir minhas presas crescendo novamente, mas dessa vez pareciam mais pontudas que o normal, as garotas me olhavam com surpresa, como se meus olhos tivessem mudado de cor junto com a aparição das minhas presas.
— Deu certo... - falou Rebekah, com um sorriso aliviado.
— Ainda bem. - Caroline respirou aliviada — Como você está se sentindo? Quando Tyler se transformou, parecia um cachorrinho do Klaus.
Vejo Caroline revirar os olhos.
— Eu me sinto bem. - falei, sentindo uma estranha sensação de bem-estar.
Tento andar, mas fui surpreendida pela enorme velocidade em que minhas pernas se movem, me fazendo parar do outro lado da sala onde acabei batendo com o corpo na parede, o que me fez desequilibrar e quase cair no chão.
— Isso é muito rápido... - comentei, me recompondo.
— Bem-vinda ao mundo vampiro. - Rebekah falou, segurando o riso.
— Isso não teve graça. - respondi, me afastando da parede em passos lentos.
— Teve um pouquinho sim... - comentou Caroline, enquanto falhava em soltar algumas risadas.
Lanço um olhar incrédulo para a minha irmã e depois para Rebekah, pelo menos dessa vez as duas estavam juntas, em um mesmo ambiente, sem disparar farpas uma para a outra. Tento me mover novamente e, dessa vez, consigo dar passos normais, sem ter meu corpo sendo arremessado para algum lugar graças à velocidade extraordinária.
— Acha que ela vai ter aquele vínculo maluco com o Klaus? - Caroline perguntou para Rebekah, em um tom baixo.
— Para o bem do meu irmão, é melhor não. - Rebekah respondeu, no mesmo tom de voz - Sou capaz de colocá-lo em um caixão e jogar no mar.
— Eu ainda estou aqui! - sinalizei, interrompendo aquela conversa nada privada — Que vínculo é esse que vocês estão falando?
— Todos os híbridos, que o meu irmão criou, sentiram uma vontade incontrolável de servir as vontades dele, independente do que seja. - explicou Rebekah.
— Obedecer a ele? - perguntei, rindo em descrença — Isso só pode ser uma piada.
— O Tyler sentia gratidão ao Klaus, por não precisar se transformar em lua cheia. - comentou Caroline — E você?
— Eu? - reforcei a pergunta, por ainda ter dificuldades em processar aquela informação — Não sinto nada. Ele ter me transformado não significa nada para mim.
— Isso é um bom sinal. - Caroline parecia aliviada.
Caroline direcionou o seu olhar para mim, ainda aliviada, mas algo em seu olhar mudou quando seus olhos passaram pelo meu corpo, fazendo-a franzir o cenho.
— Essa roupa... - Caroline apontou para a roupa que eu vestia.
Então, percebi que eu ainda estava usando o pijama que Rebekah me emprestou quando eu virei humana e acabei apagando completamente em um sono profundo. Aquele pijama, não era nem de perto, parecido com os que eu usava normalmente, e claro, isso não passou despercebido pela minha irmã.
— Tenho quase certeza que não vou querer saber onde estão as suas roupas... - comentou Caroline, um pouco incerta.
— Provavelmente rasgadas. - respondi de forma rápida.
Caroline me olhou incrédula com o que acabei de dizer, mas até então não tinha percebido o que tinha de errado com a minha frase.
— Onde? - Caroline perguntou, visivelmente chocada com a informação.
Foi quando vi Rebekah tentando esconder o seu sorriso, naquela hora eu sabia exatamente o que eu tinha falado de errado.
— Quer dizer... - forcei uma tosse — Quando eu me transformo, minhas roupas não voltam para o lugar, então provavelmente estão rasgadas em algum lugar da floresta.
Caroline pareceu ter entendido, pois sua expressão se suavizou, como se tivesse passado por um susto momentâneo. Rebekah, por outro lado, parecia se divertir com o constrangimento.
Telespectador
O caos já estava completamente estabelecido, Klaus transformou Allison em híbrida, usando a última porção de sangue humano da duplicata, Elena. Um dos caçadores da fraternidade dos cinco, está morto, graças a Elena, gerando novas preocupações, com a maldição do caçador, o espírito de Connor não vai descansar até que Elena esteja morta.
Após o incidente, que ocasionou a morte de Connor, com a ajuda de Bonnie, Damon resolveu confrontar Shane, obrigando o professor a contar exatamente tudo que ele sabia sobre a tal cura e o quanto ele estava envolvido no assunto, descobrindo assim, os seus verdadeiros interesses com a bruxa Bennett.
{...}
Já na mansão Mikaelson, Klaus estava ocupado, analisando a espada com cautela, tentando desvendar o segredo por trás do punhal de madeira que a espada tinha, o híbrido estava na dúvida se era apenas um enigma ou um selo mágico.
Apesar de parecer bastante distraído com o brinquedo novo, os seus ouvidos estavam atentos para os passos calmos que batiam contra o piso amadeirado da mansão, aquelas pegadas tão familiares que eram impossíveis de se confundir.
Um sorriso se abriu no rosto do Klaus, fazendo questão de colocar a espada sobre a mesa de centro, para poder se levantar e cumprimentar a figura tão familiar.
— É bom te ver, irmão. - Klaus cumprimentou o homem parado na entrada para a sala, observando o híbrido com os olhos afiados.
— Igualmente, irmão. - respondeu Elijah, ajeitando as mangas de seu terno — É sempre bom rever a família. Nunca se sabe quais bugigangas eles encontram para brincar.
Elijah olhou para a espada, no qual Klaus estava analisando a alguns segundos atrás, tal espada que o vampiro original reconhecia muito bem.
— Essa espada? - Klaus segurou ela, mostrando para Elijah — Apenas uma coisinha que vai me ajudar a transformar Elena em humana.
— É claro... a cura. - Elijah sorriu, andando calmamente pela sala — Mas não me interessa os planos que você tem para aquela pobre garota.
Elijah parou de frente para um armário com portas de vidro, onde eram armazenados algumas bebidas alcoólicas e de boa marca.
— Estou mais interessado em me certificar de que nossa irmã caçula não esteja novamente presa em um caixão. - comentou Elijah, pegando uma garrafa de whisky.
— Irmã caçula...? - Klaus fingiu pensar — Desculpe irmão, mas não sei por onde o Kol anda.
— Estou falando sério, Niklaus. - Elijah tinha o tom de voz calmo enquanto colocava o líquido em um copo qualquer — Já fazem alguns dias que Rebekah não retorna as minhas ligações, onde ela está?
— Como vou saber? - Klaus deu de ombros — Não consigo prever o quão longe o mar pode levar um caixão.
— Niklaus... - Elijah se virou para o seu irmão, respirando fundo — Vou perguntar uma última vez, onde está a nossa irmã?
Klaus sorriu travesso, ele estava adorando provocar o seu irmão, visto que Elijah consegue ser bastante protetor quando o assunto é seus irmãos, principalmente a caçula da família, Rebekah.
— O motivo pelo qual Rebekah não te atende, querido irmão. - Klaus tinha um tom sarcástico em sua voz — É por conta do novo brinquedinho dela.
— Quem é o rapaz? - perguntou Elijah, fazendo Klaus sorrir.
— Dessa vez é uma garota. - respondeu Klaus.
— Ah... - Elijah foi pego de surpresa pela nova descoberta — Sempre desconfiei que nossa irmã tinha um grande potencial para conquistar ambos os lados.
Elijah parecia orgulhoso, diferente de Klaus, que ainda acreditava que o frágil coração da Rebekah, traria problemas no futuro.
— Julgando pela sua feição, a garota já recebeu uma recepção calorosa da família, eu presumo. - Elijah comentou ao analisar as expressões faciais do mais novo.
Klaus sorriu.
— Se recepção calorosa, você quer dizer matá-la e transformá-la em híbrida, então foi um prato cheio. - respondeu Klaus, sem o menor remorso por suas ações.
— É inacreditável pensar que sempre que nossa irmã tem a chance de amar alguém, você vai lá e o mata. - comentou Elijah, tomando um gole de seu whisky.
— Eu não teria me metido se ela não fosse a loba da Alcateia Lunar.
— Não sabia que eles ainda existiam. - respondeu Elijah, pensativo.
— Ela é a última da linhagem. - Klaus sorriu — Mas agora ela é híbrida, o que me dá total autonomia sobre ela.
Elijah sorriu, como sempre seu irmão estava fazendo coisas que o convém, mas Elijah parecia particularmente curioso sobre o novo amor de Rebekah, claro, ele teria que ver com os próprios olhos e descobrir quais são as intenções dela com a sua irmã.
— Bom... Já que, por milagre, a garota está viva. - Elijah tomou mais do seu whisky — Convide-as para um jantar, quero conhecer a nova membro da família.
— Você não pode estar falando sério. - Klaus não acreditava nas ordens que estava recebendo do irmão mais velho.
— Faça o que peço, Niklaus. - Elijah colocou o copo sobre o armário — Eu prezo pela felicidade da nossa irmã e você deveria fazer o mesmo. Ao menos mostre o lado bom da nossa família para a moça, está bem?
Elijah sorriu antes de caminhar novamente para dentro da casa, ele planejava usar a hipnose para facilitar a preparação do jantar. Antes de sumir da visão de seu irmão, Elijah o olhou uma última vez.
— Não envergonhe a nossa irmã na frente da namorada. - Elijah ajeitou sua gravata e saiu de lá em passos calmos, demonstrando a elegância que sempre esteve junto a ele.
Klaus revirou os olhos ao ouvir aquilo, mas ele não poderia discordar quando o assunto era a felicidade da irmã mais nova, afinal, ele teve o prazer de conhecer Allison de perto e apesar do alvoroço, Klaus podia sentir a conexão que a loba sentia pela Rebekah.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro