Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Dezenove

“Como nos apaixonamos, mais intensamente do que uma bala poderia te atingir? Como desmoronamos, mais rápido do que um grampo caindo? Não ouse dizer, não ouse dizer. Uma simples respiração vai quebrá-lo. Então cale a boca, amor, fique e se entregue. Mãos santas, oh, elas me fazem uma pecadora. Sufoque esse amor até as veias começarem a estremecer. Então, cale a boca e me percorra como um rio.”
Bishop Briggs | River

14 de abril de 1998,
terça-feira.

          Convencer minha mãe de que eu iria passar a noite na casa de Scott Summer apenas como melhores amigos fora a conversa mais longa e constrangedora que já tive com ela. O olhar desconfiado, o sorrisinho sugestivo e o tutorial de como usar uma camisinha me deixaram mais vermelha que os morangos que estou usando na decoração desse bolo de chocolate.

Dois meses atrás, dentro do banheiro do Red Snakes, tentei entender meu coração. Porém, quando o efeito de torpor causado pelas cervejas e os drinks passaram, minhas constatações me pareceram absurdas. Anastásia Walker mais álcool em excesso não combinam. A bebida nunca foi fundamental para mim, mas aquela noite exigia uma comemoração à altura. As taças – coloridas e enfeitadas – foram a isca perfeita, advertindo que depois do primeiro gole, seria praticamente impossível parar.

Os resultados – como esperado – não foram os melhores possíveis; ressaca e perguntas sem respostas que só aumentaram minha dor de cabeça. Tenho escorregado como sabão pelas mãos de Scott nas últimas semanas e andado na corda bamba que divide nossa amizade da vontade que tenho de sentir seus lábios outra vez sobre os meus; sou péssima em manter o equilíbrio. No entanto, amanhã é o seu aniversário e não pude recusar o convite dele de passar a noite aqui, comemorando a virada da data e assoprando as vinte velas espetadas na massa do bolo.

— Scott vai chegar em menos de uma hora — Kennedy comenta, entrando na cozinha que virou um verdadeiro cenário daqueles programas culinários de televisão. — Esse cheiro tá maravilhoso!

Scott me ligou hoje de manhã, dizendo que iria me buscar às sete horas da noite. Alguns minutos depois de encerrarmos a ligação, Cynthia telefonou e pediu para que eu viesse mais cedo e lhe ajudasse a preparar uma espécie de surpresa. O forno está ligado, assando vários cookies de chocolate e cupcakes de maracujá. No fogão, o purê de batatas está pronto, assim como o frango a passarinho e o macarrão com queijo. Pelo o que eu entendi, o pai do loiro ligou para o Kevan e o fez chamar Scott para resolver alguns assuntos no Red Snakes. Se estivermos certos, Scott passará aqui antes de ir me buscar.

— Ana é uma verdadeira cozinheira, sabia? — Cynthia sorri, enquanto coloco o último morango sobre o bolo.

— Estou me preparando para o momento em que eu for morar sozinha — sorrio, um pouco sem graça. — Não posso viver de hambúrguer e pizza todos os dias.

Eles sorriem.

— Queria agradecer por você estar fazendo parte desse momento — Kennedy diz, pegando uma garrafa de água na geladeira. — Meu filho estava receoso aqui em Snowdalle. Agora, sei que ele se sente mais em casa.

— Não precisa agradecer — dispenso, tirando meu avental vermelho. — Me aproximar do seu filho não foi nenhum favor.

— De qualquer maneira, em Londres ele não emanava a alegria que emana quando está com você — dá uma pequena pausa, bebericando a água. — Estava prestes a mandá-lo para a psicóloga. Scott não interagia mais com os amigos como antes, fiquei preocupado.

— Acredito que ele deveria estar passando por um momento difícil e resolveu tirar um tempo para si.

— Que momento difícil? Esse moleque tem tudo dentro de casa.

— Nenhum bem material é capaz de substituir um coração machucado, senhor — engulo em seco.

— Coração machucado? Por quem? Uma garota? — Gargalha. Me sinto desconfortável. — Scott tem vinte anos, mas não significa que haja de acordo com a idade que possui. Se tivesse maturidade o suficiente, saberia que o trabalho e o sucesso na profissão vem acima de qualquer outra coisa; inclusive o amor.

— Kennedy! — Cynthia o repreende.

— Querida, por favor! Aquele garoto não sabe o que é o amor. Adultos sabem separar prioridades. Adolescentes emocionados, como vocês dois, costumam misturar muito as coisas e acabam sofrendo por motivos inúteis. Scott precisa ser alguém, e não parar a vida porque uma garota colocou um par de chifres na cabeça dele. Talvez com isso, ele aprenda e não cometa o mesmo erro duas vezes.

— Seres humanos pensam e agem de formas diferentes. O que pode ser uma prioridade para você, pode não ser para outra pessoa.

— A felicidade não está no amor, garotinha. Está no sucesso. Quando você crescer, entenderá.

— A felicidade, Sr. Summer, está nos mínimos detalhes. Seja no bom-dia que você recebe de uma criança desconhecida, no abraço que dá nos seus pais depois de um dia inteiro longe deles, ou até mesmo no gesto mais mínimo de amor de outra pessoa — cruzo meus braços, umedecendo meus lábios secos. — Não preciso ter mais de trinta anos para compreender que a felicidade não tem nada haver com o dinheiro na sua conta bancária, mas sim, com o que te motiva a levantar da cama todos os dias.

— Escuta, Anastásia…

— Ken, por favor! Scott vai chegar daqui a pouco e o clima não pode estar tenso desse jeito.

O homem suspira, deixando a garrafa de água sobre o balcão. Acompanho o movimento, reunindo toda a minha paciência e educação para não mandá-lo ir ao inferno. Com certeza, o próprio diabo sentaria para ouvir as baboseiras que esse cara está falando e ainda bateria palmas no final pelo seu discurso repudioso.

— Enfim, sei que você tem uma influência gritante sobre o meu filho — continua, apontando o dedo em minha direção. — Se puder convencê-lo a seguir os mesmos passos profissionais que eu…

— Não vou convencê-lo a desistir do sonho dele, senhor. Se Scott pretende seguir a carreira de Biólogo Marinho, pode ter certeza de que serei a primeira pessoa a apoiá-lo — sorrio. — Você, como pai e principal imagem de amor, afeto e confiança que ele tem, deveria fazer o mesmo.

O silêncio, para mim, nunca foi sufocante. Porém, a falta de palavras agora me deixa zonza e desconfortável. É como se, de repente, essa cozinha enorme não passasse de um cubículo minúsculo e extremamente apertado. Sinto dificuldades em respirar por conta da adrenalina circulando em uma quantidade excessiva no meu organismo, e também pelo medo de ter arruinado o aniversário de Scott criando uma discordância extrema com Kennedy. Sei que sua experiência com essa data não é uma das melhores – devido ao que aconteceu com sua ex-namorada e seu melhor amigo no passado. Dar a ele uma discussão familiar de presente por conta da minha língua afiada é a última coisa de que Scott precisa.

— Vou subir e tomar um banho — anuncia, após longos segundos torturosos sem falar absolutamente nada. — Por favor, não bagunce meu filho mais do que ele já está.

Quando o mais velho sai da cozinha, solto um grunhido e levo as mãos ao meu cabelo, puxando levemente os fios alaranjados para trás. Cynthia passa as mãos no avental preto que está vestindo e se aproxima de mim, cuidadosa.

— Não ligue para ele, querida. Kennedy é… — a mulher comprime os lábios, tentando achar uma palavra certa para descrever o marido.

— Um péssimo pai?

— Difícil de se lidar, eu diria. Ele quer o melhor para Scott, mas é controlador demais para entender que o filho precisa fazer as escolhas que lhe trarão paz e felicidade.

Cynthia é tão doce e compreensiva. Me pergunto como alguém como ela consegue se relacionar com alguém como Kennedy Summer. A dúvida fica presa na ponta da minha língua, mas tento me controlar para não soltá-la. Uma pergunta como essa pode ser invasiva e desnecessária demais…

— Como consegue conviver com alguém assim?

Merda, escapou!

— Ah, Ana… — ri, dando de ombros. — Tem coisas nessa vida que vão além da compreensão humana. Uma delas, é o que acontece aqui dentro — Cynthia segura minha mão, colocando-a sobre meu próprio peito. Sinto as batidas do meu coração se acalmarem gradativamente. — O coração quer o que ele quer. Não há nada que possamos fazer para impedí-lo de ter o que deseja.

Quando Scott chegou – alguns minutos depois de Cynthia e eu termos arrumado toda a bagunça da cozinha – me surpreendi em como Kennedy Summer pode ser falso e duas caras. O jantar foi animado, embora meu interior estivesse queimando em brasa para xingar o homem que fingiu interesse em saber sobre meus planos e sonhos, como se não houvesse demonstrado um comportamento extremamente tóxico para mim mais cedo. Em consideração ao aniversariante, vesti a máscara da falsidade e respondi todas as suas perguntas com educação e um entusiasmo – deveras – forçado.

Depois da meia-noite, Kennedy presenteou Scott com uma chave; o loiro agora tem um apartamento perto da New Blizzard University. Cynthia lhe deu uma câmera Polaroid e eu, um relógio de pulso. Scott Summer me disse que o melhor presente foi o meu, apenas pelo simples motivo de ter vindo de mim; sabemos que é mentira e não há nada melhor do que ganhar um apartamento. Entretanto, gosto de pensar que é verdade.

Cynthia e Kennedy saíram a pouco tempo, foram ao Drive-in assistir uma sessão do Titanic que começará à uma da manhã e terminará sabe-se lá quando. Helena ligou pontualmente, lhe desejando saúde, felicidade e todo aquele blá-blá-blá ensaiado. Sarah, por outro lado, com certeza irá parabenizá-lo pessoalmente na escola quando amanhecer.

— Tem certeza de que não quer dormir aqui? — Scott alisa o lado vago de sua cama, os cabelos loiros em contraste com o travesseiro branco. Estreito os olhos em sua direção, pegando minha escova de dentes dentro da mochila.

— Não quero ouvir seu ronco e muito menos sentir cheiro de gazes — enrugo o nariz, ele faz o mesmo.

— Você é nojenta — gargalha, me atirando uma almofada preta. Scott se senta sobre o colchão, pegando a Polaroid e a analisando como se fosse algo de outro mundo. — Como será que isso funciona?

Me aproximo da cama, andando sobre ela com os joelhos. Pego a câmera de suas  mãos, tentando entender como funciona. Aperto um botão e, fácil assim, uma foto dos lençóis sai por baixo dela. Sorrio satisfeita e a entrego para ele.

— Temos um Sherlock Holmes aqui — brinca, balançando a cabeça como se estivesse impressionado.

— Eu sei, sou demais — pisco em sua direção. — Nós precisamos de uma foto juntos — pego-a de volta, me levantando da cama e puxando Scott comigo.

— Não gosto de tirar fotos — revira os olhos, ajeitando a camiseta branca em seu tronco.

— Faz esse esforço por mim!

— Esse tipo de chantagem não vai colar pra sempre. Sabe disso, né? — Projeto meu lábio inferior para baixo e ele bufa, cedendo. — Acaba logo com isso.

Viro a câmera para nós, contando até três e abrindo meu melhor sorriso. A imagem é capturada e a polaroid impressa poucos segundos depois. Pego-a e observo nossa primeira foto com uma sensação boa preenchendo meu peito. Vou até a escrivaninha, pego uma caneta preta e desenho dois corações – igual ao pingente do meu colar. Colo-a no espelho de Scott, feliz pelo resultado.

— Prontinho! Doeu?

— Ainda acho que você deveria dormir aqui.

— A Cynthia já preparou o quarto de hóspedes pra mim, Scott.

— Quem liga?

— Seria um… — merda, pensa em alguma coisa! — …um trabalho jogado fora! Agora, vou escovar meus dentes e tomar um banho.

— Beleza — revira os olhos, se atirando sobre o colchão macio. — Tem toalhas limpas no armário da pia. Se quiser um secador, eu busco no quarto da Cynthia.

— Obrigada — agradeço, entrando no banheiro.

Solto um suspiro nervoso. A verdade, é que a cama é muito convidativa, assim como o dono dela. Sei que Scott não tentaria nada comigo – ele até se ofereceu para dormir no chão –, mas não confio em mim mesma. Tenho medo de, em um ato impulsivo, acabar fazendo algo que com certeza iria tirar meu sono pelo resto da minha vida.

Cuspo a espuma branca da minha boca, abrindo o armário e pegando uma toalha limpa. Começo a me despir, prendendo meus fios ruivos em um coque frouxo. Não pretendo lavar meus cabelos essa hora da madrugada. Meus olhos saltam até a banheira de Scott e pondero minhas opções; acabo entrando no chuveiro, já que estou mais acostumada. A água morna que escorre em minha pele me deixa relaxada. Pego o sabonete líquido, fechando os olhos ao sentir o aroma familiar. Esse cheiro gostoso de baunilha se impregna em Scott de uma maneira única. Passo a espuma em todo meu corpo, enxaguando-a em seguida. Meus pensamentos, sempre inconvenientes e maliciosos, me levam até a madrugada em que me masturbei pensando nele. A simples lembrança faz meu clitóris pulsar, o ponto sensível implorando para que eu o estimule pensando no loiro – o que se torna ainda mais fácil, já que ele está do outro lado dessa parede.

Fisgo meu lábio inferior, prestes a fazer essa loucura, até que a porta range ao se abrir. Dou um sobressalto, tapando meus seios e meu sexo com as mãos.

— Scott! — Solto um grunhido, me encolhendo, embora o vidro do box seja feito de um material que não permite mostrar minha nudez e, aliás, ele nem está olhando para cá. — Por que você não bateu?!

— Eu bati e chamei, mas você deve estar imersa demais nesse banho — sorri, colocando minha mochila sobre a tampa do vaso sanitário e se direcionando até a pia. Fecho meus olhos, envergonhada.

Eu estava tão absorta na minha imaginação ao ponto de não lhe escutar bater? Céus!

Abro minhas pálpebras novamente, analisando cada passo de Scott. Engulo em seco ao vê-lo retirar a camiseta branca, colocando uma regata preta em seguida. Os movimentos ficam visíveis em seus músculos, as costas parecem tensas e minha respiração torna-se falha. Sinto as batidas do meu coração acelerarem e fico me perguntando se Scott consegue escutá-lo. Ele sai do banheiro após escovar os dentes, fechando a porta em seguida.

Desligo o chuveiro, ficando alguns segundos dentro do box até meu coração normalizar os batimentos cardíacos. Quando isso acontece, pego a toalha branca e me seco com rapidez. Minha mente está confusa, meu corpo está agindo por impulso e não consigo mais evitar a atração carnal que sinto por Scott Summer. Cynthia me disse que o coração quer o que ele quer e não há nada que possamos fazer para impedí-lo de ter o que deseja. É a mais absoluta verdade. Quanto mais tento esconder o que sinto por ele, mais inquieta eu fico. Sei que meu coração ficará em paz quando conseguir aquilo que tanto almeja.

Enrolo-me na toalha, afundando meus dedos sobre o nó acima do peito. Um raio corta o céu ao lado de fora e emite um clarão dentro do banheiro logo em seguida. Giro a maçaneta devagar, reunindo toda a coragem possível dentro de mim. Scott está deitado sobre a cama, um braço tapando os olhos e o outro sobre a barriga. Penso em dar meia-volta e omitir o que estou sentindo pela milésima vez, mas meus pés me guiam pelo quarto silencioso até pararem entre suas pernas. O loiro retira o antebraço do rosto, me fitando um pouco desnorteado.

— Deixei sua mochila lá no banheiro — ignoro-o, colocando uma perna de cada lado do seu corpo e sentando sobre o seu colo. Scott ergue o tronco sobre os cotovelos, unindo as sobrancelhas. — O que está fazendo?

Arrasto minhas mãos em direção ao seu rosto, delineando seus traços e me aproximando de sua boca. Ele está com os lábios entreabertos, provavelmente se perguntando de onde surgiu toda essa minha inibição. A verdade, é que nem eu mesma sei; parece que o diabinho existente dentro de mim resolveu dar as caras hoje.

Raspo levemente minha boca contra a sua, sentindo uma faísca se acender de forma involuntária dentro de mim.

— Estou beijando você — respondo sua pergunta.

— Tá brincando comigo? Você disse…

Shh… — coloco meu indicador sobre seus lábios, lhe interrompendo. — Eu sei o que eu disse e estava errada. Fiquei com medo, achando que você me magoaria e te decepcionei primeiro. Eu gosto de você da mesma forma, mas não queria admitir. Nos últimos meses que percebi isso; quando alguma garota chegava perto de você, ou quando evitava me tocar, mas eu queria sua mão no meu corpo. Quando eu sentia necessidade de gozar e a única pessoa que vinha nos meus pensamentos era você.

Scott Summer enterra as mãos em meus fios ruivos, aproximando nossos lábios e afundando sua língua de encontro com a minha sem hesitar. Retribuo na mesma intensidade, pois não há coisa no mundo que eu deseje mais do que saciar a minha sede de beijá-lo.

Entrelaço minhas mãos em sua nuca, sugando seu lábio inferior e mexendo meu quadril sobre o seu colo. Sinto sua ereção pressionar minha virilha desnuda, aumentando ainda mais a chama ardente que cresce sem freio dentro de mim. Ele desce uma das mãos em direção a minha bunda, me ajudando nos movimentos de vai e vem. Arfo contra sua boca, tombando minha cabeça para trás quando sua língua contorna meu maxilar e desce até meu pescoço, onde mordisca e chupa a pele sensível.

O loiro enlaça minha cintura, invertendo nossas posições na cama. Seu joelho fica entre minhas pernas, o tecido de sua calça raspando meu clitóris. Com as mãos trêmulas, seguro a bainha de sua regata e Scott se afasta momentaneamente, tirando-a pelo topo da cabeça e voltando a me beijar. Meus dedos percorrem suas omoplatas, arranhando suas costas e descendo até o cós de sua cueca. Fico tensa quando ele desce seus beijos até minha clavícula, a poucos centímetros dos meus seios.

Desde que terminei com Logan Lee – há três anos –, nunca havia ido tão longe com um garoto como agora. Naquela época, meu ex-namorado viu meu corpo nu e chegamos a fazer preliminares, mas fora tão tenso e estranho, que tenho medo daquela sensação horrível se repetir com Scott. Quais são as chances dessa ser a pior transa da vida dele e uma experiência péssima para mim?

— Tá tudo bem? — Sua voz cuidadosa mistura-se com o som agressivo da chuva caindo ao lado de fora da janela. Engulo em seco, tentando disfarçar minha insegurança.

— Tá sim — sorrio, mas ele estreita os olhos em minha direção e cessa qualquer tipo de movimento.

— Se arrependeu?

— Não! — Ergo parcialmente meu corpo sobre o cotovelo, segurando o nó da toalha com a outra mão livre. — Eu só… minha experiência com isso não é das melhores, entende?

— Isso se ganha com o tempo, anjo — sorri, sem desgrudar os lábios. — O segredo é deixar rolar. Você vai saber o que fazer na hora certa.

— E se eu não souber?

— Então eu vou estar aqui para te ajudar.

Scott inclina o corpo sobre o meu novamente, acariciando minha bochecha com o polegar antes de selar nossos lábios. Dessa vez, nossas línguas são lentas e cuidadosas, aproveitando cada segundo como se fosse o último. Seus dedos deslizam calmamente até a minha toalha, desatando o nó com facilidade. Suas íris perscrutem as minhas, buscando algum tipo de certeza ou permissão. Não digo nada, apenas enrosco meus dedos em seu cabelo, empurrando sua cabeça para baixo. O loiro desliza a língua entre meus seios, pressionando os polegares sobre os bicos entumescidos e fazendo movimentos circulares. Sinto meu corpo reagir instantaneamente, levando cargas de eletricidade diretamente para o meu clitóris. Arqueio a coluna quando sua boca se fecha em um dos meus seios, chupando e sugando com vontade antes de fazer o mesmo no outro.

Seus lábios descem em uma trilha de beijos molhados até minha virilha e minha respiração torna-se mais pesada e falha que o normal; ansiando para que ele dê uma atenção especial no ponto que clama pelo seu toque. Sinto seu ar tocar meus nervos e, outra vez, suas íris caçam nas minhas a permissão para continuar. Empurro sua cabeça para baixo gentilmente, vendo-o manter os olhos grudados em mim enquanto escorrega a língua aveludada em meu clitóris. Arquejo, tombando minha cabeça para trás. Prendo o lençol entre os dedos dos meus pés, tapando minha boca com o antebraço para não gemer tão alto.

O loiro estica a mão até meus seios, apertando-os e em seguida, retirando o braço que cobre meus lábios. Sua língua faz movimentos lentos e circulares no meu ponto inchado e sensível, sugando e lambendo de uma maneira alucinante. Solto um gemido gutural quando Scott a introduz em minha vagina, estimulando meu clitóris com a ajuda do polegar. Sinto a centelha de calor se alastrar em meu ventre e prenso a cabeça dele entre as minhas pernas, mantendo-o na mesma posição que me faz chegar ao ápice do prazer.

Scott… — arquejo seu nome ao sentir o líquido quente escorrer em sua língua. O loiro continua lá embaixo, se certificando de beber até a última gota. Puxo seus cabelos, soltando uma risada falha. Estou me sentindo como se houvesse corrido uma maratona. — Eu tô sensível — explico, recebendo um beijo na ponta do nariz. Sorrio e puxo seu rosto, beijando-o gentilmente. Sinto um gosto diferente em sua língua e paro, enrugando o nariz.

— É bom, né? — Lambe os lábios, provocativo.

— É estranho — constato, levando meus pés até o cós de sua calça de moletom e a abaixando. — Onde estão suas camisinhas? Sei que deve ter várias aqui pelo quarto.

— O que aconteceu com a minha amiga Anastásia? — Ri, se levantando e abrindo a cômoda. Uma cartela de camisinhas sai dali e ele destaca uma delas, jogando-a sobre minha barriga.

— Afoguei ela debaixo do chuveiro — dou de ombros, analisando a embalagem.

Scott tira a calça cinza e meus olhos se fixam no volume extenso e grosso em sua cueca box preta. Ele a retira e posso jurar que meu rosto adquiriu uma tonalidade mais avermelhada; meu sexo está doendo antecipadamente. O loiro pega a embalagem laminada das minhas mãos, rasgando-a e vestindo o látex em volta de seu pau logo em seguida. Em poucos segundos, ele já está posicionado entre minhas pernas novamente.

— Se você não quiser…

— Eu quero — concordo com a cabeça, alisando seu rosto para tranquilizá-lo. Ele anui, colocando os braços ao lado do meu corpo.

— Então… que história é essa de você gozar pensando em mim, huh? — Solto uma risada, entrelaçando meus dedos em sua nuca. Sei o que Scott está fazendo; tentando deixar a situação um pouco menos tensa para mim e agradeço a ele mentalmente por isso.

Uno as sobrancelhas e pressiono meus lábios ao sentir a primeira fisgada.

— Foi só uma vez, não se gabe tanto — reviro os olhos, sentindo-o dar mais uma investida. Finco minhas unhas em suas omoplatas e ele repete o movimento, intensificando a dor.

— Caso te deixe melhor — deposita um selinho em meus lábios, limpando as lágrimas que escapam dos meus olhos. — Também já fiz isso pensando em você — abro um sorriso malicioso; retribuindo o dele. Enlaço minhas pernas em seu quadril, afim de acabar logo com essa tortura e sentir o real prazer de transar.

Uma vez minha mãe me disse que quanto mais você demorar para tirar o band-aid do seu machucado, mais dolorido será. Porém, se você puxá-lo de uma só vez…

— Puta merda, Scott! — Solto um grunhido, sentindo a ardência se alastrar pelo meu corpo. Okay, a teoria do band-aid não funciona para perder a virgindade.

— Te machuquei? — Seus olhos estão arregalados e preocupados. Acabo rindo.

— Ter o hímen rompido dói de qualquer jeito — digo, fechando meus olhos até me acostumar com a sensação de ter seu pau soterrado dentro da minha boceta.

Scott sai devagarinho, enfiando tudo novamente em seguida. Ele repete o precesso várias vezes, até ter a certeza de que estou confortável com seu órgão me preenchendo. Agarro seu pescoço, unindo nossas bocas em uma só. Nossas línguas aveludadas entram em atrito, enquanto nossos corpos se fundem um ao outro.

Conforme o loiro aumenta a cadência dos movimentos, a dor vai indo embora e o prazer toma conta do local. Sinto-o ir fundo dentro de mim, atingindo pontos específicos que me fazem gemer seu nome baixinho. Seus toques em minha pele são carinhosos e percebo o quanto quer fazer esse momento ser especial para mim. Projeto minha coluna para cima e enlaço sua cintura, achando a posição perfeita para ele meter com rapidez e precisão.

Nossos corpos estão suados, fazendo ruídos dentro do quarto e mesclando-se aos sons da tempestade que se forma ao lado de fora da janela. Um relâmpago ilumina o céu no exato instante em que Scott leva o polegar ao meu clitóris, desencadeando ondas de prazer que me levam ao ápice. Sinto as paredes internas da minha boceta apertar seu pau com força.

Meu Deus — ronrono abaixo de sua orelha, sentindo seus músculos ficarem rijos sob meus dedos; anunciando que seu orgasmo está perto.

Cinco estocadas depois, Scott solta um gemido febril, gozando na camisinha. Seu corpo amolece e ele tomba a cabeça no meu ombro, deixando um selinho carinhoso na região. Alguns segundos se passam e o loiro levanta, saindo de mim calmamente. Sinto um vazio me preencher quando ele vai até o banheiro descartar o preservativo. Me coloco de pé também, vendo um filete de sangue escorrer em minha coxa direita. Sei que é normal; pode ocorrer sangramento ou não, varia de mulher para mulher. Mesmo assim, me sinto envergonhada. Caminho até o banheiro, sentindo minhas pernas moles como gelatina.

— Tá tudo bem? — Scott pergunta quando a gente se esbarra na porta. Sorrio, concordando com a cabeça.

— Só preciso de outro banho — enrugo o nariz, deixando minha mão sobre a mancha vermelha.

— Quer assistir algum filme? Posso fazer pipoca — ele beija o topo da minha cabeça, alisando minha bochecha.

— Quero que você entre no chuveiro comigo — pressiono meu indicador em seu peito, empurrando-o para dentro do banheiro novamente e fechando a porta.

Scott me lança um sorriso perverso, segurando minha nuca firmemente e beijando meu pescoço com avidez.

— Foi tão bom assim?

Mordo o lábio inferior, sentindo meu corpo reagir ao seu toque.

Melhor do que eu pensava.

Só por hoje, quero agir como ele; curtir o presente sem me importar com o dia de amanhã. As consequências virão mais tarde, então deixarei para me arrepender assim que o sol nascer. No momento, só quero tirar proveito de cada mísero segundo.

É OFICIAL: acabou os momentos fofos, a amizade e toda essa melosidade dos dois. Eu aviseiiii para aproveitarem sem lembrar do prólogo, mas vocês não me escutam! KKKKKKKK

Enfim, gente, esse foi o antepenúltimo capítulo e os outros dois giram bastante em torno do prólogo. O 20 vocês já vão sacar mais ou menos o que é, e no 21 (último) é a grande revelação.

QUERIA AGRADECER AS + DE 340 MIL LEITURAS, PUTA MERDA VOCÊS SÃO INCRÍVEIS!!!!!!!!!!! ❤️

AGORA SIM: como o próximo capítulo já vai meio que revelar o motivo do prólogo, eu PRECISO SABER se vocês já tem alguma teoria! Pode ser qualquer coisa, vai que você acerta algo? Quero muitoooo saber!
(da primeira vez que perguntei isso, uma leitora praticamente acertou tudo)!

Até breve! ❤️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro