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𝟬𝟲. 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝘂𝗺 𝗺𝗼𝗻𝘀𝘁𝗿𝗼

․⚬་◦➣ COMO UM MONSTRO.

HÁ 8 ANOS ATRÁS ─ EM
BARABOO, WISCONSIN...

RAVENA ESCONDIA SUA arma debaixo da blusa quando Dean entrou. Com uma bolsa sob um dos ombros, ele verificou se havia deixado algo de importante no quarto enquanto a Melvac terminava de se preparar.

─ Odeio vampiros. ─ Ela resmungou, vestindo a jaqueta. ─ Sinceramente, acho que você pode lidar com isso sozinho. Eu espero no quarto.

─ Nem fodendo. Você me chamou pra esse caso, então você vem junto. ─ Ele soltou a bolsa encima do colchão duro da cama de casal, aproximando-se da morena com um sorriso no rosto. ─ É só um nojento sanguessuga. Nada demais.

. ─ Ela repete, indignada, mas não consegue conter um sorriso no rosto. ─ Vamos logo com isso, Winchester. ─ Ela respira fundo, andando até a porta e aguardando que o loiro fizesse o mesmo. ─ Eu ainda quero aproveitar essa cama antes de sair da cidade.

Dean arregala os olhos por um segundo, e rapidamente ajeita a postura, indo com pressa até a bolsa e saindo do quarto, obediente. Ravena, por sua vez, balança a cabeça, risonha, e fecha a porta.

─ Nós temos a noite toda, querido. Mas queremos terminar com isso logo. ─ Ravena, apesar de cansada, sorri, mirando o facão em cada abertura daquela atração de um circo.

Felizmente, era tarde o suficiente para que ninguém estivesse passando pelo local, mas cedo o suficiente para que a criatura conseguisse um refém, apenas para escapar dos caçadores ou, o mais provável, caçá-los.

De costas um para o outro, os dois esperavam que o vampiro finalmente pulasse para cima deles, num ataque surpresa e violento. Mas estava demorando demais para acontecer.

─ Podíamos pedir um pizza depois. ─ Dean sugere, verificando uma passagem escura. Nada.

─ Está pensando em comida agora? ─ Ravena curva as sobrancelhas em indignação, mas involuntariamente, sorri. Às vezes achava insuportável o quanto Dean podia fazê-la sorrir, mas não deixava de ser uma sensação boa.

─ Eu quase não comi antes de virmos pra cá, tá bem? Você não pode me julgar.

─ Ok Dean, sem julgamentos. Só não peça a havaiana; na última vez eu quase vomitei.

Ei! Eu só queria experimentar. Odiei tanto quanto você. ─ Ele curva o canto da boca, um sorriso torto preenchendo os lábios quando ambos escutam um som.

─ Isso é patético. ─ Uma voz masculina comenta, e não demora até que um homem surja das sombras, numa entrada sombria e bela. Muito bem vestido, ele passa a mão pelos cabelos médios e encara Ravena com apreço, o que causa náuseas na mulher. ─ Olá, senhorita Smith. Sei que não é seu real sobrenome, mas você ainda sim continua magnífica. É uma pena que eu tenha que matar você e seu amigo.

─ Você está tentando imitar o vocabulário de um dos Originais, ou...? ─ Ela franze o cenho, irritada. Contava com a ignorância do vampiro quanto à série, mas mesmo assim não deixou de fazer a referência.

─ The Vampire Diaries? Sério? ─ Dean revira os olhos e olha para o outro. ─ Onde está ela?

Lentamente, o homem se dirigiu até onde esteve há pouco, retirando com brutalidade uma mulher de pouco menos de trinta anos. O rosto da coitada estava recheado de lágrimas secas e mais passaram a cair, enfeitando ainda mais a face repleta de pó juntamente às roupas. Ela tremia, assustada, e certamente pediria por ajuda se não estivesse com uma fita na boca e os braços amarrados por uma corda grosseira.

─ Solta ela, idiota. ─ Dean manda, estendendo a faca em sua mão.

Em resposta, Gabriel, o vampiro que estavam caçando, sorri maliciosamente para o Winchester, as presas descendo com naturalidade até que sua real aparência estivesse revelada.

─ Não antes de provar... ─ Ele se aproxima da vítima, que tremia sentada no solo frio de concreto, pintado de modo preguiçoso com cores aleatórias como parte da temática do ambiente.

Dean então lança sua arma, mirando no rosto sombrio da criatura, mas com a velocidade de sua espécie, ele pega o facão, a lâmina lhe cortando a mão. De alguma forma, não parecia incomodar.

─ Eu achava que os Winchester eram mais inteligentes. Talvez não quando separados. ─ Ele sorri, correndo rápido até Dean e prendendo-o numa parede. Com facilidade, ele pressionava ainda mais o corpo do loiro, causando dor. Se Dean não tivesse passado por tantas coisas em sua vida, juraria que seus ossos estavam quebrando dentro de si. ─ Talvez eu tenha que trocar a ordem dos pratos hoje...

Ele se aproxima, um sorriso descarado na face magra e pálida quando parou, sentindo algo lhe rodeando o pescoço. Mas quando passou a mão, não havia nenhum instrumento causando aquele incômodo crescente.

─ Eu acho que vai ter que lidar comigo primeiro, conde Drácula. ─ Sem que queira, o próprio corpo é bruscamente virado para direção oposta a qual estava, e ele vê com clareza Ravena, com a mão estendida em sua direção, os olhos brilhando em raiva enquanto, involuntariamente, Gabriel se aproximava dela.

Era ela.

─ O que é você? ─ Pergunta com dificuldade, sentindo o ar lhe faltar aos pulmões.

─ É um pouco entediante explicar. ─ Ela balança a cabeça brevemente, sorrindo. ─ Leve ela pra fora daqui, Winchester.

Mantendo o olhar fixo no monstro, ela pode ouvir Dean dando passos acelerados até a pobre garota que estava no lugar errado e na hora errada. A sós com o inimigo, ela parecia se entreter com a dor dele, com a incapacidade de defesa e com a vulnerabilidade visível. De alguma forma, a cada vez que usava seus poderes, a sensação de caçar se tornava mais suportável.

─ Por que não me mata logo? ─ Ele sugere, fervoroso no terno escuro.

─ Estou me divertindo apenas. ─ Ela dá de ombros, sorrindo, e encara ele.

Levantando a outra mão, ela impossibilita que ele leve as mãos ao pescoço, numa tentativa falha de deter a Melvac, e não demora até que o homem esteja a poucos centímetros do chão, gemendo de dor a cada vez que Ravena fechava um pouco mais sua mão, sufocando-o.

─ Você... ─ Ele começa, com dificuldade. ─ Você deve ter matado tantos monstros, e nem percebeu que, no processo, se transformou em um.

Ela cerra os olhos, e um sorriso de canto se forma no rosto delicado. Aquelas palavras não a afetavam, de modo algum. Ravena tinha sido criada de tal forma que as pessoas não poderiam a abalar ao menos que fossem importantes em sua vida, e aquele cara era apenas um assassino, que enganava pessoas e andava com ternos caros e provavelmente roubados pelas ruas de pequenas cidades antes de deixar corpos secos para trás. Definitivamente, sua opinião não tinha valor para ela.

─ Nos vemos no inferno. ─ A morena se despede, sorrindo, e fecha a mão por completo, arrancando sua cabeça com facilidade.

O corpo de Gabriel cai no chão, e a cabeça rola pelo cômodo até bater em uma parede. Seus olhos ainda expressavam medo mesmo depois de morrer.

Ela se virou, estranhamente contente, preparada para chamar Dean até ver ele numa das aberturas da sala, imóvel. Talvez em sua cabeça ele estivesse sério, mas visivelmente esboçava pavor.

Ela já sabia que era difícil para ele aceitar a ideia de ela ser tão amaldiçoada quanto o irmão caçula, mas ele nunca a encarou desta forma, como se ele precisasse correr dali, como se tivesse presenciado um massacre sangrento sem que pudesse fazer nada. Ela poderia até mesmo dizer que ele havia acabado de perder alguém e ainda estava em estado de choque.

E então caiu a ficha. Ravena olhou para as mãos, que apesar de limpas, pareciam carregar muito sangue. No fim das contas, aquela criatura das trevas estava certa. Ela era um monstro. Ou, pelo menos, agia como um.

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